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Na Mitologia grega, Chiron (também Quíron ou Kheiron) que em grego quer dizer "mão", foi considerado o maior centauro entre seus irmãos.
Tal como os sátiros, os centauros eram famosos por serem selvagens e vigorosos, bebedores de vinho e demasiando indulgentes em seus comportamentos e muito boemios; dados a violências quando embriagados e as deliquências eram quase sempre ocultadas.
Quíron, pelo contrário, era inteligente, civilizado e bondoso. Ele era conhecido pela sua habilidade e conhecimento em cura e medicina. De acordo com um mito mais arcaico, Quíron foi desejado por Cronos (Saturno) quando este tinha tomado a forma de um cavalo e engravidado a ninfa Philyra.
Quíron era diferente dos outros centauros que nasceram do sol e das nuvens chuvosas, que foram dignificados pelos gregos no período clássico, a partir da união do rei Ixion, com Nephele (nuvem), que o Zeus Olímpico acorrentou em uma roda por ter tentado seduzir Hera.
Mitos, da tradição olímpica, atribuíram um caráter exclusivamente pacífico à Quíron e sua inteligência para o ensino de Apolo e Ártemis quando eram mais jovens.
Quíron se casou com a ninfa Chariclo com quem teve três filhas: Hippe (Melanippe ou Euippe, "verdadeiramente uma égua"), Endeis e Ocyrhoe, e um filho Caristo.
Entre seus alunos estavam estavam os heróis de muitas culturas: Asclepius, Aristeu, Ajax, Enéas, Acteon, Ceneu, Teseu, Aquiles, Jasão, Peleu, Telamon, às vezes, Héracles, Oileus, Phoenix, e em uma tradição bizantina, até Dionísio: de acordo com Ptolemaeus Chennus de Alexandria, "Dionísio era amado por Chíron, com quem aprendeu cantos e danças, os ritos báquicos e as iniciações".
Por ser filho de Cronos (Saturno), um titan, ele era imortal e por isso não poderia ser morto. Por esta razão foi deixado aos cuidados de Herácles (Hécules) para organizar uma barganha com Zeus, o sumo deus olímpico, e trocar a imortalidade de Quíron pela vida de Prometeu, que havia sido acorrentado a um rochedo e deixado para morrer devido as suas transgressões.
Quíron havia sido envenenado com uma das setas pertencentes as Héracles que haviam sido embebidas no sangue da Hydra, ou em outras versões, o veneno que contaminou Quíron tinha sido dado ao herói quando ele estava sob a tutela do centauro Comendador.
De acordo com um fragmento de Teócrito, o veneno teve lugar durante a visita de Héracles na caverna de Pholus no monte Pélion na Tessália quando visitou o seu amigo durante o seu quarto trabalho que era derrotar o javali Erymanthian.
Ironicamente, Quíron, o mestre das artes da cura, não podia curar a si mesmo, assim ele desistiu voluntariamente da sua imortalidade. Ele foi homenageado com um lugar nos céus, que para os gregos é a constelação de Centauros.
Quíron salvou a vida de Peleu, Acasto tentou matá-lo, tomando a sua espada e deixando-o na floresta para ser abatido pelos centauros. Quíron recuperou a espada de Peleu.
Algumas fontes especulam que Quíron era originalmente um deus da Tessália, posteriormente incluído no panteão grego como um centauro.