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Física Quântica
(O programa do canal aberto Globo, Globo Ciência, faz uma apresentação e retrospectiva da vida de Mário Schenberg (1914-1990), físico, judeu, cabalista, alquimista e crítico de arte.)
Há pesquisadores que não conseguem ir além de alguns limites impostos pela ciência clássica.
Muitos nomes de valor contudo, fazem da dança subatômica uma razão a mais para acreditar na possibilidade de um mundo inteligente e bem centrado. Um exemplo brasileiro é o físico nuclear Mário Schenberg (1914-1990) um de nossos maiores cientistas (Gilberto Gil até lhe dedicou uma música, "Oração pela Libertação da África do Sul").
Muitos nomes de valor contudo, fazem da dança subatômica uma razão a mais para acreditar na possibilidade de um mundo inteligente e bem centrado. Um exemplo brasileiro é o físico nuclear Mário Schenberg (1914-1990) um de nossos maiores cientistas (Gilberto Gil até lhe dedicou uma música, "Oração pela Libertação da África do Sul").
(A pedido de Mário Schenberg, comovido pelas mortes e lutas promovidos pelo Apartheid na África do Sul, Gilberto Gil compõe esta canção em 1985.)
Schenberg trabalhou com físicos importantes na Europa e Estados Unidos, e suas ideias originais ajudaram, por exemplo, a desvendar o enigma do Colapso das Supernovas.
Era também crítico de arte e pensador.
Um gênio!
(As Supernovas são as estrelas mais lindas do Universo. Quando explodem promovem uma luz intensa nas galáxias as quais pertencem e essas explosões continuam brilhando por horas ou dias ininterruptos. Descarregam uma quantidade enorme de elétrons e radioatividade gama, e neste momento, boa parte dos elementos da Tabela Periódica são formados, dentre eles o Ouro, um dos mais misteriosos elementos químicos. Acima, filme da NASA de uma explosão ocorrida em janeiro de 2014.)
Dizia que usava pouco o raciocínio, que suas ideias eram pura intuição.
No bom livro Diálogos com Mário Schenberg, o professor não hesitou em discorrer sobre suas encarnações passadas como pintor no Oriente, sobre as relações da física quântica com a cabala judaica, seu gosto pela alquimia e a influência exercida pela filosofia oriental nele e em outros cientistas.
(Mário Schenberg, um dos maiores físicos brasileiros, citado por Einstein como uma das mentes mais brilhantes que ele conheceu. Viu a explosão estelar lá em cima? Pois é... Ele descobriu como e por que acontece!)
Niels Bohr, por exemplo, gostava da cultura chinesa, principalmente da concepção dualista do yang e do yin - o que talvez pode ter influenciado suas ideias sobre o princípio da Complementariedade.
O físico e filósofo austríaco Erwin Shrödinguer, criador da Equação Ondulatória, de suma importância para a mecânica quântica, e pela qual recebeu o Nobel em 1933, teria sido influenciado pela filosofia veda da Índia.
(Com um Nobel de Física nas mãos em 1933, Erwin foi um homem místico e profundo conhecedor dos processos eletromagnéticos da Alta Magia hindu. A Ordem Rosa-Cruz detém ensaios deste físico em segredo em seus arquivos por conter descobertas desconcertantes sobre as viagens astrais.)
A escritora Rose Marie Muraro, que também foi física diz que, em seu salto quântico, o elétron morre e renasce a todo momento. Segundo ela, a física quântica é uma das provas irrefutáveis da existência de Deus e da reencarnação, desde que se considere Deus o dinamismo da matéria.
É como se jogássemos um milhão de tijolos no chão e deles surgissem um edifício. É assim que se comporta a matéria.
(Outro ícone brasileiro de conhecimento, intelectualidade e liberdade de pensamento. Rose Marie (1930-2014) detém uma das biografias mais interessantes que já estudei. Feminista, filósofa, física e escritora de mais de 40 livros. Nasceu praticamente cega e, após anos de tratamento, conseguiu recuperar não apenas a visão do corpo, mas também a do espírito. Espírita, acreditava na reencarnação e via nos saltos dos elétrons a prova irrefutável da existência de Deus.)
Ela tende a organização e à complexidade de uma forma milagrosa e é por isso que estamos aqui!
Gravidade é Amor
E de que maneira se pode aproveitar esse conhecimento em nosso benefício - ou, cientificamente falando, em benefício de tudo e de todos?
O primeiro passo é compreender que ainda vivemos ao sabor da filosofia cartesiana, num mundo que parece desconectado dos ciclos da natureza e favorece a fragmentação e o isolamento.
Mas, como sabemos, no mundo quântico as partículas só têm sentido umas em função das outras e tudo está interligado. Assim, nossos problemas surgem exatamente quando fingimos ser seres à parte, separados da natureza, a qual exploramos em nosso próprio proveito.
(Somos parte desse projeto da Vida. Se é espiritual ou não, como saber? Mas como é poderosa a força com que nos faz contemplar e perceber que tudo o que existe não pode existir sem um propósito maior...)
Somos natureza e não podemos escapar disso!
Copiamos suas cores e desenhos quando voamos como pássaros, tecemos como aranhas, construímos radares como morcegos, etc...
A natureza é um organismo vivo e inteligente, e que se desenvolve respondendo às crises como oportunidades para a criatividade. As espécies são agressivamente competitivas quando jovens, porém aprendem a negociar com seus competidores e desenvolvem uma cooperação pacífica, como acontece nas florestas tropicais e em outros ecossistemas maduros.
Se quisermos sobreviver além da nossa própria juventude como espécie, a humanidade precisa aprender a cooperar como uma família que partilha seus bens.
(Cosmos, continuação da famosa série da década de 70 criada e apresentada por Carl Sagan, agora, apresentada por seu discípulo Neil de Grasse Tyson pela National Geografic Channel. Neste episódio nos mostra o Espaço-Tempo e como tudo se formou com apenas uma explosão... Infelizmente, em inglês, acionem a tradução remota do Youtube.)
O conhecimento obriga-nos a uma atitude de permanente vigília contra a tentação da certeza, a reconhecer que nossas certezas não são provas da verdade, como se o mundo que cada um vê fosse o mundo e não um mundo que construímos junto com os outros.
O amor ou, se não quisermos usar uma palavra tão forte, a ação do outro junto a nós na convivência é o fundamento biológico do fenômeno social.
Sem amor, sem aceitação do outro junto a nós, não há socialização, e sem ela não há humanidade...
Continua...