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Aconselhamento
1 - Faça um Inventário de seus Dons e Desejos
Ao escolher uma profissão ou dar a guinada ruma à realização pessoal, precisamos juntar várias peças do quebra-cabeça da vida - tem tanta coisa que a gente curte fazer ou sonha em fazer. Vivemos numa época de opções ilimitadas, e isso contribui para a confusão. (Quem pensaria, há alguns anos, em cursar faculdade de gestão ambiental, webdesign ou culinária?)
Este exercício ajuda a desfazer o nó de tantas possibilidades: ele inventaria nossos talentos, capacidades e desejos e, com base neles, aponta o desenvolvimento de caminhos. Chamado de mapa mental, é parte do coaching - um tipo de treinamento que visa a recapacitação de executivos.
1 - Pegue uma folha de papel ofício (sulfite), e desenhe no meio um pequeno quadrado. Dentro dele escreva a palavra "Eu".
2 - Partindo do quadrado, traçe linhas em volta dele, como se fosse um sol. Na extremidade de cada uma escreva a atividade que você sabe fazer bem. Trace quantas linhas quiser.
3 - Repita o procedimento, sempre a partir do quadrado, dessa vez listando nas extremidades das linhas as atividades que você sente prazer em realizar.
4 - Faça mais uma vez, escrevendo agora as atividades que você gostaria de exercer.
5 - Tente ligar atividades com um traço e anote as palavras que vierem à cabeça. Por exemplo, você pode ligar "receber visitas" (atividade que lhe dá prazer) com "cozinhar" (atividade que você saber fazer bem) e pensar nas palavras "restaurante" e "bufê". Essa associação pode refletir esta nova possibilidade de trabalhar com algo relacionado à culinária.
Seu mapa mental não precisa ter lógica. Também não há palavras ou associações certas ou erradas. O importante é deixar a imaginação fluir.
2 - Qual Era Seu Papel nas Brincadeiras?
Puxe pela memória para lembrar as atividades que lhe davam prazer, muito prazer, quando era pequeno. Nesses jogos e brinquedos, afloravam seus talentos naturais, que, sob a influência da educação escolar; do ambiente familiar e social e das circunstâncias da vida, foram esquecidos. E podem ser a chave para uma mudança ou readequação profissional. Faça o exercício abaixo para redescobrir aptidões que podem ter ficado lá atrás.
Escreva numa folha de papel as brincadeiras de que mais gostava, detalhando ao máximo as situações e as habilidades envolvidas. Não precisa lembrar de tudo na hora: deixe o papel à mão e aumente a lista na medida em que os divertimentos voltarem à memória. Não se censure. Por exemplo, o fato de você brincar de balé não significa ter de virar um bailarino profissional. Situe a diversão num contexto maior: As coreografias eram em grupo? Você cuidava do figurino? Da trilha sonora? E assim por diante.
Cada detalhe pode fornecer indícios para novos e prazerosos caminhos profissionais.
3 - Um Modelo para Inspirar
Quem você admira? Consultores da área vocacional sugerem a seus clientes se inspirar em gente que consideram exemplos de criatividade e conduta no momento de definir ou redefinir a profissão. "Em programação neurolinguística (PNL), isso é chamado de modelagem", explica Andrea Lages, da empresa de consultoria Lambent do Brasil, autora do livro Coaching em PNL (ed. Qualitymark). Ela frisa, porém, que é importante identificar as características específicas que queremos modelar. "Não se trata de imitar a personalidade da pessoa, mas se espelhar em suas qualidades positivas", alerta.
Curiosidade
Aptidões que valem Ouro
Na Roma antiga, talento era o nome de uma unidade de moeda extremamente valiosa: Um só talentu equivalia a cerca de 30 kg de ouro. Só para ter uma idéia, o dote da filha do imperador Júlio César em seu casamento foi de 100 talentos, ou 3 toneladas de metal.
Hoje, talentos continuam sendo bens preciosos. Afinal, nossos dos, nossas aptidões naturais ou habilidades adquiridas, treinadas e aperfeiçoadas durante anos, são talvez a principal moeda de troca deste nosso tempo. Ao exercitar nossas habilidades no cotidiano, as doamos ao patrão, à empresa, ao público e somos retribuídos por isso sob a forma de salários, benefícios, reconhecimento, admiração e mesmo fama.
Continua...
