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Dialética
(Pontos de vista... No final, qualquer coisa pode ser qualquer coisa!)
Entre duas ou mais pessoas, com visões, ideias e propósitos individuais, só o exercício da dialética pode construir.
Para que uma síntese surja é necessário que teses e antíteses sejam expostas e sepultadas, por meio da substituição pela síntese - o crescimento.
Portanto, o crescimento deriva de diferenças, não de igualdades!
A psicologia também se preocupa com o crescimento a partir das diferenças de visão dos fatos, e aposta na possibilidade do aprimoramento permanente na maneira de ver o mundo e encarar os problemas.
(Mas o que realmente importa numa conversa é trocar novas perspectivas e assumir, com humildade, o que é mais correto e verdadeiro, naquele momento e naquela cultura vigente do indivíduo.)
Uma de suas correntes recebe o nome curioso de Psicologia Gestalt.
Trata-se de uma palavra alemã que não tem tradução literal para nossa língua, e quer dizer algo como "forma" ou "partes" que se somam para formar um todo.
(Como sua mente reage as muitas formas que lhe são apresentadas? Positivamente? O que você vê primeiro? O horror? A beleza? O estudo da Gestalt é interessantíssimo...)
A Gestalt dedica-se a compreender as diferentes "formas" que o mundo toma, a partir das diferenças de percepção das pessoas.
Para facilitar as coisas, utiliza muito a percepção visual e suas variações. Lembro-me de um amigo que teve sua vida mudada, para muito melhor, em apenas uma sessão de terapia, com um terapeuta gestaltiano, quando este o estimulou a perceber uma situação de sofrimento como oportunidade de crescimento pessoal.
Foi uma pequena mudança no ângulo de visão, uma nova percepção da realidade existente, e operou um milagre.
Um novo "ponto de vista" pode se transformar num novo "ponto de partida" para uma vida mais plena, mais rica em realizações e em felicidade.
Meu "ponto de vista" existe porque é o que permite a "vista do meu ponto", ou seja, é assim que eu enxergo o mundo a partir do ponto, físico ou psicológico, em que me encontro.
(A máquina mais simples e primitiva do mundo, também pode ser o ponto de partida emocional para muitas pessoas. Hoje posso dizer como Arquimedes, engenheiro e matemático grego: Deem-me um ponto de apoio, e eu moverei o mundo!)
Uma pequena mudança em relação ao meu ponto poderá provocar uma grande mudança em minha visão.
De preferência, para ver uma paisagem mais bela, é claro. E ser mais feliz, que é a única coisa que interessa, no final...
Bem, pelo menos é o meu ponto de vista...!
FIM.:.