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Você tem Fome de Quê?! - Parte 3

(A parte mais difícil para nós, ultimamente, é encararmos os maus tratos que os animais em confinamento sofrem para que haja o conforto de uma alimento que pode até ser classificado como inútil...)

Para renderem bastante, os animais sofrem todo tipo de maus tratos: são mutilados para que não s machuquem nos espaços apertados (pintinhos, por exemplo, podem ter os bicos cortados para não ferirem uns aos outros no estresse do confinamento), vivem em parcas condições de higiene e são alimentados com rações inadequadas para o seu aparelho digestivo. 


(Pintinhos sendo debicados em procedimento padrão da indústria aviária.)

Seus instintos naturais são desconsiderados. Isso sem contar os males que passaram a nos ameaçar (a doença da vaca-louca, a salmonella, ou a contaminação por E.Coli), os resíduos de remédios que ingerimos ao comer essas carnes e as consequências ambientais, da qual o desmatamento para a abertura de pastos e a mais evidente. 


(Pec Nordeste se reúne todo ano há 20 anos para encontrar respostas positivas no manuseio de animais e plantações. Em 2015 a organização federal visitou nossa região palestrando nas unidades UESB de Vitória da Conquista e Feira de Santana.)

Um estudo apresentado durante o IV Seminário Nordestino de Pecuária (Pec Nordeste 2000) aponta que cada 1000 frangos abatidos por dia resultam na poluição de 4000 metros cúbicos de água com restos, sangue, vísceras, carcaças e bactérias (e a carga é pesada, uma vez que o Brasil é o segundo maior produtor e exportador mundial da ave).

(O descarte dos dejetos dos animais de confinamento sem que haja impacto à natureza é ainda uma busca sem uma solução satisfatória.)

O mesmo acontece com os suínos temos 30 milhões de cabeças e, assim, milhares de toneladas de dejetos sem tratamento são lançados em rios (o Ministério do Meio Ambiente destinou, no ano passado, veba de 19 milhões de dólares para ser investida ao longo de três anos em Santa Catarina, Paraná e Rio Grande do Sul, os maiores produtores nacionais de porcos - que ajudam a manter o país na sexta posição do ranking mundial). 
(Imagine a quantidade de dejetos que esse rebanho produz...



(Isso mesmo, essa montanha é feita disso mesmo que você está imaginando... Ali, com o calor do dia e com uma lona especial, gases metanos são desprendidos e catalizados para produção de energia da própria fazenda. O restante se torna adubo.)


Problemas de poluição por esterco carcaças e vísceras também atingem a produção de gado (aqui, o Brasil tem o maior rebanho comercial do mundo: 172 milhões de cabeças).

O consumo de peixes também gera problemas. 

Os oceanos fornecem 13 milhões de toneladas de peixes e crustáceos por ano, dos quais apenas 66 milhões são consumidos pelo homem. 


(É grande a quantidade de vísceras de peixes e pescados que são descartados sem nenhum tipo de tratamento. A melhor solução, atualmente, é congelar sacos de 10 quilos em câmaras frias.)

(Msa. Prof. Sônia Brandão do Departamento de Zoologia da UESB Vitória da Conquista mostrando como fazer a compostagem de dejetos de peixes para ajudar na alimentação do gado e aves.)

O restante, ou é descartado e morto (animais que caem na rede e não têm valo comercial, como golfinhos, tartarugas e moluscos) ou é usado coo ração na alimentação de outros bichos. 

Alguns peixes são grandes carnívoros, como o salmão. 

Para produzir 1 quilo de salmão em viveiros, são necessários de 2 a 5 quilos de sardinhas e anchovas na ração. 


(Criação de camarão em cativeiro. Poucas pessoas sabem, mas a água para o manuseio desses animais é salinizada e polui o solo onde os tanque são instalados.)


Peixes também vivem confinados para aumentar a produtividade e são entupidos de antibióticos. Viveiros de camarão, por exemplo, aumentam a salinidade do solo circunvizinho e da água dos mananciais, destruindo manguezais. 

Evidentemente, há muitas pessoas interessadas em acabar com esses enganos. Como John Robbins, filho único do fundador da marca de sorvetes Baskin Robbins presente em mais de 30 países, com 45000 lojas. 

Nos anos 70, esse jovem milionário não só foi morar em uma cabana no campo, como descartou radicalmente a robusta herança da família. Tornou-se Vegan (adepto do vegetarianismo extremo, que não ingere ou utiliza nenhum produto de origem animal) e, depois, um autor de grande sucesso. 


(John Robbins, único herdeiro de uma das maiores marcas de sorvetes dos Estados Unidos, renuncia o legado de seu pai para se dedicar à uma vida de muito alface e busca pela saúde e espiritualidade. O resultado é esse que você vê acima: Um homem com 55 anos com um corpo exibindo uma saúde invejável...)

Passou a pregar contra indústria de laticínios, base da fortuna dos Robbins, e contra a produção animal.

Seu primeiro livro, Dieta para Uma Nova América, de 1987, best-seller até hoje, abordou em pesquisa minuciosa a dieta vegetariana, as doenças provocadas pela alimentação moderna e o tratamento cruel de animais. 

Ele arregimentou artistas e apresentadores de TV, que, em rede nacional, declararam seu repúdio ao hambúrguer, como fez a consagrada Oprah Wimphrey, para constrangimento de alguns de seus grandes anunciantes...


(Oprah Winfrey, uma das mulheres mais influentes da cultura americana, uma mulher que lutou toda a sua vida para emagrecer e manter o peso. É uma luta muitas vezes perdida, pois como ela mesma já confessou, é apaixonada por pão. Mas, sim, em nome da saúde da população americana ela encabeçou várias vezes campanhas publicitárias que contradiziam os anunciantes de seus programas.)


Continua...


   

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Aranel Ithil Dior