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Os Orixás - Os deuses africanos - Parte 4

OXÓSSI

Guerreiro destemido, viril e aventureiro, senhor das matas e dos espíritos da floresta, Oxóssi é o mais belo dos orixás masculinos. Indomável, ele conquista o coração das mulheres, mas mostra-se indiferente às investidas amorosas, pois, Oxóssi acredita no amor estável, por isso, só quando ama revela sua face de amante sincero e dedicado.

Dizem que, quando Oxum o rejeitou, ele se refugiou na floresta, triste e solitário. Exatamente a atitude que se poderia esperar de um orixá discreto, introvertido e acima de tudo, honesto consigo e com os outros.

Sua franqueza, no entanto, chega a ser constrangedora. Ele não tem jogo de cintura e não se incomoda com isso. Não faz questão de ser hábil no trabalho com as pessoas. O que lhe importa é a sinceridade, a verdade, custe o que custar e doa a quem doer.

Modesto, um filho de Oxóssi, como o pai, jamais tentará fazer sua opinião prevalecer, tampouco, se considerará sábio, apesar do vasto conhecimento adquirido graças à sua intensa atividade intelectual. Refinado, tem bom gosto, o que confere elegância e nobreza a seu charme natural.

Essa fineza quase aristocrática, no entanto, pode muitas vezes levar à impressão de se estar diante de alguém sem interesse nem entusiasmo, não poderia haver engano maior. Oxóssi é cheio de iniciativa e sabe o que quer. 

Para o orixá lunar que acolhe e alimenta, a palavra-chave é a proteção.

Elemento: Terra

Dia: quinta-feira

Cor: azul-turquesa

Signo: Câncer


OXUM

Vaidosa e dengosa, Oxum é a mais bela das orixás. Adora se arrumar e toda a hora admira a própria beleza diante do espelho. Não é para menos, elegante e graciosa, ela usa esses artifícios para conseguir o que quer. Está sempre cercada de admiradores, que resolvem todos os seus problemas.

Doce e meiga, Oxum também pode ser preguiçosa, indecisa e superficial, o que acaba se tornando uma virtude. Não interfere na vida de ninguém e adora crianças. É símbolo da maternidade e da gestação, protege as mulheres grávidas e seus bebês.

Essa Oxum maternal, no entanto, contrapõe-se à Oxum sedutora, que age com falsidade para atingir seus objetivos, principalmente no amor. Identificada com a deusa do amor, curte o luxo, a riqueza e os prazeres da mesa, sua palavra-chave é o valor.

Como ninguém, ela sabe esconder seu lado negativo, passa só a imagem de mulher maternal e agradável, amada por todos.

Elemento: Água

Dia: sábado

Cor: amarelo

Signo: Touro


OXUMARÉ

Nunca ouse confiar num filho de Oxumaré, esse orixá do movimento que, a exemplo de Logum-Edé, o orixá adolescente, passa metade do ano como princesa e a outra metade como príncipe, ou como um demônio terrível, como afirmam os que já provaram de seu sarcasmo e falsidade. Porque Oxumaré derrama-se em gentilezas e sorrisos pela frente para depois maldizer pelas costas.

Elegantes, irônicos, amantes da riqueza e do luxo, Oxumaré e seus filhos tem o ar de superioridade e desdém de quem se acha o máximo. Adoram as fofocas e são extremamente divertidos. Não há quem resista a suas histórias, que eles sabem contar como ninguém.

Apesar de tudo isso, Oxumaré tem um lado forte e generoso. Força que governa a vida, orixá da fertilidade, da arte, da cura e da abundância, ele tem como símbolo uma serpente que morde a própria cauda, o que simboliza a perpetuação da espécie. Como arco-íris, liga a Terra dos homens ao órun, mundo sobrenatural dos orixás. Criou as montanhas, traçou o curso dos rios e escavou canais. E, ao girar em torno da Terra, põe os corpos celestes em movimento.

Elemento: Terra

Dia: terça-feira

Cores: amarelo, verde, vermelho e preto

Signo: Escorpião


XANGÔ

Quem tem a proteção de Xangô sabe que não há nada nem ninguém que destrua um filho desse orixá. Podem até conseguir levá-lo ao fundo do abismo, mas depois de algum tempo ele renasce com mais vigor e volta a enfrentar o mundo de peito aberto, sem medo. Essa é uma característica herdada do pai Xangô, a entidade mais forte do candomblé brasileiro.

São dele a força, o poder e a capacidade de fazer e desfazer todas as coisas. Mas ele não age sem uma boa razão. O impetuoso senhor dos raios e trovões tem a justiça como lema, pois Xangô tem um senso de justiça muito acentuado. Não tolera a mentira, a desonestidade e a corrupção. Por isso, ao lidar com seus filhos, pode tanto trazer a segurança e a lealdade, como criar um clima de medo no relacionamento. É que pai e filhos são absolutamente severos e implacáveis com quem se porta à sua imagem e semelhança.

Orgulhoso, dono de uma dignidade própria de um príncipe, vinda de sua origem como senhor de um império africano, Xangô não perdoa a fraqueza. Autoritário e dominador, o filho de Xangô tem um humor instável e é muito ciumento. 

Exige exclusividade, mas nunca consegue resistir a uma aventura. Segue os passos do pai, marido de muitas esposas, das quais as prediletas são a dengosa Oxum e a guerreira Iansã, esta, a parceira ideal, pois o acompanha a todas as frentes de batalha, luta sempre ao seu lado, ajudando-o a derrotar os inimigos.

São essas as características que os filhos de Xangô exigem dos parceiros. Ousados e cheios de iniciativa, quando se apaixonam, fazem o impossível para conquistar o ser amado. São diretos, sem rodeios, vão logo ao que interessa. Muito atrevidos, não descansam enquanto não conseguem o que querem. E adoram variar as relações amorosas.

Xangô é o próprio Fogo, energia inesgotável, devastadora. Ninguém fica imune ou indiferente a sua passagem. Não há como ignorar a pompa e a altivez desse integrante da alta aristocracia africana que um dia, encurralado pelas lutas em torno do poder, acabou se suicidando em plena selva. Preferiu a morte a perder a dignidade.

Além disso, Xangô nunca suportou disputas pelo poder. Tem consciência de que só ele possui as qualidades necessárias para exercê-lo com vigor e justiça. Porque não conhece o significado das palavras obediência, submissão e medo.

Elemento: Fogo

Dia: quarta-feira

Cor: vermelho vibrante

Signo: Sagitário

continua...

Os Orixás - Os deuses africanos - Parte 3

OMULU 

A história de Omulu é, de longe, a mais triste do candomblé. Adolescente, foi expulso de casa pela mãe Nanã, senhora mais antiga do candomblé, por se envolver com prostitutas e contrair as mais variadas doenças venéreas.

Quando Iemanjá o acolheu, oferecendo-lhe cuidado e proteção, era tarde demais. As feridas da alma de Omulu já estavam abertas e nunca mais iriam fechar.

Essa fase de sua vida iria marcá-lo para sempre, fazendo dele um deus amargo, solitário, pessimista, com tendências auto-destrutivas, Omulu costuma provocar doenças, que depois ajuda a curar graças à intervenção de Nanã.

É o pai dos que sofrem com problemas crônicos na pele, é o senhor das epidemias. Seus filhos, sem exceção, são hipocondríacos, melancólicos e negativistas. Incapazes de identificar os aspectos positivos das próprias desgraças para aprender com elas, as pessoas consagradas a Omulu vivem se queixando.

Isso claro, não os ajuda a sair das situações difíceis em que se envolvem, nas quais não faltam decepções, frustrações, desencontros amorosos. “Pesados”, carrancudos, sem nenhum charme ou elegância, afastam os poucos que tentam se aproximar.

Omulu usa uma vestimenta de palha-da-costa (capim claro e maleável), que vai até a cintura e lhe cobre o rosto. Inspira respeito, medo e é considerado um deus solitário.

Elemento: Terra

Dia: segunda-feira

Cor: vermelho 


OSSAIM 

“Kosi ewe, kosi orixá”, esse ditado popular do candomblé, que significa: “sem folhas não há orixás”, expressa bem a medida da importância das plantas, portadoras do axé, o poder e o princípio vital. Sem elas não haveria a vida. É por isso que Ossaim (ou Ossanha), deus das plantas, é tão venerado. Ossaim rege as plantas medicinais e tudo o que cresce livremente.

As folhas tem o dom de curar, matar, alucinar e acalmar. Produzem a fertilidade, mas também acabam com ela. Vem do reino vegetal as oferendas e os instrumentos dos orixás. E tudo isso depende do reino governado por Ossaim, que como seus filhos, é vegetariano.

Introvertidos e imprevisíveis, pais e filhos são no geral calados, discretos e cheios de mistérios. Muitos se tornam médicos ou cientistas, sob a benção do orixá. São pacientes, tolerantes e amam os animais. Principalmente os pássaros. Adoram brilhar e que tudo gire em torno de si, sua palavra-chave é a admiração.

Acima de tudo, porém, Ossaim e seus filhos prezam a liberdade, marca aliás, de todos os deuses das florestas. As pessoas consagradas a Ossaim são gentis e delicadas e possuem quase sempre uma saúde frágil. Na velhice, podem ficar mancos ou aleijados. Ossaim, por sinal, se faz acompanhar sempre por Aroni, anão de um braço, uma perna e um olho, que lembra o saci-pererê ou o Caipora.

Elemento: Terra

Dia: segunda-feira

Cor: verde

Signo: Leão 


OXALÁ 

Orixá maior na mitologia africana, seu nome significa Providência.

Contam as lendas que Oxalá, primeiro filho de Olorum, foi confiado a tarefa de criar o mundo. O deus supremo lhe deu um punhado de terra dentro de um camaleão e uma galinha de cinco patas para que ele executasse sem problemas a missão.

Mas Oxalá, sempre altivo e obstinado, recusou-se a fazer oferendas a Exu, o “mensageiro” do Candomblé, que jurou vingança e o deixou com uma sede terrível. Para saciá-la, Oxalá bebeu da seiva de uma palmeira e embriagado por ela, acabou se esquecendo da missão sagrada, então executada por Odudua, seu irmão mais novo e grande rival.

Quando a bebedeira passou, Oxalá, inconformado pela trapaça, foi contar a Olorum o que acontecera. Então o grande pai, para consolá-lo, encarregou-o de criar o homem e tudo o que povoa o mundo. Foi o que ele fez, modelou os corpos em argila e insuflou neles o Ar da vida.

No entanto, às vezes ele voltava a se embriagar com a seiva, mesmo durante o trabalho. Com isso, acabava esculpindo figuras deformadas ou as retirava do forno antes do tempo. Por esse motivo, todas as pessoas com defeitos físicos contam com a sua proteção.

Elemento: Ar

Dia: sexta-feira

Cor: branco

Signo: Capricórnio


OXALUFÃ

É a representação de Oxalá mais velho. Sempre calmo, é respeitado por todos os filhos e como todo bom pai experiente, é também um tanto teimoso.

continua...

Os Orixás - Os deuses africanos - Parte 2

IEMANJÁ

Quem já passou a noite de Ano Novo na praia certamente se encantou com a multidão vestida de branco que invade as areias, levando oferendas e acendendo velas para Iemanjá.

Rainha dos mares, mãe de todos os Orixás, ela recebe as homenagens dos que desejam um ano de fartura e tranquilidade. Senhora das ondas e das oferendas, rainha das marés, abre os caminhos pela atração, pois dizem que não há nada que exerça mais atração do que o mar.

À deusa das águas recorrem as mulheres que não conseguem engravidar, porque é Iemanjá quem controla a fertilidade, simbolizada em seu corpo robusto, forte, em seus seios volumosos e na aparência sensual, qualidades, aliás, de todas as suas “filhas”, que se revelam excelentes como donas de casa, educadoras e mães.

Generosas, prestativas, eficientes, as pessoas que tem Iemanjá como protetora são, em contrapartida, possessivas e ciumentas. Embora se mostrem tranquilas a maioria do tempo, podem se tornar verdadeiras feras quando perdem a paciência. Mais que isso, não perdoam ofensas com facilidade. Intrometem-se tanto na vida dos familiares que chegam a sufocar. Mas a intenção é sempre das melhores.

A origem mítica de Iemanjá é atribuída aos povos pertencentes ao tronco espiritual iorubá. Na Nigéria, a noroeste da capital nacional, Lagos, está “Ilé-Ifé”, a antiguíssima cidade sagrada do mundo iorubá e lugar de nascimento, segundo a lenda transmitida oralmente desde remotas épocas, de todos os orixás.

Identificada com a água do mar, Iemanjá ocupa um lugar especial por ser considerada a matriz geradora de quase todos os orixás, sendo portanto símbolo da maternidade e procriação. Segundo a religião iorubá, Iemanjá deu à luz a maior parte dos orixás que encarnaram forças da natureza e estão associados a múltiplas atividades desempenhadas pelo ser humano.

Iemanjá chegou à América durante o período da escravidão. Cruzou o Atlântico com os africanos iorubás, os quais mantiveram aqui (Brasil, Uruguai, Equador, etc.) suas crenças, mesmo sendo vítimas de um grande processo de cristianização compulsiva.

Os africanos escravizados procedentes de outras vertentes culturais professavam religiões muito similares a iorubá, que só se diferenciavam em alguns pontos, já que todas coincidiam nos mesmos núcleos ideológicos e na identificação de seus deuses.

A convivência em cativeiro promoveu o assentamento de uma religião unificada, baseada na visão comum a todos os africanos e centrada fundamentalmente nos orixás do grupo iorubá, o qual exerceu maior influência cultural sobre o conjunto.

Os contingentes africanos que trouxeram sua cultura e religiosidade à América, começaram a predominar, mesmo diante dos brancos católicos dominantes e também dos indígenas, suas própias tradições religiosas.


Elemento: Água

Dia: sábado

Cores: azul, branco e verde

Signo: Peixes


LOGUM-EDÉ 

Este orixá flerta com homens e mulheres. Conta a lenda que o filho de Oxum Okê e Oxóssi, sempre buscando o equilíbrio, tomou uma poção mágica para viver seis meses na forma de mulher, com sua mãe e seis meses como homem, com o seu pai. A lenda nos mostra que a dificuldade de Logum é a escolha. Sua palavra-chave é a opção.

Elemento: Água

Signo: Libra


NANÃ

Nanã, senhora de muitos búzios, que simbolizam fecundidade, riqueza e morte, é a entidade mais antiga da candomblé. É associada ao barro com que foi moldado o primeiro homem, ao fundo de rios e mares, às águas paradas e aos pântanos.

É o ponto de contato entre as águas e a terra. Suas filhas tem um temperamento introvertido. Ativas e severas, gostam de ordem e limpeza. São discretas, cumpridoras de suas promessas e adoram crianças.

Elemento: Água

Dia: sábado

Cores: azul-escuro e branco. 


OBÁ

Presidido por Diana, a caçadora, deusa virgem da batalha e da luta, sua palavra de ordem é auto-suficiente.

Signo: Virgem. 


OBALUAIÊ

Está vinculado à morte e às doenças, mas tem também o poder da cura. Apresenta-se sempre com o rosto coberto de palha-da-costa.

Signo: Escorpião


OGUM

Quando você deparar com uma pessoa cheia de vontades, briguenta, que não se importa nem um pouco em apelar para a violência, pode ter certeza de que estará diante de um filho de Ogum.

Guerreiro, comandante de exércitos que aniquilaram nações inteiras, ele é o macho viril que não admite relacionamentos homossexuais, ao contrário dos outros orixás.

Corajoso e forte, Ogum é um deus sanguinário, intolerante e é um viril lutador. Aquilo que se costuma chamar de um homem bruto.

Seu passado de militar o capacita a enfrentar os momentos mais difíceis. Quem já o invocou nessas horas sabe que ele nunca falta. “Baixa” de modo rápido e violento, o corpo se movimenta ao som e ao ritmo da dança guerreira, brandindo a espada no ar. Ele age como se estivesse em meio à mais terrível das batalhas.

Detentor dos segredos do ferro, Ogum é o orixá dos processos técnicos e da civilização. Foi com o ferro que se fez o arado, por exemplo, permitindo que nações inteiras cultivassem a Terra e matassem a fome.

Ogum é também considerado irmão gêmeo de Exu. De fato, há muita semelhança entre ambos, principalmente na coragem e na agitação.

Contam que foi Ogum quem se rebelou contra a dominação das mulheres, encabeçada por Iansã, e delas roubou o poder sobre os mortos. Chegou até mesmo a maltratar Oxum.

Associado a São Jorge, protetor dos que trabalham com ferramentas, ele não descansa enquanto não obtém o que deseja e da maneira como quer. Sua palavra-chave é a ação.

Elemento: Terra

Dia: terça

Cores: vermelho, verde e azul

Signo: Áries.


OLORUM

Olorum não é propriamente um orixá. Não tem filhos na Terra e por isso não se manifesta, isto é, não “baixa” em ninguém. Não participa do cerimonial do candomblé, não exige oferendas nem comidas caprichadas ou vestimentas especiais. Na verdade Olorum, que alguns chamam de Olodumaré, está acima dessas e de outras necessidades.

Senhor de todas as coisas, ele é o princípio criador. Sem sua permissão, Odudua, orixá que se apresenta ora como homem ora como mulher, não teria gerado o mundo, nem Oxalá poderia dar vida aos orixás e aos homens.

Ele não é homem nem mulher, não tem características humanas, nem se envolve nos problemas do dia a dia. Sua única ligação com os homens acontece por intermédio dos orixás e do arco-íris, que ele criou especialmente para esse fim, em apenas quatro dias. Depois, retirou-se para o merecido descanso.

Elemento: Ar


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Os Orixás - Os deuses africanos - Parte 1


O século XVIII ia chegando ao fim. As idéias liberais de “Igualdade, Liberdade e Fraternidade”, que levariam à Revolução Francesa, conquistavam o mundo e encontravam um eco também no Brasil, onde os senhores das terras e escravos, revoltados com os altos impostos cobrados por Portugal e a pesada carga de trabalho, começavam a ensaiar a independência.

Claro que essa “liberdade” não se estendia aos negros, que há mais de 200 anos vinham construindo a riqueza do Brasil Colônia. Cansados dos maus tratos – que incluíam castração, amputação dos seios e emparedamento de gente viva – eles fugiam e formavam os Quilombos, aldeias encravadas nas matas brasileiras, onde tentavam reconstituir a vida que levavam na África.

Foi nesse clima tenso de rebeliões, revoltas e idéias novas que as divindades africanas chegaram ao Brasil, encarnadas no corpo e na fé do povo iorubá.

Esses negros, que viajaram para cá amontoados nos porões dos fétidos navios negreiros, foram tratados e vendidos como animais, a peso de ouro, nos locais onde desembarcaram – Rio, Recife e Salvador. E no entanto, não deixaram de expressar sua devoção aos orixás e cultuá-los nas fazendas para onde foram conduzidos.

Aos domingos e dias santificados, reuniam-se em festas que aos senhores pareciam danças inocentes e alegres batuques. Na verdade, ali estava nascendo o Candomblé brasileiro. Para não levantar suspeitas nem atrair a ira dos senhores católicos, os negros associaram cada orixá a um santo da Igreja Romana. Jesus e alguns santos católicos chegaram mesmo a ser incorporados à religião africana, numa prática que ficou conhecida como Sincretismo Religioso.

Mas as diferenças entre cristianismo e candomblé são profundas. No candomblé não há bem e mal, e sim qualidades e defeitos que devem ser respeitados por expressarem aspectos dos orixás. E em vez de um só Deus, autoridade suprema, a religião africana tem vários orixás. Os de maior poder assumem formas diferentes, aparecem ora como velho, ora como novo, às vezes como rei, etc.

Essas entidades vivem no órun, reino sobrenatural refletido no aiyé, nosso mundo material. Aqui elas se manifestam na natureza e nos seres humanos, que herdam suas características físicas e psicológicas.

Respeitar os atributos dos orixás e homenageá-los regularmente, segundo o candomblé, traz ao homem força e saúde para viver as infinitas encarnações que lhe estão reservadas no planeta Terra.

Todas as divindades negras, que chegaram aqui para aliviar o sofrimento dos escravos africanos, também são associadas aos quatro elementos: o Ar, a Terra, a Água e o Fogo, por isso, os orixás contém toda a magia que comandam as forças da natureza.


 IANSÃ
 
Afirmar ninguém pode, mas é possível especular que o movimento feminista nasceu sob as bênçãos de Iansã. Determinada, corajosa e ativa, ela é forte, carismática, dona de uma personalidade ímpar. Essas qualidades, associadas a uma sensualidade intensa, funcionam, em relação aos deuses e aos homens, como verdadeiros imãs. Não há quem não se sinta atraído pela graça, pelo charme e pelas maneiras decididas de uma filha de Iansã.

Volúveis, mãe e filhas não hesitam em dar corpo e coração aos muitos homens por quem frequentemente se apaixonam. Hoje um, amanhã outro, elas seguem as ordens do próprio desejo, sem medir consequências e sem se sentirem intimidadas por isso. Ousadas, não tem medo de correr riscos. Ao contrário, preferem os desafios e dão conta das tarefas mais impossíveis.São conquistadoras inveteradas, capazes de mudar o destino dos homens.

Contam as lendas que Iansã chefiava uma sociedade secreta de mulheres, as quais mantinham os maridos sob domínio. Mas um dia elas se rebelaram e Iansã, chamada de Oiá, fugiu para longe, para onde vivem os mortos, os Eguns, e lá se tornou rainha. Por isso, é a única divindade que não tem medo da morte. Para ter direito à maternidade, ela foi possuída à força por Xangô, com quem teve nove filhos. Oito mudos e um de voz não decifrável, quase animal. Iansã abandonou a todos.

Ciumenta, irrequieta, impetuosa, autoritária e temperamental, a rainha dos raios, em contrapartida, é uma esposa extremamente dedicada, mas nunca submissa, ao contrário, num relacionamento, quem dá as cartas é ela. Líder nata, sabe se impôr e ganhar o respeito das outras mulheres, à força, se preciso, pois Iansã não foge à luta. Livre de preconceitos e mil anos na frente, seu segredo é mutação.

Dona do vento da morte, divindade da floresta e das tempestades, é associada a Santa Bárbara católica. Mas basta fitar os olhos doces da santa, para perceber, que as duas são muito diferentes. Orixá do movimento, do fogo, do sexo e dos raios, Iansã representa a continuidade das gerações. É ela a deusa que domina os ventos, os raios e as tempestades. Sabe defender o que é seu e demonstrar todo o seu grande amor e alegria. 

Elemento: Fogo

Dia: quarta-feira

Cor: vermelho

Signo: Escorpião e Aquário


EXU

Os Exus são provavelmente, os mais temidos dos orixás e os mais injustiçados. Isso porque estão associados ao cruel e implacável demônio da tradição cristã, a mais terrível das criaturas. Mas os Exus não são nada disso.

Alegres e irreverentes, seus 21 tipos conhecidos, adoram brincadeiras. Boêmios, costumam aparecer só depois da meia-noite. E vêm a mil, exigem bebida, mexem com as mulheres e provocam todo mundo. Porque os Exus, assim como as Pombas-Giras, seu princípio feminino, vivem a sensualidade sem a menor cerimônia.

Mas não é só a descontração a marca principal dessas entidades. Elas também são briguentas, mentirosas, zombeteiras e veneram a preguiça. Insolentes e provocadoras, não tem meias palavras. E ai de quem as menosprezar por isso! No mínimo, não vai poder falar com nenhum outro orixá.

Isso porque os Exus são espécies de “mensageiros” no candomblé. São eles que levam às altas entidades os pedidos dos seres humanos. Em troca de bebida forte, galinha preta, bode e farofa, eles abrem qualquer caminho. É a eles que se recorre quando não há mais nenhuma esperança. Mas não trabalham de graça. A única lei que respeitam sem reservas é a do dinheiro.

Não há o que eles não façam pelo chamado vil metal. Acabam com casamentos, aproximam amantes, arruinam negócios, seduzem os namorados ou namoradas mais renitentes.

O que não quer dizer que entrem na dança do vale tudo, onde não há princípios nem justiça. A seu modo, eles são justos, capazes das façanha mais ousadas para atender aquilo que até então se julgava impossível. Inteligentes, de raciocínio rápido, não há quem consiga passá-los para trás. E se acaso isso acontecer, a pobre vítima vai se arrepender para sempre, os Exus são, sobretudo, vingativos.

A ligação da imagem deles com o diabo, torna praticamente impossível o surgimento de filhos de Exu. Se ele preside a cabeça de alguém, porém, capricha nos dotes, dá inteligência, alegria, vivacidade. Mas a verdade é que todos os seres, deuses ou homens, têm seu Exu particular. Sem ele, ninguém teria a consciência de estar vivo, ou seja, não desfrutaria a vida.

Elemento: Fogo

Dia: segunda-feira

Cores: branco e azul

Signo: Gêmeos


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As Religiões do Mundo - O Candomblé


Os orixás são ancestrais divinizados do Candomblé – religião trazida da África no século XVI.

Entre mais de 200, apenas 12 deles são cultuados no Brasil.

O culto é celebrado pelo pai-de-santo, chefe do terreiro onde a cerimônia acontece, e tem início o despacho de Exú. Começa então, o toque dos tambores que marcam o rítmo de uma dança de roda para que os filhos-de-santo incorporem seus orixás. Passam a receber dos participantes pedidos de ajuda e de proteção. A duração mínima do ritual é de 2 horas.

Nota: “Orixás”, by Pierre Verger.

OLORUM – Olorun, Olodumare
IFA
– Orunmila, Orunla, Ifa (preto-velho)
EXU
– Eshu, Esu, Echu
IBÊJI
– Ibeji, Taiwo, Kehinde (crianças)
NANÃ
– Nana Buruku
OBALUAIÊ
– Sanpanna, Babalu aye, Obaluaé, Omolu
OXALÁ
– Obatalá, Orisanla in Africa, Oshalufon, Oshaguian, Oduduwa, Oshala. OGUM Ogun, Ogu, Ogum – Balogun
OSSAIM
– Osanyin, Osain (omiero)
OXÓSSI
– Osoosi, Oshosi, Oxossi – caçador
OXUMARÉ
– Osumare, Ochumare
XANGÔ
– Shango, Sango Chango – rei guerreiro
IANSÃ
– Oya, Yansa, Iansa
IEMANJÁ
– Yemoja, Iyemanja, Yemaya
OXUM
– Osun, Oshun
OBÁ
– Oba

Continua...

A Divisão do Cristianismo

No século XVI surge entre os católicos um movimento que reivindica a reaproximação da Igreja do espírito do Cristianismo Primitivo. A resistência da hierarquia da Igreja leva os reformadores a constituírem confissões independentes.

Os principais reformadores são Martinho Lutero e João Calvino, no século XVI. A Reforma difunde-se rapidamente na Alemanha, Suíça, França, Holanda, Escócia e Escandinávia.

No século XVI surge a Igreja Anglicana e, a partir do século XVII, as igrejas Batista, Metodista e Adventista. As igrejas nascidas da Reforma reúnem cerca de 450 milhões de fiéis em todo o mundo.

Nota: Martin Luther King Jr. (1929-1968) foi um pastor protestante e ativista político norte-americano. Membro da Igreja Batista, tornou-se um dos mais importantes líderes do ativismo pelos direitos civis (para negros e mulheres, principalmente) nos Estados Unidos e no mundo, através de uma campanha de não-violência e de amor para com o próximo. Se tornou a pessoa mais jovem a receber o Prêmio Nobel da Paz em 1964, pouco antes de seu assassinato. Seu discurso mais famoso e lembrado é “Eu Tenho Um Sonho”.


Reforma na Inglaterra

Começa em 1534 com o rompimento do rei da Inglaterra, Henrique VIII, com a Igreja Católica. O rei passa a ser o chefe supremo da Igreja Anglicana ou Episcopal e o seu líder espiritual é o arcebispo de Canterbury. Da Inglaterra, difunde-se para as colônias, especialmente na América do Norte.

As igrejas Católica e Anglicana são semelhantes quanto à profissão de fé, a liturgia e os sacramentos, mas a igreja episcopal não reconhece a autoridade do papa e admite mulheres como sacerdotes. A primeira mulher a exercer o ministério episcopal é a reverenda Barbara Harris, da diocese de Massachusetts (EUA), consagrada em 1989.


Doutrinas dos Reformadores

Os pontos centrais da doutrina de Lutero são a justificação de Deus só pela fé e o acesso ao sacerdócio para todos os fiéis. Calvino acrescenta a doutrina da predestinação dos fiéis. As diferenças doutrinais entre os dois dão origem a duas grandes correntes: os luteranos e os calvinistas.

A Reforma abole a hierarquia e institui os pastores como ministros das igrejas. As mulheres têm acesso ao ministério e os pastores podem se casar. A liturgia é simplificada e os sacramentos praticados são o batismo e a ceia.


OS SACRAMENTOS

São sete os sacramentos adotados pela Igreja Católica: batismo, confirmação do batismo (ou crisma), confissão (ou penitência), eucaristia, ordem (sacerdotal), matrimônio e unção dos enfermos.

Já a Igreja Anglicana os divide em sacramentos maiores (batismo e ceia) e menores, a seguir:

A Igreja Episcopal é uma igreja sacramental. Os sacramentos são sinais externos e visíveis de uma graça interna e espiritual, dados por Cristo como meios seguros para receber esta graça.

Os sacramentos expressam a crença da igreja na natureza sacramental do universo e da vida, significando que Deus está presente e atuante na criação em todos os seus aspectos. Esta verdade foi expressa de maneira definitiva pela entrada de Deus na história humana como homem em Jesus Cristo.

Existem dois sacramentos: o Santo Batismo e a Santa Eucaristia. Esses dois sacramentos foram ordenados por Cristo como necessários para a salvação, ou seja, são os principais meios de graça sacramental para aqueles que aceitam o evangelho redentor de Jesus Cristo.

Há outros ritos, chamados também de sacramentos menores, tradicionalmente aceitos e reconhecidos pela igreja. Embora não tenham sido especificamente ordenado por Jesus, a Igreja Episcopal os reconhece como tendo também caráter sacramental.

São cinco os sacramentos menores: a Confirmação, a Penitência, as Ordens Ministeriais (bispo, presbítero e diácono), o Matrimônio e a Unção dos Enfermos.

Martinho Lutero (1483-1546)

Nasceu em Eisleben (no atual Estado Saxônia-Anhalt), Alemanha, em uma família camponesa e morreu no mesmo lugar com 63 anos. Em 1501 ingressa na Universidade de Erfurt (no atual Estado Livre da Turíngia), onde estuda artes, lógica, retórica, física e filosofia e especializa-se em matemática, metafísica e ética.

Entra para o mosteiro dos eremitas agostinianos de Erfurt em 1505, torna-se sacerdote e teólogo. Denuncia as deformações da vida eclesiástica em 1517. 

Acusado de herege, é excomungado pelo papa Leão X e banido por Carlos V, imperador da Alemanha, em 1521. Escondido no castelo de Wartburg e apoiado por setores da nobreza, traduz para o alemão o Novo Testamento. 

Abandona o hábito de monge e casa-se com a ex-freira Catarina von Bora, em 1525.

Reformador religioso, viveu e fez suas pregações em 33 cidades, entre elas:

Wittenberg onde ensinou por 36 anos;
Leipzig, onde a famosa disputa teve lugar;
Erfurt, onde Lutero estudou e ensinou, enquanto era monge;
Worms, onde foi convocado perante a Dieta Imperial e declarado apóstata;

Coburgo, onde viveu em sua fortaleza;
Augsburg, onde foi publicada a profissão de fé luterana;
Nuremberg, a primeira cidade imperial a aceitar a Reforma.


João Calvino (1509-1564)

Nasce em Noyon, França, filho de um secretário do bispado da cidade. Em 1523 ingressa na Universidade de Paris, estuda latim, filosofia e dialética.

Forma-se em direito e, em 1532, publica dois livros sobre a clemência ao imperador Nero, obra que assinala sua adesão à Reforma. Em 1535, já é considerado chefe do Protestantismo francês.

Perseguido pelas autoridades católicas refugia-se em Genebra. Organiza uma nova igreja, com pastores eleitos pelo povo, e o Colégio Genebra, que se torna um dos centros universitários mais famosos da Europa. 


Pentecostalismo 

Surge em 1906 no interior das igrejas reformadas dos EUA e difunde-se rapidamente pelos países do Terceiro Mundo. Os primeiros missionários do pentecostalismo chegam ao Brasil em 1910 e rapidamente conquistam grande número de fiéis.

As igrejas pentecostais são as que mais crescem na América Latina. Dão ênfase à pregação do Evangelho, às orações coletivas, feitas em voz alta por todos os fiéis; aos rituais de exorcismos e de curas, realizados em grandes concentrações públicas.

A Assembleia de Deus é uma denominação evangélica, sendo a maior do Brasil no ramo pentecostal e uma das maiores no mundo. Daniel Berg (1884–1963) fundou as Assembleias de Deus no Brasil em 18 de junho de 1911, juntamente com Gunnar Vingren e 18 crentes batistas de Belém (PA) que creram na doutrina do batismo no Espírito Santo.

A Congregação Cristã no Brasil é uma comunidade religiosa cristã de origem norte-americana que está presente em território nacional desde 1910 trazida pelo ítalo-americano Louis Francescon.

Igreja Universal do Reino de Deus – IURD (www.igrejauniversal.org.br) é uma igreja cristã evangélica neopentecostal, com sede no Rio de Janeiro, no Templo da Glória do Novo Israel. Fundada em 09/07/1977, por Edir Macedo, tornou-se o terceiro maior grupo pentecostal do Brasil e está presente em diversos países.

Na internet a instituição possui o Portal Arca Universal (www.arcauniversal.com) e, na mídia escrita, o jornal Folha Universal e a revista Plenitude, de tiragem mensal. Há também os jornais Correio do Povo de Porto Alegre e o Hoje em Dia, de Minas Gerais, emissoras de rádio e TV (Record) que não têm cunho religioso.

A Editora Gráfica Universal é responsável pela publicação de livros escritos ligados à IURD.

Nota: Alvo de críticas, a Igreja Universal afirma que é alvo de perseguições na grande imprensa brasileira, em especial da Rede Globo.


Igreja Internacional da Graça de Deus (www.ongrace.com), igreja dissidente fundada pelo Missionário R. R. Soares, cunhado de Edir Macedo e co-fundador da IURD. Atualmente, possui um programa televisivo denominado Show da Fé, que é transmitido em horário nobre na Rede Bandeirantes e nas tardes e madrugadas da RedeTV.

Igreja Mundial do Poder de Deus (www.impd.com.br) é uma igreja evangélica de tendência neopentecostal, dissidente da Igreja Universal do Reino de Deus. Foi fundada na cidade de Sorocaba em 9 de março de 1998 pelo Valdemiro Santiago, (ex-bispo da IURD).
Igreja Apostólica Renascer em Cristo (www.renascer.org.br) é uma denominação protestante neopentecostal fundada em São Paulo, em 1986, por Estevam Hernandes e Sônia Hernandes. A Igreja Renascer possui uma rede de TV (Rede Gospel, com a maior torre de televisão de São Paulo), uma gravadora, rede de rádio (Gospel FM, em SP), uma editora e uma linha de confecções.

A Renascer é a segunda maior denominação neopentecostal brasileira. A igreja é conhecida também por pregar suas crenças religiosas através de programas e clipes de música gospel (www.igospel.org.br), aliás, a Igreja Renascer é detentora dos direitos da marca “Gospel” no Brasil.

A Justiça dos Estados Unidos determinou o fechamento de templos da Igreja Renascer em Cristo, de propriedade do casal, no estado da Flórida. Hoje, apenas uma sede permanece aberta em Deerfield Beach, nas cercanias de Miami, batizada de “Reborn in Christ”.

Irregularidades na licença de funcionamento e falta de clareza nas arrecadações de fundos motivaram a interdição. Nos EUA, as igrejas também são isentas de imposto de renda, mas têm de prestar contabilidade ao fisco sobre a origem e o uso dos recursos arrecadados com os fiéis. Uma das acusações da Justiça é que o casal usava as igrejas como fachada para um esquema de lavagem de dinheiro proveniente do Brasil.

As Religiões do Mundo - Cristianismo


Podemos dividir o Cristianismo em grandes denominações religiosas:
  1. Católica
  2. Ortodoxa
  3. Anglicana ou Episcopal
  4. Protestante ou Evangélicos
O Catolicismo tem como chefe supremo secular o Papa.

O Protestantismo (nome que se deve a Martinho Lutero, reformador religioso do século XVI), este segmento não tem um chefe geral. As grandes igrejas são dirigidas por pastores, bispos, presbíteros, de um modo geral. Há excessões.

A Ordotoxa, muito parecida com o catolicismo (este segmento é o que mais se parece com a igreja de constantinopla, no tempo bizantino. Por ter se separado da igreja romana, ela manteve suas doutrinas puras, sendo posteriormente denominada ortodoxa ou extremo-conservadora), tem como chefe maior o Patriarca.


A História

Segundo a tradição, aos 30 anos Jesus reúne discípulos e apóstolos e começa anunciar a boa nova (o evangelho, em grego): a realização das profecias sobre o Messias (Cristo, em grego) e a instauração do reinado de Deus sobre o mundo a partir de Israel.

Considerado blasfemo, é submetido a um processo religioso (por estudos atuais de teológos e historiadores, sabe-se que o julgamento teve muitas falhas tanto jurídicas, políticas quanto religiosas) e acusado de conspirar contra César. É crucificado quando Tibério é o imperador de Roma e Pôncio Pilatos o procurador da Judeia.

Quarenta dias após sua morte, durante a festa de Pentecostes, os discípulos anunciam que ele ressuscitará e os enviará a pregar por todo o mundo a boa nova da salvação e do perdão dos pecados. Esse é considerado o início da difusão do Cristianismo.


Doutrina Cristã

A fé cristã professa que o Deus revelado a Abraão, a Moisés e aos profetas, envia à Terra seu filho como messias e salvador. Ele nasce numa família comum, morre, ressuscita e envia o espírito santificador (Espírito Santo) para permanecer no mundo até o fim dos tempos.

A mensagem cristã se baseia no anúncio da ressurreição de Cristo, na garantia de que a salvação é oferecida a todos os homens de todos os tempos e na mensagem da fraternidade, à semelhança do amor que o próprio Deus dedica a todos os homens.


Bíblia Cristã

A Bíblia é composta pelo Antigo Testamento e pelo Novo Testamento. Este é formado por quatro Evangelhos com relatos sobre a vida, mensagem e milagres de Jesus, escritos entre 70 e 100 d.C. e atribuídos aos discípulos Mateus, Marcos, Lucas e João; o livro dos Atos dos Apóstolos (enviados, em grego); as cartas atribuídas a Paulo e a outros discípulos; e o Apocalipse, que contém visões proféticas sobre o fim dos tempos, o julgamento final e a volta de Jesus.

Deve-se entender que esses evangelhos foram atribuídos como o Evangelho como resultado de vários concílios, sendo que o mais famoso e o mais polêmico, foi o concílio de Nicéia, onde, por votação de 11 contra 10, Jesus foi oficialmente feito filho de Deus, como hoje se entende e é pregado.

Existem outros evangelhos, sim. Mas estes são denominados como apócrifos ou não-contendo o compêndio doutrinário necessário ou coerente com o que foi determinado nos concílios de Roma. 

Igreja Cristã

Desde o início o cristianismo organiza-se como igreja (do grego ekklesía, reunião), sob a autoridade dos apóstolos e dos seus sucessores. Estes nomeiam anciãos (presbíteros, em grego) para dirigir as novas comunidades.

Muito cedo surgem os grupos de servidores (diáconos, em grego) para a assistência aos pobres das comunidades. Aos poucos se estrutura uma hierarquia: os reponsáveis pelas comunidades são os bispos (do grego, episcopos, supervisor) auxiliados pelos presbíteros e diáconos.


Expansão do Cristianismo

Os discípulos espalham-se pelas regiões do Mediterrâneo, inclusive Roma, e fundam várias comunidades. Nos três primeiros séculos, os cristãos sofrem grandes perseguições, primeiro das autoridades religiosas do Judaísmo e, a partir do século I depois de Cristo, dos romanos.

Durante o reinado dos imperadores Nero, Trajano, Marco Aurélio, Décio e Diocleciano, milhares de cristãos são mortos por se recusarem a adorar os deuses do Império e a reconhecer a divindade do imperador.

Em 313 o imperador Constantino converte-se ao Cristianismo, que expande-se por todo o Império. Até o século XI, duas grandes tradições convivem no interior do Cristianismo: a latina, no Império Romano do Ocidente, com sede em Roma, e a bizantina, no Império Romano do Oriente, com sede em Constantinopla (antiga Bizâncio e atual Istambul).

Em 1054, controvérsias teológicas, entre elas a da doutrina da Santíssima Trindade, provocam a ruptura entre as igrejas do Oriente e do Ocidente, que se excomungam mutuamente. O ato só é anulado em 1965, em encontro entre o patriarca oriental Atenágoras I e o papa Paulo VI.


Continua...




Os Símbolos Judaicos

Festa de Bar-Mitzva. Quando uma criança judia atinge a sua maturidade (aos 12 anos de idade, mais um dia para as meninas; e aos 13 anos e um dia para os rapazes), passa a tornar-se responsável pelos seus atos, de acordo com a lei judaica. Nessa altura, diz-se que o menino passa a ser Bar Mitzvá ( בר מצוה , "filho do mandamento"); e a menina passa a ser Bat Mitzvá (בת מצוה, "filha do mandamento").


Dia do Perdão (data móvel, por conta do calendário lunar) – “Yom Kipur” ou, em hebraico, o “Shabat HaShabatot” (Sábado dos Sábados). Data dedicada ao arrependimento e ao perdão, o Yom Kipur é um dia sagrado do calendário judaico, uma das datas mais importantes do Judaísmo. O feriado começa no pôr do Sol que dá início ao décimo dia de Tishrei (sétimo mês do calendário judaico) e continua até o final da tarde seguinte. O Tishrei corresponde no calendário gregoriano a um período compreendido entre os meses de setembro e outubro.

Torá (Lei, rolo, Livro Sagrado) – A palavra lei indica o conjunto de leis e determinações religiosas e civis, colecionadas no Pentateuco. Os israelitas usam o termo Torah que na forma causativa significa instruir. O termo Torah indica toda espécie de determinações, não necessariamente jurídicas, dadas por Javé, através de sacerdotes ou profetas (Is 8, 20; Jer 2, 8).

O Torá é a Bíblia dos judeus. A quinta letra do alfabeto hebraico, Hei, representa Deus e os cinco livros do Torá (analogia com o Tarô: O Hierophante).

A Menorá ou “Menorah” é um candelabro de sete braços e uma das características mais importantes do Tabernáculo e dos Templos. Também é o emblema oficial do Estado de Israel, cuja forma teria sua origem na planta de sete galhos moriá (um tipo de sálvia), conhecida desde a Antiguidade. Os ramos de oliveira dos dois lados representam o anseio de Israel por paz. E os dutos onde é acendida o fogo do candelabro é inspirado na amendoeira, que representa resistência e pureza.

A menorá de ouro era um dos principais objetos de culto no Templo do Rei Salomão, em Jerusalém. Através dos tempos, ela tornou-se um símbolo da herança e tradição judaica, em sem número de lugares e com grande variedade de formas.

O Candelabro, por sua vez, simboliza luz, salvação e iluminação espiritual. Na Idade Média, o candelabro de sete braços já representava o Judaísmo.

Sinagogas – com a destruição do segundo templo de Jerusalém, casas transformaram-se em centros comunitários, com funções sociais na qual crianças estudavam. 

“Maguen David” é a estrela de 6 pontas que representa a união dos contrários, opostos, a interação entre o masculino e o feminino, entre o visível e o invisível, da água com a terra e do fogo com o ar. Entre os judeus é um símbolo de fé. Conhecido também por Hexagrama ou ainda pelo nome “Estrela de Davi”, a qual está na bandeira do Estado de Israel.

O Pentagrama – estrela de 5 pontas, conhecido também por Pentáculo, “Triângulo de Salomão” ou “Selo de Salomão” (símbolo de Salomão), signo do infinito e do absoluto, é um dos antigos símbolos que representa o homem. Do grego “pente” que quer dizer cinco e “gramme” que quer dizer linha, é o signo do microcosmo; da unidade.

Sua simbologia exprime a dominação do Espírito sobre os elementos e os elementais. Representação da união do 2 (princípio feminino terrestre) com o 3 (princípio masculino celeste). O número 5 é um número de transição e passagem, pois sucede o 4 que é um número completo mais a adição do 1 que é o número do começo. O 5 sempre é um número de multiplicidade e irradiação, e tal fato se dá, porque sua base concreta é o 4, por isso que representa um número de realização.

O Pentagrama investe-nos de uma vontade capaz de intervir na Luz Astral, que nada mais é que a alma física dos quatro elementos, os espíritos elementais, tornando-se submissos a esse símbolo.


Um pouco mais sobre o significado da Estrela de Cinco Pontas

Uma estrela de 5 pontas é um pentagrama, geralmente, mas quando não contém o pentágono em seu interior, ou é colorido por cores específicas, tem outros significados. O pentagrama aparece em amarelo nos Símbolos Nacionais da Etiópia e em verde (cor tradicional do Islã) no Marrocos, por exemplo.

A estrela de 5 pontas aparece tanto em Bandeiras Nacionais como em Brasões de Armas de países africanos onde a maioria da população é cristã, como nas estrelas amarelas de Angola e Camarões, por exemplo, ou na branca de Togo. 

Igualmente em países árabes que professam o Islamismo, como nas estrelas amarelas de Burkina Faso e Mauritânia, na verde do Senegal, na branca da Somália, nas vermelhas da Argélia, Djibouti, Saara e Tunísia. Ainda em países de outros continentes, como nas estrelas verdes do Iraque e da Síria, ou na estrela branca da Turquia.

A estrela de cinco pontas preta aparece em Gana, Guiné-Bissau, São Tomé e Príncipe e, geralmente, simboliza a liberdade da África ou o próprio Continente Africano. A estrela de cinco pontas vermelha é um símbolo do Comunismo e amplamente do Socialismo. É muitas vezes interpretado como representação dos dedos das mãos do trabalhador, bem como os cinco continentes. É símbolo do Partido dos Trabalhadores (PT), por exemplo.

No Brasil, diversas bandeiras estaduais contém a estrela de cinco pontas que, geralmente, caracterizam o Estado no conjunto da Federação, cuja maioria remete à estrela que o representa, respectivamente, na Bandeira Nacional: Acre (vermelha), Amazonas (5 brancas), Goiás (5 brancas), Maranhão (branca), Mato Grosso (amarela), Mato Grosso do Sul (amarela), Pará (azul), Paraná (5 brancas), Pernambuco (amarela), Piauí (branca), Rio de Janeiro (2 prata e branca), Rio Grande do Norte (branca), Rondônia (branca), Roraima (amarela), Santa Catarina (branca), São Paulo (4 amarelas), Sergipe (5 brancas).


Livros e indicações interessantes:
  • Noções de Hebraico Bíblico – Paulo Mendes (Letras de como se escreve o hebraico)
  • Camões escreveu uma poesia em relação a Léa.
  • Machado de Assis escreveu sobre Isaur e Jacó.
  • O Talmud (Tao – ensinamento) é uma obra que relata vários temas discutidos pelos rabinos sobre o Torá. O Talmud foi escrito em aramaico – linguagem mais popular usada paralelamente com o hebraico – língua que Jesus falava.
  • Uma das Fontes: The Bible Odyssey on Israeli Stamps
    www.bible-study-online.juliantrubin.com/biblestamps.html
Há meio século, o grupo de visionários Leon Feffer, Manoel Epstein, Isaac Fischer, Rubens Frug, Moti Coifman, Maurício Fischer e Moti Frug, responsável pela ideia de criar um novo clube não imaginava que depois de poucas décadas a Hebraica seria o mais importante centro comunitário judeu do Brasil e um dos mais completos do mundo.

A HEBRAICA – Ponto de encontro da comunidade judáica, em São Paulo.
culturajudaica@hebraica.org.br – www.hebraica.org.br
Sinagoga “Beth-el” – Rua Martinho Prado, 175 – São Paulo




As Gerações dos Judeus

SEGUNDA GERAÇÃO – ISMAEL E ISAC 

Sara tinha uma escrava chamada Asgar, a qual serviu Abraão e teve um filho chamado Ismael. Entretanto, Ismael, primogênito de Abraão, só é considerado como primeiro filho para os muçulmanos.
Enquanto que para os judeus é considerado o primeiro filho de Abraão, Isac ou Isaac (que significa riso) – nome derivado da risada de Sara que não acreditou que teria um filho já com idade avançada. Quando Isac cresce, casa-se com uma mulher vinda de Ur, Rebeca.

Rebeca ou Ifica (que quer dizer ovelha), sente que em seu ventre os seus filhos gêmeos lutam e Deus diz à ela que de seus dois filhos nascerão dois povos, Isaur o mais velho servirá Jacó o mais novo.

TERCEIRA GERAÇÃO – ISAUR E JACÓ

Isaur é o primeiro neto de Abraão. Trabalha no campo, tem personalidade mais agitada, é mais materialista (visão com foco no presente). Casou-se com uma das filhas de Ismael (sua prima por parte de pai).

Jacó ou Iacof (em hebraico) = Israel (aquele que briga com Deus), tem uma personalidade introspectiva, é mais caseiro e esperto, tomou o direito de primogenitura (visão com foco futurista).

Jacó briga com o irmão Isaur e parte para Ur. Lá, Jacó casou-se com Léa e teve Rúben. Foi traído e teve que trabalhar 7 anos para ficar com sua amada, irmã mais nova de Léa, sua cunhada.

Já casado com Raquel, seu verdadeiro amor, teve José – seu filho preferido. Volta com toda a família para Canaã. Jacó morre no Egito, depois de 17 anos.


QUARTA GERAÇÃO – OS DOZE

Jacó tem 12 filhos homens com 4 mulheres: duas escravas, Léa e sua irmã Raquel. Os 12 filhos de Jacó formaram 12 tribos, sendo a principal a tribo de Judá ou Judah (daí vem os judeus).

As 12 tribos foram formadas em todo o território que compreende, hoje, o Estado de Israel, e ainda depois do rio Jordão, na região norte da Jordânia. Em ordem alfabética: Aser, Benjamim, Dã, Gade, Issacar, José, Judá, Levi, Naftali, Rúben, Simeão e Zebulão.


As 12 Promessas

Judá (teus irmãos te louvam), principal povo que se formou através dele ao sul. Judá gerou Tamar, Farés e Zara. Na cidade de Hebrom.

Levi (violência, espadas). De Levi veio o povo que cuidaria do sacerdócio e o serviço do tabernáculo (no tempo de Moisés) e do serviço do templo (designado pelo rei Davi e Salomão).

Simeão ou Simeon ou Shimon (violência, espadas). Ficou com a cidade Berseba.

Rúben ou Reuben ou Rubem, filho primogênito de Jacó com Léa. Ficou com o Monte Nebo.
 
Aser ou Asher (seu pão será abundante e ele motivará delícias reais, norte da Judéia.

Gade ou Gad, cidade de Sitim, do outro lado do rio Jordão

Naftali ou Naphtali ou Neftali (é uma gazela solta, de sua boca sairão palavras formosas), norte da Judéia.

ou Dan ou Daniel (julgador, serpente), montes ao norte da Judéia.
 
Benjamin (lobo voraz), tribo formada ao sul, em volta de Jerusalém

José ou Joseph – ramo frutífero (dupla fertilidade), dos seus braços vem a força de Jacó, bençãos dos céus e dos infernos. Efraim e Manassés ou Manasseh, filhos de José, nascidos no Egito, representaram a tribo de José depois da morte de Jacó.

Zebulão ou Zebulun ou Zebulom (servirá de porto para os navios), parte leste da judéia.

Issacar ou Issachar ou Isacaar (acomodado, preguiça). Aos pés do Monte Tabor.

 
José é biblicamente filho de Jacó e Raquel. José teria vivido no Egito entre 1.700 a 1.600 antes de Cristo. José tinha muitos sonhos. Seus irmãos vendem-no como escravo para uma caravana que estava indo para o Egito.

Ele decifrou o sonho do faraó: que os primeiros 7 anos seriam de abundância e os outros 7 seriam de miséria. E assim transformou-se em governador do Egito.

A mulher do administrador do faraó, Potifá, tenta seduzir José. Este esquiva-se para manter seu estatus. Ela furiosa, diz ao seu marido que José tentou seduzí-la. José vai para a prisão.

Depois, novamente por causa das interpretações dos sonhos, ele ganha fama, importância e fortuna no Egito.

A Bíblia enfatiza muito o lado que José está como presidiário (pobre) e depois a sua promoção por causa dos sonhos, dos desígnios de Deus.

Os dez filhos de Jacó vão para o Egito em busca de alimentos, a pedido do pai. José reconhece os irmãos, mas estes não, pois quando o viram pela última vez (quando venderam ele como escravo) ele era muito jovem. Ele disfarça e manda prender os irmãos julgando-os de espiões.

Depois de 3 dias José diz que um deles deveria continuar preso em prova de honestidade: Simeão, e manda todos de volta para Canaã levando comida para o seu povo, e que só libertaria Simião se lhe trouxessem Benjamim – o filho mais novo. 

Nota: o período de escravidão no Egito se deu entre 1.600 a 1.300 antes de Cristo.


A Escravidão no Egito

Cozem ou Bozem compreendia uma região dentro do Egito onde viviam tribos semitas (hebreus). Os faraós de origem semíticas são considerados hebreus.

Já os faraós de origem não-semíticas, pois não reconhecem os descendentes de Jacó e nem o que José fez pelo Egito, são aqueles que escravizaram todos os hebreus. 


As Crônicas dos Judeus

Entre 700 antes de Cristo até 700 depois de Cristo é o período de declínio de Israel.

Haviam 10 povos do norte que constituíam a antiga Israel e duas ao sul, Judá e Benjamim. Depois da destruição total do norte, Judá cresceu muito para continuar o povo judeu.

Algumas considerações históricas do período pré-estatal de Israel (história, reis):

As primeiras sementes plantadas sobre o Judaísmo foram por Moisés.

O Judaísmo tem 613 mandamentos que se dividem em o que se pode fazer ou não, os quais partiram dos 10 principais Mandamentos da Tábua de Moisés, escrita pelo dedo de Deus.

Ioshua ou Josué foi quem suscedeu Moisés. Josué separou doze pedras e, nelas, escreveu os nomes das doze tribos (Js 4:1-10). Ele foi o primeiro juíz de Israel.

O período dos Juízes e dos Profetas compreende entre 1200 ao ano 1000 antes de Cristo, quando profetas e juízes são os grandes líderes do povo (juízes, leis, sentenças aplicadas). O profeta Samuel seria o último juíz deste período.

A pressão e a vontade do povo é pela monarquia, assim foi escolhido o primeiro Rei Saú. O período da monarquia começou aproximadamente no ano 1.000 antes de Cristo.

Rabino Tito – século I depois de Cristo.

Maomé (Meca) aparece no ano de 700 d.C. com ele nasce o Islamismo.

Cabala significa tradição recebida, e é essencialmente mística. Só são iniciados os homens acima de 40 anos. Ela aparece no sul da França e na Espanha no século XIII, de forma mais evidente, mas ainda velada, sobre um forte escrutínio de escolha. Mas tarde os nobres franceses tentam obter seus conhecimentos que é quando ocorrem os primeiros trabalhos escritos sobre a cabala juntamente com a busca hermética no período medieval. Neste mesmo período, surgem as primeiras unversidades européias.

A Bíblia foi escrita em hebraico a primeira vez entre 1200 a 1125 a.C. Depois foi impressa em livro em 1480 d.C.

Fernando de Aragón e Isabela de Castela expulsaram os judeus da Espanha no período muçulmano de 1492. Existem controvérsias históricas, mas tudo leva a crer que seria por vontade de obter os poderes místicos prometidos a todo praticante cabalista. A partir daqui, historicamente, começa a corrida pela pedra filosofal que desembocaria na busca desmedida por ouro e território e por fim, a descoberta das Américas.

Aranel Ithil Dior