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Índio?! Quem É Primitivo? - Parte 1


Viver em comunidade, desfrutar o presente e nem saber o que é estresse. O cotidiano de uma tribo xavante tem muito a ensinar aos caras-pálidas civilizado. 

Lá na aldeia xavante onde mora, o Paulo tem lugar de destaque. Ele é cacique. Mas é difícil saber disso se ninguém contar, porque o Paulo não ostenta nenhum sinal especial. Na sua aldeia, a Wederã, no interior do Mato Grosso, o Paulo se veste como os outros, vive como os outros. Nenhuma distinção, nem mesmo o sobrenome, que lá ninguém tem, ou por ser mais velho que os demais (ele nem sabe a própria idade).

Se conhecesse o Paulo, você podia até achar que a vida dele é digna de um cacique. O sujeito faz as coisas quando tem vontade. Como quando está com fome, dorme quando está cansado, se diverte quando acha que é a hora, enfim, vive tranquilião, com uma expressão no rosto que lembra aquelas estátuas de Buda.

Depois de alguns dias convivendo com o Paulo e sua tribo, eu, já ansiosa com tanta serenidade, perguntei a ele se não havia nada que o deixasse estressado. Sua resposta não poderia ser mais desconcertante. "Não entendo direito o que é isso. Compreendo o significado da palavra, já me explicaram, mas não consigo saber o que é exatamente".

E não é só ele. Lá na aldeia, a vida do Paulo não é exclusiva do cacique, não. Todo mundo vive assim. Para eles, isso é a vida.

A aldeia Wederã abriga pouco mais de 50 pessoas, em um dos últimos trechos intactos de cerrado do Brasil. O primeiro contato com os brancos (warazu, na língua xavante) foi há apenas 60 anos e os mais velhos inclusive se lembram do encontro. Mas, apesar das havianas nos pés e dos shorts Adidas, Paulo e sua gente preservaram sua vida de índio.

Pouquíssimos falam português, os antigos rituais são realizados do mesmo modo e, o mais imortante, todos conservam o jeito de ser indígena que emocionou o antropólogo francês Claude Lévi-Strauss. No clássico Tristes Trópicos, ele descreveu assim, seu encontro com os nhambquaras:

"Pressentimos em todos uma imensa gentileza, uma profunda despreocupação, uma ingênua e encantadora satisfação animal e, reunindo esses sentimentos diversos, algo como a expressão mais comovente e mais verídica da ternura humana".

Bonito, né?!

Você deve estar se perguntando o que, afinal, esse papo de índio tem a ver com você. Muita coisa, se soubermos olhar com sensiblidae e sem preconceito para a vida desses povos. Calma, ninguém aqui está sugerindo que você abandone sua casa e vá viver no meio da floresta de short Adidas.

Vida de índio não é a melhor coisa do mundo. Não para nós, que nascemos e crescemos na cidade e gostamos dos confortos que a urbanização oferece. Mas basta acompanhar um dia da tribo, a vida comunitária e as brincadeiras das crianças, para ver que eles preservaram um jeito de ver a vida que parece atraente para qualquer ocidental bem-sucedido.


Por que somos assim?

É preciso olhar bem lá atrás na hstória para entender como ficamos tão diferentes. Bem lá atrás, mesmo, 10 mil anos atrás, que foi quando a humanidade inventou a agricultura, começou a criar animais e passou a viver em cidades. Foram passos importantíssimos para a humanidade, com consequências fundamentais.

À medida que nos civilizamos, nos refinamos com o passar dos séculos, fomos nos afastando de nossa dimensão mais primitiva, de animais integrados à natureza. E a natureza, de mãe, passou a inimiga. Isso os índios jamais perderam.

Esquecemos que somos bichos, passamos a acumular riquezas, inventamos a propriedade privada, a divisão do trabalho, as classes sociais. E, principalmente, trocamos de vez as pequenas comunidades, onde todos se protegiam e comungavam dos mesmos ideais, por sociedades maiores, com visões e "tribos" fragmentadas.


Um Por Todos

Sem dúvida tornamos-nos mais solitários. O modelo de família criado na Revolução Industrial, há 250 anos, e que prevalece até hoje, é extremamente reduzido, composto no máximo de pai, mãe e dois filhos. As cidades abrigam um exército de seres isolados. Só que o homem não nasceu para viver sozinho.

Nada mais distante da tribo Wederã. Ali, todos estão pela comunidade. E a comunidade está por todos. Todo dia, ao amanhecer e ao entardecer, os xavantes se reúnem para conversar. Nessa espécie de terapia em grupo, chamada warã, eles debatem os problemas do cotidiano.

Está com raiva de alguém. Sua casa precisa de reparos? A mulher anda muito briguenta? Ninguém arreda o pé do centro da aldeia enquanto não encontrar as melhores soluções.

Sem nunca terem ouvido falar em Freud, sacaram há muito tempo os benefícios de um bom diálogo. Nem os forasteiros escapam: qualquer um que chega de fora tem de se apresentar e contar alguns detalhes de sua história pessoal.

O warã é a sustentação da tribo. Não existe rancor, picuinha, pois tudo ali é discutido.


Continua...



Confúcio e sua Carreira


Quem quer galgar os degraus corporativos talvez ganhasse mais lendo Confúcio (551-479 a.C.), o grande filósofo chinês, do que os repetitivos manuais de conduta nas empresas.

Confúcio deu graça e sentido à alma chinesa num tempo em que a China era um caos bélico. Ele pregou a ordem num lugar em que a desorganização contumaz e violenta tumultuava o desenvolvimento do país e a rotina das pessoas.

Nenhum homem foi tão influente na história da China como ele.

O grande Confúcio, de quem se diz que tinha 2,30 metros, fez carreira notável como funcionário público no estado de Lu (hoje Xantung). Desistiu do cargo e abandonou a região quando viu que o soberano se entregara à devassidão.

O chefe de uma região rival enviara ao libertino 30 mulheres lindas com a intenção de tirar seu foco administrativo. A ação foi um sucesso, a despeito dos esforços de Confúcio. Quando ele viu que seu chefe estava mais interessado nas mulheres que no governo, foi embora. Lu arruinou...

Respeitar as regras da sociedade é um dos conceitos cruciais do confucionismo. Por trás disso havia o objetivo de coibir as múltiplas revoltas que atormentavam os chineses. É nesse área de sua doutrina que se podem encontrar, 2.500 anos depois, conselhos extremamente úteis para a sobrevivência na selva corporativa.


Algumas amostras:

"Depois de ouvir muita coisa, deixe de lado as duvidosas, diga as outras com moderação e você será pouco censurado.

"Depois de ter visto muito e considerado os exemplo dos antigos e dos modernos, deixe de lado o que pode ser perigoso e faça o resto com precaução.

"Se suas palavras atraem pouca censura e seus atos pouco arrependimento, os cargos lucrativos virão por si mesmos.

"Não lamente não ter um cargo e, sim, não se tornar digno dele. 

"Não sofra porque não o reconhecem, mas sim porque você não mereceu ser reconhecido.

"Aquele que em suas atividades procura unicamente seus interesses próprios provoca muitos descontentamentos, porque ele prejudica os interesses dos outros.

"Aquele que se apressa demais não vai longe, aquele que procura pequenas vantagens perde as grandes coisas.

"Sob um bom comando, fale francamente e aja abertamente. Sob um comando ruim, modere a língua.

"Quando você estiver diante de um homem distinto pela posição e virtude, evite três erros: Se você lhe dirige a palavra antes que ele lhe faça uma pergunta, é precipitação. Se, interrogado por ele, não responda rapidamente, é falta de clareza. Se você lhe falar antes de verificar se ele está prestando atenção em você, é cegueira".

Como Jesus, Sócrates e Buda, Confúcio não escreveu livros. Seus ensinamentos foram reunidos por discípulos. A essência de sua filosofia está nos Analectos, uma coletânea de reflexões.

Confúcio, como se disse, é interessante para quem está empenhado em fazer carreira numa empresa. Mas é ainda mais relevante para quem acha que a vida não é limitada por uma carreira.


FIM.:.



Referências Bibliográficas

Analectos, de Confúcio, ed. Martins Fontes e Pensamentos, 2000.




Boca Fechada - Parte 2


Talvez esse motivo não o inspire a jejuar, mas mostra que você pode aproveitar o dia do jejum para refletir e perceber novidades, como as próprias reações de seu organismo e da sua mente.

Jejuar pode servir para reeducar a alimentação. À medida que jejuamos com mais frequência, percebemos que ingerir alimentos leves antes e após os períodos sem comer facilita o jejum. O corpo se acostuma a processar comidas menos gordurosas e industrializadas e o aparelho digestivo começa a ficar mais tempo em descanso do que quando comemos muito.

Quando chega o dia do prato vazio, não sentimos tanta fome quanto nas primeiras vezes em que vivemos nosso dia de faquir. E de quebra ganhamos alguns dias a mais de alimentação saudável.

Algumas pessoas defendem que o jejuador aproveite o dia para atividades mais relaxantes e introspectivas. Professores de Yoga preconizam que o jejum serve não apenas para manter o corpo mais alerta e saudável, mas a mente mais focada e concentrada. A ideia é dominar o pensamento até passar por cima da ideia fixa no desejo de comer.

Também pode-se aproveitar esse momento para cuidar do corpo e da mente, fazendo massagem, yoga, exercícios leves e meditação.

Nada impede, porém, que você fique sem comer num dia normal de trabalho. Aí o segredo é testar seu organismo e perceber se você encara numa boa a rotina do escritório com um buraco no estômago, ou se prefere pegar mais leve e jejuar no fim de semana, aproveitando para ir ao parque omar sol, ficar em casa arrumando os livros, assistindo a um filme ou meditando.

O que não vale é viver o jejum como uma privação, um sofrimento - afinal, foi você quem optou por ficar um dia sem botar nada na boca para dar um tempo para o seu organismo, lembra?

Você pode adotar uma postura meio budista e aderir ao meio-termo. O príncipe Siddharta Gautama meditou muito até perceber que ninguém deve se entregar a todos os prazeres mundanos e tampouco vestir a camisa do ascetismo.

Ao se dar conta disso, ele aceitou a tigela com leite e arroz que uma camponesa lhe ofereceu após dias a fio de jejum. No momento em que comeu, restaurou as energia, abandonou a companhia dos ascetas radicais com quem estava e foi meditar em outras bandas até tornar-se Buda.

Como você vê, nem um dos homens mais iluminados foi tão radial. Prova de que não é preciso ser um asceta para jejuar. Basta aproveitar a oportunidade de aprender com a novidade.


Assim É Mais Fácil

1 - Uma semana antes do dia do jejum, substitua os alimentos sólidos do jantar por uma sopa. Com isso, o organismo se acostuma com menos comida e você não sentirá tanta fome quando jejuar.

2 - Se quiser jejuar segundo os preceitos da medicina ayurvédica, na manhã do dia de jejum tome um copo de água morna com gotas de limão e uma colher (sobremesa) de mel. Ao longo do dia, tome água de suco.

3 - Caso sinta um pouco de sonolência ou prostração (sintomas derivados da falta de alimentos), coma uma pitada de sal para amentar a pressão ou um pouco de mel para restaruar a vitalidade.

4 - Dia de jejum não é sinônimo de não fazer nada. Ocupe-se. Quanto mais atividades fizer, menos vai pensar na comida. Sinta as reações do corpo e faça o que tiver vontade.

5 - Medtar é uma opção. Quando ficamos sem comer, é natural pensarmos em comida. Treine a mente para se desviar desses pensamentos.

6 - Diabéticos, pessoas que tomam medicação contínua, crianças e idosos não devem jejuar.

7 - Para fazer jejum de mais de dois dias, converse com seu médico ou um nutricionista para maiores orientações.


FIM.:.


Referências Bibliográficas

Sites

Bokkulla Ramachanda Redy, www.zonazero.com/ayurveda

Centro de Pesquisa e Estudo da Medicina Chinesa, www.center-ao.com.br


Livro

Você sabe se Desintoxicar?, Dr. Soleil, ed. Paulus, 2007.


Você é o Resultado de sua Mente!


Você é o que for a sua mente. A mente age, gerando em si mesma um estado de paz ou de agitação, de alegria ou de tristeza, de amor ou de ódio, de riqueza ou de pobreza, de sucesso ou de fracasso, e o corpo reage gerando bem-estar ou doenças, de acordo com o conteúdo que a mente lhe envia.


O homem é a sua mente. O corpo é a manifestação da mente. A estrutura humana é expressão da mente.

Quando a mente se deteriora, o corpo se deteriora. Quando a mente deixa o corpo, a energia corpórea se transforma em outros tipos de energia. O corpo, portanto, é o resultado da mente.

Como a mente é controlável, a saúde e a doença podem ser controláveis. A mente em estado de perfeita ordem e harmonia gera um corpo em perfeita ordem e harmonia, ou seja, em estado de saúde.

Por outro lado, a mente é o agente de todos os estados intelectuais, emocionais, sensoriais, extra-sensoriais e espirituais.

A mente é uma só, mas tem duas funções ou características: mente consciente e mente subconsciente.

A mente consciente é a mente racional, objetiva; é a mente que pensa, analisa, raciocina, deduz, tira conclusões, seleciona, censura, dá ordens, determina, imagina; é a mente servida pelos sentidos; é a mente em estado de vigília e responsável pelo que você é.

A mente subconsciente é a mente subjetiva, impessoal, não seletiva, cujo papel é cumprir as ordens que recebe da mente consciente através do pensamento. Tudo o que a mente consciente aceita como verdadeiro, a mente subconsciente também aceita e realiza.

Nas profundezas do subconsciente residem o poder infinito, a sabedoria infinita, a saúde infinita, enfim todos os atributos divinos. A mente consciente age e a mente subconsciente reage de acordo.

William James, pai da moderna psicologia americana, disse que o poder de mover o mundo está no subconsciente.

O que você grava na mente subconsciente, esta moverá céus e terras para tornar realidade física. O subconsciente é, também, o construtor do corpo e mantém todas as suas funções vitais. Trabalha sempre, noite e dia, tentando ajudá-lo e buscando preservá-lo de qualquer dano.

Pode-se dizer que a mente subconsciente é universal ou cósmica, por isso você abrange todo o universo dentro de você.

Foi Sócrates quem disse que quando levantamos um dedo estamos afetando a estrela mais distante.

A mente subconsciente pode ter muitos nomes, uma vez que ela é íntima com o espírito e o espírito é infinito.

Jesus dizia: Eu e o Pai somos UM. Havia absoluta interação entre a sua mente consciente e subconsciente, daí o Poder Infinito do Mestre, capaz de realizar milagres a qualquer momento.

Outras pessoas falam em Eu Superior, em Mente Cósmica, em Presença Infinita, em Poder Infinito, em Energia, Vida, assim por diante. Qualquer nome que você dê, será um nome limitado, pois você nunca abrangerá toda a extensão da sua mente, porquanto chega a um ponto em que ela se confunde com a própria divindade.

A mente subconsciente tem força infinita, capaz de realizar todos os seus desejos, mas nunca age por conta; ela age, de modo todo especial, determinada pelo pensamento. O pensamento dá a ordem e o subconsciente cumpre. Por isso, você é o resultado dos seus pensamentos.

Pronto, agora você desvendou o mistério. Agora você tem as chaves do reino dos céus. Como dizia Jesus Cristo: "O reino de Deus está dentro de vós mesmos."


FIM.:.

Cantando Pela Liberdade Religiosa!

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Já no comecinho do ano, temos um grande compromisso e não podemos deixar de comparecer: Uma reunião animada onde canteremos contra a intolerância religiosa. 

Apesar de não parecer, o Brasil é sim, um palco vasto e fértil, contra outras expressões religiosas. 

Alguns defensores de sua fé acreditam piamente, que somente uns poucos seres humanos têm direito a fé, ao paraíso e ao acesso aos deuses. 

Esse perfil de "só eu estou certo" é antigo na humanidade. Os romanos foram os maiores propagadores disso, e portanto também, o que herdamos deles. Assim, reinos, vilas, famílias, cidades inteiras, foram renegados a morte e ao esquecimento, pela intolerância da fé, do conhecimento, de espaço. 

Estamos num século diferente. E se o poder do chip, da imagem, da comunicação, não despertarem essas mentes, acredito que nem Deus ou Deusa, poderão. 

Por isso, não fiquem em casa, compareçam nesse evento que tem por base o amor e a fé, comum e que todos, independentemente, tem o direito de possuir e adorar sua expressão religiosa. 

Esperamos todos lá.

ARANEL DIOR.:.

O Trabalho Mental do Templário


Não poderíamos começar o ano sem falarmos de mais um grande evento ocorrido no mês de Dezembro de 2012 em nossa cidade. A graduação dos membros de As Três Irmãs, um grande conselho branco, que reune as grandes lojas de nossa região.

Ali, pela primeira vez, irmãos templários discursaram e apadrinharam o envento, trazendo informações que compartilhamos agora.

Esta augusta Ordem não é religião e suas Lojas não são igrejas. Embora proclame a prevalência do espírito sobre a matéria, pugna também pela investigação constante da verdade, segundo está expresso no estatuto da CMSB. Apenas espera que cada Templário tenha a sua religião e não admite em seu seio ateu ou materialista.


Por isso, a Ordem não exige a qualquer de seus membros a obrigação de acreditar em tudo o que ouve no interior de nossas colunas, em qualquer coisa que se lhes transmita como ensinamento. Não sendo portadora de qualquer mensagem divina, tem, porém, entre seus postulados universais a existência de um princípio criador: o Grande Arquiteto do Universo.

Todos os Templários são convidados, isto sim, a pensar em tudo o que ouvirem ou virem dentro dos templos da Ordem, guardiões dos mistérios da vida e da morte e por onde transitaram grandes gênios e benfeitores da humanidade com Voltaire, Goethe e George Washington, e mártires do nosso povo, como Padre Roma e Frei Caneca.

Em seus esforços de aperfeiçoamento pessoal, os Templários têm muito a ganhar na meditação perseverante sobre as sublimes lições contidas nos rituais dos diversos graus. Ali estão concentrados o conhecimento, a sabedoria e a experiência de grandes almas do passado, hoje no Oriente Eterno, que tanto se dedicaram à elevação dos Templários de hoje.

As ricas tradições Templárias inseridas nos antigos usos e costumes da nossa querida Confraria, os quais todos nos comprometemos a sustentar e respeitar, é outra fonte de enriquecimento intelectual e compreensão psíquica do que seja a verdadeira Iniciação, que, através de ritos, mitos e lendas, faz o coração do Templário despertar para as verdades eternas.

Essa é a responsabilidade da Ordem perante seus filiados, a partir dos primeiros anos da vivência Templária. Esse é o modo como, dentro da CMSB, o homem aprende a discernir a coisa virtuosa da viciosa, isto é, a separar o que contribui para a evolução humana do que a prejudica ou atrasa.

Assim, a Stella Matutina juntamente com essa grande Ordem Templária, os Maçons e os Rosa-Cruzes, comemoraram a entrada deste ano com os novos graduados numa festa promovida pelo conselho As Três Irmãs de nossa cidade. 

Que nossos irmãos possam cada vez mais propagar de forma corajosa as virtudes do conhecimento antigo.

.:.ARANEL DIOR.:. 


Feliz Natal!

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Desejamos a todos os nossos visitantes e amigos um enorme e feliz natal! 

Sim, estamos entrando em férias e até Janeiro de 2013 o site estará de recesso... 

Mas não fiquem tristes, durante este período nós estaremos estudando, pesquisando e digitando novas matérias interessantes para o próximo ano. 

Um beijo enorme e esperem nossa volta com novidades!

Luz e paz, sempre!

ARANEL DIOR.

Boca Fechada - Parte 1


Tradição em diversas religiões, o jejum dá um descanso ao organismo, reeduca a alimentação e favorece a introspecção. 

A gente tem sempre abordado assuntos de prazer e cuidados com o corpo. Às vezes, brincamos com a Astrologia e como os oráculos interagem com nosso corpo. De algum jeito, temos sempre abordado questões de prazer físico ou espiritual. 

Um dos maiores prazeres do corpo é comer, para sair um pouco da rotina, vamos fazer justamente o oposto: vamos falar de jejum  que é quando ficamos um período sem comer nada sólido e tomamos apenas líquidos. Está certo que nem todo mundo consegue se imaginar passando 24 horas sem botar um grão sequer de arroz na boca, e tomar apenas água ou suco, mas quem jejua garante que é bom e ajuda a limpar o organismo. 

Na cultura hindu, que baseia seus hábitos alimentares na medicina ayurvédica, jejuar é ato cotidiano. O décimo primeiro dia de cada mês é o ekadasi, o dia em que ninguém come sólidos e apenas ingere um pouco de líquido. Em geral, as pessoas exageram na quantidade de comida e não têm uma dieta balanceada. Por conta desse excesso, e porque estamos sempre comendo, o organismo não tem tempo de digerir os alimentos em sua totalidade e eles se putrefazem dentro do corpo, tornando-se tóxicos. Aí o jejum ajuda a eliminar essas toxinas que sobraram. 

O dia sem comer também auxilia na liberação das toxinas dos agrotóxicos das verduras e legumes, do tabaco e do álcool ingerido normalmente. 

O jejum, porém, não é unanimidade em todas as medicinas. Nem na ocidental e tampouco em outros modos orientais de ver o corpo, como a medicina chinesa. Muitos terapeutas especializados na Medicina Chinesa não acreditam nessa prática como ferramenta para limpar o corpo. Eles preconizam que se alguém sente necessidade de se desintoxicar é sinal de que está comendo veneno, dizem. 

Por isso, para eles, mais vale uma alimentação o mais natural possível que abster-se de comida. Eles argumentam que se os animais não jejuam volutariamente, os humanos não deveriam fazer o mesmo. Bichos param de comer quando estão doentes e pessoas também. Fora isso, ninguém precisa deixar de comer, afirmam os terapeutas chineses. 

Já a Endocrinologia ocidental explica que naturalmente fazemos jejum diário, enquanto dormimos. Daí, na opinião desses médicos, não temos necessidade metabólica de ficar 24 horas sem comer. Mesmo porque, afirmam, não existe comprovação científica de que a abstenção de comida faça uma faxina extra no organismo para complementar a eliminação rotineira das toxinas por meio das fezes, urina e suor. 

O alerta dos médicos ocidentais é para os adeptos de longos jejuns. Nas primeiras 12 a 24 horas, o organismo usa todo o glicogênio armazenado para suprir a necessidade energética. Após 24 a 48 horas passamos a consumir nossos estoques de gordura e depois de 48 horas o corpo queima a proteína dos músculos.

Daí para a frente o organismo entra em processo de inanição, que leva, por exemplo, à falência muscular, renal e cardíaca e, em casos extremos, à morte. 

Mas é claro que o tempo para se chegar a isso varia conforme o indivíduo, que ficando um ou dois dias de estômago vazio, não será prejudicial a uma pessoa saudável, pois o corpo sobrevive com suas reservas naturais. 


Um Dia Líquido

Então, se você pretende dar um tempo para o seu organismo depurar os excessos que cometeu ao longo da semana, pode ficar um ou dois dias sem comer tranquilamente. Mas tomar água é fundamental. 

Conforme pesquisas realizadas na Universidade de Harvard, estudos sobre os efeitos do jejum em pacientes pediátricos em pós-operatório, o fator mais limitante do jejum é a falta de água. Mais de 90% dos alimentos é composto por líquidos e uma pessoa precisa de pelo menos 2 litros por dia. No jejum sem água, a desidratação acontece em cerca de dois dias e ao fim de sete a dez dias poucas pessoas sobrevivem. 

Adeptos do jejum total conseguem passar o dia tomando água e nada mais. Mas a maioria das pessoas faz jejum parcial, que inclui, a ingestão de suco ou chá, além de água, ao longo de 24 horas. Esses líquidos suprem as necessidades de hidtratação do corpo e o açúcar da frutas alimenta e diminui a fraqueza. 

A diferença em relação a um dia normal é aprender a ficar de estômago vazio sem sofrer com a falta de saciedade que sentimos após as refeições. Por outro lado, experimentamos como é ficar com o corpo mais leve e sem aquela preguicinha típica que nos envolve enquanto fazemos a digestão. 

Além disso, jejuar pode nos fazer reavaliar velhos hábitos. Quando o homem se priva de comida, ele tem um tempo para pensar no quanto come em exagero e em quantas pessoas não têm acesso nem a um quarto dessa comida.

O jejum religioso do ramadã, por exemplo, leva os muçulmanos a compreenderem o que sente uma pessoa com fome e isso desperta a caridade.


Continua...

Tratamento de Ponta - Parte 3



Além da Dor

Boa explicação, de fato. O único problema é que ela só explica o mecanismo de ação da agulhas no tratamento da dor. E as agulhas não tratam só a dor, como reconhece a Organização Mundial de Saúde. Segundo o órgão da ONU, a acupuntura é eficaz no tratamento de cerca de 40 enfermidades.

A acupuntura age muito bem nos desequilíbrios energéticos e funcionais, como depressão, ansiedade, estresse, insônia, obesidade e enxaqueca, e quase sempre é curativa. Mas, nas doenças orgânicas ou lesionais, como câncer, diabetes e derrames, ela é um tratamento coadjuvante. Para esses casos que não envolvem dor, a explicação da medicina ocidental não serve. Os médicos admitem que as agulhadas funcionam, mas não sabem como.

O instrumental básico da acupuntura são as agulhinhas, que têm a espessura de um fio de cabelo e são cerca de dez vezes mais finas que uma agulha de injeção comum. Elas costumam ser feitas de aço inoxidável e têm o cabo banhado em prata, cobre ou outro metal.

Seu tamanho é varável, dependendo do local onde vai ser aplicado, e pode ir de 1 a até 12 centímetros. As mais usadas medem 3 centímetros. A quantidade de agulhas espetadas no paciente depende da patologia. Se o acupunturista vai tratar um desequilíbrio constitucional ou fazer a prevenção de doenças, costuma-se utilizar poucas agulhas, mas, se o objetivo é tratar doenças agudas e sintomáticas, o número é maior.

Antes que alguém pergunte, desequilíbrio constitucional é um ponto vulnerável da constituição genética de cada um. Se ao fazer a consulta o acupunturista achar que o fígado da pessoa é fraco, ele vai espetar os pontos que equilibram esse órgão. Como a doença ainda não se instalou e o corpo está mais equilibrado, a aplicação envolve menos pontos. Já para tratar doenças agudas, que muitas vezes envolvem dor, é preciso espetar pontos de vários meridianos.

As agulhas são pessoais ou descartáveis. O tempo de aplicação das agulhas varia de pessoa para pessoa, mas geralmente elas ficam espetadas em torno de 30 minutos.

Outro benefício é que as agulha podem ser utilizadas com outros tratamentos, alopáticos ou homeopáticos. Na nossa experiência prática percebemos que a acupuntura atua no sentido de reduzir a duração dos outros tratamentos. E não têm contra-indicação ou reações adversas, a não ser uma careta de aflição ao ver a agulha espetada na mão, na barriga ou no rosto. Mas o susto logo passa e ajuda saber que as aplicações geralmente não causam sangramento nem dor.

A sensação é de um leve choque elétrico. Além disso, quanto menos saudável estiver o órgão ativado, mais o paciente sentirá a espetada.


Diagnóstico Complexo

No primeiro contato do paciente com o acupunturista é feito um detalhado diagnóstico, dividido em quatro etapas: inspeção, auscultação e olfatação (as duas são uma etapa só), palpação e interrogatório. A inspeção consiste na observação geral do paciente. O acupunturista fica atento ao jeito de caminhar e de sentar do paciente, aos movimentos do corpo, à coloração do rosto, da lígua e da pele. Em seguida, sente-se o cheiro exalado pela pessoa, o odor de seu hálito e ouvimos sua respiração, fala e tosse.

O terceiro passo é a palpação, quando pressionamos certas áreas do corpo. Pelo pulso é possível saber como está a função dos orgãos internos, como coração, fígado, rins, pulmão e a energia vital da pessoa. O último passo do diagnóstico é uma conversa sobre a doença. O diagnóstico é uma etapa fundamental para o sucesso do tratamento. Para fazê-lo corretamente, é preciso muito estudo e treino.

Além de toda essa investigação, muitos profissionais solicitam exames médicos para confirmar o diagnóstico.

O Brasil é um dos países do Ocidente onde a acupuntura está mais avançada. A técnica é reconhecida como especialidade médica desde 1995 e passou a fazer parte do Sistema Único de Saúde em 1988 - até planos de saúde pagam sessões de espetadas. Hoje, existem cerca de 90 instituições vinculadas ao SUS que oferecem gratuitamente tratamentos com acupuntura pelo país.

Um dos principais é o ambulatório da Unifesp, a primeira universidade do Ocidente a implantar um pronto-socorro de acupuntura. A instuição atende cerca de 2500 pessoas por mês e mantém um curso de especialização com mais de 200 alunos matriculados. Existem outras 30 instituições que promovem cursos de especialização em acupuntura em todo o Brasil.

Estima-se que existam entre 5 mil e 7 mil médicos praticantes de acupuntura no país, porém apenas uma parcela reduzida com o título de especialista reconhecido pela Associação Médica Brasileira (AMB). Além deles, atuam no país outros cerca de 25 mil acupunturistas que não têm formação médica.

Não há nada ilegal nisso: no Brasil, a profissão não está regulamentada, ou seja, qualquer pessoa pode praticá-la. Para garantir, é bom pedir indicações de alguma entidade de acupuntura.


FIM.




Referências Bibliográficas

Associação Médica Brasileira de Acupuntura (AMBA) www.amba.org.br, (11) 5572-1666

Associação de Medicina Chinesa e Acuuntura do Brasil (Ameca), www.ameca.com.br, (11) 3209-8189

Sociedade Médica Brasileira de Acupuntura (SMBA), www.smba.org.br, (81) 3227-7559

Livros

Acupuntura Clássica Chinesa, de Tom Sintan Wen, ed. Cultrix, 1985.

Medicina Chinesa, de Debora Dines, Coleção Para Saber Mais, Superinteressante, 2003.

Acupuntura sem Agulhas, de Keith Kenyon, ed. Pensamento, 1974.



Tratamento de Ponta - Parte 2

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Era uma vez...

A acupuntura surgiu no vale do rio Amarelo, junto à costa do mar da China, por volta de 3000 a.C., e estendeu-se por todo o império chinês.

Naquele tempo, as agulhas eram feitas de pedra, osso e bambu. Coube ao imperador Huang Di, que viveu no século 1 a.C. e é considerado um dos precursores da medicina tradicional chinesa, difundir a técnica, cujos princípios estão presentes no Tratado de Medicina Interna do Imperador Amarelo (Huang Di Nei Jing), a mais importante obra clássica sobre medicina chinesa.

Durante a dinastia Tsing (1644-1911), a acupuntura perdeu sua importância como método de tratamento e a medicina chinesa passou por um longo período de estagnação.

Ao final da dinastia, a medicina ocidental foi introduzida no país e a acupuntura, banida das escolas médicas. Essa situação só teve fim com a chegada ao poder do líder comunista Mao Tsé-tung, em 1949. Ele oficializou a medicina chinesa e a acupuntura ganhou um forte impulso. Milhares de acupunturistas foram formados nas escolas chinesas.

No Brasil, a técnica foi introduzida a partir da segunda metade do século passado, quando chegaram ao país imigrantes orientais, vindos da China e do Japão. Em 1961, foi fundada a Associação Brasileira de Acupuntura, que se tornaria o órgão oficial da acupuntura no país.


Sem Agulhas

Se você tem medo de ser espetado, saiba que pode se beneficiar dos efeitos da acupuntura recorrendo a outras técnicas correlatas.

Auriculoterapia

É uma especialidade da acupuntura que utiliza pontos no pavilhão da orelha (a parte externa e frontal da orelha, cheia de curvinhas). Eles são ativados com sementes e também com agulhas, mas bem pequenas, que podem ser deixadas no local por dias. A técnica também é chamada reflexoterapia.

Moxabustão

É uma espécie de acupuntura térmica. Utiliza pequenos bastões de madeira (ou moxas) com artemísia seca (uma erva), que são aplicados nos mesmos pontos das agulhas. O calor atrai as toxinas e libera os caminhos de energia do corpo.

Reflexologia

Segundo os chineses, a planta do pé possui o mapa de todo o corpo humano. Pressionar pontos nela desbloqueia o fluxo de energia, estimulando a cura e restaurando o equilíbrio do corpo.

Shiatsu

No lugar de agulhas, os pontos de acupuntura são estimulados pela massagem feita com os polegares, os dedos e as palmas das mãos. É uma terapia preventiva, mas que pode ser usada como técnica complementar em alguns tratamentos.


Continua...

Tratamento de Ponta - Parte 1


Milênios depois de ser criada, a acupuntura convence o Ocidente e ganha adeptos. Conheça sua origem, como funciona e para que é indicada. 

Em 1972, a China ainda era uma nação fechada para o mundo quando o então presidente americano Richard Nixon fez uma visita histórica ao país, acompanhado por um batalhão de jornalistas. Entre eles estava o repórter James Reston, correspondente do jornal The New York Times, que durante a visita teve a sorte de sofrer uma crise de apendicite e precisou ser operado de urgência. Sim, sorte.

Tudo bem, ser operado em um país distante e desconhecido é dureza, ainda mais quando, em vez de analgésicos, os médicos resolvem tratar a dor espetando agulhas pelo corpo, durante a cirurgia e no pós-operatório. Mas se não fosse pela doença (que afinal apareceria de um jeito ou de outro) Reston não teria descolado a melhor história de sua viagem à China.

O relato do misterioso tratamento ocupou a primeira página do jornal nova-iorquino e despertou a atenção de milhões de americanos para a acupuntura, que era pouco conhecida no Ocidente.

Mas isso foi no passado. Desde então, a ciência já estudou e comprovou a eficácia da terapia para diversos males e deu credibilidade à acupuntura. Só para se ter uma ideia, sua eficácia no tratamento de dor crônica é de 50% a 85% comparável à de drogas potentes como a morfina, que dá certo em 70% dos casos. Com a vantagem de que as agulhinhas não são tóxicas e não causam dependência.

No entanto, como tanta gente ainda fica com o cabelo espetado pela ideia de ser agulhado, vale a pena explicar o que é, de onde vem e para que serve esse negócio de cutucar o corpo com pontas aguçadas.


Uma Longa História

Surgida há aproximadamente 5 mil anos na China, a acupuntura ("punção com agulhas", em latim) é um dos componentes da medicina tradicional chinesa, junto de tratamento com ervas, dieta alimentar equilibrada, prática de massagens (tuiná, do-in e shiatsu) e exercícios.

Os resultados da acupuntura são muito mais rápidos e intensos quando o paciente se submete a um tratamento global e muda seu estilo de vida, adotando uma alimentação saudável e aderindo à prática de exercícios.

A medicina chinesa enxerga o corpo de uma maneira muito diferente dos ocidentais. Para começar, os chineses acreditam que o corpo (e o Universo todo) é regido pelos pólos opostos yin e yang, encontrados em todo ser vivo.

Eles também creem que há canais distribuídos ao longo do corpo, os meridianos, por onde circula a energia vital chamada de chi (pronuncia-se "tchi"). Detalhe: esses canais são invisíveis, impalpáveis, o que dá uma ideia de diferença de sutileza entre as medicinas oriental e ocidental.

Existem 14 meridianos principais, sendo que 12 estão relacionados aos órgãos internos e os outros dois correspondem às energias yin e yang. Os 12 meridianos correspondentes aos órgãos têm simetria bilateral, sendo que seis (fígado, coração, baço, pulmão, rim e pericárdio - um tecido que envolve o coração) circulam pela frente do corpo e no interior de pernas e braços e os outros seis (vesícula biliar, intestino delgado, estômago, intestino grosso, bexiga e triplo aquecedor - sistema que, segundo os chineses, mantém a temperatura dos órgãos internos) correm nas costas e na parte externa dos membros.

Os outros dois meridianos, yin e yang, localizam-se no centro do corpo, pela frente e por trás, as doenças, segundo os orientais, têm origem no desiquilíbrio da energia vital. A acupuntura tem como meta reequilibrar o fluxo energético por meio da aplicação de agulhas em pontos que estariam bloqueando os caminhos da energia.

Desde que o apêndice do tal repórter americano entrou para a história (e mesmo antes, já que os europeus conhecem a técnica desde o século 17), os médicos de cá e de lá trocaram muitas experiências e se influenciaram mutuamente. No entanto, por mais sensata que fosse essa história de enxergar o corpo como um todo e não um amontado de peças, as faculdades de medicina do lado de cá continuam ensinando seus alunos a tratar das partes isoladamente.

Mesmo médicos ocidentais que se renderam aos efeitos comprovados da acupuntura e adotaram as agulhinhas têm resistência a aceitar a teoria da energia vital. Para eles, os tais meridianos nada mais são do que áreas do sistema nervoso. Os acupontos seriam depressões com uma concentração maior de fibras nervosas. Estima-se que existam mais de 2 mil acupontos espalhados pelo corpo.

Aos olhos do Ocidente, as agulhas estimulariam as terminações nervosas dos músculos, que enviariam sinais para o sistema nervoso central, liberando substâncias como serotonina (responsável pela sensação de bem-estar, tranquilidade e sonolência ), cortisol (um antiinflamatório natural) e endorfina (analgésico). A liberação de endorfina explica por que a acupuntura consegue resultados tão bons no tratamento da dor, seja ela crônica ou aguda.


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Antropologia do México - Parte 2



6 - Ilustrações

Era comum nas construções maias haver dintéis (acabamento da parte superior ou das laterais de portas e janelas) que contavam histórias cotidianas. Nesta peça, com cerca de 1300 anos, o governante de Yaxchilán Escudo Jaguar recebe como oferenda de sua esposa principal, Ko Xoc, um capacete com cabeça de jaguar - o animal era o deus da fertilidade para os maias. 


7 - O Forte

A peça olmeca é considerada uma das mais extraordinárias obras de arte do México pré-Colombo. A escultura, que representa um homem mostrando sua força, é conhecida pelo nome de El Luchador (O lutador) a data de cerca de 600 a 400a.C. Seus olhos puxados mostram semelhança com as populações asiáticas. A figura é tão famosa que El Luchador Olmeca virou o nome do maior prêmio de montanhismo do México.


8 - Mosaico Pós-Morte

Da mesma cidade de Teotihuacán, capital asteca antes de Tenochtitlán e que chegou a ter 125 mil habitantes por volta do ano 500, provém esta máscara mortuária, que tem cerca de 1600 anos. Ela é talhada em madeira e decorada com mosaicos de turquesa. Esse tipo de objeto se incluia entre as oferendas dedicadas aos mortos - ela era colocda sobre o rosto do defunto. 


9 - Esporte Sério

Este marcador de um campo de jogo de bola, feito entre os anos 200 e 900, representa um esporte praticado na América Central por mais de 3 mil anos, certas vezes relacionada ao sacrifício humano. Há controversas se quem morriam eram os perdedores - já que oferecer a própria vida aos deuses pode te4r sido consierado como troféu. 


10 - A Deusa mais amada

A religião - e sua monumentalidade - estava presente em toda a vida dos astecas. Esta representação de Coatlicue, deusa da "saia de serpentes", tem 3,5 metros de altura. Em seu pescoço está um colar formado de mãos cortadas e corações - o que indica a realização de oferendas humanas aos deuses. Não se sabe a data certa da estátua - mas estima-se que ela tenha sido esculpida entre 1325 e 1521.


Visitem o site do Museu:

www.mna.inah.gob.mex


FIM.

Antropologia do México - Parte 1


Para conhecer a história mexicana, desde o povoamento da América e as populações pré-colombianas até os povos indígenas atuais, basta uma visita pelas 23 salas do Museu Nacional de Antropologia do México. a instituição tem a maior coleção do mundo de arte pré-hispânica, como 60 mil peças (das quais 15 mil estão expostas), e alguns dos mais antigos vestígios humanos da América.

A viagem a 30 séculos que o museu propõe ao 1,6 milhão de visitantes por ano começa pela sala dedicada ao chamado período pré-clássico, o mais longo da história pré-hispânica.

Sua característica principal foi o desenvolvimento intensivo da agricultura e a criação da cerâmica - que foram fundamentais para o florescimento das grandes civilizações mesoamericanas.

Cada uma delas tem seu espaço no Museu Nacional de Antropologia. O destinado aos olmecas, por exemplo, uma das civilizações mais antigas da América, trata da complexa religiosidade da população, associada a rituais como jogo de bola e decapitação.

O poderio militar dos toltecas e seu sofisticado sistema de irrigação também encontram espaço na sala ao lado. A sala dos maias, considerada uma das civilizações mais brilhantes da América Central, está entre as mais importantes. Já o espaço dedicado aos astecas mostra, entre outras coisas, cerâmicas usadas em sacrifícios humnos no templo do sol.

Se uma viagem para o México é ainda algo inacessível para você, faça um breve tour nas salas deste maravilhoso museu.


1 - O Deus do Fogo


Era longa a lista de deuses cultuados pelas civilizações mesoamericanas, como a serpente emplumada, o jaguar ou o espírito da chuva. O culto ao velho deus do fogo, Huehuetéotl, também se estendeu por toda a América Central. Esta imagem, que mostra o deus do fogo com as pernas cruzadas, faz parte da cultura de Teotihuacán (cidade que ficava a 50 quilômetros da atual Cidade do México) e data de seu período clássico - entre 200 e 900 d.C.



2 - O Coração Perfeito


O sacrifício era uma prática comum entre os pré-colombianos - e supõe-se que os chac mool faziam parte dela. Acredita-se que o personagem semideitado servia como pedra de sacrifício ou destino para as oferendas, ofssem alimentos ou corações humanos. Esse chac mool, criado por volta do ano 1000, foi a primeira peça maia a integrar o acervo do MNA logo após ser encontrada, no século 19.



3 - Astro-Rei


A pedra do Sol, com 3,5 metros de diâmetro,, detada entre 1325 e 1521, tem esculpidos elementos relacionados com o culto ao Sol, como o calendário e o fogo. O calendário asteca, que orientava a agricultura, tinha 365 ou 366 dias (o ano bissexto foi instituído no século 15), divididos em 18 meses de 20 dias. Para completar o ano, cinco ou seis dias eram acrescentados no fim dele - os nomentemis, dedicados à diversão.



4 - A Cabeça

A arte olmeca é conhecida por suas cabeças monumentais, datadas entre 1200 e 600 a.C. Acredita-se que elas representem imagens de governantes ou jogadores de bola - que já tinham status diferentes. O nariz largo e os lábios grossos são características de peças como esta, que tem 2,7 metros de altura.



4 - A Produção


Os escultores toltecas geralmente fazim as suas obras em moldes, o que possibilitava maior produção e, assim, maior acesso da população a elas. A guacamaya representada pela imagem, que remonta ao período entre 650 e 850 d.C., é uma ave que simboliza o deus Sol, cuja função seria iluminar o mundo e colocar ordem no caos do Universo.



Continua...


Aranel Ithil Dior