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Astrologia Cármica - As Vidas Passadas


É preciso esclarecer que toda astrologia é cármica, desde que se admita que os positivos ou negativos mostrados no mapa astral natal, não são heranças genéticas; que deve haver algum motivo para que alguns sejam tão bem aquinhoados pela sorte, enquanto outros deserdados por ela tanto materialmente quanto espiritualmente. Este motivo chama-se Karman.

No Oriente, a prática astrológica sempre esteve ligada às ideias da reencarnação e do karman. Temos que abrir um parênteses aqui para explicar a noção de karman. A ideia que os ocidentais tem do karma é de algo negativo quando, na verdade, karma é equilíbrio, polaridade, a contrapartida de uma ação.

Tal como na lei mecânica de Newton – “a cada ação corresponde uma reação igual e em sentido contrário”. O karma é neutro!

Vai depender da natureza da ação: se boa ou má. A tradição astrológica ocidental, firmada a partir dos escritos de Ptolomeu, Kepler e Mrin de Villefranche, para citar os mais significativos, desenvolveu-se centrada nos acontecimentos, nos eventos exteriores da vida humana e não em suas causas.

Foi apenas no fim do século XIX, que os pioneiros ocidentais da astrologia esotérica – teósofos, antropósofos e rosacruzes – foram beber nas águas da tradição hindu e budista. Entre eles, estava o inglês Alan Leo.

Segundo Leo, a astrologia, sem os antigos ensinamentos referentes à reencarnação e ao karma, careceria de valor permanente, seria mesmo inútil em auxiliar o homem a lançar uma luz sobre os problemas das desigualdades da vida humana.

É claro que se pode estudar astrologia sem levar em conta essas ideias mas, é como estudar o corpo humano como se fosse apenas uma máquina, sem avaliar o quanto a parte emocional e psicológica influenciam esse maravilhoso mecanismo.

Os orientais procuram agir de modo a evitar criar o carma negativo e, consequentemente, reencarnações humilhantes e dolorosas. Alcançar um estágio elevado de evolução espiritual onde não seja mais preciso reencarnar-se, é o objetivo de suas vidas.

Paramahansa Yogananda, um dos primeiros mestres indianos a expor suas ideias no ocidente, diz acerca da astrologia que, uma criança nasce num dia e numa hora em que os raios celestes estão em harmonia matemática com o seu karma individual.

Seu horóscopo é um retrato desafiador que revela o seu passado inalterável e os seus prováveis resultados futuros. Diz ele ainda que: as sementes do karma passado não podem germinar se forem queimadas no divino fogo da sabedoria e quanto mais profunda for a compreensão do homem, mais ele influenciará o universo e menos será afetado pelo fluxo dos fenômenos.

O mapa natal portanto, mostra o uso devido ou indevido que fizemos de nossos talentos no passado, fruto de nossa liberdade, de nosso livre arbítrio.
Não podemos culpar as estrelas...

Para o astólogo de orientação esotérica, importa saber como utilizamos nossos recursos, não quem fomos em vidas anteriores. Vários fatores, entre outros, os planetas posicionados nas casas de água, ou em signos tidos como kármicos, as retrogradações e interceptações, aspectos entre planetas pessoais e superiores, os nodos lunares, etc., fornecem algumas pistas.

Que essa revelação não seja nunca desencorajadora mas, ao contrário, um sinal de que se começa a trilhar o caminho do auto conhecimento.

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Aranel Ithil Dior