Como os trevos com quatro folhas são muito raros - os mais comuns têm apenas três folhas - muitas pessoas acreditam que eles são poderosos amuletos e atraem sorte, mas não existe nenhuma evidência cientifíca disso.
De acordo com a crença popular, quando colocado junto às cédulas dentro de bolsas ou carteiras, ele é capaz de atrair mais dinheiro. A fama dos poderes mágicos da planta é milenar.
No antigo Egito, o trevo de quatro folhas era associado à deusa Ísis e costumava ser utilizado em rituais de amor. O amuleto também fazia sucesso entre os druidas, antigos sacerdotes bretões ou gauleses que viveram na Antiguidade.
Essa tradição popular nasceu na Irlanda, onde pequenos charcos e
lamaçais são mais comuns que na Inglaterra. Ali, os primeiros druídas,
viam no trevo as mesmas virtudes que os sacerdotes budistas viam no
lótus: A força em suportar os lamaçais e ainda produzirem pequenas e
singelas flores perfumadas, ou seja, o valor da santidade e integridade.
Com
o tempo, o povo em sua ignorância, deturpou o valor excessivo que os
druídas davam ao trevo, e assimilaram esse valor espiritual ao valor
material, acreditando-se, a partir dali, que os trevos davam algum tipo
de sorte aos druídas, pois como eles tinham poderes mágicos, acreditava-se que os trevos de quatro folhas eram capazes de protegê-los dos maus espíritos. Isso porque quem carregasse a planta tinha a capacidade de enxergar os demônios da floresta, ganhando tempo para fugir deles.
Também existia a crença de que a folha era um eficiente repelente contra o azar. Durante a Idade Média, acreditava-se que o portador de um trevo de quatro folhas era capaz de ver fadas e duendes e, por isso, uma brincadeira comum entre as crianças era sair pelos bosques à procura da tão rara e curiosa folhinha.
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