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Incensos... Uma História!




O incenso acalma, perfuma, unifica

Ao acender uma vareta, bastão ou fragmento de resina, um ritual acontece e ganha força: o fogo se une às ervas e um aroma agradável é exalado pela fumaça, que se torna parte do ar: Nuvem que sobe unindo terra e céu.

Para várias culturas, o incenso é um elo com o sagrado. A fumaça aponta para o mistério de Deus e ajuda a transcender. Por esse motivo, pode-se dizer que o uso do incenso é tão antigo quanto a humanidade

Como oferenda, possui duas funções: a de agradar e homenagear os deuses e a de fazer os pedidos chegarem mais rápido até eles.

Segundo o livro Incenso - Preparo, Uso e Significado Ritual (ed. Hemus), "povos primitivos estabeleceiam contato com o divino através da fumaça oriunda da queima de ervas e madeiras aromáticas que se elevavam até os céus".

Desde então, essa é uma das principais finalidades que o incenso tem.

A civilização egípcia foi a primeira a registrar seu emprego com a intenção de afugentar os maus espíritos e homenagear seus deuses. Mais adiante, na Bíblia, o incenso aparece como um dos presentes levados pelos três reis magos a Jesus. Assim como o ouro, os perfumes e os incensos eram ofertados por serem caros e preciosos.


Para levar os Pedidos aos Deuses

É na Índia que o incenso ganha a força e o contorno que, anos depois, veio a ser comercializado no Brasil: uma mistura de ervas e resinas em forma de vareta. Diz-se que o incenso surgiu na Índia, onde continua a ser feito artesanalmente. Nos rituais hare krishna, a religião que difundiu o uso do incenso por aqui, ele permanece no altar e é oferecido a Krishna (ou Vishnu). É uma representação do elemento ar e ajuda a estabelecer um vínculo com o supremo.

Da Índia, o berõ do hinduísmo e do budismo, o incenso se alastrou pelo Oriente na medida em que essas religões ganhavam teritório. Foi levado para a China e chegou no Japão no século 6, onde foi adaptado para um bastão, sm pontas de madeira. Nesse país, uma das finalidades do rito é marcar o tempo da meditação.

No zen-budismo, ela tem início quando o incenso é aceso e acaba quando ele termina. O incenso é usado para fazer uma conexão com o sagrado, o ser iluminado que se encontra em cada um de nós. O bastão ajuda a criar a harmonia e pode ser visto como um símbolo de impermanência. Ao queimar, se transforma em cinza e em fumaça, que se mistura ao ar inspirado pelos pulmões.


Símbolo do Desapego e da Purificação

No budismo tibetano, o incenso é o símbolo da generosidade e do desprendimento. É um dos elementos que representam os prazeres sensoriais - no caso, o olfato. A proposta é oferecê-lo para as deidades. Pois, dessa forma, a pessoa exercita o desapego dos prazeres sensoriais que é entregue como presente e se vai com a fumaça.

O incenso também deixa o ambiente agradável, livre de energias negativas. É capaz de tornar ainda mais forte um ritual do qual participam várias pessoas. todos ficam na mesma vibração.

Seu caráter purificador é especialmente utilizado pelos mulçumanos. No Islã, as pessoas têm o hábito de acender o incenso às sexta-feiras, que é um dia sagrado. Pode se recitar uma surata (capítulo do Alcorão) e pedir a Deus para que ele pufique a casa.

Fim. 


Pequeno Dicionário Hinduísta

ADVAITA VAIDANTA – MANTRA

Mantras são sons ou palavras cuja repetição sucessiva influi sobre a mente, levando o indivíduo a estados extraordinários de consciência. O mantra sagrado e supremo, o OM pronunciado como "A UM", é o absoluto.


ELEFANTE

Simboliza paz, poder, sabedoria, força e prosperidade. No Nepal e na Índia, é Ganesha, o deus sagrado dos hindus, que é invocado para ajudar a vencer qualquer obstáculo, representando assim a vitória.

No Tibete, é aquele que sustenta o mundo, e em toda a Ásia é a montaria dos soberanos.

Na Idade Média foi símbolo da castidade (durante os dois anos em que a fêmea está em gestação, o elefante macho se mantém em abstinência sexual, junto da companheira), da temperança e da precaução.


LÓTUS

Lótus, loto ou nenúfar é o nome dado a diversas plantas da família das ninfeáceas.

Comum na Índia e no Egito onde apresenta um valor simbólico muito importante. No Budismo e no Hinduísmo uma flor de lótus ainda em botão representa as possibilidades infinitas. Quando está aberta simboliza a criação do Universo. Símbolo da elevação do espírito, da luz, da meditação, da pureza e da imortalidade.

A flor de lótus de “mil pétalas” é a espiritualidade em seu mais alto grau de perfeição. Na Idade Média, os cristãos acreditavam que a semente de lótus tinha a capacidade de conter os impulsos sexuais, sendo por isso recomendada como medicamento para padres e freiras. A raiz de lótus, dizem, que serve como adstringente e anti-inflamatório.

Nota: O gênero Nelumbo spp. foi transferido para uma família da ordem Proteales. O lótus-sagrado ou lótus-indiano (Nelumbo nucifera) é a flor sagrada nacional da Índia!

Ninfeácea é uma família de grandes ervas aquáticas, floríferas, espalhadas pelo mundo inteiro. Temos as ninféias (referente às ninfas da mitologia grega) e as vitórias-régias presente no Parque Nacional da Amazônia, por exemplo.


MANDALA

De origem hindu, muito difundidos entre os budistas tibetanos, os mandalas são desenhos circulares usados para meditação. Simbolizam a harmonia do Cosmo e a perfeição divina.

Diagrama composto de círculos e quadrados concêntricos que significam uma totalidade natural, uma perfeita integração. A palavra hindu, em sânscrito significa “círculo mágico” e, designa a representação simbólica do núcleo do psiquismo humano, sendo usado como instrumento de meditação e busca da paz interior. Os mandalas estão presentes na arquitetura de templos de diferentes regiões, danças, símbolos e pinturas sagradas.


VACA

Animal sagrado para os hindus, simboliza a maternidade, a fertilidade, a esperança, a alegria e a criação da vida. Também é apontada como uma condutora de almas e os budistas vêem na vaca de cor branca um símbolo da iluminação espiritual do homem.


YANTRAS

Desenhos hindus em formas geométricas e cores vibrantes que representam as divindades e são utilizados para a meditação.


Aranel Ithil Dior