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Os Símbolos Judaicos

Festa de Bar-Mitzva. Quando uma criança judia atinge a sua maturidade (aos 12 anos de idade, mais um dia para as meninas; e aos 13 anos e um dia para os rapazes), passa a tornar-se responsável pelos seus atos, de acordo com a lei judaica. Nessa altura, diz-se que o menino passa a ser Bar Mitzvá ( בר מצוה , "filho do mandamento"); e a menina passa a ser Bat Mitzvá (בת מצוה, "filha do mandamento").


Dia do Perdão (data móvel, por conta do calendário lunar) – “Yom Kipur” ou, em hebraico, o “Shabat HaShabatot” (Sábado dos Sábados). Data dedicada ao arrependimento e ao perdão, o Yom Kipur é um dia sagrado do calendário judaico, uma das datas mais importantes do Judaísmo. O feriado começa no pôr do Sol que dá início ao décimo dia de Tishrei (sétimo mês do calendário judaico) e continua até o final da tarde seguinte. O Tishrei corresponde no calendário gregoriano a um período compreendido entre os meses de setembro e outubro.

Torá (Lei, rolo, Livro Sagrado) – A palavra lei indica o conjunto de leis e determinações religiosas e civis, colecionadas no Pentateuco. Os israelitas usam o termo Torah que na forma causativa significa instruir. O termo Torah indica toda espécie de determinações, não necessariamente jurídicas, dadas por Javé, através de sacerdotes ou profetas (Is 8, 20; Jer 2, 8).

O Torá é a Bíblia dos judeus. A quinta letra do alfabeto hebraico, Hei, representa Deus e os cinco livros do Torá (analogia com o Tarô: O Hierophante).

A Menorá ou “Menorah” é um candelabro de sete braços e uma das características mais importantes do Tabernáculo e dos Templos. Também é o emblema oficial do Estado de Israel, cuja forma teria sua origem na planta de sete galhos moriá (um tipo de sálvia), conhecida desde a Antiguidade. Os ramos de oliveira dos dois lados representam o anseio de Israel por paz. E os dutos onde é acendida o fogo do candelabro é inspirado na amendoeira, que representa resistência e pureza.

A menorá de ouro era um dos principais objetos de culto no Templo do Rei Salomão, em Jerusalém. Através dos tempos, ela tornou-se um símbolo da herança e tradição judaica, em sem número de lugares e com grande variedade de formas.

O Candelabro, por sua vez, simboliza luz, salvação e iluminação espiritual. Na Idade Média, o candelabro de sete braços já representava o Judaísmo.

Sinagogas – com a destruição do segundo templo de Jerusalém, casas transformaram-se em centros comunitários, com funções sociais na qual crianças estudavam. 

“Maguen David” é a estrela de 6 pontas que representa a união dos contrários, opostos, a interação entre o masculino e o feminino, entre o visível e o invisível, da água com a terra e do fogo com o ar. Entre os judeus é um símbolo de fé. Conhecido também por Hexagrama ou ainda pelo nome “Estrela de Davi”, a qual está na bandeira do Estado de Israel.

O Pentagrama – estrela de 5 pontas, conhecido também por Pentáculo, “Triângulo de Salomão” ou “Selo de Salomão” (símbolo de Salomão), signo do infinito e do absoluto, é um dos antigos símbolos que representa o homem. Do grego “pente” que quer dizer cinco e “gramme” que quer dizer linha, é o signo do microcosmo; da unidade.

Sua simbologia exprime a dominação do Espírito sobre os elementos e os elementais. Representação da união do 2 (princípio feminino terrestre) com o 3 (princípio masculino celeste). O número 5 é um número de transição e passagem, pois sucede o 4 que é um número completo mais a adição do 1 que é o número do começo. O 5 sempre é um número de multiplicidade e irradiação, e tal fato se dá, porque sua base concreta é o 4, por isso que representa um número de realização.

O Pentagrama investe-nos de uma vontade capaz de intervir na Luz Astral, que nada mais é que a alma física dos quatro elementos, os espíritos elementais, tornando-se submissos a esse símbolo.


Um pouco mais sobre o significado da Estrela de Cinco Pontas

Uma estrela de 5 pontas é um pentagrama, geralmente, mas quando não contém o pentágono em seu interior, ou é colorido por cores específicas, tem outros significados. O pentagrama aparece em amarelo nos Símbolos Nacionais da Etiópia e em verde (cor tradicional do Islã) no Marrocos, por exemplo.

A estrela de 5 pontas aparece tanto em Bandeiras Nacionais como em Brasões de Armas de países africanos onde a maioria da população é cristã, como nas estrelas amarelas de Angola e Camarões, por exemplo, ou na branca de Togo. 

Igualmente em países árabes que professam o Islamismo, como nas estrelas amarelas de Burkina Faso e Mauritânia, na verde do Senegal, na branca da Somália, nas vermelhas da Argélia, Djibouti, Saara e Tunísia. Ainda em países de outros continentes, como nas estrelas verdes do Iraque e da Síria, ou na estrela branca da Turquia.

A estrela de cinco pontas preta aparece em Gana, Guiné-Bissau, São Tomé e Príncipe e, geralmente, simboliza a liberdade da África ou o próprio Continente Africano. A estrela de cinco pontas vermelha é um símbolo do Comunismo e amplamente do Socialismo. É muitas vezes interpretado como representação dos dedos das mãos do trabalhador, bem como os cinco continentes. É símbolo do Partido dos Trabalhadores (PT), por exemplo.

No Brasil, diversas bandeiras estaduais contém a estrela de cinco pontas que, geralmente, caracterizam o Estado no conjunto da Federação, cuja maioria remete à estrela que o representa, respectivamente, na Bandeira Nacional: Acre (vermelha), Amazonas (5 brancas), Goiás (5 brancas), Maranhão (branca), Mato Grosso (amarela), Mato Grosso do Sul (amarela), Pará (azul), Paraná (5 brancas), Pernambuco (amarela), Piauí (branca), Rio de Janeiro (2 prata e branca), Rio Grande do Norte (branca), Rondônia (branca), Roraima (amarela), Santa Catarina (branca), São Paulo (4 amarelas), Sergipe (5 brancas).


Livros e indicações interessantes:
  • Noções de Hebraico Bíblico – Paulo Mendes (Letras de como se escreve o hebraico)
  • Camões escreveu uma poesia em relação a Léa.
  • Machado de Assis escreveu sobre Isaur e Jacó.
  • O Talmud (Tao – ensinamento) é uma obra que relata vários temas discutidos pelos rabinos sobre o Torá. O Talmud foi escrito em aramaico – linguagem mais popular usada paralelamente com o hebraico – língua que Jesus falava.
  • Uma das Fontes: The Bible Odyssey on Israeli Stamps
    www.bible-study-online.juliantrubin.com/biblestamps.html
Há meio século, o grupo de visionários Leon Feffer, Manoel Epstein, Isaac Fischer, Rubens Frug, Moti Coifman, Maurício Fischer e Moti Frug, responsável pela ideia de criar um novo clube não imaginava que depois de poucas décadas a Hebraica seria o mais importante centro comunitário judeu do Brasil e um dos mais completos do mundo.

A HEBRAICA – Ponto de encontro da comunidade judáica, em São Paulo.
culturajudaica@hebraica.org.br – www.hebraica.org.br
Sinagoga “Beth-el” – Rua Martinho Prado, 175 – São Paulo




As Gerações dos Judeus

SEGUNDA GERAÇÃO – ISMAEL E ISAC 

Sara tinha uma escrava chamada Asgar, a qual serviu Abraão e teve um filho chamado Ismael. Entretanto, Ismael, primogênito de Abraão, só é considerado como primeiro filho para os muçulmanos.
Enquanto que para os judeus é considerado o primeiro filho de Abraão, Isac ou Isaac (que significa riso) – nome derivado da risada de Sara que não acreditou que teria um filho já com idade avançada. Quando Isac cresce, casa-se com uma mulher vinda de Ur, Rebeca.

Rebeca ou Ifica (que quer dizer ovelha), sente que em seu ventre os seus filhos gêmeos lutam e Deus diz à ela que de seus dois filhos nascerão dois povos, Isaur o mais velho servirá Jacó o mais novo.

TERCEIRA GERAÇÃO – ISAUR E JACÓ

Isaur é o primeiro neto de Abraão. Trabalha no campo, tem personalidade mais agitada, é mais materialista (visão com foco no presente). Casou-se com uma das filhas de Ismael (sua prima por parte de pai).

Jacó ou Iacof (em hebraico) = Israel (aquele que briga com Deus), tem uma personalidade introspectiva, é mais caseiro e esperto, tomou o direito de primogenitura (visão com foco futurista).

Jacó briga com o irmão Isaur e parte para Ur. Lá, Jacó casou-se com Léa e teve Rúben. Foi traído e teve que trabalhar 7 anos para ficar com sua amada, irmã mais nova de Léa, sua cunhada.

Já casado com Raquel, seu verdadeiro amor, teve José – seu filho preferido. Volta com toda a família para Canaã. Jacó morre no Egito, depois de 17 anos.


QUARTA GERAÇÃO – OS DOZE

Jacó tem 12 filhos homens com 4 mulheres: duas escravas, Léa e sua irmã Raquel. Os 12 filhos de Jacó formaram 12 tribos, sendo a principal a tribo de Judá ou Judah (daí vem os judeus).

As 12 tribos foram formadas em todo o território que compreende, hoje, o Estado de Israel, e ainda depois do rio Jordão, na região norte da Jordânia. Em ordem alfabética: Aser, Benjamim, Dã, Gade, Issacar, José, Judá, Levi, Naftali, Rúben, Simeão e Zebulão.


As 12 Promessas

Judá (teus irmãos te louvam), principal povo que se formou através dele ao sul. Judá gerou Tamar, Farés e Zara. Na cidade de Hebrom.

Levi (violência, espadas). De Levi veio o povo que cuidaria do sacerdócio e o serviço do tabernáculo (no tempo de Moisés) e do serviço do templo (designado pelo rei Davi e Salomão).

Simeão ou Simeon ou Shimon (violência, espadas). Ficou com a cidade Berseba.

Rúben ou Reuben ou Rubem, filho primogênito de Jacó com Léa. Ficou com o Monte Nebo.
 
Aser ou Asher (seu pão será abundante e ele motivará delícias reais, norte da Judéia.

Gade ou Gad, cidade de Sitim, do outro lado do rio Jordão

Naftali ou Naphtali ou Neftali (é uma gazela solta, de sua boca sairão palavras formosas), norte da Judéia.

ou Dan ou Daniel (julgador, serpente), montes ao norte da Judéia.
 
Benjamin (lobo voraz), tribo formada ao sul, em volta de Jerusalém

José ou Joseph – ramo frutífero (dupla fertilidade), dos seus braços vem a força de Jacó, bençãos dos céus e dos infernos. Efraim e Manassés ou Manasseh, filhos de José, nascidos no Egito, representaram a tribo de José depois da morte de Jacó.

Zebulão ou Zebulun ou Zebulom (servirá de porto para os navios), parte leste da judéia.

Issacar ou Issachar ou Isacaar (acomodado, preguiça). Aos pés do Monte Tabor.

 
José é biblicamente filho de Jacó e Raquel. José teria vivido no Egito entre 1.700 a 1.600 antes de Cristo. José tinha muitos sonhos. Seus irmãos vendem-no como escravo para uma caravana que estava indo para o Egito.

Ele decifrou o sonho do faraó: que os primeiros 7 anos seriam de abundância e os outros 7 seriam de miséria. E assim transformou-se em governador do Egito.

A mulher do administrador do faraó, Potifá, tenta seduzir José. Este esquiva-se para manter seu estatus. Ela furiosa, diz ao seu marido que José tentou seduzí-la. José vai para a prisão.

Depois, novamente por causa das interpretações dos sonhos, ele ganha fama, importância e fortuna no Egito.

A Bíblia enfatiza muito o lado que José está como presidiário (pobre) e depois a sua promoção por causa dos sonhos, dos desígnios de Deus.

Os dez filhos de Jacó vão para o Egito em busca de alimentos, a pedido do pai. José reconhece os irmãos, mas estes não, pois quando o viram pela última vez (quando venderam ele como escravo) ele era muito jovem. Ele disfarça e manda prender os irmãos julgando-os de espiões.

Depois de 3 dias José diz que um deles deveria continuar preso em prova de honestidade: Simeão, e manda todos de volta para Canaã levando comida para o seu povo, e que só libertaria Simião se lhe trouxessem Benjamim – o filho mais novo. 

Nota: o período de escravidão no Egito se deu entre 1.600 a 1.300 antes de Cristo.


A Escravidão no Egito

Cozem ou Bozem compreendia uma região dentro do Egito onde viviam tribos semitas (hebreus). Os faraós de origem semíticas são considerados hebreus.

Já os faraós de origem não-semíticas, pois não reconhecem os descendentes de Jacó e nem o que José fez pelo Egito, são aqueles que escravizaram todos os hebreus. 


As Crônicas dos Judeus

Entre 700 antes de Cristo até 700 depois de Cristo é o período de declínio de Israel.

Haviam 10 povos do norte que constituíam a antiga Israel e duas ao sul, Judá e Benjamim. Depois da destruição total do norte, Judá cresceu muito para continuar o povo judeu.

Algumas considerações históricas do período pré-estatal de Israel (história, reis):

As primeiras sementes plantadas sobre o Judaísmo foram por Moisés.

O Judaísmo tem 613 mandamentos que se dividem em o que se pode fazer ou não, os quais partiram dos 10 principais Mandamentos da Tábua de Moisés, escrita pelo dedo de Deus.

Ioshua ou Josué foi quem suscedeu Moisés. Josué separou doze pedras e, nelas, escreveu os nomes das doze tribos (Js 4:1-10). Ele foi o primeiro juíz de Israel.

O período dos Juízes e dos Profetas compreende entre 1200 ao ano 1000 antes de Cristo, quando profetas e juízes são os grandes líderes do povo (juízes, leis, sentenças aplicadas). O profeta Samuel seria o último juíz deste período.

A pressão e a vontade do povo é pela monarquia, assim foi escolhido o primeiro Rei Saú. O período da monarquia começou aproximadamente no ano 1.000 antes de Cristo.

Rabino Tito – século I depois de Cristo.

Maomé (Meca) aparece no ano de 700 d.C. com ele nasce o Islamismo.

Cabala significa tradição recebida, e é essencialmente mística. Só são iniciados os homens acima de 40 anos. Ela aparece no sul da França e na Espanha no século XIII, de forma mais evidente, mas ainda velada, sobre um forte escrutínio de escolha. Mas tarde os nobres franceses tentam obter seus conhecimentos que é quando ocorrem os primeiros trabalhos escritos sobre a cabala juntamente com a busca hermética no período medieval. Neste mesmo período, surgem as primeiras unversidades européias.

A Bíblia foi escrita em hebraico a primeira vez entre 1200 a 1125 a.C. Depois foi impressa em livro em 1480 d.C.

Fernando de Aragón e Isabela de Castela expulsaram os judeus da Espanha no período muçulmano de 1492. Existem controvérsias históricas, mas tudo leva a crer que seria por vontade de obter os poderes místicos prometidos a todo praticante cabalista. A partir daqui, historicamente, começa a corrida pela pedra filosofal que desembocaria na busca desmedida por ouro e território e por fim, a descoberta das Américas.

As Religiões do Mundo - Judaísmo


Única religião essencialmente monoteísta (na teoria e na prática), refere-se ao povo hebreu, formado a partir da volta do exílio babilônico (538 antes de Cristo), e no qual se formou o Cristianismo.

Os hebreus (significa aqueles que vieram do outro lado do rio – no caso o rio Jordão) foi um povo semita da Antiguidade – do qual descendem os atuais judeus que ficaram no Egito, aproximadamente, 400 ou 250 anos.

Entretanto, os israelitas que viviam no Egito ainda não eram chamados de Judeus e sim de Hebreus.

A palavra judaísmo está relacionada ao mesmo tempo com uma região geográfica (a Judéia), um agrupamento humano (os judeus) e uma religião (o judaísmo).

Essa série de referências revela a originalidade de uma religião que se caracteriza pelo pacto da aliança entre um deus – Javé, e um povo – Israel, compondo uma unidade étnico-religiosa, ou mais precisamente, uma nação religiosa.

A religião têm várias correntes, como a liberal e a conservadora. O judaísmo tradicional é o ortodoxo. Acreditam na ressurreição. Uma criança tem que nascer de uma mãe judia para ser um judeu. É necessário ter 10 homens para se fazer uma oração. O número 7 é associado a perfeição, ao completo.

Desde a época de Abraão, designou-se que Deus é único, onipotente e responsável pela criação do Universo. Não existe “antes” ou “depois” de Cristo, mas sim o tempo de existência da humanidade.

Os três homens mais importantes, chamados de Patriarcas, são Abraão (Abraham), seu filho Isac (Isaac) e seu neto Jacó (Jacob).


Os Dez Mandamentos:
1º – Amar a Deus sobre todas as coisas
2º – Não tomar o Seu Santo Nome em vão
3º – Guardar os sábados
4º – Honrar pai e mãe
5º – Não matar
6º – Não pecar contra a castidade
7º – Não furtar
8º – Não levantar falso testemunho
9º – Não desejar a mulher do próximo
10º – Não cobiçar as coisas alheias


continua...

Aranel Ithil Dior