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Serenando a Mente - Parte 3

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(Sobre isso a teologia budista escreveu muitos livros e contos. Um deles que é um clássico é o Samatha: é a história do monge e seu macaco; conta a parábola: Um monge  não conseguia dominar seu macaco, que sempre roubava seu elefante; por mais que o monge budista cuidasse de seu macaco e o alimentasse, ele ainda assim, não demonstrava gratidão. Até que um dia, um homem sábio a beira do caminho lhe disse: "Você está errado filho! Nunca se fica atrás de um macaco, e não se deixa um macaco guiar um elefante. Você deve se colocar à frente dele, bater nele, até que o obedeça". Mas o monge, tinha pena de punir assim, sem motivos, o pobre macaco. E o Mestre budista lhe respondeu: "Se você não fizer isso, nunca conseguirá montar em seu elefante e continuar sua viagem..." - "Então o que devo fazer?" - Perguntou o jovem monge; o homem sábio lhe respondeu: "Deixe esse macaco sem comida, e quando ele estiver com fome virá até você, então você o agarrará e o amarrará na cauda do elefante. Você colocará o macaco em seu devido lugar...". E o monge fez isso. O macaco esperneou o tanto que deu, mas o monge foi forte e não se deixou seduzir por suas lamúrias. Com o tempo, o macaco foi se acalmando, pois o elefante, que era lento, seguia seu ritmo paciente... Até que um dia o macaco estendeu a mão para o monge, e este deu ao macaco a oportunidade de ficarem juntos lado a lado. E foi só então que ambos, juntos, à frente do elefante, terminaram sua jornada em busca de Nirvana. Entendendo a parábola: O elefante é o Corpo/Mente, o macaco o Ego, o sábio a beira do caminho A Iluminação, e o monge é seu Espírito buscando a evolução.)

(Sobre isso escreveu o prof. Tolkien, fazendo uma antítese piscológica entre os personagens Golum e Frodo, em sua história O Senhor dos Anéis. Acima, cenas do filme O Senhor dos Anéis: As Duas Torres, de 2000.)

Se nas primeiras vezes você não puder controlar as divagações, relaxe...

Quantos tombos tomou antes de correr na bicicleta?!

Com o tempo, fica fácil reconduzir  mente ao foco da atenção, seja um mantra, uma imagem ou o vaivém da respiração. 

No início, pode ser um pouco desconfortável... Surgem todo tipo de coisa nesse momento... Mosquitos, tosse, cãibra, tédio, inquietação ou, ainda, um pensamento autoritário exigindo que você pare e vá fazer algo "inadiável"... 

É assim...

É o ego tentando sabotar a nossa autonomia. Contra o ego, só mesmo a teimosia... E, esse ego, é o que na Astrologia denominamos de Ascendente, na meditação, você irá conhecê-lo, e perceber o quanto de espaço e opiniões ele "acredita" poder possuir dentro de você. E você também perceberá, o quanto é luminoso, paciente e espiritual, pois atura um tipo de energia dessas...

(Um dos grupos que ficaram famosos após terem contato com a Golden Dawn foi o grupo Beatles. Quando eles conheceram a Ordem na pessoa de Aleister Crowley foi-lhes mostrado um universo completamente novo de conduta e sexualidade. O grupo após esse encontro fez os álbuns mais famosos e rentáveis  de sua carreira e da época: Yellow Submarine e The White Álbum, desse último extraímos uma canção que conta a surpresa deles ao encontrarem...

(...Brahmacharya Mahesh que foi um dos professores da Golden Dawn em 1964 e mestre de Crowley. Eles aprenderam que um homem pode, sim, manter-se puro, casto e calmo, se controlar o corpo através da meditação. Acima, a canção Sexy Sadie que fala do homem se colocar acima do sexo, de 1968.)

Mais um conselho?!

Não lute! - deixe surgir o pensamento que for nesse momento... Alguns serão inadequados, inapropriados ou, simplesmente, engraçados... Com o tempo, esses momentos serão dominados por você, e aí, sim, você irá compreender aquilo que os gregos chamavam de "entusiasmo" ou seja, o Deus que habita em você, aparecerá: É a intuição voltando... E, quando você menos esperar, um pensamento inesperado será a resposta daquilo que você tanto precisa entender... - E, os gregos apelidaram esse outro momento de Eureka, isto é: "Eu encontrei!"

Quando Vira Cachaça...

Para os espiritualistas, a meditação é a volta ao lar...

Para médicos, é o repouso que regenera a massa cinzenta! - O neuropsiquiatra americano John Ratey, da Universidade de Havard, era fascinado por tudo o que possa ser comprovado em tomografias computadorizadas. Nem ele hesitou em recomendar a meditação, no seu livro O Cérebro, Um Guia para o Usuário, que resume as mais novas descobertas da neurociências. 

(Arrisque, tente pelo menos duas vezes, e você verá que tanto consegue como existe, de fato, resultado. Acima, partes do guia Spiritual Reality - Beginning's Guide, de 2005.)


(Áreas do encéfalo que são estimuladas na meditação. Acima, uma ressonância magnética que mostra o giro pós-central durante a meditação ativando o córtex somestésico primário.)

As respostas físicas ao estado alterado de consciência já foram, exaustivamente, comprovadas: a atividade do sistema nervoso simpático cai, os batimentos cardíacos diminuem, todo o metabolismo fica mais lento, o fluxo sanguíneo decresce... São reações que ajudam a reduzir a hipertensão, dores crônicas, enxaquecas, depressão e outros males do nosso tempo. 

 (Ter uma mente brilhante, não será útil, se você não conseguir aquele momento de silêncio para recompor-se ou conectar corretamente, tudo o que deve saber para encontrar a resposta certa. Agitação não é mais sinônimo de inteligência. Acima, cenas dos filmes Sherlock Holmes, de 2009 e Sherlock Holmes: O Jogo de Sombras, de 2012.)

O estado de "alerta à tranquilidade" faz mentes mais espertas: Esses indivíduos sabem que não devem ficar focando demasiadamente sua mente num único pensamento. Eles conseguem administrar e encontrar a hora do dia adequada para se permitir pensar e não pensar sobre algo. A atividade elétrica cerebral muda e, em vez daquela tempestade usual de sinais descentralizados, a pessoa experimenta o alívio de grandes quantidades de neurônios disparando em harmonia...


Continua...


 

Mesa para Um! - Parte 1

(Acima, o Restaurante Popular de Vitória da Conquista... Sempre achei que essa ideia nunca iria decolar por aqui, por causa de nosso jeito meio arrogante e metido... - Tá de brincadeira...?! Hoje é o maior ponto de encontro dos estudantes que moram sozinhos ou filhos de pais divorciados de Vitória da Conquista, apesar da proposta humilde e do cardápio espartano... - Tá vendo Isabelle, comer em casa é luxo hoje em dia... Valoriza sua velha mãe!) 

Um dos primeiros sentimentos que acometem os divorciados e solteiros diante dos inevitáveis horários de refeição, além da fome, é a preguiça...

Olhar para a cozinha e imaginar-se preparando uma refeição solitária produz em muita gente um enorme desânimo. Preguiça de cozinhar apenas para si mesmo. Preguiça de comer sozinho. E preguiça de arrumar tudo depois, sem ajuda...

(A praça de alimentação do Shopping Conquista... Quando de sua inauguração, acreditei que ela nunca estaria cheia num horário de almoço... Hoje, é quase impossível marcar um encontro descontraído durante a semana... Éh... isso é a indicação que muita gente tá vivendo sozinha e tem passado "fome"...!)

Dá prá entender... Primeiro porque comer é um ato que se engrandece quando ocorre socialmente - seja fora ou dentro de casa, é sempre mais divertido e completo quando se tem companhia. Razão pela qual os que moram sozinhos preferem muitas vezes ir a lugares públicos onde, mesmo sem companhia, estarão rodeados de outras pessoas. 

(Não é o meu caso, porque eu adoro cozinhar, principalmente, se eu estiver com vontade de comer alguma coisa, estando acompanhada ou não... Mas para isso, ter um ambiente gostoso, uma boa cozinha que estimule você a estar ali, é fundamental...)

Em segundo lugar, cozinhar apenas para si mesmo muitas vezes parece um ato trabalhoso e pouco prático - muito esforço para pouco resultado.

(Os restaurantes fast-food Subway é o ponto de encontro da galerinha dos colégios do centro de Vitória da Conquista, principalmente, a galera do Opção, Juvêncio Terra e Padre Gilberto. Cada parte do restaurante do andar de cima pertence a um colégio e ninguém pode ultrapassar as linhas imaginárias que delimitam os direitos e deveres de cada grupo escolar ser o mais chato, barulhento e irritante do momento...)

Acaba que muitas pessoas optam por duas soluções extremadas e terríveis: comer diariamente fora, em qualquer lugar, em geral lugares rápidos e medíocres, apenas para resolver o problema da fome; ou comer em casa com igual desatenção, apenas descongelando um prato industrial, pedindo uma pizza que virá com a mussarela já em rigidez cadavérica ou, no melhor estilo de engorda americano, abocanhando uns salgadinhos gordurosos em frente à TV.

Uma pena... Porque nada disso é necessário...

(Se você for minha filha Isabelle, lógico, que a primeira opção de comida quando se está sozinho é essa aí, uma lasanha pronta... tsc, tsc... Segue mainha prá ficar bonitona na minha idade, filha... E, sem celulite!!!)

(Apesar da crítica dos conservadores, o Prof. Ewerton e o "Doc" Gustavo levam para a galerinha jovem que tenta ficar antenada, informações de cunho ortomolecular e fisiológico para uma vida mais saudável. Acima, epidio sobre o Sódio nos Produtos Industrializados, canal do youtube Dr. Maromba.) 

Claro, quem não possui nenhuma noção de cozinha - e nem quer ter - terá que se virar mesmo com comidas prontas!

Mas umnimo de vontade de se entreter com a culinária, que afinal produz prazer sensorial em absolutamente 100% das pessoas, pode fazer das refeições do divorciado ou solteiro uma sucessão de momentos divertidos em sua vida.

A primeira dica valiosa - que deve valer, aliás, para muita coisa na vida - é fugir da rotina! 

Encher-se de possibilidades!

(Época boa, em que família grande se reunia e comia à vontade... Lá em casa, acontecia de vez em quando alternar um almoço de quarta-feira na casa entre os meus tios. Acima, almoço na casa do tio Dorgival, e olha minha mãe à esquerda com sombra azul... Mãe era vaidosa, cara! Repara no balde azul que tem sei lá o quê no meio da mesa...)

Numa família grande, a pressão da vida prática leva à imposição de uma rotina maior. O cardápio sempre parecido a cada dia da semana, um suprimento básico de pratos para crianças, tudo organizado a partir de enormes compras mensais no supermercado...

Quem mora sozinho pode mais facilmente brincar com a fantasia na hora de comer. A gente pode até tentar reproduzir um hábito que me acompanhou por 4 meses na Inglaterra quando morei ali com meu irmão Fernando. 

Mas isso eu conto na semana que vem...


Continua...

         



       

Serenando a Mente - Parte 2

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(Caminhar em silêncio é um tipo maravilhoso de meditação que podemos fazer naturalmente... Serenar a mente... Sentir apenas o calcanhar tocando o chão e a respiração, e nada mais... Acima, passeio num jardim pouco valorizado em Vitória da Conquista: o Poço Escuro.)

Nessa linha, há a Meditação Andando!

Para a filosofia zen, a caminhada favorece o equilíbrio e o recolhimento. Ao andar, a pessoa presta atenção na expiração e na inspiração, sem interferir. Mesmo que o iniciante, no começo, se veja tropeçando em muitos e variados pensamento, ele deve permitir-se na jornada desse fluxo, e perceber, que a intranquilidade ou morbidade, que advenha nos primeiros dias, nada mais são do que a necessidade de apaziguamento e a representação dos conflitos acumulados em sua vida. 

Em mais ou menos quinze dias, os passos irão ficando mais suaves, e o iniciante começará a prestar atenção ao movimento dos pés, do corpo, respostas começam a surgir com base numa mudança de atitude e foco em suas muitas lutas diárias...

(George Ivanovitch Gurdjieff (1866-1949), um estudioso armênio sem uma formação clara, mas com muita visão de si mesmo. Gurdjieff mudou a perspectiva de como o homem deve buscar as mudanças de sua personalidade, ele deve começar olhando para suas ansiedades e medos. Através de palestras místicas e exercícios iogues Gurdjieff influenciou Freud e Jung na psicanálise.)

Outros exemplos de meditação dinâmica saem da escola fundada nos anos de 1920, pelo russo George Ivanovitch Gurdjieff, pensador que rodou o mundo antes de construir uma sólida síntese de tradições espirituais do Ocidente e do Oriente. 

Segundo ele, as pessoas passam a vida separadas de si mesmas, tragadas pela confusão externa e por apelos dispersivos de um mundo barulhento. Mas podem despertar, treinando sua atenção e sintonizando o silêncio interior.

Esse despertar deve ser buscado na vida como ela é, não na paz dos mosteiros...

(Precisa ter muito foco para isso... Meditar em meio ao caos é o melhor teste para saber como estão esses "músculos" sensoriais, e se está fácil se desconectar de suas necessidades ou não. Acima, Campanha Serenando a Mente, ocorrido neste início do ano, onde mestres e praticantes da meditação iogue dedicaram horas em revesamento trazendo calma para si e para o coração agitado de São Paulo. Acima, a velha e caótica Avenida Paulista, a mas paulista de todas as avenidas...!)

Nessa visão, a agitação e o caos são estímulos à meditação, que depende mais de referenciais internos do que externos. 

É possível encontrar praticantes desses ensinamentos sentados num shopping ou em outro lugar prosaico. No meu caso, eu adoro a agitação de uma academia para treinar meu grau de concentração e foco, assim, com todo aquele barulho, me sento, fecho meus olhos e começo a me desconectar de tudo e todos ao meu redor...

Este é sempre o maior teste para um meditador sênior: lutar contra o automatismo humano e distrações dos sentidos e, daí, fortalecer sua atenção!

(Assista este vídeo e aprenda como a cada passo da percepção da postura e respiração vão expandindo suas perspectivas internas. Acima, documentário Viagem Interna, de 2010.)

Nas técnicas clássicas, o meditador busca tanto o silêncio externo quanto o interno e fica sentado imóvel, em postura ereta. Isso para que a energia da base da coluna ascenda até o topo da cabeça, despertando gradualmente, no trajeto, cada um dos centros energéticos do corpo. 

Para quem não se adapta à postura de lótus ou à do índio (sentado no chão ou sobre almofada, com pernas cruzadas à frente), uma cadeira de espaldar reto resolve. O essencial é o conforto, pescoço e cabeça alinhados, de forma a relaxar sem sair do estado de alerta: Uma vez o praticante encontrando seu eixo de equilíbrio de seu tronco, ele perceberá que poderá ficar nesta posição por no mínimo 2 horas sem fadigar os membros superiores ou inferiores. 

(A postura sentada, como acima, é a maneira clássica e fácil do praticante iniciar o processo de meditação. Não há necessidade de uma cama, cadeira ou almofada. Mas, sim, os primeiros momentos, em qualquer posição, pode parecer desconfortável, pois a mente e o corpo do homem moderno não conseguem ficar parados por tanto tempo. Uma vez que o praticante encontre seu eixo de equilíbrio entre o chão e a cabeça, através de sua pelve e coluna vertebral, então respirar e se acalmar ficará muito fácil, podendo o praticante ficar nesta posição por várias horas ininterruptamente.)

Dica: aprender a manter a respiração abdominal e ativar o músculo transverso do abdomem e os multífidos da coluna contraídos, melhorará sua postura geral e trará bem-estar e conforto na prática diária.

O ideal é meditar 30 minutos, duas vezes ao dia, mas tudo bem começar com cinco minutos por dia... 

Qualquer estilo de meditação deve devolver a inocência à mente, detendo aquela profusão desordenada de pensamentos que nos deixa exaustos e nos afasta de valores essenciais.

Se no início a angústia e a melancolia fizer parte desse momento, calma! É sua mente reagindo, lhe dizendo: "Ora, você só pára para pensar em tristeza, então vamos ficar tristes!" - Lembranças profundas que devem ser resolvidas podem emergir. A meditação exige não apenas disciplina e determinação, mas coragem do praticante em entrar no mais assustador abismo ou quarto escuro do mundo: Seu próprio coração.

É importante persistir e praticar sempre na mesma hora e lugar, para fixar o hábito. E jamais julgar a experiência, porque não há certo ou errado em meditação...




Continua... 


Atlântida existiu mesmo?

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(Com certeza Atlântida não tinha essa estrutura tão correta... No entanto, com base com as medidas que Platão disponibiliza em Crítias e Timaeus, sim, essa seria sua aparência final... Os atlantes eram tementes a Netuno e, portanto, no centro do complexo, um enorme templo era dedicado a este deus. Apesar de Netuno ser uma divindade grega, os atlantes não eram gregos, e esta deidade foi erroneamente rotulada por Netuno.)

Não há provas concretas sobre a existência do misterioso reino da Atlântida. 

É um mito... 

(De acordo com Platão, que na verdade reproduz o que o seu sogro Sólon aprendeu dos iniciados egípcios, Atlântida estaria além do estreito de Gilbratar. Atualmente, teorias colocam Portugal (Ilhas Canárias, Açores, Cabo Verde e Madeira) e Marrocos como locais mais propensos de receberem, com mais fidedignidade, o título de sítios atlantes. A questão, é o que o mapa acima nos mostra: Sondas já varreram todo o Mar Atlântico, e não temos nenhuma evidência, concreta, de haver algum ponto considerável de civilização submersa, apenas acidentes geográficos. Além, claro, da falha tectônica que corta todo o mar Atlântico...)

Particularmente e, apesar de também gostar muito do tema, não existe nenhum estudo, que poderíamos categorizá-lo como "sério e acadêmico" que defina ou conceitue, concretamente este tema.

Entretanto, não faltam livros e teses tratando do assunto...

(Recentemente, fotografado pelo Google Maps próximo da Ilha de Açores, Portugal, aparentemente, resquícios de construções num platô submerso. Contudo, estudos mais precisos na região é complicado, pois a área vitimiza muitos barcos e naufrágios são comuns. Até o momento, as universidades não conseguiram uma sociedade forte para custear a busca arqueológica por mais dados.)

Em, Atlântida, o Oitavo Continente, editora Nova Fronteira, o arqueólogo Charles Berlitz relata suas buscas submarinas na suposta região de Atlântida. 

Tudo começa aqui: A primeira menção à lendária civilização foi feita pelo filósofo grego Platão, que viveu no século 4 a.C., em dois de seus escritos, Timeu e Crítias. 

(Os egípcios, que contaram a história da Atlântida para Sólon, sogro de Platão, tinham sua própria mitologia de origem. Sua história contava que eles vieram do norte, do grande mar...)

Segundo a narrativa, o continente era gigante e tinha até endereço: localizava-se a oeste do Estreito de Gilbratar, no Oceano Atlântico.

Sua história foi apresentada por Platão como uma civilização utópica perfeita.

(Programas sensacionalistas, como "Alienígenas do Passado" e "Em Busca de Alienígenas" do canal privado History (dentre tantos outros), apesar da boa pesquisa arqueológica é péssimo na conclusão final das evidências: Alienígenas?!? Sério!? - De qualquer forma, esses programas mantêm a chama viva da curiosidade popular, e isso é muito benéfico...)

E, também este é outro ponto controverso: Teria sido um exemplo de Platão, ou uma citação real de tal país? 

O mítico continente teria existido há milhares de anos, habitado pelos descendentes de Atlas, filho de Posêidon, deus do mar. 

(Apesar das muitas teorias fictícias e bizarras, o que os especialistas hoje falam é de uma cultura Atlante. O que seria isso? Seria algo como o que fez o povo romano e grego: Criar pequenas civilizações com traços de sua cultura em outras localidades do Mediterrâneo. E essa teoria é bem mais simpática... Sim, provavelmente, os Atlantes realmente eram viajantes, e abriram entrepostos em várias cidades. E é por isso a causa de tanta confusão, e o encontro de tantos outros povos mediterrâneos com descrições culturais semelhantes: tudo isso seria herança de um povo comum: Os antigos atlantes.)

Os atlantes teriam dominado grandes territórios da Europa e da África, mas acabaram derrotados pelos atenienses. 

A civilização entrou em decadência, provocando a ira dos deuses. 

(A famosa estrada de pedras das praias de Bimini, conhecida como Bimini Road, foram confundidas por muito tempo como um sítio arqueológico da Atlântida, pois acreditava-se que a natureza não poderia produzir esses efeitos quadrados e retos. Mas, hoje, sabemos que, sim: A natureza pode produzir efeitos geológicos retos, com cantos de 90°, e o efeito em Bimini, seriam apenas o efeito de centenas de anos de corais e lava vulcânica submarina.)


(Apesar de aparência complexa, a Bimini Road nada mais é do que um efeito vulcânico natural...)


Em apenas um dia, terremotos e maremotos sepultaram Atlântida no fundo do mar. 

Alguns acreditam que o mito foi crido pelo filósofo grego com base na história real da ilha de Thera, no Mar Mediterrâneo, que há 3.500 anos foi engolida por erupções vulcânicas e ondas gigantes...

(Nunca faltaram filmes e desenhos que tratem desse mito como algo sério ou apenas uma ficção engraçadinha... Acima, animação Atlantis - O Reino Perdido, de 2001.)

(Hoje, a ilha de Thera perto de Santorini é a mais nova Atlântida.)

 
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Aranel Ithil Dior