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Quilombos

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Um quilombo é mais do que uma comunidade de descendentes de ex-escravos africanos. Cada um desses povoados fundados por escravos fugidos ou alforriados contém um Brasil diferente, mais ou menos isolado das idéias e tecnologias que mudaram o ps desde a abolição, há mais de um século.

A contabilidade oficial, baseada nos registros de terra, soma pouco mais de 700 quilombos Brasil afora. Mas há mais, alguns tão isolados que nem sabem que a Constituição lhes garante a posse do chão que habitam. 


O quilombo existe há mais de 300 anos, mas o contato com o mundo de fora só se firmou a partir de 1997, graças à ONG Instituto Socioambiental (ISA).


A abertura provocou transformações profundas na vida dos ivaporunduvenses, que agora discutem temas como geração de renda e desenvolvimento sustentado e trabalham seriamente na comercialização do que produzem da banana orgânica ao artesanato.

Boa oportnidade para visitar e conhecer suas festas, suas danças e seu rico trabalho manual com palha de bananeira. 

Espírito comunitário

A comunidade é o centro da vida dos moradores de Ivaporunduva. Nela os quilombolas compartilham sem parcimônia, o que fazem e produzem. E é por meio da comida que eles demonstram sua generosidade.


Juntos, pescam e cuidam de suas roças. Lá é possível encontrar arroz, feijão, mandioca, milho e outra pequenas cultura. A produção é comunitária, a colheira e os peixes são repartidos entre todos. 


Para o solo não cansar, alternam as áreas de cultivo. E assim sobra oportunidade para todos plantarem. Sempre tem comida no fogão de lenha e disposição para sorrir na janela.

Diferença Valiosa

Preservar o que possuem é outro ponto de honra para os quilombolas. E isso se estende da terra para as tradições. Como viviam isolados há até pouco tempo, somente agora é que eles estão despertando para a importância de conservar alguns traços de sua tradição. Longe, porém, de se isolar, eles querem agora marcar suas diferenças para ter o que oferecer na troca.

A população é alegre: conversam muito, gostam de receber visitas em suas casas. Lá chegando, falam muito do que aprederam com o que os antepassados trouxeram da África.

Com isso, valorizam a identidade de seu povo, conscientizando-se de que são diferentes e têm uma história própria.


Assim, pegam as rédeas de seu destino. 


Quer Saber Mais? Acesse o link:

Instituto Socioambiental - http://www.socioambiental.org


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Aranel Ithil Dior