(Gotinhas sem sabor, podem dar um novo gosto à sua vida emocional... Quem usa, como eu, há anos, pode falar de seus efeitos: Acalmam e ajudam no estresse do dia a dia.)
Elas agem no corpo sutil das pessoas, portanto não há como comprovar seus efeitos em laboratórios.
As essências vêm mesmo unicamente das flores, que são colhidas no auge do seu florescimento, quando estão maduras e frescas, depois colocadas num recipiente de vidro cheio de água e expostas ao sol.
(Levinhos e refrescantes, com algumas semanas de uso conjugado com pequenas mudanças da rotina pessoal, as essências florais apaziguam o espírito.)
Quantidades variáveis da substância resultante entre três a sete gotas - são misturadas então com água mineral e brandy (conhaque de uvas, par garantir a conservação).
Cada essência floral serve para tratar um determinado tipo de desequilíbrio, como carência afetiva, falta de autocontrole, insegurança e assim por diante.
(Um pequeno documentário sobre a vida do Dr. Bach, que num mundo em crise pela aproximação da 1ª Guerra mundial, numa Europa já sem recursos, a necessidade de ter respostas médicas era premente. Como ajudar? Bach olhou ao seu redor e viu flores!)
A administração é oral, em gotas.
Algumas doenças surgem de desequilíbrios emocionais e psíquicos, e quando os florais harmonizam os corpos mental e emocional, acabam indiretamente atuando na recuperação de males físicos.
A terapia floral, que é reconhecida pela Organização Mundial de Saúde desde 1976, foi criada pelo médico homeopata inglês Edward Bach, no final dos anos 20.
(Quando administrados na infância, os resultados são visíveis!)
Pesquisando métodos alternativos à medicina tradicional, ele percebeu que o orvalho das flores podia alterar diversos estados emocionais.
Começou, então, a preparar compostos que retiram a energia das plantas.
(Hummm...! Uma saladinha fresquinha é maravilhosa...!)
O comedor agrícola, ao contrário, reafirma sua conexão com a terra pela refeição.
Ele vislumbra as vidas envolvidas na cadeia alimentar - da semeadura à colheita, da embalagem à distribuição - e seu prazer surge também da sua relação responsável e harmônica com o ciclo orgânico.
Para ele, o mundo é uma comunidade viva.
Ele conhece a procedência dos produtos que ingere e cada ingrediente é percebido num contexto social e biológico.
Importa bastante saber quem plantou ou colheu, qual é a oferta da estação, como é a lavoura.
...bem, é só inverter as características do comedor industrial (!).
Galinhas Turbinadas põem mais Ovos
Partindo das ideias de Wendell Berry, podemos gostar de frango, por exemplo. Mas faz toda a diferença optarmos por um espécime caipira, que andou livre e ciscou no terreiro, em vez de um criado em confinamento, turbinado por hormônios, vítima de incontáveis sofrimentos, um bicho que, depois, é envolto em plástico e congelado.
Ou seja, a questão primeira é aproximar-se da terra e de seus ciclos naturais.
(Apesar do descontrole e da ganância industrial, existem muitos profissionais interessados no cuidado dos animais que ingerimos. Se a indústria é impiedosa, muitos veterinários e zoólogos estudam meios de amenizar o máximo possível o estresse desses animais.)
Indo além das percepções de Berry, surge fácil a questão sobre comer ou não comer carne. Tudo bem, ser vegetariano ou não é uma questão pessoal - mas apenas até certo ponto.
Porque não há como se alienar da maneira como todo tipo de carne é produzida hoje!
Boa parte dos disparates da distribuição de comida no mundo podem ser entendidos quando observamos as indústrias bovinas, avícolas e suínas.
A produção de cada quilo de carne de gado consome 7 quilos de grãos, usados na alimentação do animal - grãos que poderiam alimentar muito mais pessoas e não apenas aquelas que podem pagar pela carne - 38% da colheita mundial de grãos é destinada aos rebanhos.
(O Sorgo é uma planta de origem africana que sempre foi usada para alimentar o gado, exatamente, para que haja menos impacto na quantidade de pasto para os animais. Agora, pesquisas têm sido feitas e o sorgo já é usado em conjunto com a farinha de trigo para preparos de pães e bolos, e também para produção de etanol. É a tentativa inteligente de responder positivamente à agressão à natureza.)
Um hectare usado para criação de animais produz um décimo da energia ou proteína que o mesmo hectare forneceria se nele fosse plantado soja ou trigo.
E cada vez mais água é usada na criação de animais e não em plantações para o consumo humano.
As práticas para aumentar a produtividade de rebanhos por meio do estímulo ao crescimento e da maior rotatividade nos locais de criação começaram nos anos 60.
Veio o uso em larga escala de hormônios e de grandes doses de antibióticos como prevenção contra as doenças que se alastram rapidamente quando um grande rebanho é absurdamente confinado.
Tempo e espaço custam dinheiro.
(É o que a propaganda diz... Temos que acreditar, pois é lei desde 2004, que animais de abate não podem fazer uso de hormônios de crescimento. Mas é um fato: os animais para abate engordam e crescem mais rapidamente do que há 30 anos. O argumento dado pelos criadores e órgãos federais é que isso se deve pela melhoria genética dos animais. Mas os mesmos órgãos afirmam que deformidades nas gerações dos animais e morte súbita são registradas em muitos lotes. Acompanhem a matéria por este link: Uso de hormônio no Frango.)
O resultado: o gado que antes levava três anos para crescer e engordar, agora está pronto para o abate em 18 meses.
Da mesma forma, galetos que antes levavam 12 semanas para atingir o peso de mercado, hoje estão no ponto em seis semanas.
A vaca em cativeiro, que antes produzia 4.000 litros de leite por ano, hoje dá 10.000 litros, dez vezes acima do que sua natureza permitiria se criada em liberdade.
O ritmo das galinhas poedeiras foi alterado para que elas produzam, cada qual, 300 ovos por ano, quando o normal seria algumas dezenas.
A qualidade desses produtos, tanto no paladar quanto em nutrientes, está cada vez pior...