Siga-me no Twitter RSS FEED

O Planeta Plutão


Plutão pode ficar de doze até mais de trinta anos em um signo, e isso faz dele um planeta impessoal, ou seja, ele não atua no indivíduo, mas sim no inconsciente coletivo.

Suas vibrações transformadoras são impressas nas gerações, e podemos perceber essas vibrações nos movimentos de transformação registrados pela história.

Ele nos traz a energia que usamos para atingir a transformação profunda, para nos transformarmos em cinzas para ressurgir renovados destas cinzas.

Ele nos motiva a questionar, a por o dedo na ferida, a trazer à tona o que está incomodando e eliminar o que já se desgastou ou degradou.

Ele nos impõe a regeneração e a transformação dolorida. Plutão traz a energia que precisamos para manifestarmos as forças dos instintos e das paixões.

O setor que Plutão se localiza em nosso mapa recebe esta energia meio vulcânica, meio intempestiva e arrebatadora. Ali, ele traz uma necessidade de metamorfose, uma necessidade de reciclagem, de revigoramento, mas também pode trazer muita dor, angústia, desejo de manipulação e atração pelo poder impiedoso.

Plutão representa o contato com o Deus interior, a sensação da própria força, o radicalismo, o contato com o inconsciente, o “8 ou 80”, a prepotência, a impotência, questões limites, onde não se tem controle, a rejeição, o amor ou o ódio, a psicologia, é aquele que parece estar morto e volta a viver, a engenharia, a genética, a ligação com o ocultismo.

O poder, a transformação, a alma, o impulso sexual, o inconsciente, a perda, a morte, é o princípio da autoridade, da organização e dos recursos internos.

Os processos de degeneração, necessidade de poder, medo de transformação, a resistência de transformar, a atração das massas para o bem ou para o mal, os assuntos nucleares e as transformações radicais.

Plutão faz as coisas apaixonadamente e compulsivamente.

Plutão é a oitava superior de Marte – onde o impulso sexual mais elevado e inconsciente representa Plutão, e a sexualidade animal representa Marte.

Ao ser descoberto em 1930, Plutão se encontrava entre as estrelas Castor e Polux.

Segundo a lenda, Castor morre em uma batalha e Polux que era imortal, pede a Júpiter que o faça reviver ou que o torne também um imortal. Júpiter não pode atender totalmente ao pedido de Polux, mas permite que eles vivam e morram alternadamente, pela eternidade. Talvez por isso, Plutão tenha sido associado à morte e ao renascimento.

Entre outras coisas, o inconsciente, individual e coletivo está associado a Plutão. Por que morte e renascimento?

Porque tudo o que nasce tem que morrer um dia e todo o renascimento requer uma morte. A semente deve morrer como semente, debaixo da terra para que possa germinar e brotar como nova planta. A lagarta deve morrer para ressurgir gloriosa nas asas da borboleta.

Ouso dizer que a atual crise mundial é o sintoma de que algo está morrendo e que uma nova ordem social deve nascer disso tudo. Se isso será melhor ou pior não se sabe, mas é impossível resistir a mudança.

Os mitos associados a Plutão revelam a natureza dessas forças incontroláveis...

O nome de nosso planeta foi sugerido por uma garotinha através de um concurso e, como nada acontece por acaso, Plutão na mitologia romana, é o nome de um deus dos mundos subterrâneos e de tudo o que está oculto...
Hades, deus do mundo subterrâneo era muito feio e nenhuma deusa o queria para esposo. Um dia, ele viu Perséfone, filha de Deméter e Zeus, colhendo flores com outras virgens; num instante ele a rapta e leva para o seu reino onde a estupra e a coroa como sua rainha.

Deméter, ao se ver sem sua filha única, fica desolada e proíbe o crescimento das plantações de grãos e a frutificação das árvores. A terra fica estéril e a humanidade passa fome.

Os outros deuses, então, convencem Hades a deixar Perséfone retornar ao mundo superior por seis meses a cada ano para rever a sua mãe.

O mito explica o surgimento das estações do ano: antes do rapto, só existiam a primavera e o verão, mas toda vez que Perséfone tem que deixar a sua mãe ela se lamenta, as árvores perdem as folhas, as plantas morrem e o inverno chega.

O mito simboliza também um rito de passagem da infância para a vida adulta, quando o jovem deve sair da influência da família, assumir sua sexualidade, tornar-se adulto.

Em um grau mais profundo, significa que a intromissão do inconsciente na mente consciente muitas vezes é sentida por nós como um estupro. Todas as coisas que enterramos lá, como medos, raivas, ciúmes, desejos sexuais e de poder surgem do nada para nos assaltar, exigir que as aceitemos e que convivamos com elas.

Antigos padrões de personalidade são levados a um confronto com o destino, quando um acontecimento qualquer desencadeia o processo.Trânsitos de Plutão podem ser o fator desencadeante. Mas não podemos deixar de lembrar que o inconsciente não é apenas o depósito de nossos complexos emocionais negativos, mas também, um reservatório de potencialidade não desenvolvidas que podem ser acessadas em momentos de crise.

Assim perdemos algo de nossos velhos modelos e descobrimos algo de novo dentro de nós, adquirimos maior conscientização interior, sofremos um renascimento em termos de percepção e expressão, nem sempre indolor.
A posição por casa de Plutão natal, indica em que setor da vida podemos ter que se confrontados com o destino, para morrer e renascer mais conscientes.

0 comentários :

Postar um comentário

Aranel Ithil Dior