(Acima, cerimônia de entrega do Diploma do Fórum Inter-religioso do Estado de São Paulo. Agora, todos os setores de religião serão ouvidos e reconhecidos pelo Estado de São Paulo, dando subsídio jurídico para os outros Estados da Federação.)
Este ano foi tão atípico pela quantidade de feriados num único mês... Eu nunca viajei tanto num espaço tão curto de tempo: Ora por responsabilidades profissionais, ora por responsabilidades espirituais! O final da quaresma é um período de muito trabalho e tarefas para o ocultista (termo usado pelos leigos) ou iniciados (designação interna dos templistas maçônicos). É um período regido por uma poderosa lunação que sempre agendou as principais festas católicas e/ou cristãs no mundo. Num templo maçônico esta lunação representa o início das tarefas dos novos superintendentes, secretários e grãos-mestres, ou ainda inícios da ritualística de alguns membros subindo de graus.
(Acima, uma breve apresentação dos utensílios do Templo Stella Matutina de Vitória da Conquista, uma representação da Casa Golden Dawn Brasil.)
Este ano, nossa Casa foi convidada para passar esse feriado em Curitiba, tanto para relatar nossos progressos em nossa cidade, como para atualizarmos quanto aos ritos e cerimônias que devemos integrar. Essa mobilidade é bem-vinda e deve ser feita para que as Casas possam sempre respirar "ar novo" tanto em preceitos quanto em liderança. Esses encontros sempre são mágicos, e sentir a presença dos Mestres em nosso meio é sempre algo reconfortante, já que estamos sempre num processo de isolamento e busca individual pelos conhecimentos esotéricos.
(Tô pegando gosto, mas ainda falta aprender alguns macetes da filmagem amadora... Acima, visita à alguns pontos turísticos de Curitiba.)
Estar em meio a irmãos dos quais podemos interagir sem medo e com liberdade, é o maior prêmio desse esforço... Nem sempre esses encontros são possíveis, afinal, todos os membros templistas trabalham, têm obrigações familiares e sociais como qualquer pessoa, mas como este ano foi especial em tantos níveis, a nossa venerável loja Golden Dawn, juntamente com a loja AMORC de Curitiba e Centro Espírita do Paraná, promoveram esse encontro inter-religioso no sul do Brasil com a presença de nosso colega e amigo Wagner Borges, um dos maiores estudiosos do tema Viagem Astral, atualmente.
(Acima, passeio à Serra do Mar do Paraná.)
Ouvir novas experiências, verificar quantas pessoas estão interessadas sobre a espiritualidade, e como a reencarnação, hoje, é algo que, tanto a ciência quanto outros segmentos religiosos assumem sem medo ou constrangimento, é algo muito enriquecedor... É uma revolução em nossos conceitos!
(Acima, palestra distribuída gratuitamente pelas redes sociais pela produtora Pozati Filmes, de Wagner Borges sobre sua Palestra no 2º Fórum de Ciência e Espiritualidade com o tema Experiências Fora do Corpo, de 2017.)
Aproveitando o ajuntamento festivo, foi feito mais um lançamento do documentário No Meio de Nós, da produtora que só cresce, Pozati Filmes, que iniciou sua caminhada desde 2014 com a união das Casas Maçônicas e Espíritas de São Paulo, Rio de Janeiro e Paraná.
(Acima, mais um belo documentário da produtora Pozati Filmes, No Meio de Nós, de 2017.)
Após a participação da filmagem do filme Nosso Lar, em 2010, a empresa não parou mais e estão, a cada 6 meses, lançando documentários e curtas explicando temas espirituais da atualidade com a participação de acadêmicos e pesquisadores independentes. Para nós, é uma honra ceder o espaço em nosso blog para a divulgação de mais uma obra maravilhosa dessa empresa que promete trabalhos sempre melhores para os próximos anos...
(Outra super produção da Pozati Filmes, de 2014.)
Feriado agitado, mas com bom passos! Que a Luz e a Paz dos Mestres Ascensos estejam conosco! .:.
(Visitar o Quilombo de Palmares na Serra da Barriga é uma viagem ao tempo e à História do Brasil que ainda ressoa em cada parte do território de Alagoas...)
Existem alguns lugares para o historiador visitar no Brasil e no Mundo que são imprescindíveis para aquele que é curioso e onde habita o chamado por compreender a História do mundo...
Eu já tive oportunidades iluminadas de conhecer lugares no Brasil que são mágicos, mas ainda há alguns que eu estou devendo... E esse, puxa, era vergonhoso...: O Quilombo dos Palmares.
(Para você chegar até ali de forma segura, entre em contato com o Parque Memorial do Quilombo de Palmares, na cidade União dos Palmares à 3h de Maceió para que sua experiência seja ampla e enriquecedora. Todos os dias o parque disponibiliza um ônibus turístico com guias para seus visitantes.)
Durante todo o período em que a escravidão foi vigente no Brasil, os cativos empreenderam formas diversas de escaparem daquela repressão e assédio físico.
Dentre as várias manifestações de resistência, os quilombos, também conhecidos como mocambos, funcionavam como comunidades de negros fugidos que conseguiam escapar do controle de seus proprietários.
(Sempre que dá, a Universidade do Sudoeste da Bahia programa viagens por todo o Brasil fomentado pela Monitoria de História da instituição para que os estudantes de História, Filosofia e Ciências Sociais possam compartilhar, juntos, momentos de crescimento e aprendizado nas muitas disciplinas dos cursos. Acima, visita ao quilombo de Ivaporunduva em São Paulo, de 2013.)
(Os quilombos foram sociedades alternativas que tinham como objetivo trazer a política e sociedade dos países de origem dos muitos negros escravizados. No Brasil o local onde os quilombos mais proliferaram foi em São Paulo com 23 quilombos, a Bahia vem em segundo lugar nesse ranque com 18 quilombos e Pernambuco com 13. No sul também houve um pequeno número de quilombos: Santa Catarina com 3, e no Rio Grande do Sul com 6.)
Sendo local de refúgio, os escravos escolhiam localidades de difícil acesso que impedissem uma possível recaptura. Além disso, os quilombos também eram estrategicamente próximos de algumas estradas onde poderiam realizar pequenos assaltos que garantissem a sua sobrevivência.
Não sendo abrigo apenas de escravos, os quilombos também abrigavam índios e fugitivos da justiça.
(A arte dos quilombos, hoje, é exportada para todo mundo... Não tem como não se apaixonar ou comprar! - Acima, arte em argila do Quilombo dos Palmares.)
Um dos quilombos mais conhecidos da história brasileira foi Palmares, instalado na serra da Barriga, atual região de Alagoas.
Com o passar do tempo, Palmares se transformou numa espécie de confederação, que abrigava os vários quilombos que existiam naquela localidade. Seu crescimento ocorreu, principalmente, entre as décadas de 1630 e 1650, quando a invasão dos holandeses prejudicou o controle sobre a população escrava.
(Sim... O Brasil, entre 1500 (na fase de sua implantação) até 1640 foi palco de muitas invasões de piratas franceses, ingleses e holandeses que também queriam uma fatia das Américas para melhorar suas divisas financeiras. E nessa ânsia de defesa, os portugueses pedem que seus escravos lutem para defender suas fazendas. Nessas invasões e lutas os escravos fugiam. Os holandeses foram derrotados, mas muitos dos marinheiros-piratas ficaram no Brasil, e se mesclaram à população crescente local...
...Esse povo branco deu origem aos galegos, como são chamados pelos nordestinos atualmente: Um povo branco, com cabelo ora crespo ora ondulado, de olhos claros e altos. Aquele senhor distinto e alto na foto é meu avô materno, sr. João Miúdo Oliveira, dono de duas fazendas nas terras de Tanque Novo, Bahia, com sua esposa e cunhados, de 1980. - Ah... Ele tinha olhos azuis muito bonitos...)
As prosperidade e a capacidade de organização desse imenso quilombo representaram uma séria ameaça para a ordem escravocrata vigente.
Não por acaso, vários governos que controlaram a região organizaram expedições que tinham por objetivo estabelecer a destruição definitiva de Palmares. Contudo os quilombolas resistiram de maneira eficaz e, ao longo de oitenta anos, conseguiram derrotar aproximadamente trinta expedições militares organizadas com este mesmo objetivo.
(A Capeira é um tipo de luta sagrada no sincretismo do Candomblé, religião esta que muda seus dogmas de acordo com o país de origem do nativo africano. No Quilombo dos Palmares o candomblé vigente é de origem Xangô proveniente da Angola com língua Banto; na Bahia o candomblé têm raízes no Queto e provenientes dos países de Moçambique e Nigéria, esses negros eram mais musculosos e trabalhadores. Os negros dos Estados Unidos eram provenientes do Norte da África, e por isso, mais artísticos e intelectuais, por isso a discrepâncias quanto a cultura negra entre os países escravocratas.)
Mediante a resistência daquela população quilombola e não mais suportando a exaustão das derrotas, o governador de Pernambuco, Aires Sousa e Castro, e Ganga Zumba, importante líder palmarino, pernambucano reconhecia a liberdade de todos os negros nascidos em Palmares e concedia a utilização dos terrenos localizados na região norte de Alagoas.
Alguns membros do Quilombo não aceitaram o termo estabelecido por Ganga Zumba, que acabou sendo envenenado por seus opositores quilombolas.
(Os quilombos nunca tiveram a intenção de serem cidades ricas, mas apenas um tipo de paraíso na terra, afinal, os negros sabiam que não poderiam nunca mais voltar para seu país natal, já que muitos negros deportados para o Brasil era resultado de invasões de cidades praticadas por outros povos negros da África...)
A partir de então, o controle de Palmares passou para as mãos de Zumbi, que não aceitava negociar com as autoridades e preferia sustentar a situação de conflito.
Com essa opção, estava traçado o caminho que culminaria na destruição deste grande quilombo.
(Acima, um conjunto de imagens do fotógrafo brasileiro Alberto Henschel que viajou pelo Brasil tirando fotos para serem vendidas como souvenirs exóticos na França e Estados Unidos, de 1855.)
(Esses tipos de fotogramas foram tão famosos que no filme Lincoln houve dois momentos que mostraram o assédio desse tipo de escravidão.Acima, cenas do filme Lincoln, de 2012.)
Em 1694 sob a liderança do bandeirante paulista Domingos Jorge Velho, as forças oficiais começaram a impor a desarticulação de Palmares. Inicialmente, mesmo ocorrendo a destruição quase definitiva, Zumbi e alguns resistentes fugiram, se organizaram e continuaram lutando.
No ano seguinte, Zumbi foi morto e degolado pelos bandeirantes, que enviaram a sua cabeça até Recife como símbolo maior da vitória contra os quilombolas palmarinos.
(Acima, visita ao restaurante da Yalorixá Neide.)
Atualmente, as lideranças do movimento negro brasileiro reverenciam a ação heroica dos palmarinos e prestigiam Zumbi como um símbolo de resistência.
No dia 20 de novembro, mesma data em que Zumbi foi morto, é comemorado o Dia da Consciência Negra.
(Olha como estava o tempo quando chegamos em São Paulo... O Céu estava caindo, e lá em São Paulo chuva é algo que se dá respeito: Raios, trovões e muito estresse...! Acima, avião estacionando para a nossa decida no aeroporto de Congonhas.)
(Do 2º andar do aeroporto essa era a visão que tínhamos das boas-vindas de São Paulo: Trânsito caótico, necessitando de muita paciência para chegarmos a qualquer lugar... Afff!)
Então meu começo começa sempre em São Paulo:
Quando chego no apartamento de Décio, só um destino me aguarda: A Cozinha!
(A primeira coisa que Décio EXIGE, é que eu faça e frite chimangos... - Nem quer saber o quanto isso "poca" na gente...)
(Ah... mas eu gosto, vai... Olha como meu bolo de trigo e mel ficou bonito!)
(Domingo de manhã tem que ter cuscuz com queijo e coco ralado. Como a gente sempre comia lá em casa, ele EXIGE que eu faça... Ah! É uma marca nova de flocão de milho, fica tão macio e super gostoso, a gente sente os flocos de milho na boca, uma delícia! - trouxe dois pacotes...)
(E para terminar minha "prestação de serviço" - acho que é uma forma dele cobrar minha estadia no apartamento - Décio pede uma Vaca Atolada, especialidade de minha mãe... Já falei: Se prepara, mãe e pai, porque quando chegar aí vocês vão ouvir prá caramba!!! - Mas tava gostoso...)
É... meus irmãos adoram me fazer de escrava do lar, em plenas férias!!! - Pôxa, mãe, me alivia de seus filhos...!!!
É um tal de pedidos: Faz aquela comida... Faz aquele prato que a mãe fazia... Faz um chimango... Faz um cuscuz... Faz uma muqueca... Faz um beiju... Um saco!!!
Mas, no fundo, eu me divirto e dou umas férias para minhas cunhadas que têm que aturar meus irmãos, esses verdadeiros encostos vivos!!!
Esse mês de dezembro eu não parei... Me animei para visitar alguns amigos que adoro:
(Amigona do peito, Cris, você é o demônio e eu o anjo... Se escrevam no canal! Prá quem gosta de esoterices, mas com conteúdo, essa é a mulher!)
1 - Cris Gimenez - Meu demoninho...
É assim mesmo que ela gosta de ser chamada... Como ela é uma wiccana, numeróloga e praticante da magia teúrgica (um tipo de magia de Anjos e Arcanjos... Super coerente... kkk!!!), não teve jeito, foi um tal de uma abrir tarot prá outra, e vamos as duas taroteando; depois fazendo mapas numerológicos e astrológicos... Sáb' cumé: quando feiticeiras se reúnem só dá nisso... Madrugada a dentro conversando sobre o invisível... Visita abençoada... Chovia, e a cada trovão uma risada, dizendo: "Tá vendo! É arcanjo Miguel respondendo... Olha aí, agora foi Uriel...", um sarro!
2 - Nilton Schutz e Lucio Morigi
(Palestra de Nilton em Consciência Cósmica, uma escola esotérica que aborda de tudo um pouco sobre os Mistérios do Ocultismo... Olha eu ali, na primeira fila...! - Apesar da data da postagem, essa palestra foi apresentada em 13 de dezembro.)
Depois, umas visitas aos palestrantes esotéricos mais queridos do Brasil:
Tive uma enorme oportunidade, única, de conhecer uma Ordem muito respeitada hoje em dia no Brasil: A Sociedade Brasileira de Eubiose. Essa ordem teosófica, legitimamente surgida no Brasil em 1921, impulsionada pelo grande interesse no ocultismo florescente na época, na Europa, nas pessoas de Madame Blavatsky e Aleister Crowley, que desafiaram a igreja católica que apoiou a 2ª Guerra. Ao se estabelecer no Brasil essa sociedade foi recebida com receio e cautela. Hoje, é um lugar onde muitos exercícios mágicos, tântricos, teúrgicos e goéticos são praticados com segurança por seus adeptos. Todos os fraternos foram muito queridos e receptivos para conosco, que representávamos a maçonaria de Vitória da Conquista. Nilton Schutz, hoje, é um de seus maiores divulgadores, e palestrou numa casa de eventos perto da Estação Ana Rosa do Metrô... Tristinho por ter participado de um acidente de carro com sua super moto, estava preocupado com seus dedos enfaixados compartilhando como estava sendo difícil ficar sem tocar seu violão, e como eram dolorosas as manobras da fisioterapia... - Momento legal para por em prática o que meus professores me ensinaram... Lúcio, é uma figura à parte...
Alegre, ele nos ajuda a entender o mundo paranormal com sua fala calma, simples e pedagógica... Você pode até achar ele um carinha esquisito... É... Você tem razão... Mas, se segura: Ele conhece o mundo todo... Tem mestrado em pedagogia, faz trabalhos e escreve livros em parceira com Gasparetto, e sua forma de falar conquista qualquer um, por sua simplicidade e abordagens objetivas, porém, despretensiosas e empáticas... Aqui, vaidade não tem espaço, não! 3 - Natal com irmãos e amigos!
(Minha família: tios e tias, padrinhos e madrinhas, primos e primas.)
E, no dia 24 e 25, Décio fez um super esforço para reunir toda a família, num almoço em seu apartamento... Lindo! - Isso se deve:
Todos nós, Décio, Fernando e eu, que estávamos nos preparando para uma viagem tão desejada, será que voltaríamos?! - Foram tantas dificuldades... A empresa de turismo mandava mensagens, na última semana, de hora em hora, informando que estava chovendo muito, que os celulares não estariam funcionando, que tal lugar estava interditado, que o hotel havia mudado por outro... afff...
(Viagem esotérica pelo Brasil e América Latina só pela Era de Aquárius que organiza e subsidia com profissionalismo e carinho sua estadia e roteiro!)
(Caverna da Gratidão na Serra do Roncador... Começando do fundão, da esquerda para direita: Gustavo 1, Juninho, Branco, Thiego Novais (recém-chegado de Londres!), Décio (meu irmão de camiseta vermelha), Solana, Santiago, Soraia, Laércio, Gustavo 2 (de camiseta azul, meu primo), Adriana (esposa de Fernando e minha super cunhada/irmã), Galego (de camiseta vermelha e portando o "Facão da Salvação", e Tiagão, na frente. Nas cavernas só podem entrar de 10 em 10 pessoas, com muito choro, Galego, o guia, permitiu essa multidão! Brigadú!)
E aí, apesar do medo e receios, nos encontramos no Aeroporto de Congonhas com mais 6 amigos de Vitória da Conquista, e nos dirigimos para a Serra do Roncador.
(Max Brito, fraterno, impressionado com o Canyon da Serra do Roncador... Na era Paleolítica, o Sul do Brasil foi um oceano. Após a última Era Glacial, essas partes foram expostas por conta do reposicionamento das placas tectônicas que constituem as Américas.)
Eu havia te falado que meu irmão Fernando gostava de Star Wars, lembra? Então... Lá vamos nós com mais 37 pessoas, ao total 40 serumaninhos, passar uma noite e dois dias na Serra do Roncador na busca e palestras sobre os Extra-Terrestres...
Cara, bizarro...!
(Parece o sol, mas não é! Foi um orbe fotografado pelo Fábio, um de nossos companheiros, mas visto por todos nós! Dá prá entender porquê as câmaras tiltam com esses tipos de aparições: a luz e/ou radiação são realmente intensas, fixar os olhos nisso dói até mesmo agora pela foto... Até parece que ela ainda contém uma memória do além querendo comunicar algo...)
Fernando, Isabelle e eu já vimos muitas luzes estranhas nas noites de Vitória da Conquista e Livramento... Extra-terrestres... Pode ser... Mas para uma magista como eu, não posso me render a este tipo de argumento, até porque, existem muitas confusões que fazem com que essa nova onda filosófica confronte-se com a Teologia, Ciência e História; e, numa mistura confusa e medonha, surge uma única argumentação para tudo: "Somos frutos de Extra-terrestres" (?!?). Para nós magistas, os orbes luminosos podem ser desde elementais e entidades védicas da natureza, quanto Mestres e desencarnados da Esfera de Malkut, interpretados por muitos como anjos e/ou espíritos, além de fenômenos bioluminescentes resultado de energia residual eletromagnética de outros magistas. Se há extra-terrestres, e nós sabemos que há, eles deixaram para nós aqui uma teologia muito bem fundamentada nas energias eletromagnéticas das quais eles próprios utilizavam através de monumentos megalíticos.
(Fernando sempre está com uma câmera no seu carro... Essa luz nós vimos aqui em Vitória da Conquista quando ele veio passar suas férias com nossa família em 2010.)
"Após voltar Abrão de ferir Querdolaomer e aos reis que estavam com ele, saiu-lhe ao encontro o Rei de Sodoma no vale de Savé que é o Vale do Rei.
"Melquisedeque, rei de Salém, trouxe pão e vinho; era Sacerdote do Deus Altíssimo; abençoou Abrão, e disse: Bendito seja Abrão pelo Deus Altíssimo, que possui os Céus e a Terra...
"Ao pôr-do-sol, caiu profundo sono sobre Abrão, e grande pavor e cerradas trevas o acometeram.
"...e eis um fogareiro fumegante, e uma tocha de fogo que passou entre aqueles pedaços. Naquele mesmo dia fez o SENHOR aliança com Abrão..."
Livro de Gênesis 14:17-20 e 15:12, 17 e 18
(Licença para entrar nas conspirações pancadas do mundo! - Mas, sim, George Lucas imaginou, juntamente com seu amigo Joseph Campbell, um tipo de teologia que pudesse ser universal e comum para qualquer criatura inteligente no Universo: Que a Força Eletromagnética esteja com você! )
Contudo, o ponto luminoso ficou parado, pairando. Não emitia som nem calor, apenas uma luz muito ofuscante, que não dava para ficar olhando por muito tempo, como se fosse realmente um sol. Ela exalava um tipo de energia telepática fazendo com que nossa mente não pensasse em mais nada, não temesse, e na qual todos os integrantes de nossa equipe percebessem claramente que o orbe se comunicava emanando calma, contudo, exigindo respeito e nenhuma aproximação. Assim como surgiu, sumiu, esmaecendo no ar.
(Este é o novo aeroporto de La Paz, na Bolívia, chamado Aeroporto Apolo; ele foi recém inaugurado e estava assim, vazio em 28 de dezembro de 2016.)
(Em La Paz foi criado um tipo de teleférico, como no Rio de Janeiro, que cruza alguns bairros periféricos da cidade para servir como um transporte alternativo. É legal, mas achei um investimento caro para mostrar isso que você vê: Uma cidade em eterno estado de construção onde os moradores iniciam suas obras, mas não conseguem ter subsídios suficientes para terminá-las.)
(Não é uma pessoa fantasiada turisticamente para o público visitante do país. As pessoas se VESTEM assim mesmo na Bolívia!!! Essa cartolinha coco que parece anacrônica para uma cultura latina, representa os crânios alongados dos reis tribais do passado e identifica um clã e/ou família.)
(A impressão do viajante brasileiro que chega, é que você está entrando num mundo que ainda não aconteceu, tipo: Parece que você está adiantado 25 anos no tempo onde carros, roupas e músicas são antigos e ultrapassados ... É a mesma sensação que a gente tinha quando podia visitar a Europa ou EUA, era como se o Brasil estivesse congelado em sua cultura e política... Bizarro... Ah! Como você deve saber a Bolívia foi por muito tempo um dos territórios favoritos para o contrabando de produtos piratas vindos dos EUA e China, então, ainda hoje, falar o inglês, na verdade um espanglês, é algo comum e positivo para as divisas do país.)
Entre os integrantes de nossa viagem de 40 pessoas, estavam professores de várias graduações portando pós-graduações, profissionais técnicos em engenharia, informática, direito e saúde. Ninguém soube explicar o que foi aquilo...
(Visitar países na nossa América Latina é algo constrangedor e impactante... Só assim para o brasileiro entender e valorizar o Brasil... Bolívia é um país que cresce desordenadamente. Apenas o centro urbano da capital é organizado, os bairros e cidades periféricas assemelham-se as favelas do Rio de Janeiro. Acima, uma feira muito popular em La Paz, a Feira das Bruxas, onde qualquer tipo de artigo esotérico, espiritual e/ou brúxico que você imaginar, você encontrará aqui... Muito legal o sincretismo religioso da Bolívia, mais rico que no Brasil...)
Bom... mas calma, nós estávamos apenas começando... Quinze pessoas de nossa equipe nos deixam e continuamos nossa peregrinação pelos lugares sagrados das Américas.
Nossa chegada à Bolívia foi um choque, não apenas cultural, mas térmico também. A cidade está passando por um período de seca desde o inverno passado, onde as chuvas tem sido escassas. A atmosfera, estranhamente rarefeita, é fina e seca. Ficar com uma garrafa de água nas mãos é importante, o interessante é que, apesar do sol brilhante, um ar frio corta o país fazendo a gente, de tempos em tempos, tirintar os dentes...
(As famosas pedras "H" de Puma Punku.)
(O complexo arquelógico está localizado em Tiwanacu, na Bolívia, uma cidade que leva 1h 30min para chegar lá, de La Paz. A gente encontra estudantes e professores de História de vários lugares do continente todos os dias...)
Passamos a noite nos adaptando e conhecendo a cidade, e pela manhã, fizemos nossa primeira parada turística: Puma Punku.
(Sempre acreditou-se que houve um grande terremoto que "espalhou" uma cidade construída há muito tempo atrás. Atualmente, com a ajuda de equipamentos de ressonância magnética e ultrassom, sabe-se que o que aconteceu mesmo, foi uma enorme inundação local.)
Puma Punku é uma cidade antiga. Existem controvérsias sobre sua existência, mas a cultura local faz com que o arqueólogos tenham que admitir uma data aproximada de até 27.000 a.C, mas tecnicamente, este complexo está datado por volta de 500 a.C.
(O que nos intriga, quanto estudantes do assunto, é que este detalhe em específico é encontrado por todo o continente em tapetes, roupas e potes; mas o complexo é mais antigo do que os assentamentos de qualquer cidade anterior... Então, seria Puma Punku a primeira cidade das Américas do Sul?!)
(Olha que entalhes mais estranhos... São únicos em toda a América do Sul e Central.)
(E com a vista dessa poderosa porta, nos despedimos de Puma Punku e de seus mistérios insondáveis... Acima, a Porta do Sol possui um calendário representado por seres alados em seu topo de 27.000 anos a.C. No centro, reina o Deus máximo do panteão inca, Viracocha, segurando as duas colunas de força que sustentam o universo. A lenda conta que ele entalhava as pedras que se animavam e começavam a construir tudo o que ele quisesse...)
Uma vista instigante, onde a integridade das rochas, pedras e muros, de fato, impressionam. De fato, é como os programas sensacionalistas falam: há uma exatidão estrutural desconcertante por todo o lugar. Um ou outro ponto do complexo, vê-se realmente uma interferência mais recente do homem primitivo. Mas, no geral, há uma modernidade e/ou um design incompreensível nas estruturas, não compartilhado ou transferido para nenhum outro assentamento urbano do país ou das Américas.
(Este programa exibido em 2014 pelo Canal History foi o responsável para fazermos essa viagem instigante...)
O que a gente vê de cara, é que sim, houve de fato um dilúvio que conseguiu fazer o nível do mar subir até aquele platô de 3.900 metros de altitude, desorganizando as pedras que "rolaram" de algum outro lugar até chegar ali, por ser encontrada a presença de fósseis de crustáceos e conchas. Puma Punku tem um perfume maravilhoso no ar, ao qual os nativos dizem pertencerem as flores das plantações de Coca quando se abrem. As pequenas e delicadas florzinhas brancas são lindas e semelhantes ao jasmim... Com certeza essa planta exala sacralidade, e não o vício que as mentes de homens perturbados a relegaram. Curiosidade: A coca é uma planta comum em toda a Bolívia, mastigada por todos os habitantes de qualquer idade. Lá, a relação que eles cultivam com a planta é a mesma que a gente possui para com a mandioca ou o milho: É importante, faz bem, e só isso... O homem branco é que deturpou seu uso. - Cara, faz a gente salivar prá caramba!
Minha conclusão de Puma Punku é que parece que você está andando numa enorme fábrica de blocos pré-moldados para alguma construção futura. Não dá para ignorar os encaixes e partes, que são obviamente para dar algum suporte a algo maior.
Próxima parada, Peru! Depois da Bolívia, é como se a gente entrasse numa Itália aqui nas Américas...
(O aeroporto Jorge Chávez é impressionantemente limpo! Tudo tão organizado e calmo, tão diferente dos aeroportos do Brasil, sempre tão barulhentos e caóticos. Chegada tranquila e pouso suave.)
(A parte externa também é bonita e organizada. Como qualquer cidade das Américas, menos no Brasil, graças a Deus, Lima tem um tremendo problema de efeito estufa. Em alguns momentos do dia a cidade fica com o ar pesado, poluído, rarefeito e quente ao respirar. O efeito El Niño causa isso em todo o nosso continente...)
Sim, Peru é uma cidade muito bonita e desenvolvida, e desde a sua fundação priorizou a educação implantando a universidade mais antiga das Américas: Universidad de San Marcos, fundada em 1551.
(Universidad de San Marcos, Lima, Peru, setor acadêmico de Medicina e Farmácia.)
O Peru sempre foi um centro de forte espiritualidade das Américas, possuindo as pirâmides mais antigas do continente e tão antigas quanto as do Egito.
(Complexo arqueológico de Caral, norte do Peru; ali encontramos as pirâmides mais antigas do continente, encontradas até o momento. Aqui foi encontrada também a múmia mais antiga das Américas, chamada de A Senhora ou Dama de Caral, provavelmente uma rainha/sacerdotisa que comandou essas terras.)
(Lá no fundo o que parece uma montanha natural é a erosão de uma construção feita por mãos humanas, uma pirâmide escalonada ruída pelas fortes chuvas causadas pelo efeito El Niño na região. O local é sagrado desde tempos remotos, e os habitantes não ensinavam como chegar na região, mas em 1975 um arquiteto visitou o sítio e pediu ao governo para que fosse feito estudos e escavações. Esse local só chegou ao conhecimento das autoridades locais em 1905, após muita briga com os moradores locais, apesar de existir há mais de dois mil anos.)
(Um relógio solar na praça da cidade sagrada.)
A gente rumou para o norte e terminaríamos nossa viagem em direção ao Sul. E nossa visita ao Peru continua no deserto de Nazca, um local de clima desértico, estranhamente silencioso, onde nem vento se ouve por ali. Apesar de que em Caral você ouve o vento "gritando" na sua orelha o tempo todo, em Nazca ocorre outro fenômeno, um silêncio mortal.
(Para o visitante que deseja fazer o passeio terrestre, porque realmente, os aviões do Peru para esse passeio são de meter medo, a Era de Aquárius disponibiliza uma equipe de carros robustos para levar os visitantes ao deserto. Acima, o geóglifo chamado de a Árvore.)
(As linhas de Nazca são definidas atualmente como caminhos cerimoniais, nos quais os antigos habitantes das Cidades de Nazca, por motivos de falta de chuvas, faziam oferendas aos deuses de seu panteão. As linhas não possuem uma coerência ou padrão. O único padrão perceptível é o próprio geóglifo. A famosa imagem de uma baleia, num deserto que está a milhares de quilômetros do mar...!)
O calor neste deserto é um mormaço que começa na metade do seu corpo para cima. Na parte inferior, ou seja, perto do chão, você sente um vento ou um ar mais frio. Do seu joelho para cima há uma mudança de calor perceptível que vai só aumentando comprimindo seu corpo, dando uma sensação de pressão arterial alta, incômoda e constante. É como se você caminhasse numa nuvem invisível de duas atmosferas diferentes.
(Os montículos da foto são oferendas de potes quebrados deixados pelos antigos habitantes. Pelas pesquisas feitas foram encontrados resquícios de mel, água e grãos de milho. Essa seca já perdura há mais de 400 anos na região, e sua população começou oferecer aos deuses aquilo que eles não tinham... Sabe-se também que não foi apenas um grupo distintos de pessoas que fizeram essas linhas, mas muitas tribos, sobrepostas historicamente em épocas diferentes, fazendo o mesmo percurso pelos mesmos motivos.)
(As chuvas torrenciais, quando ocorrem deixam esses sulcos profundos levando uma enorme quantidade de terra para os vales mais baixos. É uma visão marciana ou lunar... Faz mais de 5 anos que não chove em Nazca. Se você olhar com mais atenção verá outro geóglifo bem famoso: o beija-flor ou colibri.)
No deserto de Nazca a gente não vê animais, pássaros ou plantas. Numa altitude de 2.400m acima do nível do mar, o deserto não predispõe uma linha de árvores. A terra estala sob seus pés; a cor do solo não rebate as radiações do Sol fazendo com que o calor fique concentrado; a sensação térmica é insuportável...
(O bimotor P68, novíssimo, pertence a uma empresa de turismo que me esqueci o nome... Contratada pela Era de Aquárius, disponibilizou o modelo padrão para visitar o deserto de Nazca: 3 tipos de sobrevoo, a escolha do vistante. Cada voo custa 100 dólares por passageiro, mais taxa de 20 dólares para o aeroporto. A aeronave pode levar de 3 a 4 pessoas, dependendo do peso de cada indivíduo. O modelo acima é panorâmico e foi uma aquisição recente.)
A Era de Aquárius disponibilizou um bimotor P68 e fez 5 viagens levando consigo alguns membros de nossa equipe para sobrevoar Nazca. Cada viagem leva por volta de 1h a 1h30min.
(Tirei mais de 50 fotos da região, ficou difícil escolher as melhores para essa postagem... Hoje, existe outra teoria que poderia explicar as figuras do deserto de Nazca: Elas seriam frutos das observações da noite do deserto, que infelizmente não pude presenciar, que dizem os guias, se formam entre as principais constelações outros padrões de desenhos entre uma estrela e outra, na escuridão do céu.)
Há outra viagem por terra, mas nem se compara com o passeio aéreo... Mas, você sabe, voar não é prá qualquer um, principalmente quando a questão são aviõezinhos. Décio e Fernando "mijaram prá trás" e eu tive que honrar a coragem da família. Minha conclusão sobre as linhas de Nazca é que não há nenhuma referência de que de fato possa ter havido algum tipo de pista de pouso ou interferência de alienígenas. As linhas são muito estreitas para isso, mal dando para uma pessoa passar. Apenas um platô teria uma largura, mas não comprimento, para o pouso de alguma aeronave. Não procede essa insistência por acreditar que as linhas são resultados de caminhos ou pistas para óvnis.
(Vídeo apresentando a riqueza de Machu Picchu e as redondezas locais.)
As linhas, sim, são fruto de interferência humana, como a quantidade enorme de cerâmicas encontradas, atestam. As cerâmicas ainda nos mostram por meio de suas figuras, o quanto o deserto foi um lugar próspero, com animais, vegetação e, provavelmente com um braço do mar chegando por alguma parte daquela região. Fizemos um teste a pedido dos guias da viagem: Uma caminhada num mesmo trajeto por 5 pessoas, sulcou a terra revelando o calcário branco que é o que dá vida aos geóglifos. Ou seja, foi algo humano, e evidentemente feito por motivos religiosos, como tudo nessa época da humanidade.
(Para subir até a Montanha de Machu Pichu, você irá contorná-la através de pequenos vagões motorizados ou trens, que levam os visitantes até próximo a cidade. Antes, você irá passar por pequenas pontes que parecem frágeis pelo tamanho e peso dos trens, mas vale a penas, para ver esses pequenos riachos, fruto da drenagem feita pelos incas lá em Machu Pichu. Acima, o riacho Águas Calientes.)
(Mas para chegar mesmo, só passando por esses caminhos estreitos. Exigem muita atenção, e é muito comum escorregões e acidentes. Sim, muitos visitantes caem nessa ribanceira de mais de 10 metros, mas estranhamente não ocorrem fraturas, pois a grama vai amortecendo a queda e os impactos. É um dos caminhos mais fáceis para se chegar à cidade sagrada, pois os outros caminhos foram destruídos, provavelmente pelos soldados do rei Pachacuti.)
Machu Pichu ou Montanha Anciã, é um lugar sagrado para os incas. Construída sob as ordens do imperador Pachacuti, provavelmente, esta cidade era um local de descanso para toda corte real, que devia subir as montanhas nos equinócios, preparando-se espiritualmente para as tarefas antes do inverno e verão.
(Antes de começar a visita, um guia turístico credenciado pelo governo, chama os grupos turísticos e apresenta a história do lugar. Os visitantes têm duas opções: As instruções podem ser dadas em inglês ou em espanhol. Acima, Lupe Lazar, guia de Machu Pichu há mais de 20 anos, e dona de um inglês impecável!)
(Complexo da Corte e dos serviçais.)
(A tão famosa vista de Machu Pichu.)
Mas antes de chegar até a montanha, você passará por vales e riachos, um que é lindo, é chamado de Águas Calientes pela velocidade que elas percorrem seu trecho, pois mesmo no inverno o riacho não congela.
(Vira e mexe uma nuvem passa pela montanha deixando sua umidade em tudo... As lhamas são um show à parte: são simpáticas e interagem com os visitantes. Não podemos alimentá-las, mas ficam ligadonas quando alguém está comendo alguma coisa. Parecem cachorros, e sua proteção é como os cangurus da Austrália ou as vacas na Índia, ninguém toca!)
O local é lindo, calmo e cheiroso. A temperatura é amena, ali, você não sente de forma alguma os efeitos da temperatura saturada que percebe-se na linha do mar. É silencioso, pode-se ouvir o vento ou pássaros a distância, a localização produz um tipo de eco natural, que se você apurar bem o ouvido, poderá ouvir de tudo um pouco. Existem pequenas flores e bromélias aqui e ali. E as lhamas são tão habituadas com os seres humanos, que parecem mais cachorros ou gatos. São bem espertas, sabem quando os visitantes estão comendo ou podem lhes oferecer algum petisco, apesar de que é proibido alimentá-las.
(Olha os ângulos deste corredor de acesso... Sim, a complexidade das pedras nos deixam de boca aberta, e com uma pergunta na cabeça: como?!?)
A cidade imperial conta com 3 grandes complexos: o 1º complexo são 2 templos com funções bem distintas, para adoração e acomodação das múmias dos antigos imperadores ou sacerdotes; o 2º complexo para a corte do rei, um setor com vários quartos bem separados como um hotel; e o 3º complexo, os aposentos ou palácio do rei, um ambiente com 5 nichos bem organizado e o mais alto de todos.
(A pedra mais intrigante da montanha, também é a mais importante. Acredita-se que Pachacuti vinha até aqui com seus sacerdotes para fazer oferendas de grãos, flores e sangue, em agradecimento a Pachamama, a Deusa Mãe.)
As pedras são realmente impressionantes em seu encaixe... Não há como mãos as sustentarem, pois elas são arredondas e lisas em suas faces. Há teorias, ainda não comprovadas, de que os antigos incas faziam suportes para apoios de cordas ou toras de madeira para mover os megalitos. É complicado aceitar essa argumentação, pois as pedras são muito pesadas, apesar de que a confecção de cordas é algo singular em todo Peru, sendo exportado para todo o continente naquela época. A discussão termina com as toras de árvores, já que o Peru não conta com vastas florestas, e nem Machu Pichu possui uma linha de árvores robustas que possa conter tamanho projeto de construção.
(A flora de Machu Pichu é bem diversificada em suas cores, contudo baixa e rasteira... As florzinhas brejeiras, nascem em toda parte entre as rochas. Elas tem um perfume bem suave e atraem vários insetos. São azuis, vermelhas, amarelas, lilases. Salpicam todo o vale, e dá vontade de colhê-las, mas elas morrem muito facilmente... Você vê em muitos momentos, orquídeas maravilhosas e bromélias enquanto passeia de um ponto ao outro do complexo. Os florais do vale Machu Pichu são muito procurados.)
Machu Pichu é uma tentativa de integrar uma sociedade com as forças da natureza. Toda cidade inspira e expira essa busca de integração com os sagrados seres da natureza. Os incas sabiam que sua existência naquela terra dependia de algo mais do que apenas conquistas por territórios, saques, ou colheitas de grãos. A preocupação com a água, sua utilização por todos os moradores dos complexos, a utilização da gravidade como mecanismos simples de calhas e orifícios nos muros simulando torneiras ou fontes, foi o que mais me impressionou. Machu Pichu ainda é um sítio arqueológico onde vários setores estão interditados às visitações. No entanto, o que está liberado ao público é de tirar o fôlego. As visitas devem ser agendadas pelas empresas de turismo credenciadas pelo governo do Peru, que agrupam todos os dias, menos nos domingos e feriados, grupos de visitantes de várias empresas de todo o mundo, perfazendo um número limite de 50 visitantes diários. Como nossa equipe já estava agendada a 1 ano, fomos os únicos a caminhar no lugar com mais 5 alemães que também visitavam a montanha.
(Chegada ao México.)
O México é um país que leva você sentir alegria e o aconchego de calorosas boas-vindas. Os mexicanos são muito "família", e adoram conversar com qualquer visitante, independentemente da nacionalidade. Sempre se diz que o Brasil é um país hospitaleiro, mas, sendo brasileira, e conhecendo algumas cidades de nosso país, eu diria que isso é um equívoco! Para mim, atualmente, a verdadeira cidade hospitaleira das Américas é o México!
(A Pirâmide do Sol na cidade de Teotihuacan; um complexo que possui duas grandes pirâmides, duas enormes praças e uma grande passarela que no passado virava um espelho d'água nos tempos das chuvas.)
Apesar da política complexa há décadas, da cultura religiosa católica e rígida, os mexicanos são alegres, donos de uma culinária maravilhosa e inigualável em todo Continente, e é o país que você vê mais traços indígenas na população como um todo. Por conta da colonização espanhola, todo país de nosso continente que fala espanhol, tem por hábito gostar de pessoas brancas e de olhos azuis. Parece que eles, em seu inconsciente, acreditam que esse biotipo possa conter algo de positivo ou "rico" para oferecer... Por isso, existe, por assim dizer, um tipo de preconceito perceptível: Se você for branco, loiro e de olhos claros, você terá muita atenção e serviço à disposição.
(As casas de outros moradores da cidade de Teotihuacan.)
O aeroporto internacional do México, Benito Juárez, é tão barulhento quanto os aeroportos de Salvador e Rio de Janeiro. Para você chegar às pirâmides de Teotihuacan, você pode contratar táxis, comprar uma passagem de ônibus ou, como no nosso caso, ir subsidiado por uma empresa turística. As visitações são abertas para todos os dias da semana, não necessitando nenhum tipo de agendamento. Contudo, também não existem guias credenciados suficientes para todos, então os guias não-oficiais tomam conta e exigem pagamentos diferenciados em dólar, mas todos são muito simpáticos.
(Detalhes da Pirâmide da Lua em Teotihuacan.)
A visitação da Catedral de Nossa Senhora de Guadalupe é obrigatória, se você for até o México. Com uma nova basílica, ostentando um pequeno manto feito de palhas de milho e piaçava, foi "imprimida" a imagem de Nossa Senhora que apareceu no monte Tepeyac, na Cidade do México, conforme a lenda.
(A Pirâmide do Sol em Teotihuacan era uma busca em transformar esse volume de pedras numa imitação da montanha cósmica que formou os primeiros Aztecas.)
(Se você souber onde estou nesta foto, lhe dou um prêmio!!!)
Por que Guadalupe? Bem, na verdade, já existia uma Nossa Senhora de Guadalupe, só que na Sevilla, Espanha. Porém, o que aconteceu? Como quem a viu foi um homem pobre, agricultor e que ainda falava seu idioma indígena, ocorreu uma corruptela (ou não!) quanto ao nome adotado, e como quem ouviu a história foi um padre espanhol, então ficou o dito pelo não dito.
(Vista da Basílica nova de Nossa Senhora de Guadalupe. Ao lado e a direita a catedral antiga.)
Ao que tudo indica, Nossa Senhora usou a língua Azteca se identificando como "Nahuatl de Coatlaxopeuh", que pronunciado em espanhol, soa como algo parecido a "cuatlasupe", confundido posteriormente com "guadalupe". Aparentemente, Nossa Senhora chamou-se a si mesma de "A Senhora que pisa a serpente". Nossa viagem pelas Américas foi muito tranquila, e não transcorreu nenhum imprevisto, graças aos Mestres!
(Interior da Basílica de Nossa Senhora de Guadalupe. E, com tantas promessas de dificuldades para este ano, o melhor é acender uma velinha e fazer algumas orações...!)
No entanto, eu já estava morrendo de saudades de casa, e de minha filhota, que tive que deixar em São Paulo por conta do vestibular da Uesb. Ela nos acompanhou até a Serra do Roncador e, depois, foi completar suas férias com o pai. Ela me presenteou com mais uma surpresa.
(Milha filhota linda... Ela me odeia porque eu fico sempre tietando, e porque ela é tão tímida quanto eu... Mas fazer o quê?! Eu sou mãe coruja, mesmo! Eu te amo!!!)
É como eu já lhe disse: É uma filha maravilhosa, estudiosa e com um grande futuro pela frente. Que Deus, e os Mestres a abençoe! Eu a abençoo! Férias boas, mas agora o que me espera é muito trabalho e estudo. Agora é hora de colocar no papel toda a experiência que essa viagem me deu para compor minha monografia do Mestrado em História. Ah... Emagrecer... Caramba, eu comi muito nessas férias e, agora, é correr, literalmente... Beijos à todos, e nossas postagens voltarão ao ritmo normal na próxima semana. .:. Meus Agradecimentos: Aos meus tios, padrinhos e primos por sempre estarem conosco ajudando a superar a falta que nossos pais nos fazem sentir, sempre...! A Décio, por sua liderança familiar, paciência, disciplina e desprendimento em sempre estar me recebendo, recebendo nossos amigos e familiares em seu apartamento, sem nunca questionar ou ficar nervoso com toda a movimentação que fazemos ali. Um enorme beijo para minha sobrinha que já está uma mocinha, Aline Moraes Oliveira e, sua super mãe, Sibeli. À super câmera digital de Fernando que filmou e tirou todas as fotos apresentadas nessa postagem... Fê, você sabe que eu ti amo, e a Adriana também! Brigadú pela paciência comigo! A pedidos de nossa equipe de amigos e fraternos não publicamos mais fotos quanto gostaríamos na composição dessa postagem, afinal, este blog já conta com mais de 300.000 visualizações, expondo nossa privacidade. Mais imagens, dados sobre essa viagem e matérias anexas, estarão à disposição no Departamento de História e Biblioteca da Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia - Campus Vitória da Conquista-BA, resultado da Tese de Mestrado "Memória, Linguagem e Sociedade: As Conexões Místicas e Religiosas do Brasil e das Américas", da prof. Sara Cristine Moraes Oliveira, disponível a partir de julho de 2017.