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Pequeno Dicionário Hinduísta

ADVAITA VAIDANTA – MANTRA

Mantras são sons ou palavras cuja repetição sucessiva influi sobre a mente, levando o indivíduo a estados extraordinários de consciência. O mantra sagrado e supremo, o OM pronunciado como "A UM", é o absoluto.


ELEFANTE

Simboliza paz, poder, sabedoria, força e prosperidade. No Nepal e na Índia, é Ganesha, o deus sagrado dos hindus, que é invocado para ajudar a vencer qualquer obstáculo, representando assim a vitória.

No Tibete, é aquele que sustenta o mundo, e em toda a Ásia é a montaria dos soberanos.

Na Idade Média foi símbolo da castidade (durante os dois anos em que a fêmea está em gestação, o elefante macho se mantém em abstinência sexual, junto da companheira), da temperança e da precaução.


LÓTUS

Lótus, loto ou nenúfar é o nome dado a diversas plantas da família das ninfeáceas.

Comum na Índia e no Egito onde apresenta um valor simbólico muito importante. No Budismo e no Hinduísmo uma flor de lótus ainda em botão representa as possibilidades infinitas. Quando está aberta simboliza a criação do Universo. Símbolo da elevação do espírito, da luz, da meditação, da pureza e da imortalidade.

A flor de lótus de “mil pétalas” é a espiritualidade em seu mais alto grau de perfeição. Na Idade Média, os cristãos acreditavam que a semente de lótus tinha a capacidade de conter os impulsos sexuais, sendo por isso recomendada como medicamento para padres e freiras. A raiz de lótus, dizem, que serve como adstringente e anti-inflamatório.

Nota: O gênero Nelumbo spp. foi transferido para uma família da ordem Proteales. O lótus-sagrado ou lótus-indiano (Nelumbo nucifera) é a flor sagrada nacional da Índia!

Ninfeácea é uma família de grandes ervas aquáticas, floríferas, espalhadas pelo mundo inteiro. Temos as ninféias (referente às ninfas da mitologia grega) e as vitórias-régias presente no Parque Nacional da Amazônia, por exemplo.


MANDALA

De origem hindu, muito difundidos entre os budistas tibetanos, os mandalas são desenhos circulares usados para meditação. Simbolizam a harmonia do Cosmo e a perfeição divina.

Diagrama composto de círculos e quadrados concêntricos que significam uma totalidade natural, uma perfeita integração. A palavra hindu, em sânscrito significa “círculo mágico” e, designa a representação simbólica do núcleo do psiquismo humano, sendo usado como instrumento de meditação e busca da paz interior. Os mandalas estão presentes na arquitetura de templos de diferentes regiões, danças, símbolos e pinturas sagradas.


VACA

Animal sagrado para os hindus, simboliza a maternidade, a fertilidade, a esperança, a alegria e a criação da vida. Também é apontada como uma condutora de almas e os budistas vêem na vaca de cor branca um símbolo da iluminação espiritual do homem.


YANTRAS

Desenhos hindus em formas geométricas e cores vibrantes que representam as divindades e são utilizados para a meditação.


Mitologia Nórdica - Parte 2

Pequeno Dicionário da Mitologia Nórdica


Alfheim – Elfos da luz e Elfos da noite, Freyr.

Asgard – O céu dos deuses nórdicos ou o mesmo que o Olimpo da mitologia grega. Significa “residência dos chefes”. Sua ligação com a Terra, a quem chamam de Midgard, se faz através do arco-íris Bifrost. O arco-íris mostrava a entrada de Asgard que era guardada por Heimdall (deus do arco-íris), contra os gigantes e monstros.

Baldur ou Balder – Filho de Odin e Frigga, Baldur era muito bonito e dizia-se que a sua aura resplandecia como uma luz sagrada, pois era a personificação do Sol. Deus do Sol, da juventude, da beleza, da bondade e da sabedoria. Vivia em Asgard. De acordo com os mitos, o deus era atormentado por pesadelos que lhe prediziam morte prematura.

Ele tinha um rival que lhe invejava a juventude e a beleza, esse rival era Loki, o deus do fogo; este disfarça-se de velho e conquista a confiança de Frigga, descobrindo assim, que ela conseguiu fazer todos os seres do País do Meio jurarem que não fariam mal a seu filho, com exceção do humilde visco (uma planta, parasita). Loki faz um jogo de dardos com um broto de visco e persuade então o deus cego Holdur a arremessá-los contra o jovem deus. Baldur cai morto imediatamente.

Baldur ressuscita muito tempo depois no acontecimento cataclísmico da mitologia escandinava, conhecido como Ragnarok. Baldur era loiro (seus cabelos lembravam o ouro) e tinha grandes olhos azuis.

Dia: Domingo.

Planeta: Sol.

Mitologia: Apolo, Adónis, Jesus Cristo.

Bilkirnir – Bilskirnir – O maior palácio de Asgard, com 540 salas onde morava Thor.

Bor – Bur – Filho de Buri, casou com Bestla (gigante, filha de Botthorn) e com ela teve 3 filhos: Odin, Vili e Vé.

Egill Skalla – Grimsson – O mais famoso mago rúnico da era viking. Além de possuir dotes mágicos, foi um guerreiro de tremenda força física. Seus feitos lendários foram reunidos na Saga dos Egils.

Eira – Tem a habilidade da medicina para todas as mulheres. 

Frey – Freyr – Frö – Fre – Deus nórdico da fertilidade. Ele é representado por um gnomo sentado de pernas cruzadas com um capuz pontudo e um grande pênis ereto. A palavra Frey significa “Senhor”. Deus fálico da paz, da felicidade, da colheita e da abundância. Não se faziam sacrifícios em sua honra.

Conhecido também como Vanir, adorado como divindade da fertilidade, da sabedoria, do amor e da paz, pelos povos escandinavos, anteriores à Idade do Ferro. Sua festa principal era celebrada na época da colheita no final de agosto. Frey dá a humanidade paz, casamentos e prazer sensual. 

Freia – Fröja – Freja (esposa de Odin) – A palavra Freya significa “Senhora”. Deusa da sensualidade e padroeira da adivinhação, era uma espécie de Afrodite (grega), ou Vênus (romana). Possuía um colar mágico que lhe dava poder de sedução, que obteve dos quatro gnomos, em troca de favores sexuais. Freya irmã gêmea de Freyr, filhos de Njord e Nerthus. Os irmãos representam o amor carnal.

O animal simbólico de Freya era o javali e o de Freyr era o cavalo. Diz a mitologia que Freya permitiu que Ottar, um de seus amantes, tomasse a forma de seu javali de ouro e conduziu-o até a terra dos mortos, para que o amado pudesse conhecer a sua ancestral, uma das sábias gigantas do outro mundo.

Freya também assume o seu lado negro, tomando a forma de uma égua, quando ela é invocada nos cultos da magia negra. Freya era irmã e esposa de Freyr, deusa da fertilidade, da sexualidade e do parto, é também a deusa dos mortos e do mundo dos espíritos.

Frigga – Frigg (esposa de Odin) – Rainha dos deuses e rainha de Asgard, a deusa-mãe era casada com Odin e à ele deu três filhos: Baldur (o bondoso e belo), Holdur (o cego) e Hermod (o ágil). Sempre sensata e prudente, além de exemplar divindade tutelar do casamento e da maternidade, também era a deusa da fertilidade, pois estava ligada ao casamento ritual realizado na primavera para encorajar o crescimento das lavouras.

Filha de Fiorgyn, irmã de Fulla (símbolo da fecundidade e aquela que guardava as jóias de Frigga) e irmã de Herda (também conhecida como Iord ou Jordi, a deusa Mãe-Terra), Frigga ou Frigg quer dizer: “A bem amada” ou “esposa” representa o amor maternal e humanitário.

Outra história de Frigga, porém menos usada, seria que ela era filha de Odin e Jord e nesse caso irmã de Thor. Frigga tinha cabelos longos, sempre usava um torc (colar de ouro) e usava também pulseiras nos braços e pernas.

Dia: Segunda-feira.

Planeta: Lua.

Mitologia: Hera (grega), Juno (romana).

Gna – A divina e veloz mensageira.

Hlin – A deusa que assegurava o consolo à dor dos mortais.

Holda – Deusa das bruxas, senhora da noite, da Lua e da feitiçaria, é representada sempre acompanhada de seu séquito de bruxas e pássaros noturnos.

Lofn – A padroeira do amor.

Loki – Deus da mitologia germânica, “o demônio”, filho obscuro de Odin.
Espirituoso e enganador, representa a sagacidade, a malícia construtiva e a astúcia, é completamente imprevisível. Deus do fogo e das trevas. Matou Baldur com uma flecha mágica feita de visco, uma planta que crescia agarrando-se ao carvalho. Seu filho é o lobo Fenris.

Nifilheim – País do Norte ou País dos Mortos, mundo das águas, trevas e frio (Hein significa lar, pátria, terra).

Njord – O deus Vanir do mar, era casado com Nerthus, era pai de Freyr e Freya. Controlava as ondas e os ventos, patrono dos pescadores. Outra versão da história era que Njord casou-se com Skadi.

Nornas – Norns – Eram 3 deusas ligadas à adivinhação e ao destino, e que teciam telas de algodão, representando o passado, o presente e o futuro de seus consulentes. Cada uma delas segura um fio da trama e elas, em sua sabedoria, decidem a longa ou curta vida dos homens e dos deuses. 

Odin (representa o espírito) – Também conhecido por Woden, Wotan ou Watan. O soberano dos deuses germânicos, deus dos deuses, senhor da magia, da adivinhação e da linguagem escrita. Odin ressuscitava os mortos, adivinhava o futuro e mudava de aparência à vontade. Era conhecido também pelo nome de Grin que significa: encoberto ou mascarado. Está associado a Hermes. Era casado com Frigga. O mestre das runas tinha a cabeça coberta por um capuz de pele branca, bolsa com amuletos que levava preso ao cinto e um manto com pedras na bainha.

Odin era, em primeiro lugar o deus da sabedoria, mas esta também não era uma virtude inata, como tudo na mitologia nórdica, pois o conhecimento custava esforço até aos deuses. Para conseguí-lo, Odin foi em humilde peregrinação até o poço de Mimir, para pedir-lhe a ciência que havia nas suas águas, mas o ciumento Mimir não cedeu o seu direito gratuitamente, senão que pediu em troca um olho do deus. Odin arrancou o olho sem duvidar e entregou-o a Mimir, que lançou-o para o fundo do poço. Uma vez bebida a água do poço, Odin soube imediatamente tudo o que se podia saber, até o fim que esperava do Universo e dos deuses, após a luta final, que teria que ter lugar no campo de Vigrid.

Saber tudo transformou o radiante deus num ser taciturno, dado que a carga da ciência, a responsabilidade do conhecimento, supunha também a maturidade, a consciência da temporalidade de todo o Universo, divino e humano. Mas esta tinha sido simplesmente a primeira etapa e o deus continuou o seu percurso, agora vestido de vagabundo procurando o sábio Vafthrudnir, para confirmar a validade do seu conhecimento, contrastando-o com o imenso caudal de sabedoria do gigante.

Seguindo conselho da sua prudente esposa Frigga, Odin apresentou-se perante o sábio como Gangrad, para dar início ao mútuo e mortal interrogatório, dado que o preço que tinha que pagar quem deixasse uma pergunta sem responder era o da própria vida. Primeiro foi o turno de perguntas do gigante, e Odin respondeu a todas e cada uma das questões apresentadas pelo sábio.

Depois correspondeu a Odin perguntar ao gigante todas as suas dúvidas, desde a origem do Universo até quais foram as palavras que o Pai supremo tinha dito ao seu filho Baldur junto da pira funerária. Com essa pergunta, o gigante compreendeu que se encontrava diante do próprio Odin, soube que tinha perdido o torneio e que o esperava a morte; mas não parece que assim aconteceu, pois nunca ninguém disse que Odin arrancou a cabeça do vencido gigante, dado que não queria conseguir a vitória sobre esse oponente, senão comprovar se a sua inteligência era suficiente.

Dia: Quarta-feira.

Planeta: Mercúrio.

Mitologia: Hermes.

Sigmund ou Sigurd (seu dia é comemorado em 23/04) – Herói escandinavo, foi o único que conseguiu retirar a espada de Odin, cravada numa árvore, e com ela obteve inúmeras vitórias em várias batalhas. Caçador de dragões é representado, na tradição cristã, por São Jorge.

Skuld – A virgem.

Snotra – A representação da virtude.

Syn – Guarda do palácio de Fensalir.

Terra de Erik – Povoado localizado a noroeste de Brocelândia, é habitado por descendentes de vikings que mantém as mesmas tradições de séculos atrás. 

Thor – Thor era conhecido também como Donnar, Donar ou Donner. Este deus era amplamente cultuado pelos vikings e tido como “Senhor do Trovão, Senhor do Céu e das Chuvas Benéficas, Senhor dos Trovões, Trovoadas, Relâmpagos, Raios e Tempestades”. Venerado como “Príncipe dos Deuses”, pois presidia e governava o céu, o trovão, o ar, o vento, as chuvas, as tempestades, o tempo bom, as colheitas, as frutas da Terra. Ele também combatia a doença e a fome, e está associado aos feitos de resistência sobre-humana. Tinha por função proteger homens e deuses da influência negativa dos gigantes, sendo defensor de Asgard contra seus inimigos.

Thor é filho de Odin com Herda e, devido a isso, seu nome era muitas vezes associado à fecundidade e às questões agrícolas. Um homem enorme e belíssimo guerreiro de longos cabelos e barba ruiva, detentor de apetite voraz, sede incontrolável, voz estrondosa e penetrantes olhos que chispavam como fagulhas, empunhava um cetro assemelhando-se a Júpiter.

Usava um cinturão de ferro e o seu famoso martelo, que era sua principal arma, o martelo Miolnir ou Mjolnir, signo que faziam os crentes para pedir proteção divina. Era um artefato mágico que sempre retornava às mãos do poderoso guerreiro como um bumerangue, servia para dar validade e sagrar um casamento e os demais atos judiciais.

Também para marcar com estacas as propriedades; usava-se a ferramenta sacramental para bendizer o lar; para rematar a pira funerária e sua inscrição em lápides funerárias assegurava o não retorno dos mortos.

Ele habitava o maior palácio de Asgard, o palácio Bilkirnir, que tinha 540 salas para alojar todas as pessoas humildes após a sua morte, assegurando-lhes a felicidade eterna, em igualdade para todos, para compensá-los de tudo o que na Terra tinham padecido.

Teve também uma vida doméstica importante, pois casou-se duas vezes, a primeira com a giganta Jarnsaxa, que lhe deu dois filhos, Magni (força) e Modi (coragem), os que foram herdeiros do martelo mágico e foram os seres destinados a povoar o novo mundo que se abriria após o fatal acaso dos deuses. E o segundo casamento, que foi, muito mais importante no mito do deus Thor, foi Sif, a bela dama dos cabelos tão louros como o ouro, que lhe deu duas filhas Lorride e Thurd. 

Dia: Quinta-feira (Thursday).

Cor: vermelho-fogo.

Mineral: ágata-de-fogo.

Mitologia: Zeus, Júpiter, Hércules ou Héracles.


Tyr – Tyw – Tiwaz – Deus original germânico da guerra e o patrono da justiça, o precursor de Odin. Na época dos vikings, Tyr preparou o caminho de Odin; no qual tornou-se o rei da guerra. Na mitologia antiga, Tyr tornou-se o principal dos deuses. Ele também era conhecido como Tiwaz, Tiw e Ziu. No velho inglês: Tiw.

Diz-se que o manco Tyr foi denominado posteriormente o filho de Odin e Frigga, ou talvez de Odin e de uma gigante, personificação do mar enfurecido; ou ainda possivelmente do gigante Hymir. Tyr foi, indiscutivelmente, a divindade da guerra e um dos doze grandes deuses do Asgard.

Ele é o mais corajoso dos deuses, que inspira coragem e heroísmo nas batalhas. Tyr é representado como um homem de uma mão só, porque sua mão direita foi arrancada pelo gigante lobo Fenris.

Seu atributo é uma espada, o símbolo da justiça, assim como da arma. A sua invencível espada, o próprio símbolo da sua divindade foi forjada pelos anões filhos de Ivald, também armeiros de Odin. 

Ull – Na antiga mitologia escandinava, Ull (glória) é o deus da justiça e do julgamento, assim como o deus patrono da agricultura. Ele é excelente com arcos e flechas, também com esquis, e vive em Ydalir. Ele é reconhecido como filho de Sif e Thor. Quando o gigante Skadi divorciou-se de Njord, ela casou-se com Ull. No antigo nórdico: Ullr.


Urd – A mãe do destino.

Utgard – Na mitologia nórdica é o lugar dos gigantes, situada em Jotunheim. Loki fez seu castelo aqui.

Valhalla – Valacha – Reino mítico onde o grande Odin recebia os guerreiros mortos em batalha. Alí os valorosos heróis desfrutavam de cerveja e hidromel fornecido por Heidrun, a cabra sagrada.

Valquírias – As Valquírias são mulheres jovens e belas que vivem montadas em cavalos e armaduras com arco e fechas. Odin necessitava de bravos soldados para a batalha de Ragnarok, e as Valquírias foram aos campos de batalha para encontrar os mais bravos guerreiros e acharam seus heróis, desde Elnherjar até Valhalla, o território de Odin.

As Valquírias são também as mensageiras de Odin, enquanto cavalgam em suas jornadas, causam uma estranha luz chamada de Aurora Boreal ou “Luzes do Norte”. Velho nome: Valkyrja.

Outra versão: Deusas guerreiras, filhas de Freya, vinham montadas em cavalos brancos buscar os espíritos dos guerreiros vikings mortos em campos de batalha, para levá-los ao Valhala (céu).

Vanaheim – É a casa de Vanir. Localizada em Asgard, no mais alto nível do Universo.

Vanir – Na mitologia nórdica, Vanir é originalmente um grupo de deuses e deusas da natureza e fertilidade, os inimigos dos deuses guerreiros de Aesir. Eles eram considerados aqueles que traziam a saúde, juventude, fertilidade, sorte e vida, os mestres da magia. Vanir vive em Vanaheim.

Os Aesir e os Vanir estiveram em guerra por um longo período quando decidiram fazer as pazes. Para garantir esta paz eles trocaram reféns: Vanir enviou seus mais renomados deuses, o saudável Njord e seus filhos Freya e Freyr. Em troca os Aesir enviaram Honir, um grande homem de fina aparência. Ele foi acompanhado por Mimir, o mais importante homem dos Aesir e em retorno os Vanir enviaram seu homem mais importante Kvasir.

Porém Honir não era tão esperto quanto os Aesir achavam e Mimir foi alertado sobre isso. Os Vanir tiveram suspeitas das respostas que Honir deu quando Mimir não estava por perto.

Eles descobriram que os Aesir haviam sido desonestos e, cortaram a cabeça de Mimir e devolveram-na para os Aesir. Porém este fato não levou a nova guerra. E todos os deuses Vanir foram integrados aos Aesir. Nada foi descoberto a cerca dos Vanir antes da assimilação. O nome “Vanir” deve ser derivado da velha palavra nórdica vinr, que significa “amigo”.

Var – Vor – Vara – Na mitologia nórdica, Var é a deusa dos contratos e dos casamentos, uma das principais deusas. Vor era a deusa que nunca poderia ser carregada, pois era enorme. Ela ouve os votos e os pactos feitos entre os homens e mulheres (esses pactos são chamados de varar). Ela se vinga daqueles que quebram esses votos. Vara garante o cumprimento dos juramentos e do castigo ao perjuro.

Outra versão: Aquele que sabia tudo o que acontecia no Universo.

(representa o sagrado) – Vé é um dos velhos deuses escandinavos e junto com Odin e Vili, o filho do primordial par de gigantes Bor e Bestla. Os três irmãos criaram o céu e a terra do corpo de Ymir e construíram os vinte reinados. Eles também criaram Ask e Embla, o primeiro casal de humanos.

Verdandi – A ninfa.

Vidar – Na mitologia nórdica, Vidar é o filho de Odin e da gigante Gridr. Ele é o deus do silêncio e da revanche, o segundo deus mais forte dos deuses. Na destruição do mundo, Odin seria morto pelo lobo Fenris, e Vidar ajudaria seu pai matando o lobo com as suas mãos. Ele pressionaria com seus pés a boca do lobo e depois o partiria ao meio. Ele é um dos deuses que regeria o novo mundo quando da sua criação. Sua casa em Asgard é Vidi.

Vili (representa a vontade) – Na mitologia escandinava, um dos deuses primordiais, irmão de Odin e Vé. Os três eram responsáveis pela criação do cosmos, assim como dos primeiros humanos.

Vjofn – Tuteladora da paz e a concórdia.

Wayland – Weland – Weyland era um herói anglo-saxão que desempenhou o importante papel de ferreiro dos deuses. Patrono dos artesãos e da sabedoria oculta nas entranhas da terra. O ferreiro pertencia a uma linhagem de gigantes, usava saiote escocês e era coxo de uma perna.

Filho do rei da Finlândia, era um dos três irmãos que se tornaram amantes das Donzelas dos Cisnes. Seu ofício era de forjar jóias e armas. Os ferreiros eram considerados mágicos naturais porque sabiam domar cavalos selvagens e trabalhar com o fogo e o ferro.

Nas dunas de Berkshire, perto da famosa figura da colina de White Horse em Wayland’s Smithy, Uffington, há um cemitério pré-histórico. Diz o folclore que quem deixar um cavalo ali, à meia noite, durante a lua cheia e voltar ao amanhecer, vai verificar que Waland ajustou-lhe ferraduras novas.

Wayland é associado ao dragão ou serpente que nas mitologias saxônica e escandinava guarda os túmulos e os tesouros que eles contém.

Wealtheow – Rainha de Hrothgar, foi a líder ideal, pois era ao mesmo tempo versada nas artes mágicas, possuía o dom do aconselhamento e sabia organizar seus guerreiros em batalha. Sua vida heróica foi contada na Saga de Beowulf.

Ymir – Aurgelmir – Também chamado Hrim, o gigante do gelo. Na mitologia nórdica, Ymir é um gigante primordial e o progenitor da raça dos gigantes do gelo. Ele foi criado através do gelo de Niflheim, quando o gelo entrou em contato com o ar quente de Muspell. Este gigante do gelo nasceu como de uma nuvem.

Yggdrasil – Na mitologia nórdica, Yggdrasil (o terrível cavalo), também chamado da Árvore do Mundo é a árvore gigante que interligava todos os mundos. Abaixo da árvore nascem os paraísos de Asgard, Jotunheim e Niflheim. Três bens vivem em sua base: o bem da sabedoria Mímisbrunnr, guardado por Mimir; o bem do destino Urdarbrunnr, guardado pelas Nornas; e Hvergelmir (Roaring Kettle – o ranger das águas dos rios), recursos estes de vários rios.

Quatro veadinhos rodeiam os galhos da árvore e comem as folhas, eles representam os quatro ventos. Existem outros habitantes na árvore, tal como o esquilo, um crítico notório e Vidofnir (a cobra da árvore), o pássaro dourado que fica no topo da árvore. As raízes são guardadas por Nidhogg e outras serpentes. No dia de Ragnarok, o gigante do fogo Surt colocará a árvore em fogo.

Mitologia Nórdica - Parte 1

Nosso novo estudo explorará primeiramente a mitologia Nórdica, pois queremos abordar mais à frente sobre a magia e os oráculos secretos das runas.

Para isso, precisamos entender como tudo surgiu e como a simbologia nórdica se trasnsmutou nesses caracteres que dizem poderem falar sobre o futuro, o passado e o presente de uma pessoa, se tornando mais tarde na escrita do povo escandinavo.

E ainda, podemos comparar esta cabala nórdica com a cabala hebraica? Então comecemos do princípio... 


O mito da criação germânica...

Quando ainda não existia nem a terra nem o mar e nem o ar, quando só existia a escuridão, já estava lá o “Pai”.

Ao começar a criação, mesmo no centro do espaço abria-se Ginnunga ou Ginnungagap, o terrível abismo sem fundo e sem luz, circundado por uma massa de vapor. Ao norte estava a Terra de Niflhein, o mundo de água e escuridão que se abria ao redor da eterna fonte de Hvergelmir.
Ginnungagap e a Terra de Fogo ao sul

Dessa fonte nasciam os 12 rios do Elivagar, as doze correntes que corriam até a borda do seu mundo, antes de encontrar-se com o muro de frio que gelava as suas águas, fazendo-o também cair no abismo central com um estrondo ensurdecedor, as águas escoavam abismo adentro, para muito longe de sua origem, onde em alguns pontos a água congelou, formando assim camadas sobrepostas de gelo que foram pouco a pouco preenchendo o abismo.

Ao sul deste caos estava a doce terra de Muspells ou Muspelsheim, país do fogo, o cálido lar do fogo elementar, cuja custódia estava encomendada ao gigante Surt ou Surtur, gigante do fogo que lá vivia.

Este gigante era quem lançava nuvens de centelhas ao brandir a sua espada flamejante, enchendo do seu fogo o céu, mas este fogo quase não conseguia fundir o gelo do abismo e o frio vencia de novo, fazendo com que se elevasse uma coluna de vapor que também não podia fugir do abismo, dado que, ao encontrar-se com o mundo do gelo, condensavam-se as grandes colunas de umidade, enchendo de nuvens o espaço central.
Gigante Ymir

Deste lugar surgiu o Gigante Ymir, a personificação do oceano gelado, e nasceu com fome voraz, que só pode saciar com uma outra criatura nascida ao mesmo tempo que ele. A mistura continuou e dos pedaços de gelo nasceu a gigante Vaca Audumla (símbolo da fecundidade), de cujas tetas brotavam quatro rios de leite.
Vaca Audumla

Audumla, procurando avidamente o seu alimento, lambeu um bloco de gelo e fundiu-o com a sua língua, fez aparecer o bom deus Buri enterrado muito tempo antes nos gelos perpétuos (em outra versão nasceu do leite que caiu das tetas da vaca).

Mas enquanto Ymir adormecido placidamente, pariu sem reparar, com o suor de sua axila, Thrudgelmir, o gigante das seis cabeças, e este fez depois nascer o seu companheiro Bergelmir, e dos dois saiu a estirpe de todos os gigantes malvados do gelo.
Gigante Bergelmir


A guerra do bem e do mal...
Odin,Vili, Vé e o gigante Ymir

E os gigantes do mar viram o deus Buri, que acabava de engendrar o seu filho e aliado Bor. Compreenderam então que era o único momento no qual seria possível tentar vencer o bem. Os gigantes começaram imediatamente a guerra. Mas as forças estavam demasiadamente igualadas e o combate já durava eras, quando Bor desposou a Bestla, a gigante, filha do gigante Bolthorn, e dessa união tiveram três filhos, três aliados imediatos para sua causa: Odin, Vili e Vé (representando o espírito, a vontade e o sagrado, respectivamente).

Com esta formidável ajuda, o novo exército do bem fez retroceder os malvados espíritos do gelo, até matar Ymir. Da grande quantidade de seu sangue, todos os gigantes, menos dois, se afogaram. Todos de sua raça morreram, exceto Bergelmir e a sua esposa, que puderam por-se a salvo a tempo, fugindo numa barca para o limite do mundo.

Do corpo de Ymir, os irmãos (Odin, Vili e Vé) criaram o céu e a terra. Com seu crânio (outras versões: sua pele; ou de seus olhos, de cor marrom) construíram a Midgard (a Terra, também chamado de o País do Meio ou Jardim Central). Seus músculos (carne) usaram para encher o Ginnungagap; seu sangue para criar os lagos e os oceanos; de seus ossos inquebráveis eles fizeram as montanhas; com o seu pelo, a vegetação; as árvores foram feitas de seu cabelo e, os dentes gigantes, se tornaram rochas e pedras, também os desfiladeiros, sobre as quais colocaram as sobrancelhas do gigante, para fortificar a fronteira com o mar, construído com o sangue e o suor de Ymir.
Jotunheim

Mas, a muita distância deles, Bergelmir e a sua mulher alcançaram uma inóspita terra que afetava pouco essas criaturas do frio, estabelecendo-se em um lugar ao qual chamaram Jotun ou Jotunheim (País do Leste ou País do Gelo), a casa dos gigantes, onde começaram a dar vida a outra raça de gigantes do gelo, para continuar a renovada luta das forças opostas.


E nasceu a terra...

E agora só faltava fechar este novo mundo e, julgou-se conveniente fazer isso, colocando sobre Midgard a abóbada craniana do derrotado gigante. E assim se fez, encarregando aos anões Nordri, Sudri, Austri e Wesdri a sua fixação em cada um dos quatro pontos cardeais que levavam os seus nomes.

Com o crânio posto no seu lugar fez-se nascer o céu, mas ao colocá-lo, os miolos espalharam-se pelo ar e com os seus restos criaram-se as nuvens. Só faltava a iluminação desse espaço e os deuses acudiram a Muspells, fazendo com o fogo da espada de Surd, fabricando com as suas centelhas as luzes do firmamento.

Com as duas maiores centelhas os deuses realizaram o Sol e a Lua, colocando-as sobre duas carruagens que girariam sem parar sobre Midgard, revelando-se incessantemente no céu, carroças guiadas pelos dois filhos do gigante Mundilfari, a sua filha Sol e seu filho Mani.

Ambas as carruagens, para manter viva a luta constante entre o bem e o mal, seriam eternas e inutilmente perseguidas pelos dois lobos Skoll e Hatri – encarnações vivas da repulsa e do ódio, que tratavam de alcançá-los, sem o conseguirem, salvo em alguma rara ocasião (quando da terra se podia ver um eclipse do Sol ou da Lua), para conseguir o seu malvado objetivo de devorar o Sol e a Lua e fazer com que a escuridão perpétua caísse de novo sobre o Universo.

Para fazer o dia e a noite encarregou-se ao belo Dag, filho da deusa da noite Naglfari, que levasse a carroça do dia, puxada por Skin (brioso cavalo branco que produzia com os seus cascos a brilhante luz do dia), enquanto Note, a filha do gigante Norvi, encarregava-se de conduzir a carroça preta da noite, puxada pelo seu negro cavalo Hrim (o que lançava à Terra o orvalho e a geada produzido pelo seu trotar).

Mais tarde, foram-se acrescentando ao cortejo celeste as seis horas e as duas grandes estações: o inverno e o verão. Já estava a Terra pronta para ser ocupada pelos primeiros seres criados pelos deuses.


Os dois primeiros seres...

Mas era necessário muito mais do que os elfos, bons e maus para dar sentido ao Universo, e os deuses pensaram que, para a finalização de Midgard, exigiria a presença da mulher e do homem. Vendo perante si um Olmeiro (Embla) e um Salgueiro (Askr) juntos, a beira mar, Odin compreendeu imediatamente que dessas duas árvores criaria o homem e a mulher, a estirpe dos humanos.

Deu-lhes Odin a alma; Hoenir, o movimento e os sentidos; Lodur, o sangue e a vida. O primeiro homem, Askr, e a primeira mulher Embla, estavam vivos e eram livres, tinham recebido o dom do pensamento e da linguagem, o poder de amar e a capacidade da esperança e a força do trabalho, para governarem o seu mundo.

Deram origem a uma nova raça, sobre a qual eles, os deuses, estariam exercendo permanente a sua tutela. Mas Odin, deus da sabedoria e da vitória, era o protetor dos guerreiros ao qual proporcionava um especial afeto, cuidando deles da altura do seu trono, o Hlidskialf, enquanto vigiava o resto do Universo, no nível dos deuses, no dos humanos e no dos elfos.
Valhalla

Perto de lá estava Valhalla, a sala dos mortos escolhidos, o paraíso dos homens escolhidos entre os caídos em combate heróico. Era um palácio magnífico, ao qual se ascedia por qualquer das quinhentas e quarenta portas. Imensas portas (por cada uma podia-se passar uma formação de oitocentos homens em fundo), que davam para uma grande sala coberta de espadas. Tais espadas eram tão brilhantes que iluminavam a estância, refletindo-se a sua luz no artesanato feito de escudos de ouro e nos peitilhos e malhas que decoravam os bancos, a sala de jantar e o lugar de reunião para os Einheriar, trazidos entre os mortos pelas Valquírias montados nas suas cavalgaduras, após cavalgarem através do Bifrost.


O ocaso dos deuses...

E o dia da vingança do lobo Fenris (chamado também no velho nórdico de “Wolf-Joint”) chegou por fim. O último dia, o da batalha entre as forças do bem e as do mal. Loki (o diabo), que tinha vivido entre os doze deuses, levava a maldade no seu seio, e quando foi expulso de Asgard, também a levou para os humanos, fazendo com que o mundo se convertesse no lugar de todos os crimes. Em breve as divindades viriam que havia chegado o tempo do seu ocaso...
Ragnnarok - o dia final

O Sol e a Lua deixaram de brilhar nos céus, ao serem alcançados e devorados pelos lobos engendrados por Fenris; a neve e o vento invadiram tudo durante três anos, e depois outros três anos de pesar caíram sobre o aterrado Universo. O dragão devorou a raiz do salgueiro Yggdrasil (Árvore do Mundo) e Heimdall (deus do arco-íris) deu toque de alarme.
Yggdrasil

Os deuses saltaram dos seus palácios e saíram nos seus cavalos para combaterem os gigantes do gelo e a sua banda de renegados e monstros horrendos. Ia dar-se início à luta final sobre a planície de Vigrid, segundo o que o destino tinha marcado desde o princípio dos tempos.

A batalha derradeira entre o exército do bem, formado pelos deuses do Aesir, os guerreiros escolhidos do Einheriar e os deuses do vento, os Vanas, e as forças poderosas e heterogêneas do mal, em cujas sinistras filas estavam desde a deusa da morte, Hel, até Loki e o seu filho, o lobo Fenris, passando pelos sempre temidos gigantes do gelo e de todos os monstros aliados.

Um instante depois, entre o estrondo da tempestade e a fúria de todos os elementos desatados, todos os inimigos estavam combatendo a morte, numa luta sem quartel, na qual dificilmente podia haver um vencedor.

Cada um dos combatentes selecionou o inimigo do seu tamanho, e assim Odin enfrentou o lobo Fenris; Thor lançou-se contra a serpente do Midgard; Heimdall escolheu o traidor deus Loki como seu rival; Tyr balançou-se contra o cão Garn. Sem dar-se um segundo de descanso, todos os adversários lutaram desesperadamente enquanto puderam manter-se em pé.

Mas também todos eles, sem exceção, foram sucumbindo perante os seus mútuos inimigos. Estava claro que nenhum deles poderiam vencer naquela loucura coletiva; enquanto os deuses e os malvados se matavam, o céu e a terra ardiam com as centelhas que arrojou o furioso Surt e, muito em breve, todo o Universo se consumiria inevitavelmente nesse fogo aterrador que também o purificaria para sempre.

O ruído da luta parou. Só restaram as cinzas. Mas voltou a brilhar outra luz no céu: a filha póstuma da deusa sol, agora mais tênue e benfeitora. Ao calor do Sol amanhecia outra vez; e da profundidade do bosque de Mimir, surgiram uma mulher e um homem, Lifthrasir e Lif (os dois únicos humanos sobreviventes do fogo), que tinham sido reservados da morte para repovoarem o novo mundo que tinha que suceder ao corrompido mundo primordial.

Os deuses da natureza, Vale e Vidar, também se debruçaram à paisagem que despertava a nova vida e, encontraram-se com aqueles que nasceram para suceder aos doze deuses: os irmãos Modi e Magni, os filhos do deus Thor e da gigante Iarnsaxa, que traziam consigo o martelo do pai e as suas virtudes.

Apareceu depois Hoenir, seguiram-no pouco mais tarde os irmãos gêmeos Baldur e Hodur, filhos de Odin e Frigga. Os sete deuses descobriram felizmente que, além no alto do céu, o Gimli, a morada celestial mais elevada, se tinha salvo da destruição total. Então e, a partir desse recuperado canto do paraíso original, começariam o seu novo reinado de amor e cuidado sobre a nova humanidade e sobre também a renovada Terra.

Tarot - Arcanos Maiores - Parte 8

XIX - O Sol

O disco solar é representado inteiro em seu momento mais intenso e poderoso, em seus raios alternam-se linhas curvas e retas numa alusão à dualidade do astro, que fornece luz e calor. Duas crianças aparecem nuas, num despojamento que simboliza a inocência, estão em atitude amistosa, portanto solidários e ainda representam crianças gêmeas.

Um muro parece circundá-las, simbolizando os esforços e as experiências que já vivenciaram e conseguiram reunir tanto no sentido físico como no espiritual e que neste estágio de sua vida, já estão concretizados. É uma construção baixa indicando que as crianças ainda tem um longo caminho a percorrer.

O Sol desvenda para a humanidade uma nova oportunidade. É a claridade que nos permite ver as coisas e, perceber bem a realidade que estamos vivendo. Ele traz segurança, mas preste atenção nas crianças, elas mostram que quando estamos transparentes, sem mistérios, ficamos com a pureza infantil.

No plano intelectual, se refere a verdade sagrada; no plano físico é o Arcano da felicidade. Quando surge numa consulta anuncia um período positivo que será marcado por uma intensa atividade do espírito, graças a perfeita comunhão entre o consciente e o inconsciente, possibilitando a plena interação do consulente consigo mesmo.

Indica também que é o momento certo para desenvolver empreendimentos e levar a diante iniciativas que terão todas as chances de serem coroadas de êxito. Para o amor a mensagem desta carta é de triunfo, grande felicidade no relacionamento a dois ou reencontro com uma antiga afeição.


Planeta: O Sol. 

Dia da semana: Domingo e quarta-feira.

Signo: Leão, Aquário e Touro.

Elemento: Terra e Fogo.

Divindade: Apolo. Representa Omolu ou Obaluaie que é o senhor da cura, da terra e dono do cemitério.

Vela: branca ou amarela.

Santo católico: São Pedro.

Em pá – Realização, felicidade, entusiasmo, sinceridade, prazer, momento de lucidez, triunfo, noivado, aliança sentimental, presságio favorável, grande sucesso, facilidade e clareza de expressão. Boas relações, amizade leal, contentamento no amor, sucesso, amizade, carinho, positivismo, dinheiro, prosperidade, fertilidade, inteligência, nascimento, saúde, vitalidade, generosidade.

Estando na casa dez indica sucessos realizados. Sua sinceridade e alegria atraem felicidade, saúde e prosperidade. Não há acontecimento negativo que consiga derrubá-lo. Você consegue extrair coisas boas mesmo das más situações.

Invertida – Presunção, rompimento, futuro incerto, solidão, ansiedade diante das situações, falhas, perda de valores, mal-entendidos, ingratidão, excentricidade, fingimento.

Estando na casa oito, notícias de prejuízo ou luto. Estando na casa doze, só quando você perde algo ou alguém que toma consciência destas perdas e alegrias.

Letra Hebraica – COPH, QOPH ou CUPH – Símbolo do mistério do cordão espiritual. Triunfar nas adversidades. “A pedra dos filósofos”.

Axioma – “Toma o escudo de tua fé e avança com passo decidido. Seja a favor do vento ou contra todos os ventos...”



XX - O Julgamento

De uma nuvem surge um anjo soprando uma trombeta na qual está preso um estandarte com o desenho da cruz, ele toca do céu para a terra, é o processo de ativação da matéria.

Embaixo, uma figura nua se levanta de uma tumba, de cada lado um homem e uma mulher se levantam de mãos postas. Associa-se a figura alada ao anjo da sétima trombeta do Apocalipse, que anuncia a chegada do “tempo dos mortos”, para que sejam julgados.

Seguindo a descrição do apocalipse as três figuras que emergem do túmulo simbolizam a trindade humana – homem, mulher e criança – como diz o texto bíblico: “os mortos, grandes e pequenos, serão julgados pelo que estava escrito nos livros”.

A idéia central da imagem é punição ou recompensa pelos atos cometidos, prestação de contas por tudo aquilo que foi feito ou se deixou de fazer, seria um renascimento a partir de uma reavaliação de valores e de atividades. Remete ao apocalipse, onde os puros de alma se levantam ao som das trombetas.

Repare que os corpos são bege, mas seus cabelos são azuis, ou seja, suas mentes estão plenas de fé e emoção. O julgamento diz que temos que ir em busca do que há de mais puro em nós mesmos; encontrando o que restou de bom, podemos superar nossos problemas.

Este Arcano simboliza força, energia e precipitação de tudo o que está para acontecer. Numa consulta tem valor benéfico e acentua os efeitos das cartas vizinhas. Anuncia que o passado recente do consulente começa a ser julgado e avaliado para indicar novos caminhos que o beneficiem, caso ele se mostre merecedor.

No plano espiritual, mostra que terá revelação de designos ocultos, tomando conhecimento de segredos que transformarão positivamente sua vida.

Planeta: Saturno e Mercúrio. 

Dia da semana: Sábado e segunda-feira. 

Signo: Capricórnio e Virgem.

Elemento: Ar e Terra.

Divindade: Está associada a Hermes, Thot e as Olimpíadas. Representa Oxalufã que é a velhice de Oxalá.

Santo Católico: São Lázaro.

Em pá – Renascimento, libertação, iluminação do caminho, gênio inventivo, sentimento de justiça, revelação de designos ocultos, saúde física, novas relações, surpresas, momento favorável no trabalho, decisão legal favorável, notícias rápidas. 

É uma carta neutra com muito movimento, carta dos milagres, ressurreição, nascimento, gravidez. É o assoprar, o sopro como fonte de vida, reencarnação, respiração boca-boca. Vitórias, colher coisas que você plantou. Representa uma tomada de consciência, você recebe aquilo que você merece.

Esteja sempre preparado para ver suas ações julgadas por outros, mas, imponha suas próprias leis. Na sua vida não deve existir nenhum espaço para acomodação e velhas idéias.

Invertida – Ofuscamento da inteligência, alegria inútil, inimigos ciumentos, sentimentos de culpa, perdas, dúvidas, falta de ajuda, divórcio, derrota perdas morte. Na saúde indica depressões, ansiedades, nervosismo.

Letra Hebraica – RESCH ou RESH – Símbolo do mistério de cada ser vivente. Deve-se dominar o amor e o ódio. “A medicina universal”.

Axioma – “Flor na macieira. Fruta na videira. Semeada na maturidade...”



XXI - O Mundo

Este arcano é a síntese de todos os outros, simbolizando a essência da criação universal. Sua imagem é composta de uma mandala que cerca uma figura humana e quatro cabeças nos cantos. A mandala é uma representação do Universo, e seu espaço funciona como ponto de concentração de todas as forças universais.

No centro da mandala um ser andrógino simboliza a integração dos dois sexos em um. Nos quatro cantos estão quatro figuras que representam os quatro elementos da natureza: a cabeça de um anjo (água), a de uma águia (ar), a de um leão (fogo), a de um touro (terra); símbolos dos quatro elementos vitais e que conferem equilíbrio ao mundo.

De acordo com alguns especialistas, as figuras também representam os quatro cantos da terra, ou as quatro direções de onde sopram os ventos, evocando novamente a idéia de totalidade universal.

É ainda a verdade final apreendida pelo buscador espiritual. É a realização plena e total. A carta mostra uma figura envolta numa guirlanda que começa azul, passa pelo vermelho e chega ao amarelo; isso quer dizer que, usando nossas emoções e nossas forças físicas, conseguimos alcançar a inteligência e a sabedoria. Representa a síntese de tudo que conhecemos.

Considerada a melhor carta do Tarot, indica uma realização muito importante, também prevê o triunfo e a glória, mostrando o caminho para se alcançar o resultado desejado.

No plano espiritual desencoraja as falsas ilusões e dá lucidez para diferenciar o certo do errado. Anuncia também que o consulente passa por um momento de grande inspiração e pode contar com uma poderosa proteção, além da ajuda tanto de amigos como de pessoas desconhecidas.

No plano físico, representa a realização de todos os desejos e o sucesso nos projetos já encaminhados. Indica também segurança em todos os afetos e prevê um valioso encontro amoroso. No sentido esotérico mostra equilíbrio e organização entre o espírito e a matéria.

Planeta: Urano e Saturno. 

Dia da Semana: Sábado e Terça-feira.

Signo: Aquário e Libra.

Elemento: Os quatro elementos.

Divindade: O Olimpo. Nas lendas cristãs medievais é o Santo Graal. No simbolismo pagão-céltico é a Caldeira da Inspiração pertencente à deusa Ceridwen, e nos mitos nórdicos é representada pela runa Odal. 

Divindade: O Universo. Representa Olodumarê que é o nosso Deus absoluto.

Vela: Branca. 

Santo Católico: Deus Pai.

Em pá – Sorte, recompensa, realização, sucesso total, finalização das obras, integridade, totalidade, encontro de amor, lucidez, liberdade, felicidade, apoio de amigos, segurança, conclusão. O Eu e o Cosmos estamos em sintonia, é a carta da plenitude: a pessoa pensa, sente e faz as coisas, represente um final de um ciclo.

Nascimento ou morte, fim de um carma, carta demorada, amor sublime e relacionamento racional. Você esquece sua energia sexual e utiliza esta energia em outras coisas. Viagem demorada ou a grande distância. Entusiasmo e grande capacidade de comunicação são suas qualidades mais expressivas.

Se fizer por merecer, viverá as alegrias com as quais sempre sonhou, mesmo que por pouco tempo. É a verdade final apreendida pelo buscador espiritual.

Invertida – Falta de vontade, incapacidade de concentração, dispersão, obstáculos, ambiente hostil, estagnação, ligação às coisa terrenas, frigidez, homossexualidade.

Letra Hebraica – THAW, TAU ou THAU – Símbolo do mistério da lei que compreende todas as leis. O sábio governa os elementos; faz cessar as tempestades; cura os doentes tocando-os e ressuscita os mortos! “Resume a chave geral das quatro ciências ocultas”.

Axioma – “Minha alma não entra em teu segredo, nem meu navio em teu porto...”



0 ou XXII - O Louco

A margem de qualquer ordem, o louco pode ser o primeiro ou o último Arcano do Tarot. Ele é uma figura extravagante como o mago, mas ao contrário deste, demonstra não ter nenhum senso estético, misturando estilo e cores sem nenhum critério, ele deixa claro o conflito que domina seus sentimentos e passa uma imagem de decadência.

Entre as cores, o amarelo se destaca, aparecendo no estranho gorro (chapéu de bobo), no cinturão, indicando que não lhe faltam abstração e espiritualidade.

Sobre o ombro direito, ele carrega uma vara curta (símbolo do desejo e da força de vontade), e uma sacola levando o essencial ou o potencial para se tornar o mago ou chegar ao mundo.

Talvez, por não ter número, esta carta signifique a liberdade. O Louco olha para o infinito e com isso, mostra que a vida é muito mais do que vemos e a felicidade pode estar além das aparências da vida quotidiana. Isso quer dizer que muitas vezes nos preocupamos com coisas superficiais e não percebemos o que realmente é importante.

O louco é a personificação da sorte, como a sorte, é um componente incontrolável. Quando aparece numa consulta, marca um período afetado pela instabilidade geral, o consulente pode ser influenciado a agir guiado apenas pela intuição, numa compulsão cega a qualquer conselho.

Aconselha-se ao consulente a olhar e avaliar o que possui, para tentar determinar um novo caminho. O Louco é o psiquiatra, porque deve-se liberar o louco dentro de nós para alcançarmos a razão de nossas ações. É a parte feminina dos homens. Representa também O Poeta, o deus do delírio religioso. Representa o Carnaval. Ele também é chamado de: O Buscador Espiritual. 

Planeta: Urano e Júpiter.


Dia da Semana: Quarta-feira. 

Signo: Aquário e Sagitário.

Elemento: Ar e Fogo.

Divindade: Rege todos os talismãs (figa). Representa Dioniso, o grande terapeuta do Olimpo. Representa espíritos das trevas ou sem luz, que não possuem um raciocínio para distinguir o bem do mal.

Vela: Preta e Marrom.

Santo Católico: Os fantasmas e os demônios.

Em pá – Ele é sempre o futuro e uma carta de coragem, carta de liberação, é o velho, de Q.I. alto. Transcendência, inovador, diferente, imprevistos, sabe tudo, sem raízes, aceita os desafios, aventura, rebeldia, coragem, mente superior, não se preocupa com detalhes, ele multiplica as coisas, autorrealização, mudanças repentinas, criatividade, desprogramação, isolamento. Indecisão, precipitação, ingenuidade, ilusão, loucura, extravagância, falta de disciplina, entusiasmo juvenil, artistas de teatro, boêmio.

A sorte está sempre ao seu lado, mas é bom não dar chance ao azar, pois sua instabilidade emocional pode resultar em prejuízo. Se for mais positivo, as pessoas passarão a levar você a sério.

Invertida – Falta de confiança, desânimo, remorso, impulso cego, falta de direção, inconsequência, obsessão, insensatez, bagunça, desequilíbrio, tristeza, extrapolação, esclerose, enfarto, envolvimento com as drogas. Estando na casa doze, você nunca vai ser você mesmo, tem que realizar a auto-expressão.

Letra Hebraica – SHIM, SCHIN ou SIM – Símbolo do mistério das transformações. Representa estágios atravessados em uma jornada de descobrimento do significado da vida. Ter o segredo das riquezas, ser sempre seu senhor e nunca o escravo. Saber gozar mesmo da pobreza e jamais cair na abjeção nem na miséria. “A adivinhação”.

Axioma – “Sai o sol e se põe, e outra vez volta ao seu lugar, onde torna a nascer...”


Terminamos nosso breve estudo sobre os Arcanos Maiores. Nesta semana iniciaremos um novo estudo que será sobre a Mitologia Nórdica e as misteriosas Runas.

Um bom dia a todos,
ARANEL DIOR.



Aranel Ithil Dior