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Incenso faz bem?

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(Só de ver muita gente já começa a ter coriza... Mas não precisa ser assim, é só ficar antenado com a fórmula com que eles são feitos!)

Depende da qualidade do produto, da quantidade de fumaça no ambiente e das suscetibilidade de cada um. 

Um bom incenso, num ambiente ventilado, pode certamente perfumar, relaxar e inspirar a meditação. 

(Uma loja na Índia mostrou como é feito o incenso.)

Mas, entre os que têm asma e rinite, por exemplo, basta o perfume do incenso para irritar a mucosa e acionar espirros, coceira no nariz, tosse seca, coriza, chiado no peito e até falta de ar. 

Isso vale para crianças e adultos que já têm a doença instalada. 

(A preocupação sobre os incensos é importante em países onde essa prática é difundida. Na ilha de Taiwan, República da China, essa preocupação levou profissionais de sua Universidade nacional a determinar os níveis toleráveis de fumaça suportáveis ao ser humano. A descoberta esbarrou no fato que é muito importante a procedência do material e o tempo de exposição do indivíduo à fumaça. Hoje, avisos nas entradas dos templos informam o tempo necessário na exposição em recintos defumados, e sacerdotes são treinados para socorrer e fiscalizar os visitantes para não ultrapassarem o tempo prescrito.)

Uma pesquisa da Universidade Nacional de Cheng Kung, de Taiwan, descobriu na fumaça do incenso agentes químicos cancerígenos. A medição foi feita num templo budista abafado, onde se enxergava pouco mais de um palmo tamanha a fumaceira!

Há muitos tipos de incenso.

(Não importa sua religião, incensar faz parte de todas elas, acima preparação para a missa numa igreja católica...)

Na Índia, os mais puros são de esterco de vaca, resina de olíbano e óleos essenciais. As varetinhas perfumadas comuns são, em geral, feitas de carvão, pós de bambu, cola vegetal atóxica, óleos essenciais naturais e fragrâncias artificiais.

(Sumo Sacerdote judeu incensando para Jeová...)

(Ritual hindu, onde a fumaça também faz parte... O incenso ou a fumaça, seja de um sacrifício, seja como oferta e queima de plantas ou frutas, são uma dedicação do ofertante para com sua divindade máxima.)

Se a caixinha custa menos de 3 reais, desconfie. 

A cola pode ser tóxica e a essência ruim, misturada com solvente para, economicamente, diluir sua concentração. 

(Preparação da abertura e dedicação do espaço num ritual do Candomblé. A fumaça representa a intenção do adepto e suas orações. Elas se espalham pelo vento, pois o elemento Ar é o hálito e imanência de Deus. A fumaça purifica, quando utiliza-se ervas específicas para perfumar o lugar a ser consagrado, dependendo da orientação de cada religião.)

A rigor, qualquer material orgânico que queime a menos de 1000 graus libera monóxido de carbono (CO2) - incluindo os bons incensos e até o bucólico forno a lenha. 

(O vídeo acima não é dinâmico mas sintetiza em 4 min o que é o gás carbônico e como nos intoxicamos com ele.)

Em excesso, o CO2 pode provocar vasoconstrição e, lá na frente, dor de cabeça. É recomendável, portanto, optar por incensos de qualidade e manter o ambiente ventilado quando acendê-los. 



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Incensos... Uma História!




O incenso acalma, perfuma, unifica

Ao acender uma vareta, bastão ou fragmento de resina, um ritual acontece e ganha força: o fogo se une às ervas e um aroma agradável é exalado pela fumaça, que se torna parte do ar: Nuvem que sobe unindo terra e céu.

Para várias culturas, o incenso é um elo com o sagrado. A fumaça aponta para o mistério de Deus e ajuda a transcender. Por esse motivo, pode-se dizer que o uso do incenso é tão antigo quanto a humanidade

Como oferenda, possui duas funções: a de agradar e homenagear os deuses e a de fazer os pedidos chegarem mais rápido até eles.

Segundo o livro Incenso - Preparo, Uso e Significado Ritual (ed. Hemus), "povos primitivos estabeleceiam contato com o divino através da fumaça oriunda da queima de ervas e madeiras aromáticas que se elevavam até os céus".

Desde então, essa é uma das principais finalidades que o incenso tem.

A civilização egípcia foi a primeira a registrar seu emprego com a intenção de afugentar os maus espíritos e homenagear seus deuses. Mais adiante, na Bíblia, o incenso aparece como um dos presentes levados pelos três reis magos a Jesus. Assim como o ouro, os perfumes e os incensos eram ofertados por serem caros e preciosos.


Para levar os Pedidos aos Deuses

É na Índia que o incenso ganha a força e o contorno que, anos depois, veio a ser comercializado no Brasil: uma mistura de ervas e resinas em forma de vareta. Diz-se que o incenso surgiu na Índia, onde continua a ser feito artesanalmente. Nos rituais hare krishna, a religião que difundiu o uso do incenso por aqui, ele permanece no altar e é oferecido a Krishna (ou Vishnu). É uma representação do elemento ar e ajuda a estabelecer um vínculo com o supremo.

Da Índia, o berõ do hinduísmo e do budismo, o incenso se alastrou pelo Oriente na medida em que essas religões ganhavam teritório. Foi levado para a China e chegou no Japão no século 6, onde foi adaptado para um bastão, sm pontas de madeira. Nesse país, uma das finalidades do rito é marcar o tempo da meditação.

No zen-budismo, ela tem início quando o incenso é aceso e acaba quando ele termina. O incenso é usado para fazer uma conexão com o sagrado, o ser iluminado que se encontra em cada um de nós. O bastão ajuda a criar a harmonia e pode ser visto como um símbolo de impermanência. Ao queimar, se transforma em cinza e em fumaça, que se mistura ao ar inspirado pelos pulmões.


Símbolo do Desapego e da Purificação

No budismo tibetano, o incenso é o símbolo da generosidade e do desprendimento. É um dos elementos que representam os prazeres sensoriais - no caso, o olfato. A proposta é oferecê-lo para as deidades. Pois, dessa forma, a pessoa exercita o desapego dos prazeres sensoriais que é entregue como presente e se vai com a fumaça.

O incenso também deixa o ambiente agradável, livre de energias negativas. É capaz de tornar ainda mais forte um ritual do qual participam várias pessoas. todos ficam na mesma vibração.

Seu caráter purificador é especialmente utilizado pelos mulçumanos. No Islã, as pessoas têm o hábito de acender o incenso às sexta-feiras, que é um dia sagrado. Pode se recitar uma surata (capítulo do Alcorão) e pedir a Deus para que ele pufique a casa.

Fim. 


Aranel Ithil Dior