Siga-me no Twitter RSS FEED

MITOLOGIA EGÍPCIA

Posted in

Egiptologia é o estudo da antiga civilização egípcia e, para alguns egiptólogos, a adoração ao Sol revela uma tendência ao monoteísmo – crença em um deus único, o oposto de politeísmo.





GEB
O deus da Terra. A terra casa-se com o céu (Nut) e tem quatro filhos: Osíris, Set, Néftis e Ísis.

NUM
O oceano sem praias, cujas ondas iam estourar na imensidão das trevas. Do fundo das águas, emergiu uma ilhota minúscula, de onde surgiu um ovo, de superfície lisa e perfeita.

NUT
A deusa do Céu. Seu imenso corpo é repleto de estrelas e forma a abóbada celeste. Às vezes, os egípcios representam o Céu sob a forma de uma vaca. Casada com Geb, contra a vontade do pai Rá, foi amaldiçoada à esterilidade eterna. Mas, a astuta Nut, pede ao deus da sabedoria Thot, que acrescente cinco dias ao calendário egípcio, que nessa época tinha 360 dias. Assim, escondida do pai, Nut teve quatro filhos: Osíris, Set, Néftis e Ísis.

CHU
O ar é quem sustenta o ventre de Nut.

AMANTI
O mundo subterrâneo, com suas “12 portas da noite”, cada uma representa o passar de uma hora.



HÁTHOR – DEUSA DO AMOR

“Senhora do céu”, “alma das árvores”, ama-de-leite de Hórus, a vaca Hátor aparece com frequência nos mitos. É uma deusa benevolente, adorada em várias regiões, principalmente em seu templo de Dendera.

Vaca tranquila que geralmente personifica o olho de Rá, amamentou Hórus quando nasceu. Uma vaca que usava um disco solar e duas plumas entre os chifres representava Hathor, deusa do céu e das mulheres, nutriz do deus Hórus e do faraó, patrona do amor, da alegria, da dança e da música, mas também das necrópoles. Seu centro de culto era a cidade de Dendera, mas havia templos dessa divindade por toda parte. Também era representada por uma mulher usando na cabeça o disco solar entre chifres de vaca, ou uma mulher com cabeça de vaca.





SEKHMET – A LEOA SANGUINÁRIA

Uma divindade sanguinária, com corpo de mulher e cabeça de leão, encimada pelo disco solar, representava a deusa Sekhmet que, por sua vez, simbolizava os poderes destrutivos do Sol. Embora fosse uma leoa sanguinária, também operava curas e tinha um frágil corpo de moça. Era a deusa cruel da guerra e das batalhas, comanda os mensageiros da morte e é responsável pelas epidemias, tanto causando como curando as epidemias. Essa divindade feroz e poderosa era adorada, temida e venerada em várias regiões, sobretudo na cidade de Mênfis. São feitas oferendas de cerveja a esta deusa, a fim de acalmá-la. Sua juba – dizem os textos – era cheia de chamas, sua espinha dorsal tinha a cor do sangue, seu rosto brilhava como o sol... o deserto ficava envolto em poeira, quando sua cauda o varria...


BASTET – DEUSA GATA

Deusa de cabeça de gato, doce e bondosa, cujo templo mais conhecido ergue-se em Bubástis (seu centro de culto), cujo nome em egípcio – Per Bast – significa “a casa de Bastet”. No Egito, o gato foi venerado como um animal delicado e útil, o favorito da deusa Bastet – a protetora dos lares, das mães e das crianças.
No Antigo Egito, o gato doméstico, trazido do sul ou do oeste por volta do ano de 2.100 a.C., é considerado um ser divino, de tal ordem que, se um deles morrer de morte natural, as pessoas da casa raspam as sobrancelhas em sinal de luto.
No santuário de Bastet, em Bubástis, foram encontrados milhares de gatos mumificados, assim como inúmeras efígies de bronze que provam a veneração a esse animal. Em seu templo naquela cidade a deusa-gata era adorada desde o Antigo Império e suas efígies eram bastante numerosas, existindo, hoje, muitos exemplares delas pelo mundo.
Quando os reis líbios da XXII dinastia fizeram de Bubástis sua capital, por volta de 944 a.C., o culto da deusa tornou-se particularmente desenvolvido.
O gato é um símbolo que assumiu múltiplos significados entre as diferentes civilizações, na simbologia. Segundo uma tradição celta, ele teria nove vidas. Posteriormente, durante a Idade Média, o gato passou a ter apenas sete vidas. Animal misterioso associado aos poderes da lua, ao mundo da magia e às bruxas, os machos pretos eram a personificação do diabo.
Na Cabala e no budismo o gato representa a sabedoria, a prudência e a vivacidade. A tradição popular japonesa aponta-o como um animal que atrai má sorte.


NECBET

A deusa abutre que reina sobre o Alto Egito, e a Uadite, uma cobra fêmea que domina o delta, são imagens que estão sobre a coroa sagrada do faraó.


CONSU

Deus da Lua, esse mago de grande reputação é cultuado em várias regiões. Os tebanos vêem nele o filho de Amon-Rá. Sua cabeça de falcão é coroado pelo disco lunar.


SOBEQUE – CROCODILO

Sobeque, domina Ombo e a região do Faium. Na cidade de Crocodilópolis, é considerado o senhor do Universo, associando-se ao Sol (algumas divindades tornaram-se solares sem nenhuma justificativa em sua personalidade de origem, é o caso do deus crocodilo Sobeque). Um crocodilo (inimigo de morte dos camponeses) ou um homem com cabeça de crocodilo representavam o deus Sebek, uma divindade aliada do implacável deus Seth. Seu centro de culto era Crocodilópolis, na região do Faium, onde o animal era protegido, nutrido e domesticado. Um homem ferido ou morto por um crocodilo era considerado privilegiado. A adoração desse animal foi sobretudo importante durante o Médio Império.





ANÚBIS – CHACAL

Deus com cabeça de chacal (um dos cães selvagens que então eram comuns no Egito), que domina a arte secreta de impedir que os corpos apodreçam. O “Senhor das necrópoles”, como é chamado muitas vezes, encarrega-se de velar os túmulos e introduzir no outro mundo as almas dos defuntos. Sua cor negra, é uma promessa de renascimento. Foi ele quem reconstitui o corpo de Osíris, embalsama e o envolve em bandagens, nas quais Ísis inscreve fórmulas mágicas. Anúbis é quem acompanha Osíris e Thot, numa conquista ao vasto mundo.
Cães sagrados eram dedicados a Anúbis. O chacal, animal que tem o hábito de desenterrar ossos, paradoxalmente representava para os egípcios o deus Anúbis, justamente a divindade considerada a guarda fiel dos túmulos e patrono do embalsamamento. No reino dos mortos, na forma de um homem com cabeça de chacal, ele era o juiz que, após uma série de provas por que passava o defunto, dizia se este era justo e merecia ser bem recebido no além túmulo ou se, ao contrário, seria devorado por um terrível monstro. Anúbis tinha seu centro de culto em Cinópolis.



OSÍRIS

Primeiro filho de Nut e Geb, tem uma pele escura e grande estatura. Rá deixa o seu trono suntuoso do Egito para Osíris, que desposa a sua irmã Ísis. E deste palácio em Tebas, eles governam os egípcios. Em suas mãos, Osíris, leva o cetro e o enxota-moscas, insígnias da realeza. Ele é considerado o deus do mundo vegetal, e suas cores são a preta, que representa o renascimento, e o verde, que representa a fecundidade e a vegetação. O trigo, a vinha, a cevada, foram uma dádiva de Osíris para a população, pois, ele indicou aos homens, as plantas que serviam para a sua subsistência.
Osíris organiza a religião, regulamenta o culto e edifica numerosos templos no Egito. Percorre o mundo, numa conquista pacífica e proveitosa, acompanhado de Thot e de Anúbis. É denominado Unenefer, “a boa entidade”. Osíris, é morto e esquartejado em 14 pedaços, por seu invejoso irmão Set. Depois de muito tempo e um longo trabalho de Ísis, ajudada por Néftis, Thot e Anúbis, o deus assassinado, desperta para uma nova vida, porém jamais voltará à vida terrestre, segue as ordens de Rá, que ele se tornará o senhor do reino dos mortos. Depois de morrer, Osíris vai morar no Sol.
Em cada cidade onde é venerado, supera um deus já existente ou assume as funções desse deus. Assim, em Mênfis é associado a Socáris, deus local dos mundos subterrâneos, e torna-se deus dos mortos. O culto a Osíris chega a ofuscar o culto ao Sol, a partir do final da V Dinastia, passa-se a acreditar que o faraó morto transforma-se em Osíris. No Médio Império, essa crença estende-se a todos os defuntos, qualquer que seja a sua origem.



SETH

Segundo filho de Nut e Geb, é um deus ruivo, que se manifesta de modo inquietante como um deus vermelho, símbolo da desordem, da violência, dos trovões, das tempestades e da guerra. Reina sobre os oásis e o imenso deserto, com sua esposa e irmã Néftis, tinha seu centro de culto na cidade de Ombos. Embora inicialmente fosse um deus benéfico, com o passar do tempo tornou-se a personificação do mal. Inimigo mortal do irmão Osíris, seu único desejo é vencer e derrubá-lo de seu trono. Em uma armadilha, Osíris fica preso dentro de um caixão de madeira lacrado com chumbo derretido, que é jogado no rio Nilo. Set apossa-se do trono, e sai em perseguição aos companheiros de Osíris. Para escapar a essa fúria, Thot, Anúbis e os deuses favoráveis a Osíris, transformam-se e refugiam-se no corpo de animais.



ÍSIS

É uma grande maga, tem sabedoria tanto quanto o avô Rá, é ambiciosa e astuta. O único conhecimento que lhe falta é o verdadeiro nome de Rá. Ela planejou um esquema contra Rá, onde uma serpente com seu poderoso veneno causou um mal que atormentava o seu corpo. Ninguém conseguia curar o poderoso deus, até que Ísis diz que saberia como livrar-lhe do mal, mas para isso, ela precisaria saber o seu verdadeiro nome. Conseguiu salvá-lo desse encantamento com palavras mágicas, e conseguiu descobrir o que queria, adquirindo assim poderes, onde transformou-se mais tarde, numa das maiores divindades.

Para os egípcios, o nome próprio não é apenas um rótulo associado ao indivíduo, tem um significado muitas vezes religioso e chega mesmo a possuir um poder mágico. Ao saber o nome de uma pessoa, tem-se poder sobre ela. Essa crença no valor do nome encontra-se no código penal egípcio. Assim, é possível castigar um delinquente reduzindo seu nome, ou até mesmo, para imprimir maior severidade, suprimindo-o. Nesse caso, o criminoso perde junto com seu nome, toda esperança de vida após a morte.

A deusa Ísis foi objeto de uma admiração fervorosa pelas multidões. Mostra-se mãe dedicada e compassiva, uma maga protetora das crianças, esposa fiel (mesmo depois da morte do marido), e também sensível às tristezas humanas, sendo capaz de compartilhá-las. Segundo a mitologia egípcia, a história de Ísis começa quando ela e seu irmão e marido Osíris, vivem entre os homens, reinando sobre todo o Egito, com grande sabedoria. O irmão Set, mata e esquarteja Osíris. Pouco depois da morte de Osíris, Ísis tem um filho, Hórus, destinado a proteger o Egito Antigo como deus supremo, o grande deus do Sol nascente.

Ísis sai então pelo Egito, juntando os pedaços do irmão morto, até que reconstitui seu corpo. A deusa faz muitos encantamentos, pronuncia palavras sagradas, dispõe amuletos sobre a múmia, e finalmente Ísis e Néftis agitam suas grandes asas sobre o corpo inanimado, onde os olhos de Osíris abrem-se. O deus assassinado desperta para uma nova vida, porém, jamais voltará à vida terrestre, segue as ordens de Rá. Depois de morrer, Osíris vai morar no Sol, e Ísis na Lua, dai adivindo a crença de que as chuvas torrenciais, que caem por influência lunar, são na realidade o pranto de Ísis por seu irmão e amante. Ísis é a deusa egípcia da natureza, que traz as cheias do rio Nilo, após as quais a terra se torna mais fértil. (O Templo de Ísis, fica na ilha de Agilka).

Néftis



TOURO ÁPIS

Funerais suntuosos eram feitos regularmente em Mênfis, quando morria o touro Ápis “alma magnífica” de Ptá, que depois renascia em outro touro sagrado. O pêlo do Ápis é branco, com manchas negras na testa, na espinha dorsal e no pescoço. Boi sagrado que os antigos egípcios consideravam como a expressão mais completa da divindade sob a forma animal e que encarnava, ao mesmo tempo, os deuses Osíris e Ptá. O culto do boi Ápis, em Mênfis, existia desde a I dinastia pelo menos. Também em Heliópolis e Hermópolis este animal era venerado desde tempos remotos. Antiga divindade agrária, simbolizava a força vital da natureza e sua força geradora.




KNUM (CARNEIRO)

O carneiro, animal considerado excepcionalmente prolífico pelos egípcios, simbolizava um dos deuses relacionados com a criação. Segundo a lenda, o deus Knum, um homem com cabeça de carneiro, era quem modelava, em seu torno de oleiro, os corpos dos deuses e, também, dos homens e mulheres, pois plasmava em sua roda todas as crianças ainda por nascer.
Seu centro de culto era a cidade de Elefantina, junto à primeira catarata do rio Nilo. Um dos velhos deuses cósmicos, é descrito como autor das coisas que são, origem das coisas criadas, pai dos pais e mãe das mães. Sua esposa era Heqet, deusa com cabeça de rã, também associada à criação e ao nascimento.



TAUERET ou TUERIS (HIPOPÓTAMO)

O hipopótamo incorpora Taueret, protetora das grávidas. Tueris era a deusa-hipopótamo que protegia as mulheres grávidas e os nascimentos. Ela assegurava fertilidade e partos sem perigo. Adorada em Tebas, é representada em inúmeras estátuas e estatuetas sob os traços de um hipopótamo fêmea erguido, com patas de leão, de mamas pendentes e costas terminadas por uma espécie de cauda de crocodilo. Além de amparar as crianças, Tueris também protegia qualquer pessoa de más influências durante o sono.



APÓPIS e UADITE (SERPENTE)

A serpente é às vezes “boa” – Uadite, e às vezes “má” - Apópis. Uma ameaçadora e gigantesca serpente, um monstro de 450 côvados, que ataca o Sol toda manhã e todo entardecer. Às vezes quando os dois se defrontam, o imenso corpo de Apópis esconde o grande Rá, nesse momento, o Sol para de brilhar, e os homens assistem a um eclipse. As serpentes que habitavam o além-túmulo são descritas no chamado Livro de Him no Inferno, uma obra que narra a viagem do deus-Sol pelo reino das sombras durante a noite. Nessa jornada, enquanto visitava o reino dos mortos, a divindade lutava contra vários demônios que tentavam impedir sua passagem. As serpentes estavam entre os adversários mais perigosos e o demônio líder de todos eles era a grande serpente Apófis. Buto, é uma cidade que tem lugar de destaque nos mitos egípcios, pois, é a pátria de Uadite, a deusa cobra, e fica ao lado de Chemnis, local de nascimento de Hórus.

BIBLIOGRAFIA
  • Atlas Geográfico Mundial – Folha de São Paulo, 1994 – São Paulo.
  • O Egito – Mitos e Lendas, Alain Quesnel, Jean-Marie Ruffieux , Jean-Jacques e Yves Chagnaud. Editora Ática, 1994 – São Paulo.
  • Egypt – Simonetta Crescimbene e Patrizia Balocco. Tiger Books International PLC, 1994 – England.
  • Egito – O Incrível Mundo da National Geographic Society. O Estado de São Paulo.
  • Almanaque Abril – A Enciclopédia em Multimídia. Abril Multimídia, 1995 – SP.
  • Revista Viagem e Turismo – Editora Azul, Junho de 1997 – São Paulo.
  • Mistérios do Desconhecido – Lugares Místicos. Abril Livros LTDA / TimeLife, 1991 – Rio de Janeiro.
  • História em Revista – A Era dos Reis Divinos – (3.000 - 1.500 a.C.). Abril Livros LTDA, 1991 – RJ.
  • Knopf Guides – Egypt. Copyright® 1995 Alfred A. Knopf, Inc., New York

0 comentários :

Postar um comentário

Aranel Ithil Dior