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Um Olhar Colorido sobre Si Mesmo - Parte 2

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Assinale apenas uma alternativa para cada questão.


Na hora de procurar um emprego, você:

a. Espera pelo dia em que estiver cm  melhor astral para começar a procura.

b. Telefona a manda e-mails para todos os contatos que reuniu nos últimos tempos.

c. Baseia-se nas instruções de um livro de auto-ajuda.

d. Racionaliza a estratégia que considera melhor e a põe em prática sem hesitar.

e. Reúne a família e os amigos para ouvir o que eles sugerem antes de agir.

Seu carro quebra no meio da rua:

a. Você liga para seu pai, irmão ou marido para ajudá-lo a resolver o problema.

b. Fica irritado e chega a pensar em abandonar o carro ali mesmo.

c. Espera um pouco e, esperançoso, insiste em dar a partida de novo.

d. Chama o guincho associado a seguro ou a seu cartão de crédito e pega táxi.

e. Procura ajuda pela rua. 


Você desconfia que está sendo traído pelo parceiro. Então:

a. Tenta por meio de um artifício descobrir o rival.

b. Fica cego de ciúmes e quase perde o controle.

c. Acha que a traição aconteceu por culpa sua. 

d. Finque que não liga e telefona pra um ex. 

e. Tenta resolver o caso com muita conversa. 


Como você se relaciona com o grupo?

a. Só sai cm quem é da sua tribo.

b. Faz questão de ser o mais informado. Dá as dicas de onde ir e o que fazer.

c. Segue o que o grupo sugere. 

d. Age de forma autônoma e independente. 

e. Respeita a diversidade de personalidades e opiniões e busca um consenso em tudo.


Você vai assistir um filme tão esperado, mas a lotação está esgotada:

a. Então aproveita para ver outro filme, mais vazio, que está em cartaz.

b. Tenta conseguir o ingresso de qualquer jeito - até para assistir sentado no chão.

c. Se conforma, dá meia volta e vai embora. 

d. Lembra que logo o filme vai sair em DVD. 

e. Entra em acordo com as outras pessoas que foram cm você para escolher outro filme.


Na sua mesa de trabalho:

a. Há foto dos filhos, dos amigos ou do animal de estimação. 

b. A bagunça faz parte.

c. Tudo vive organizado e arrumado. 

d. Há eletrônicos de última geração.

e. Usa papéis reciclados e objetos feitos de materiais que não agridem o meio ambiente. 


Seu médico analisa seus exames e liga pedindo que você vá até o consultório:

a. Você pede para alguém ir junto.
b. Sofre porque imagina o pior. 

c. Vai imediatamente.

d. Diz que está com dificuldade em encontrar um horário em sua agenda.

e. Ouve o que o médico diz, mas também pede a opinião de um especialista em medicina alternativa.


Você vai passar um fim de semana em contato com a natureza. Na volta:

a. Percebe como é essencial para você estar em meio às plantas e aos animais. 

b. Sempre acaba trazendo um buquê de flores ou uma muda para a cidade. 

c. Mostra para os amigos as fotos e conta os detalhes da viagem. 

d. Descobre que definitivamente você prefere o conforto de um hotel.

e. Pensa que um dia ainda vai viver cercado de muito verde. 


Nas eleições políticas, escolhe o candidato que:

a. Está ligado de alguma forma a seu bairro, sua família ou sua profissão.

b. Pode até ser chamado de corrupto, desde que seja realizador.

c. Parece alguém confiável, honesto e digno. 

d. Tem a força de um verdadeiro líder. Mostra-se estrategista e autoconfiante. 

e. Parece ser conciliador e manifesta preocupação com o povo e o meio ambiente. 


Para você, Deus é:

a. Todo poderoso, a quem se deve prestar devoção diariamente. 

b. Uma invenção do homem, mas não custa nada fazer a Ele um pedido ou outro de vez em quando.

c. O Pai criador, que tudo sabe e vê e a quem devemos prestar contas depois.

d. Aquilo que ainda não foi explicado pela ciência.

e. É a expressão máxima da comunhão do homem com a natureza e o Universo.


Um parente próximo e muito querido está doente:

a. Você pergunta para alguém mais experiente o que fazer. 

b. Fica andando de lá para cá, esperando que tudo se resolva. 

c. Vai visitá-lo o mais rápido possível.

d. Pede a opinião de um especialista conceituado para resolver o problema.

e. Resolve com a ajuda da medicina complementar.

Continua...



O Martelo das Bruxas

Um maravilhoso documentário conduzido pela National Geografic Channel que reuniu imagens e estudiosos que mostram a cruel perseguição ocorrida na média Idade Média entre os europeus por causa da Inquisição. 



Um Olhar Colorido Sobre Si Mesmo - Parte 1



Cores e estágios de consciência. Este teste ajuda você a se conhecer e ainda dá pistas para melhorar mais e mais. Descubra, na espiral, em que tonalidade e nível de autoconhecimento você se encontra neste ponto da vida.

Cada ser humano se encontra num nível de consciência, percebendo em maior ou menor grau seu papel na comunidade e no mundo.



Alguns vivem mergulhados em questões pessoais e alienados do panorama coletivo. Outros são dedicados ao próximo e se preocupam com os rumos do planeta.

(Psicólogo americano Clare Graves)

Com base nos trabalhos do psicólogo americano Clare Graves (1914-1986), os também psicólogos Don Beck e Christopher Cowan desenvolveram uma teoria que permite descobrir nosso estágio de consciência e usar essa noção para o autoconhecimento.

(Don Beck e Christopher Cowan criadores do método da Espiral Dinâmica)

Para isso, relacionaram o grau de consciência de cada indivíduo com os ciclos de evolução da humanidade, dos tempos das cavernas aos dias de hoje.

Parece complexo? É, mas dá pra desvendar.

Para Graves, da mesma forma como o homem evoluiu ao longo dos milênios, também passamos de um a outro estágio de consciência durante a vida, do nascimento à maturidade.

(A Espiral Dinâmica)

Entendendo que as duas formas de evolução (tanto a individual quanto a coletiva) se manifestam em forma de uma espiral ascendente, os especialistas batizaram sua teoria de Espiral Dinâmica e associaram cada uma das fases a uma cor.

Uma maneira de descobrir a cor pessoal é por meio de um teste – faça o seu no final desta matéria.

A Espiral é usada na prática terapêutica, por psicólogos e psiquiatras, e nas empresas e corporações como um instrumento dos departamentos de recursos humanos. Nesse caso, ajuda a detectar as aspirações e as motivações dos funcionários.


Descobrir em que estágio de consciência estamos abre caminho para uma melhor compreensão do outro.

As cores eleitas para ilustrar os diferentes estágios são apenas uma referência. Não estão associadas ao espectro solar ou aos tons usados na cromoterapia. Também não seguem a ordem das cores dos chacras (centros de energia do corpo, segundo as filosofias orientais).

A espiral se divide em oito cores: Bege, púrpura, vermelho, azul, laranja, verde, amarelo e turquesa.

A primeira cor, o bege, diz respeito apenas a sociedades tribais, que não dominam a escrita e sobrevivem basicamente de caça e da agricultura. Por isso, não entra no teste.

(Einstein, exemplo do nível amarelo de consciência)

O mesmo acontece com o amarelo e o turquesa, no topo da Espiral, que rementem a faixas de consciência elevadas.

Para ter uma ideia, Einstein, Charles Darwin e Nelson Mandela são exemplos do nível amarelo por seu pensamento sistêmico.

(Dalai-Lama exemplo de consciência turquesa)

No estágio turquesa, se enquadram o dalai-lama, Gandhi e o guru indiano Sai Baba, que alcançaram a elevação espiritual. Reconhecer que estamos em permanente evolução ajuda a descobrir nossas motivações.

Parte da população mundial, aproximadamente 40%, aceita regras sociais e, portanto, se encontra no nível azul.

A segunda maior faixa, com 30%, está no nível laranja, que fala de pessoas centradas no individualismo e na competitividade.

Complete o teste a seguir e descubra em que cor está. O resultado indica também uma sugestão de como passar para o próximo nível.


Continua...

 

O Fabuloso Mundo de Amélie Poulain

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Mais uma história para você!


Colecionador de Histórias - Parte 2

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O Melhor Amigo do Leitor

Hoje as coisas mudaram um pouquinho em casa. Mindlin começou a sentir a perda da visão e passou a contar com a ajuda de suas bibliotecárias, ou, como diz, suas “três graças”: Rosana Gonçalves, Cristina Antunes e Elisa Nazarian.

(José Saramago e Mindlin)

São elas as responsáveis pela organização dos livros e do acervo do casal. E lhe fazem a leitura em voz alta dos livros. O da vez é o romance As Intermitências da Morte, do português José Saramago, amigo de Mindlin.

Os livros foram os responsáveis por várias de suas amizades. Tornou-se amigo, por exemplo, do poeta Carlos Drummond de Andrade (1902-1987).


Passeando pela biblioteca, Mindlin aponta uma prateleira mais baixa. “Aqui é Drummond”, diz, retirando um exemplar de Corpo. Abre a primeira página e lá está:

Procuro no dicionário, falta rima para o corpo. Não é nada extraordinário. Sua rima é outro corpo.

"Ao querido amigo José Mindlin, um abraço afetuoso, do Drummond”.

(João Guimarães Rosa, autor de Grande Sertão: Veredas)

Foi ainda amigo de João Guimarães Rosa (1908-1967), de quem guarda, com todo cuidado e orgulho que possa existir neste mundo, o original de Grande Sertão: Veredas, um calhamaço datilografado e corrigido a mão.

(Mindlin com a versão original de Grande Sertão: Veredas)

Outra preciosidade: um original de Graciliano Ramos (1892-1953). “Ele revisava apenas as provas”, diz Mindlin, mostrando a primeira delas de um certo livro de nome estranho: O Mundo Coberto de Pennas.

(Original de Vidas Secas, manuscrito pertencente ao acervo de Mindlin)

O título, no entanto, está riscado, corrigido num golpe certeiro de caneta preta. Abaixo dele está rabiscada a correção: Vidas Secas, publicado pela primeira vez em 1938 e hoje um clássico da literatura brasileira.

Os exemplos citados seriam o ápice da paixão de Mindlin, que começa quando lê os livros em edições comuns. Depois, procura por outras obras do mesmo autor, até ler sua obra completa.


Aí, então, muitas vezes em conversas, percebe que existem outras edições, do mesmo autor, porém mais bem impressas, às vezes fartamente ilustradas.

O gosto pelo conteúdo se combina, assim, ao gosto pelo corpo do livro: sua beleza, sua raridade, elementos que reforçam o desejo de conhecimento”, definiu o crítico Antonio Candido, confrade de Mindlin, no prefácio de Não Faço nada sem Alegria – A Biblioteca Indisciplinada de Guita e José Mindlin.


Erguida graças à paixão, a coleção de Mindlin ganhou proporções não apenas gigantes, mas ainda bem valiosas. Dentre elas,o mais antigo livro data de antes da chegada dos europeus a estas terras. Trata-se da primeira edição ilustrada dos Sonetos, de Petrarca, impressa em 1488.

(Sonetos, de Petrarca, impressa em 1488)

Há ainda um manuscrito com orações datado do século 15. E a primeiríssima edição dos Lusíadas (1572), de Camões.

(Edição dos Lusíadas de 1572)

Algumas das obras raras foram adquiridas em sagas que mostram como a vida de José Mindlin se mistura à da sua biblioteca. Como a vez em que se meteu a vender publicações raras, na livraria que montou no centro de São Paulo, A Pathernon.

(Site em homengem à Mindlin onde a Pathernon é digital)

Na década de 1940, ele e um amigo receberam um investimento para montar o negócio. Seguiram então para uma Europa devastada em busca de livros. O problema, conta Mindlin, era o momento em que chegavam os compradores.“Eu dizia para eles que se um dia quisessem vender os livros, que falasse, comigo”. Foi assim que a primeira edição completa dos ensaios, de Montaigne (1588), voltou a suas mãos.

Como nem só de livros vive o homem, Mindlin tornou-se empresário.

(Logo de uma das empresas mais antigas do Brasil)

Em 1949 ele fundou, com alguns amigos, a Metal Leve, uma potência na fabricação de autopeças. Para ele, o que importa foi o papel social que sua empresa conseguiu exercer: “Ela tinha obrigações culturais que não poderiam ser ignoradas”, diz.

Foi assim que a empresa começou a patrocinar edições fac-símiles de documentos sobre a história da literatura brasileira. Na companhia de sua filha Diana, Mindlin cuidou especialmente do aspecto gráfico das obras, com a intenção de manter as reproduções bem próximas das originais.

(Uma iniciativa brasileira em liberar gratuitamente a literatura, história e oportunidades de aprendizado aos internautas. Aqui, Mindlin usou sua influência para ceder títulos ao público)

Ressurgiram publicações como A Revista, originalmente editada por Carlos Drummond de Andrade, e a Revista de Antropogafia, um dos mais importantes documentos da história do modernismo brasileiro.

Loucura Mansa

Dono de uma alegria que sempre levou vida afora e de um humor implacável, “graças a Deus, eu sou ateu”, José Mindlin agora se prepara para ver sair do seu quintal sua árvore mais frondosa, a biblioteca.

(Última morada dos amados livros do maior bibliófilo brasileiro)

Numa decisão da família, a parte dedicada ao Brasil da coleção (mais da metade dos livros) foi doada à Universidade de São Paulo (USP), num projeto acalentado há pelo menos 20 anos.“O valor da biblioteca existe justamente por constituir um conjunto que dificilmente se formaria novamente”, diz Plínio Martins Filho, da Editora Universidade de São Paulo (Edusp).

A ideia é que a biblioteca não se pulverize, não se espalhe e que, ao menos num período de 100 anos, não seja privatizada”, explica Sérgio, filho de Mindlin.

(Sérgio Mindlin)

Foram necessários 3 anos para que a USP construísse o prédio que abrigaria o acervo. “A gente passa e os livros ficam. Para serem conservados e mais utilizados, uma biblioteca precisa ter uma dimensão institucional”, diz Mindlin.

Que pensa no tempo de que ainda dispõe para o convívio íntimo com seus livros: “Porque quando eles saírem será meio traumático, tenho que assumir”, admite, com uma pontinha de angústia.

Mindlin chegou, inclusive, a fazer um cálculo de quanto tempo precisaria para ler todos os seus títulos: 300 anos. “Mas não consegui achar a fórmula para viver tanto. Então resolvi me contentar com o tempo de que eu disponho, que eu não se qual é, mas que, enquanto durar, eu vou aproveitando”, diz, sorrindo.

É esta, enfim, sua loucura mansa.“Uma certa obsessão em ler e reunir livros. Um pouco patológica, mas é mansa porque não faz mal a ninguém e me faz sentir bem”.

Mas nosso querido Mindlin, não é eterno e também se foi em 28 de fevereiro de 2010, mas nunca esqueceremos o esforço maravilhoso deste brasileiro que decidiu perpetuar a literatura e o amor pelos livros. Sua lição não será esquecida, amigo dos livros...!


Referências Bibliográficas

Não faço Nada sem Alegria – A Biblioteca Indisciplinada de Guita e José Mindlin, São Paulo, Museu Lasar Sagal/José Mindlin, Editor, de Tereza Kikuchi (org.), São Paulo, Edusp.

Uma Vida entre Livros – Reencontros com o Tempo, de José Mindlin, São Paulo, Edusp/Companhia das Letras.

Memórias Esparsas de uma Biblioteca – Entrevista a Cleber Teixeira e Dorothée de Bruchard, São Paulo, Escritório do Livro e Imprensa Oficial.


FIM.:.

Aranel Ithil Dior