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O que é Psicologia Transpessoal?

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(Apesar de não ter em si a proposta de transcedência, a psicologia Transpessoal leva o indivíduo a ter uma maior conexão, percepção e integração com seu meio ambiente e sistema interpessoal.)

É um ramo da psicologia moderna que busca a compreensão dos múltiplos estados da consciência e propõe a superação dos conflitos do indivíduo por meio de uma "cosmovisão integradora". 

Surgiu como uma evolução da psicologia humanista dos anos 60 e subverteu conceitos e práticas terapêuticas que marcaram a primeira metade do século XX.

Em vez de determinismo das ações humanas e da ênfase na consciência normal em estado de vigília, implícitos nos princípios da psicanálise de Sigmund Freud e na abordagem fisiológica do behaviorismo, a psicologia transpessoal realça os aspectos do chamado inconsciente coletivo e desafia o limite da ciência. 

(Carl Jung, foi o primeiro a entender e descrever, a partir de seus estudos sobre mitologia e antropologia que a humanidade cria a cada etapa de seu desenvolvimento uma consciência coletiva na qual todos compartilham suas ideias uniformizando-se entre si tanto para o bem quanto para o mal de uma sociedade.)

Foi Carl Jung, ex-discípulo de Freud, quem primeiro descreveu esse nível da mente e os fenômenos que lhe são associados. 

(Abraham Maslow, psicólogo americano, conceituou que os conflitos humanos devem ser expostos e confrontados abertamente. Criou o T-groups um processo de treinamento entre indivíduos filosoficamente divergentes entre si.)

Tempos depois, baseados em pesquisas experimentais que incluíram sessões psicodélicas com LSD (para estudos dos estados alterados de consciência), um grupo de psicólogos americanos e europeus, liderados por Abraham Maslow e Stanislaf Grof, ampliou os conceitos junguianos e estruturou um novo tipo de psicoterapia. 

(Stanislav Grof, psiquiatra tcheco, foi censurado ao utilizar o ácido lisérgico, LSD, para entender os estados alterados da consciência tão apreciados na década de 1970 nos Estados Unidos durante a Guerra do Vietnã. Com doses controladas, concluiu-se que o indivíduo, após uma sessão de 20 doses num espaço de tempo de 3 meses, conseguia assimilar e recrutar o cérebro para executar contas matemáticas e conceitos filosóficos quando anteriormente era incapaz. Os estudos não foram conclusivos pois o LSD como uso terapêutico tornou-se ilegal pelo FDA.)

Os métodos da psicologia transpessoal abrangem experiências de expansão temporal e espacial da consciência - inclusive regressões a vidas passadas - como forma de conduzir o indivíduo a estados psíquicos superiores, que o ajudem a superar os condicionamentos do ego e a viver plenamente.



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Descobrindo o seu Tibete - Parte 3

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(A arte tibetana é colorida e dramática.)

A arte tibetana é minuciosa nos detalhes e rica em símbolos do panteão budista. 

A elaborada pintura de divindades protetoras, como as que são vistas nos mosteiros de Sera e de Nechung chamam a atenção pela habilidade artística de quem as criou. 

(Mosteiro de Nechung.)

Para Joseph Campbell (1904-1987), uma das maiores autoridades em mitologia que o mundo conheceu, as imagens de um mito são reflexos das potencialidades espirituais das pessoas. 

"Ao contemplá-las, evocamos seus poderes em nossas próprias vidas."
O Poder do Mito, Joseph Campbell.


É comum entre os tibetanos difundir seus simbolismos de tal forma que eles sobressaiam na vida rotineira: há muros de oração (os manis), rodas de preces inscritas com mantras, bandeiras, imagens de budas, relicários religiosos. Cada um deles invoca benefícios coletivos, um dos aspectos do Budismo tibetano. 

(Muro de Rodas de Oração.)

Dar o passo inicial para compreender essa sofisticada linhagem da religião budista, iniciada pelo príncipe Sidartha Gautama no século 5 a.C., exige uma peregrinação. 

A qual pode ser empreendida até a distante imensidão do Himalaia, onde fica o Tibete, ou por meio de uma meditação na sala de sua casa. 

(Sidartha nunca esteve no Tibete, mas seus ensinamentos chegaram nos picos mais altos do mundo...)

Como dizia o velho sábio escritor inglês, "suas pernas podem fazer maravilhas"...

Mas o que importa, de fato, é para onde sua alma aponta...!


Fim.:.
 



Incenso faz bem?

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(Só de ver muita gente já começa a ter coriza... Mas não precisa ser assim, é só ficar antenado com a fórmula com que eles são feitos!)

Depende da qualidade do produto, da quantidade de fumaça no ambiente e das suscetibilidade de cada um. 

Um bom incenso, num ambiente ventilado, pode certamente perfumar, relaxar e inspirar a meditação. 

(Uma loja na Índia mostrou como é feito o incenso.)

Mas, entre os que têm asma e rinite, por exemplo, basta o perfume do incenso para irritar a mucosa e acionar espirros, coceira no nariz, tosse seca, coriza, chiado no peito e até falta de ar. 

Isso vale para crianças e adultos que já têm a doença instalada. 

(A preocupação sobre os incensos é importante em países onde essa prática é difundida. Na ilha de Taiwan, República da China, essa preocupação levou profissionais de sua Universidade nacional a determinar os níveis toleráveis de fumaça suportáveis ao ser humano. A descoberta esbarrou no fato que é muito importante a procedência do material e o tempo de exposição do indivíduo à fumaça. Hoje, avisos nas entradas dos templos informam o tempo necessário na exposição em recintos defumados, e sacerdotes são treinados para socorrer e fiscalizar os visitantes para não ultrapassarem o tempo prescrito.)

Uma pesquisa da Universidade Nacional de Cheng Kung, de Taiwan, descobriu na fumaça do incenso agentes químicos cancerígenos. A medição foi feita num templo budista abafado, onde se enxergava pouco mais de um palmo tamanha a fumaceira!

Há muitos tipos de incenso.

(Não importa sua religião, incensar faz parte de todas elas, acima preparação para a missa numa igreja católica...)

Na Índia, os mais puros são de esterco de vaca, resina de olíbano e óleos essenciais. As varetinhas perfumadas comuns são, em geral, feitas de carvão, pós de bambu, cola vegetal atóxica, óleos essenciais naturais e fragrâncias artificiais.

(Sumo Sacerdote judeu incensando para Jeová...)

(Ritual hindu, onde a fumaça também faz parte... O incenso ou a fumaça, seja de um sacrifício, seja como oferta e queima de plantas ou frutas, são uma dedicação do ofertante para com sua divindade máxima.)

Se a caixinha custa menos de 3 reais, desconfie. 

A cola pode ser tóxica e a essência ruim, misturada com solvente para, economicamente, diluir sua concentração. 

(Preparação da abertura e dedicação do espaço num ritual do Candomblé. A fumaça representa a intenção do adepto e suas orações. Elas se espalham pelo vento, pois o elemento Ar é o hálito e imanência de Deus. A fumaça purifica, quando utiliza-se ervas específicas para perfumar o lugar a ser consagrado, dependendo da orientação de cada religião.)

A rigor, qualquer material orgânico que queime a menos de 1000 graus libera monóxido de carbono (CO2) - incluindo os bons incensos e até o bucólico forno a lenha. 

(O vídeo acima não é dinâmico mas sintetiza em 4 min o que é o gás carbônico e como nos intoxicamos com ele.)

Em excesso, o CO2 pode provocar vasoconstrição e, lá na frente, dor de cabeça. É recomendável, portanto, optar por incensos de qualidade e manter o ambiente ventilado quando acendê-los. 



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Descobrindo seu Tibete - Parte 2

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(Apesar do território do Tibete ser vasto e grandioso, a dificuldade em transpor os acidentes geográficos e a altitude, tornam sua exploração uma tarefa impossível. Atualmente, além de tímidas viagens por terra, a ferramenta mais utilizada são imagens por satélite.)

O Tibete, até 2003, proibido ao turismo, mantém-se como uma das regiões menos exploradas da Terra. 

Seu vasto território, de tamanho aproximado ao do Estado do Pará, exibe alguns dos lagos mais altos do mundo, que se elevam até 4.500 metros.

(Lago Manasoravar situado numa altitude de 4.556 m é o lago de água doce mais alto do mundo.)

Também brotam nos vales pelo menos meia centena de montanhas com mais de 6 mil metros. Entre elas, a exuberante Qomolangna, a "Deusa Mãe" - que conhecemos como o pico mais alto do planeta, o Everest.

(O Monte Everest com altitude de 8.848 m acima do nível do mar é um dos montes mais altos do mundo e continua crescendo pelo movimento das placas tectônicas. Um dia ele irá desabar em si mesmo, pelo próprio peso acumulados, mas até lá, ele será reverenciado como Qomolangna, A grande Mãe.)

A paisagem tomada pelas montanhas nuas e pelos platôs desolados, entretanto, ganha cor com as bandeiras de prece que tremulam aos ventos pelas trilhas e vilarejos remotos.

Em constante movimento, elas realçam a atmosfera de espiritualidade do Tibete, trazendo escritos os mantras sagradas, que estão profundamente enraizados no budismo tibetano. 

(Bandeiras de Oração no Tibete. Elas conferem um ar de festa e cor às ruas e templos da região. Como no Brasil, quando o visitante vai à Salvador e deixa ali uma fita na igreja do Senhor do Bonfim, ali o mesmo ocorre, o visitante deixa uma oração ao vento pedindo sorte, paz e uma boa viagem.)

De forma sutil, os mantras teriam a capacidade de alterar a mente e provocar uma conexão com Buda, ou um ser iluminado.

Uma das invocações mais comuns nas bandeiras de oração é Om Man Padme Hum, que possui importante significado. Sua constante recitação ajuda a concentrar e a focalizar a mente na meta primordial: atingir altos níveis de sabedoria e compaixão. 

(As bandeiras do Tibete são comercializadas pelo mundo todo. Você pode comprá-las em lojas especializadas em artigos religiosos. É uma maneira de ter o Tibete pertinho de você...)

Quando esses mantras oscilam ao vento, as preces são enviadas como sinl de boa sorte e proteção para a vizinhança - ou mesmo para terras distantes - sempre em benefício dos outros.

Os mantras são efetivos porque ajudam a manter a mente quieta e pacífica. Eles erradicam as negatividades e podem ligar-nos a uma energia curativa. 


Continua...




Batata na testa cura dor de cabeça?

(Existem mais de 150 tipos de dores de cabeça... Identificar a causa é o grande mistério para sua cura.)

Curar, não cura, mas ajuda a aliviar a dor.

O tubérculo provoca uma sensação de frio quando fica em contato com a pele, que é mais quente, levando a uma constrição dos vasos sanguíneos da cabeça, que dilatam durante a crise. 

Isso pode mesmo atenuar a dor, mas dificilmente acaba por completo com a sensação desagradável. 

(Será que batata resolve?)

O frio decorrente do contato da batata com a pele é conduzido pela mesmas vias neuronais que propagam a dor. A sensação de frio pode atropelar a de dor, e  a pessoa simplesmente deixa de sentir esse incômodo para sentir frio.

Ambos os médicos descartam teorias que atribuem o poder curativo da batata à niacina (vitamina do complexo B) contida nela. 

Embora essa vitamina seja importante para  a prenvenção de enxaqueca, sua melhor absorção acontece por meio da digestão de alimentos e não pelo contato com a pele. 

(Ao invés de batata, coloque gelo.)

Existem mais de 150 tipos de dores de cabeça e as causas são diversas, o que dificulta a descoberta da sua origem e o tratamento mais adequado.

O ideal é colocar gelo na fronte, em vez de batata.

Isso nos leva, mais uma vez, às tradicionalíssimas compressas de água fria na testa...


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Descobrindo o seu Tibete - Parte 1

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(Um dia quero fazer uma viagem de moto pelo Brasil, e vou realizar isso! Pilotar uma moto não é apenas prático, barato, nem uma moda. É uma filosofia de vida, em que a liberdade celebra cada centímetro à sua frente.)

Que poder de transformação uma viagem traz consigo?

E que desejos estão ocultos quando nos propomos a realizar uma longa jornada?

"O que suas pernas fazem pode ser maravilhoso." - J.R.R. Tolkien.

Mas, fundamental de fato, é para onde sua alma está voltada, refletia o antigo sábio persa Shabestari sobre a importância de viajar para longe, em busca de conhecimento e crescimento espiritual.

(Mas pequenas viagens também satisfazem... Entroncamento para Caetité-BA.)

Ou, simplesmente, para realizar um velho sonho. 

O segredo de uma viagem valiosa, portanto, não estaria em mapas detalhados e muito menos nos roteiros descolados. Mas, sim, no coração, aberto e disposto a aprender com as novidades impostas pelo caminho. 

Aventurar-se em regiões remotas e misteriosas - especialmente aquelas dotadas de espiritualidade elevada - desde sempre atrai o ser humano. Muitos capítulos da história, aliás, foram escritos por causa de peregrinações.

(Um lugar que adorei conhecer, Stonehenge. A energia ali só pode ser mensurada por aqueles que tocarem suas pedras, é incrível como algo tão antigo, mantém uma sinergia tão viva em emanar respeito e veneração até os dias de hoje.)

Hoje, entre os lugares no mundo que ainda exercem fascínio e mistério extraordinários, poucos podem ser comparados ao Tibete.

Encravado ente as montanhas colossais do Himalaia, numa altitude média de 5 mil metros e com suas fronteiras controladas pela mão de ferro do governo comunista de Pequim, o território tibetano estimula a imaginação de estudantes do esoterismo e peregrinos. 

(O Tibete é a Jerusalém do homem esotérico e místico, ele um dia, precisa ir ali para fazer suas orações.)

Afinal, que lições nos ensinam os tibetanos, conhecedores de filosofias sofisticadas, praticantes de uma religião tão autêntica e donos de uma tolerância incomum no conturbado mundo de hoje?

Disseminando Ensinamentos

Incapazes de compreender a riqueza da cultura tibetana e entorpecidos pela equivocada cartilha comunista de Mao Tsé-Tung, os chineses começaram a ocupar o Tibete em 1949.

(Conflito no Tibete em 2008)

Dez anos depois, a China consolidou a invasão e o anexou ao seu território. Foi quando o décimo quarto Dalai Lama, Tenzin Gyatso, atual líder espiritual do povo tibetano, viu-se obrigado a deixar sua terra, junto com milhares de outras pessoas. 

Ao longo da truculenta ocupação chinesa, calcula-se que 1,2 milhão de tibetanos perderam a vida e cerca de 6.200 monastérios foram destruídos, restando apenas uma dúzia deles. 

(Os tibetanos que tinham condições financeiras exilaram-se na Índia. Ali, levaram sua cultura que, frequentemente, cria dissensões e conflitos num país que já têm seus próprios problemas sócio-culturais e religiosos para encontrar respostas ainda insolúveis.)

Mais de 100 mil tibetanos vivem no exílio, a maioria em países asiáticos. A fé, entretanto, não foi aniquilada.

Apesar da opressora presença chinesa, virtudes como a humildade, a caridade a temperança, a benevolência, a afeição e a consideração por todos os seres vivos são incentivados entre o povo tibetano.

(Estudar as doutrinas das religiões tibetanas, fazer os rituais de meditação ainda hoje, é uma prática mantida e passada de geração em geração.)

Assim como são motivadas a meditação solitária e o antigo costume de debater questões filosóficas do Budismo, práticas que tornam a mente mais alerta. 

Budistas tibetanos têm uma admirável capacidade para compreender as lições que a vida oferece.

(Se um dia ele quiser ser respeitado entre seus compatriotas, essa criança deve aprender mais de 3.000 preceitos, entre doutrinas, rituais e canções. Para ser um budista tibetano, deve-se começar bem cedo essa senda.)

Mestres e monges dizem que, se houve um bem emanado da invasão chinesa, esse bem foi a disseminação dos ensinamentos que estavam restritos ao Tibete. 

São alguns dos encantos dessa terra distante...


Continua...


A Cura Essencial - Parte 4


(A maior função da Medicina Ayurvédica é acertar os ponteiros do Corpo, Alma e Espírito, para que a hora de cada ação ocorra com a maior integração possível da individualidade de cada um.)

Nossas avós e a Ayurveda concordam no fato de que é preciso respeitar o relógio da natureza. As avós falam em hora certa de comer e dormir e a Ayurved fala em cclos do dia, também divididos nos humores de Vata, Pitta e Kapha.

Kapha, o mais letárgico, impera das seis às dez da manhã. Ou pulamos da cama até as seis, ou depois brigamos com a natureza para despertar, porque a inércia está no comando. 

(Numa terapia budista e Ayurvédica preconiza-se que o indivíduo faça seus exercícios físicos sempre pela manhã para limpar o organismo e utilizar as energias metabólicas e hormonais acumuladas durante a noite.)

Nesse período, é bom fazer exercícios físicos. 

Entre 10 e 4 horas é o ciclo de Pitta: quem manda é a força da transformação. É a fase ideal para fazzer a principl refeição, porque o fogo de Pitta ascende a digestão e transmuta alimento em energia.

Entre 14 e 18 horas quem reina e o agitado Vata. Tempo de cria, usar a mente. Das 18 às 22 horas, Kapha volta a predominar. A digestão fica lenta e o consumo de alimentos pesados é contra-indicado.

A Velha Receita
 
Se fosse para seguir os Vedas ao pé da letra, teríamos de nos aquietar como os passarinhos depois do pór-do-sol. Mas como conseguir isso, se já tem luz elétrica na aldeia e a agenda tem mais compromissos do que horas do dia disponíveis?

(Entender a própria agenda diária de cada um e se motivar a cortar, eliminar ou alternar as atividades trará o equilíbrio tão desejado à vida do indivíduo que busca essa alternativa de cuidado físico e emocional.)

A alternância de ação e repouso, proposta na rotina ayurvédica, é um tremendo desafio, mais premente que nunca. Só muito recolhimento e muita meditação para fazer frente a esse tempo nervoso - um típico distúrbio coletivo do dosha Vata.

Como tudo é cíclico, o que virá depois dessa loucura será um retorno aos hábitos simples... O futuro pede intuição, vidas no silêncio, na meditação, de dentro para fora. Já nos afastamos demais de nós e da natureza. Toda doença é saudade do lar...
 
(Os doshas no organismo)

Muito além da saúde, essa volta para casa promete felicidade mesmo, acesso pleno ao poder sem tamanho do universo. 

O caminho, invariavelmente, é o do autoconhecimento, esse "remediozinho ayurvédico" sem contraindicação nem prazo de validade, que vem sendo receitado há uns cinco mil anos.

A Revelação do seu Dosha

Se você já teve alguma aproximação com a ciência Ayurvédica, deve estar estranhando não ter encontrado aqui aquele questionário para que a pessoa encontre sua classificação - Vata, Pitta ou Kapha.

É comum esse teste gerar mais dúvids que certezas... A maioria de nós tem um humor predominante e um segundo bem atuante também. Mais raras são as pessoas que recebem influência dos três tipos na mesma proporção e ainda mais incomuns são as regidas por uma só natureza. 

Portanto, parece bastante adequado procura a ajuda de um profissional reconhecido, em vez de brincar com as forças dos cinco elementos! 

Contudo, falemos brevemente sobre os doshas:

Vata - O Humor do Movimento

Vata governa a circulação, a respiração, o fluxo das ideias, sentimentos e pensamentos. 

A pessoa é agitada, magra, com estrutura física leve e organismo seco.

Tem olhos pequenos e lábios finos. 

(Biotipo Vata)

Sente muito frio e odeia vento. 

Os passos são rápidos. É tagarela e não escuta os outros.

É instável no apetite, no sexo e no humor. Em desequilíbrio, é ansiosa e sofre de insônia. Em equilíbrio é entusiasmada, muito criativa, ágil e comunicativa. 

Vata se desequilibra no outono e deve evitar a agitação.

Kapha - O Humor da Estabilidade

Kahpa governa a estrutura corporal.

A pessoa tem constituição pesada, ombros e quadris largo. Tem tendência  engordar e, às vezes, é atarracada. A pele, os olhos e os cabelos são bonitos, lubrificados. Os lábios, grossos.

(Biotipo Kapha)

A digestão é lenta e as ações idem Apresenta letargia matinal, tende à depressão e é sensível `umidade e ao frio. 

No amor e no sexo é constante e sensual.

Em equilíbrio, é diplomática, amorosa e tolerante - finalmente, um dosha que sabe ouvir!

Em desequilíbrio, é preguiçosa, pessimista e apegada ao passado. 

Kapha se desequilibra no inverno e deve evitar buscar conforto emocional na comida. 

Pitta - O Humor do Fogo

Pitta rege o metabolismo, as transformações químicas do corpo, a fome, a sede, a energia e a temperatura corporal. A pessoa tem estrutura média, não é gorda nem magra. 

A pele é clara e quase sempre com sardas. 

(Biotipo Pitta)

Tem muito apetite, é sensível ao calor e transpira demais. Extrapola na comida (mas não engorda), no sexo e no trabalho.

Fala menos que Vata, mas também não escuta o outro, porque se sente superior. 

Em desequilíbrio, tem temperamento inflamado: julga e critica, é intolerante e irritada. 

Em desequilíbrio é perfeccionista e determinada. Pitta se desequilibra no verão e não pode abusar do sol. 



Fim.:.


Crianças podem Meditar?

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(É muito difícil conseguir a atenção necessária para que uma criança possa ficar pelo menos 10 min meditando. Mas com pequenos exercícios, o tempo vai aumentando e a concentração pode chegar aos 10 min preconizados para esta faixa etária, o que já é uma enorme vitória.)

Depende da idade.

Especialistas dizem que crianças novas, com menos de 12 anos, não conseguem atingir o estado de atenção plena (para dentro de si mesmas ou em algum objeto), o que é necessário para a prática meditativa.

Elas têm dificuldades naturais de concentração, pois estão numa fase em que precisam conhecer o mundo por meio dos contatos (táteis) e experiências (visuais, por exemplo).

(Quando Isabelle (de calça lilás à esquerda) estava na 3ª série na Escolinha Betesda, fizemos um pequeno trabalho com meditação com alguns alunos. Tudo deve ser feito como uma brincadeira. Não se pode obrigar a criança a exercer a concentração, para que a experiência não seja apreendida como algo ruim. Com paciência, as crianças cumprindo algumas pequenas etapas, brincando, podem alcançar uma ótima concentração nos momentos de estudo em casa.)

Inibir isso, forçando o pequeno a ficar sentado com os olhos fechados, não é aconselhável. 

Meditar não é apenas sentar numa posição fixa. Os procedimentos necessários para a meditação, que incluem concentração, esvaziamento da mente e processo contemplativo, são muito técnicos. 

(O ideal é os pais saberem meditar e ensinarem aos filhos como uma rotina normal do dia a dia. Isabelle, hoje, consegue manter 4h de estudos diários, porque começou como a garotinha acima, bem cedo, a manter a mente focada numa única tarefa. Essa é a maior dádiva que a Meditação concede aos pequenos.)

A criança não consegue alcançá-los. Mas, elas podem fazer exercícios mais simples para começar a entrar em contato com a meditação.

É necessário maturidade para atingir os graus de abstração necessários para a meditação. Se a criança reencarna como um lama, desde muito pequena já sabe meditar, porque vem com esse conhecimento da outra vida. 

(Nos Estados Unidos e Europa a meditação e o Yoga são disciplinas curriculares que as crianças são introduzidas a vivenciarem desde cedo e que não causam nenhuma estranheza para elas.) 

Após os 12 anos, a maioria está apta a experimentar qualquer uma das diversas técnicas de meditação existentes e seus benefícios - acalmar a mente, relaxar, ampliar a consciência geral, a lucidez e o sentimento de paz.


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A Cura Essencial - Parte 3

(A meditação não é apenas uma forma de focar a mente em algo, mas usar a agitação da mente para encontrar esse algo!)

Na guerra às toxinas, a meditação é arma obrigatória, indicada como prática diária para higienizar a mente.

A dieta alimentar, que é adequada a cada dosha, é outra forma de controlar o acúmulo de impurezas.

(O terapeuta ayurvédico observa atentamente para seu paciente desejando encontrar, além das palavras, pistas que indiquem quem ele é. Na hora de administrar a dieta ou tipo de meditação o reconhecimento dos doshas dominantes são imprescindíveis.)

Acontece que um filme de ação pode ser mais tóxico que uma feijoada - isso depende da sensibilidade de cada um. 

Podemos não perceber como a saúde é afetada por uma cena de TV ou uma palavra atravessada, mas o saber hindu dá extrema importância ao que entra pelos buracos da nossa cabeça!

(O toque físico, seja da pele ou de óleos e ervas, é muito importante na terapia hindu. Sentir o calor, a textura, a pressão faz com que o indivíduo se sinta onipresente não apenas na busca de sua saúde corporal mas na consciência de que ele está vivo e deve permanecer assim.)

Como é através dos sentidos que se conversa com o universo, as práticas da Ayurveda querem refiná-los, para que sempre extraiam do meio um máximo de energia e um mínimo de toxinas. 

É natural que a massagem tenha tanta ênfase: a pele além de ser nossa proteção, é o maior órgão dos sentidos. 

Massagem na Alma

Você pode ler a teoria, mas outra coisa é deitar, fechar os olhos e se entregar, por exemplo, ao conforto que vem de um fio de óleo morno, descendo contínua e lentamente sobre a testa. 

Esse toque curativo, sem mãos, chama-se "shirodhara" e é só isso mesmo: sobre a cabeça do felizardo, a tigela presa a um suporte verte um preparado de ervas medicinais. 

(Shirodhara)

Na sessão, a percepção vai sendo atraída, suavemente, para o ponto entre as sobrancelhas, que está sendo acariciado pelo calor e a viscosidade do líquido. O relaxamento é tanto que há um vislumbre de expansão de consciência, talvez porque o estímulo esteja localizado na região conhecida como "terceiro olho" - o chakra ligado à nossa espiritualidade. 

Naqueles 60 minutos nada mais existe, só o prazer de estar ali. Não há turbulência mental que resista ao poder de shirodhara. A técnica harmoniza os hemisférios cerebrais, combate estresse, depressão e insônia. 


(Abhianga)

Todo mundo merece, também, passar pela "Abhyanga" (que significa "mãos amorosas"), a massagem Ayurvédica mais difundida. A pessoa é banhada em muito óleo morninho e tem os dois lados do coro friccionados ao mesmo tempo, por quatro mãos sincronizadas.

A técnica, usada para acelera a liberação de toxinas e fortalecer o sistema imunológico, tem uma versão de automassagem, para ser feita todo dia, e uma dedicada aos bebês.

E é mesmo como um bebê que a pessoa é recebida e cuidada, na versão da abhyanga a quatro mãos. É fácil regredir ao útero em meio a tanta proteção, num leito quente e inundado de óelo. 

 (Os marmas)

As manobras ritmadas dos terapeutas, um à esquerda, outro à direita da maca, dão mais coerência ao corpo. é como e tudo se encaixasse quando os seus dois lados ganham toques simultâneos. É como se você deixasse de ser cabeça, tronco e membros para se sentir um todo...

Outra delícia é a massagem que ativa os "marmas", os centros de energia vital onde os tecidos do corpo se encontram. Os marmas, também vistos como elos entre matéria e consciência, correspondem aos pontos trabalhados na medicina chinesa.

(O instituto tem credenciais para dar suas especialização em Medicina Ayurvédica, além de ser o mais antigo do Brasil na disseminação da cultura hindu.)

Como há por ai um uso não lá muito ético do nome da Ayurveda, antes de deitar e relaxar é melhor perguntar como, onde, com quem e em quanto tempo o massagista se formou. 

(Formandos da especialização em Medicina Ayurvédica de 2007.)

Não custa saber que o Estado de Keralla, no sul da Índia, é o berço e a cena dessa ciência; que a Califórnia é o grande centro de estudos e difusão; que os médicos norte-americanos David Frawley e Vasant Lad são os únicos ocidentais considerados no métier e, principalmente, que ninguém vira terapeuta Ayurvédico após um workshop de fim de semana. 




Continua...  


A Música das Esferas existe?

(Esse conceito medieval é um ensinamento dos professores cabalista sobre proporção e analogia que dominou a Idade Média nas primeiras Universidades européias.)

Teoricamente, sim.

No entanto, ainda não há comprovação científica de que seja possível ouvir o movimento dos astros, como propõe esse conceito abstrato.

As músicas das esferas existe para quem tem a capacidade de ouvi-la interiormente. é possível ouvir algo além do que o ouvido humano é capaz de captar. 

(Nesta disciplina, a música, ou melhor, o som, participa de todas as coisas visíveis e invisíveis. As visíveis seriam comandadas pelos sons sônicos e as invisíveis pelas ultrassônicas. Em suma, tudo vibra e, portanto, canta uma nota para o universo.)

A ideia dessa música acompanha a humanidade desde os tempos do grego Pitágoras (580-500 a.C.). Mas foi o astrônomo Johannes Kepler (1571-1630) quem aprimorou esse conceito utilizando a matemática, desenvolvendo as leis que regem os movimentos dos astros.

(Johannes Kepler, astrônomo, matemático e astrólogo alemão.)

Kepler descobriu que os planetas fazem um traçado elíptico e não redondo, ao redor do Sol. Assim, calculou o ponto mais próximo da rota de cada um em relação ao Sol (periélio) e, depois, o ponto mais distante (afélio).

(Movimento dos planetas em nosso sistema solar.)

Analisando o tempo que cada planeta leva para dar uma volt ao redor do Sol ( a Tera, por exemplo, leva +/-  365 dias), Kepler transpôs proporcionalmente as medidas dessas órbitas em fequências, encontrando assim tons e intervalos musicais. 

(A canção dos planetas.)

Ou seja, teoricamente Júpiter, Vênus, Saturno e outros planetas produzem suas próprias melodias. 

(Mas, apesar de parecer, a princípio, uma teoria maluca, a NASA já catalogou sons, frequências e vibrações de Galáxias, estrelas e quasares. Assim, hoje, a ciência não apenas comprova esse conceito, mas utiliza-o para detectar prováveis colapsos ou nascimentos de estrelas. Acima documentário do canal History que explora esse assunto.)

Apesar de ser um conceito abstrato, a matemática torna a Música das Esferas um fato!


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Aranel Ithil Dior