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O Significado das Runas e Métodos de Consulta
Todo ser humano possui um determinado grau de vidência, embora na maioria das pessoas, esteja somente em estado latente.
Todas as formas de adivinhação fluídica tendem a despertar o lado psíquico natural daquele que está fazendo as previsões, para agir como ponte entre os processos racionais de pensamento da mente consciente e, o modo intuitivo da mentalização empregada pela mente subconsciente.
Cada runa apresenta uma série de conceitos, que são expressos por símbolos ou imagens. A mente subconsciente trabalha melhor com a linguagem iconográfica.
O que são Runas?
As Runas são uma das primeiras formas da arte de adivinhação e magia sobrevivente na cultura dos homens. Infelizmente ela não é admitida pela ciência como um dos meios eficazes de conhecimento e auto-conhecimento.
Foi um oráculo criado pelos magos e xamãs escandinavos, mas popularizados pelos vikings em suas viagens exploratórias nas regiões da moderna Islândia até mesmo chegarem ao continente norte-americano. Existe referências destes simbolos há aproximadamente 9 séculos.
Estes xamãs ou sacerdotes escandinavos, as usavam como ferramenta primordial, na confecção de poções ou artefatos mágicos. Por serem associadas aos poderes mágicos, podemos encontrar grande representação artística em antigas espadas, potes e em pedras eregidas como os dólmens, túmulos antigos da idade da pedra.
As Runas modernas são geralmente encontradas em formas de pedras ou qualquer material sólido, tal como madeira, plástico, argila, mas também é possível encontrá-las em forma de cartas.
A adivinhação rúnica apresenta afinidades com todos os outros métodos de previsão que se apoiam na distribuição fortuita ou seleção de símbolos para estimular a clarividência latente do vidente em atividade. Esse tipo de adivinhação é chamado de fluídico ou mutável.
Elas possuem diversas formas de serem jogadas e lidas. Alguns as jogam como os búzios, geomância, jogo de dados e outros como o I Ching. Ainda há aqueles que, com a criação das runas em forma de cartas, as jogam como numa leitura de Tarô.
Acredita-se que os antigos xamãs as usavam para as mais variadas perguntas, geralmente relacionadas a conquistas bélicas ou às atividades como agricultura, festas religiosas e para orientação marítima. Muitas viagens bélicas eram incentivadas por retiradas rúnicas e, antes de uma guerrilha, era indispensável a consulta ao oráculo.
A arte de adivinhação rúnica é, às vezes, chamada de “jogo das runas” e, por meio do método primitivo que utiliza as nove runas simbólicas gravadas na pedra, elas são de fato “jogadas” ou lançadas diretamente ao chão ou sobre um pano destinado ao jogo.
A memória racial desta prática influenciou a linguagem da arte da adivinhação rúnica, embora o alfabeto das runas não seja em geral “jogado”. No dialeto rúnico, o método e a ordem na qual os símbolos estão dispostos é que dá a sua interpretação.
O xamã teutônico começou estipulando nove Forças Universais, como os egípcios, que montaram sua religião em torno do conjunto nove (e isto provavelmente justifica a ressonância entre a magia egípcia e a teutônica).
Essas nove Forças Universais foram identificadas com o Sol e a Lua, os cinco planetas visíveis a olho nu (como não possuíam telescópios, os teutões não conheciam nada além de Saturno) e os nodos norte e sul da Lua.
Os astros possuem grande influência sobre as magias, para você saber que tipo de magia cada planeta influencia aqui vai um pequeno resumo:
Sol - Relativo às amizades, ao ego, à auto confiança. É o símbolo do poder masculino.
Lua - É o planeta dos fluxos e refluxos, da cura, da pureza, dos poderes ocultos. É o símbolo do poder feminino.
Mercúrio - Relativo à palavra. É o planeta do conhecimento, do comércio, das trocas.
Marte - É o planeta da guerra, força, coragem, da paixão arrebatadora.
Vênus - Relativo ao Amor e aos bens materiais.
Júpiter - Relativo à expansão. É o planeta da sorte, da multiplicação, da fartura.
Saturno - Relativo à sabedoria e ao estudo.
Eram esses modos de expressão das energias básicas combinados com os antigos ícones mágicos que, formavam entre si, personificados nas 24 runas do Antigo Alfabeto Rúnico. O primeiro símbolo no Antigo Alfabeto Rúnico é a runa FEOH, cujo significado é “gado”.
De onde vieram as Runas?
Vinda de tão remota época, as Runas tomam parte de uma famosa divulgação, pois a partir do século V d.C., quando começaram as Grandes Invasões, vários países da Europa tomaram conhecimento não somente do Oráculo como de seu significado e de sua tradição.
A mitologia diz que Odin, o todo poderoso, antes de ser santificado e adorado, era um homem comum, que vivia de pequenos furtos e roubos ao longo de sua vida nômade. Preso depois de anos burlando as leis germânicas, Odin foi condenado a morrer preso à uma árvore.
De uma forma um tanto grotesca para os dias atuais, o condenado deveria ser amarrado de cabeça para baixo, quando sem bebida nem comida, morria invariavelmente dentro de muito pouco tempo. Entretanto, foi durante este castigo que Odin encontrou pedras brilhantes dentro de um lago sobre o qual ele fora dependurado.
Livrando-se das cordas que o prendiam, Odin apoderou-se daquelas fascinantes pedras desenhadas que tanto o encantaram e viveu durante anos, escondido nas montanhas do alto Rio Reno. Nesse tempo, ele conseguiu elaborar vários hieróglifos, quase todos baseados na escrita germânica, e um significado especial para cada um deles.
Elas se tornaram o mais famoso oráculo dos vikings. Depois de sua morte, Odin foi visto como deus e as Runas (nome originado da palavra Rune: pedra), tornaram-se conhecidas por todo um povo.
Os ensinamentos ocultistas, independente de que ramo sejam - oriental ou ocidental, hermético, cristão ou panteísta -, asseguram que há somente um número limitado de energias básicas ou forças universais espalhadas no Cosmos. As fés mais antigas representaram para si Forças Universais com aparência antropomórfica porque reconheciam não só como imensamente poderosas, mas também úteis e inteligentes.
Portanto, personificavam tais energias por meio de associações refletidas nelas mesmas, embora muitas vezes mais altas e imponentes porque não conheciam outras espécies que possuíssem poderes de raciocínio semelhantes aos delas. Essas personificações tornaram-se os deuses e as deusas dos vários panteões, enquanto as fés monoteístas – Judaísmo, Cristianismo, Islamismo – optaram por classificá-las como “Arcanjos”.
O significado das Runas foi aprimorado conforme o tempo. Na Idade Média, com a pressão da inquisição, elas foram duramente perseguidas, sendo consideradas trabalho de hereges. Assim como o Tarot e as cartas ciganas, elas frequentavam lugares lúgubres e escuros nos quais essas práticas adivinhatórias eram muito bem aceitas.
Demorou muito tempo para que as Runas tomassem voz no mundo místico. Devido ao seu ensinamento, que era mais oral do que escrito (por isso não possuía leis escritas), sofreram um isolamento em seu estudo até meados do século XX. Talvez tenha sido um dos últimos segredos oraculares que foram descobertos e analisados.
Embora cada runa represente um conjunto complexo de idéias, não importa o quão diversas ou restritas possam parecer à primeira vista, existe sempre um elo definido entre elas. Uma vez descoberta esta conexão, pode-se estabelecer com facilidade um grande número de conceitos relacionados na mente consciente, como se todos estivessem amarrados em fileira, como contas num colar.
Continua...