Siga-me no Twitter RSS FEED
Mostrando postagens com marcador Hinduísmo. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Hinduísmo. Mostrar todas as postagens

Cante um Mantra


Quem canta seus males espanta. Então leve essa melodia para mais adiante e siga as notas dos mantras - os sons sagrados da tradição budista. Eles têm o poder de criar encantamentos e atrair as melhores vibrações para sua vida. É cantar o amor em sua essência!

Quer banir da mente as nuvens escuras e aliviar o peso do coração? Entoe um mantra uma, duas, 50 vezes.

Esses milenares sons sagrados têm o poder de afastar a negatividade e atrair as vibrações de harmonia e até mesmo de cura. São, aliás, a própria vibração. Por isso, repeti-los é uma terapia do som - parte fundamental de religiões como o budismo e o hinduísmo.

Os mantras nasceram na Índia e são citados nos Vedas, livros datados de 3000 a.C. Em sânscrito, antigo idioma hindu, eles significam "instrumento para conduzir o pensamento" ou "proteção da mente". Cada sílaba do mantra contém uma partícula de força espiritual, que traduz uma verdade transcendental e evoca uma divindade, buda ou boddhisattva.

Os mantras ativam em nós qualidades divinas, como compaixão, amor e sabedoria. Por isso, afastam emoções e pensamentos negativos. Ao entoar esses cânticos, abrimos o coração para nos conectar a planos superiores.

Quando você está nervoso ou desorientado emocionalmente, cantar ou recitar um mantra de forma inspirada pode transformar sua energia.

Pela capacidade de acalmar a mente, os mantras integram a rotina da meditação. A chave está em entoá-los muitas vezes- centenas até - para entrar em sua vibração sonora.

Eles também transformam positivamente a forma como vemos as situações externas. O mundo, tal como o vemos, é em grande parte uma interpretação subjetiva e, por isso, nos sentimos melhor quando os recitamos e percebemos os outros como bons, gentis e simpáticos.

Quase 5 mil anos depois dos Vedas, os mantras encantam o Ocidente e, aqui, ganham novas leiutras, arranjos contemporâneos e assumem uma linguagem pop - com o devido respeito.

A cantora e compositora Laura Finocchiaro, por exemplo, dedicou a eles um disco inteiro, chamado Tashi Delê Mantras de Roda.

Os sons sagrados, hoje, podem ser incorporados em nossa vida...


Um Cântico para cada Momento


Há mantras específicos para evocar vibrações de cura, alegria e prosperidade, por exemplo, associados aos budas ou às divindades femininas - as taras. Pronuncie o H com o som de R.


Om Muni Muni Mahal
Muni Shakya Muniye Soha

Mantra de buda Shakyamuni, para promover a autocura e companhia espiritual.

Om Maritze Mam Soha

Mantra de Maritze, uma tara que protege contra as adversidades, além de trazer luz e boa sorte.

Om Maitreya
Maha Maitreya
Arya Maitreya

Mantra do Buda universal, ele ajuda a trazer o amor que está faltando no coração da sociedade moderna.

Om Pema Krooda Arya zamabala
Hrida Hum Phe Sohal
Om Benze Dakine Hum Phe
Om Ratna Dakine Hum Phe
Om Pena Dakine Hum Phe
Om Karma Dakine Hum Phre
Om Bishani Soha

Mantra de Zambala, para a prosperidade e a riqueza espiritual e material.

Om Tare Tuttare ture So Ha

Mantra de Tara Verde, libertadora e heroína veloz, elimina interferências como medo, ressentimento e insegurança, acelera a realização das causas positivas, traz proteção, fé e coragem.


Fim.


O que é Tantrismo?


Com origens que remontam à Índia do século 7, quando foram escritos muitos dos textos sagrados que compõem a doutrina, o Tantrismo constitui-se por um conjunto de práticas que visam à preparação do corpo e da mente do homem para aumentar sua percepção sobre si mesmo e a realidade que o cerca.

Também chamado de Tantra - "aquilo que aumenta o conhecimento", em sânscrito -, ao longo dos anos teve seus preceitos incorporados por várias doutrinas religiosas. Hoje, a filosofia tântrica está presente tanto em alguns ramos do Hinduísmo quanto do Budismo.

As duas principais divindades cultuadas no Tantrismo são Shiva e Shakti. Shiva é o princípio masculino e representa a consciência universal, e o espírito, a essência passiva que abrange todas as coisas. Shakti, por sua vez, é a divindade feminina, símbolo da matéria, da ativa pulsão criadora. Dentro desse contexto, o objetivo das práticas tântricas - que incluem técnicas respiratórias, dietas específicas, meditação, entre outras - é manipular a energia do corpo para unir Shiva, a consciência absoluta, a Shakti, seu aspecto dinâmico.

Os tântricos acreditam que o corpo humano tem sete centros de energia principais, chamados chacras, e buscam fazer com que a energia flua de forma mais equilibrada entre eles. No Tantra, corpo e espírito não são percebidos como duas entidades separadas que representam, respectivamente, o profano e o sagrado - ambos fazem fazem parte de um mesmo todo, e por isso são considerados divinos.

Assim, para os adeptos, o homem não precisa transcender sua realidade material, o que inclui os impulsos naturais, como o sexo, para conseguir realizar-se espiritualmente. Basta que atinja o autoconhecimento, percebendo-se como sagrado. O Tantra busca o que há de espiritual no mundo dos sentidos.

É justamente esse aspecto sagrado concedido ao corpo que, muitas vezes, acaba gerando uma associação errônea do Tantrismo com um mero instrumento de êxtase sensual. Na verdade, o sexo seria apenas um dos caminhos para o despertar do sagrado. Só uma corrente tântrica prescreve o maithuna, que é o ritual erótico, como a melhor forma de homem atingir a união entre Shiva e Shakti.

Esta interpretação equivocada do Tantra, contudo, não é fruto apenas de desconhecimento ou preconceito. Após chegar ao Ocidente, no século 20, os princípios tântricos atraíram diversos profissionais mal-informados, que passaram a vender técnicas para a satisfação sexual como se fossem tântricas, quando, na realidade, passam longe da filosofia que sustenta a doutrina.

Para o Tantra, o corpo é o templo sagrado do espírito, mas pensar só no corpo e no aspecto material das coisas é um erro tão grande quanto rejeitá-los.


Fim.


Pequeno Dicionário Hinduísta

ADVAITA VAIDANTA – MANTRA

Mantras são sons ou palavras cuja repetição sucessiva influi sobre a mente, levando o indivíduo a estados extraordinários de consciência. O mantra sagrado e supremo, o OM pronunciado como "A UM", é o absoluto.


ELEFANTE

Simboliza paz, poder, sabedoria, força e prosperidade. No Nepal e na Índia, é Ganesha, o deus sagrado dos hindus, que é invocado para ajudar a vencer qualquer obstáculo, representando assim a vitória.

No Tibete, é aquele que sustenta o mundo, e em toda a Ásia é a montaria dos soberanos.

Na Idade Média foi símbolo da castidade (durante os dois anos em que a fêmea está em gestação, o elefante macho se mantém em abstinência sexual, junto da companheira), da temperança e da precaução.


LÓTUS

Lótus, loto ou nenúfar é o nome dado a diversas plantas da família das ninfeáceas.

Comum na Índia e no Egito onde apresenta um valor simbólico muito importante. No Budismo e no Hinduísmo uma flor de lótus ainda em botão representa as possibilidades infinitas. Quando está aberta simboliza a criação do Universo. Símbolo da elevação do espírito, da luz, da meditação, da pureza e da imortalidade.

A flor de lótus de “mil pétalas” é a espiritualidade em seu mais alto grau de perfeição. Na Idade Média, os cristãos acreditavam que a semente de lótus tinha a capacidade de conter os impulsos sexuais, sendo por isso recomendada como medicamento para padres e freiras. A raiz de lótus, dizem, que serve como adstringente e anti-inflamatório.

Nota: O gênero Nelumbo spp. foi transferido para uma família da ordem Proteales. O lótus-sagrado ou lótus-indiano (Nelumbo nucifera) é a flor sagrada nacional da Índia!

Ninfeácea é uma família de grandes ervas aquáticas, floríferas, espalhadas pelo mundo inteiro. Temos as ninféias (referente às ninfas da mitologia grega) e as vitórias-régias presente no Parque Nacional da Amazônia, por exemplo.


MANDALA

De origem hindu, muito difundidos entre os budistas tibetanos, os mandalas são desenhos circulares usados para meditação. Simbolizam a harmonia do Cosmo e a perfeição divina.

Diagrama composto de círculos e quadrados concêntricos que significam uma totalidade natural, uma perfeita integração. A palavra hindu, em sânscrito significa “círculo mágico” e, designa a representação simbólica do núcleo do psiquismo humano, sendo usado como instrumento de meditação e busca da paz interior. Os mandalas estão presentes na arquitetura de templos de diferentes regiões, danças, símbolos e pinturas sagradas.


VACA

Animal sagrado para os hindus, simboliza a maternidade, a fertilidade, a esperança, a alegria e a criação da vida. Também é apontada como uma condutora de almas e os budistas vêem na vaca de cor branca um símbolo da iluminação espiritual do homem.


YANTRAS

Desenhos hindus em formas geométricas e cores vibrantes que representam as divindades e são utilizados para a meditação.


As Religiões do Mundo - Hinduísmo


Religião atual da maioria dos povos indianos, resultante de uma evolução secular do Vedismo e do Bramanismo, que se transformaram pela especulação filosófica e pela integração de cultos locais.

O hinduísta (tudo o que se refere ao hinduísmo) é a pessoa que professa o Hinduísmo ou se dedica ao seu estudo.

A Literatura dos antigos indianos, que falavam o sânscrito, talvez remonte ao século XV antes de Cristo. Primitivamente, como todos os povos, os indianos possuíram uma literatura sagrada intimamente ligada à sua religião.

Os primeiros livros dessa literatura sagrada são os Vedas. Descrevem e celebram os deuses então adorados que eram: 

Agni – deus do fogo, do fogo doméstico, do fogo celeste, o sol, do fogo das nuvens, o raio, 

Indra – o deus da atmosfera, análogo ao Zeus dos gregos, 

Soma – a lua, 

Varuna – a abóbada noturna, deusa que recompensava os bons e punia os maus, 

Rudra – deus mais mau do que bom, embora algumas vezes fosse compassivo, dotado de compaixão 

e, muitos outros ainda...


O estilo dos Vedas, sempre poético e metafórico, é como que uma alegoria contínua.

Veda significa um conjunto de textos sagrados – hinos laudatórios, formas sacrificiais, encantações, receitas mágicas – que constituem o fundamento da tradição religiosa do Bramanismo e do Hinduísmo, e também filosófica da Índia.

Vedanta é o nome dos últimos capítulos dos Vedas, livro ao qual os hindus atribuem origem não humana. São revelações. O mesmo é dito de quase todos os livros sagrados existentes no planeta.

“Vedanta” significa “o fim dos Vedas”, em sentido literal ou metafórico. “Advaita” significa “não-dualista”.


continua...



Aranel Ithil Dior