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É Errando que se Aprende...! - Parte 3


A outra característica do erro é ser involuntário.

Até porque, se for proposital, deixa de ser erro e passa a ser crime.

Até o Código Penal Brasileiro prevê tal diferença, cuidando também dos erros, não apenas dos crimes.

Por exemplo, se alguém pega sem querer um objeto de outra pessoa, pensando ser seu, praticou uma ação ilícita sem saber. A lei chama isso de “erro de tipo”.


Essa pessoa não será condenada, mas pode ter que ressarcir os danos causados por sua desatenção.

Há também o “erro de proibição”, em que a pessoa errou por não saber que o que fizera é proibido pela lei.

Um caboclo que sempre caçou animais nativos não sabe que sua atitude é considerada crime contra a fauna. Nesse caso, o Estado assume sua parte de culpa, pois devia dar a essas pessoas a noção do erro, através da educação.

A Virtude do Erro

O erro não nos afasta da virtude.

A maneira como lidamos com ele, sim.

Duas qualidades devem acompanhar o erro: a responsabilidade e o aprendizado.


Ser responsável significa responder por seus erros, o que é próprio dos adultos. Aprender significa incorporar as noções do que é certo e o que é errado, o que é próprio dos atentos.

Ser adulto e estar atento são qualidades dos que acertam mais, mesmo que tenham errado muito.

Resumindo: Errou?

Não faz mal, desde que você seja lúcido para admitir que errou, seja humilde para assumir a responsabilidade, seja esperto para consertar o resultado, seja sábio para incorporar o aprendizado.

Isso vale para pessoas, para organizações e para a própria sociedade.

Em minha primeira aula em Técnica de Informática, a professora Viviane fez algo que nunca vou esquecer. Ela escreveu na lousa a seguinte frase: "Aqui é permitido errar!"

(Turma de Informática do antigo CEFET, em 2000)

Tratava-se de uma professora adulta e atenta e, claro, ligada nas necessidades dos jovens que estavam ali. Os modernos conceitos tecnológicos reconhece a importância do erro. Se bem que a sabedoria popular já fazia isso antes.

Nosso Paulo Vanzolini, cientista e poeta, é autor da célebre música “Volta por Cima”, em que ele é como todos, errou, mas por ser um “homem de moral, não fica no chão”.


O que faz, então? Ora: “Reconhece a queda e não desanima. Levanta, sacode a poeira, e dá a volta por cima”.


Fim.:.

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Aranel Ithil Dior