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Runas - Parte 6

Métodos de Tiragem

I - Runa de Odin ou Runa Única

Esta é a possibilidade mais simples para a prática do oráculo. Seu espírito é o mais próximo do julgamento délfico da Grécia antiga e com ele pode-se obter uma resposta positiva e imediata. Por isso é especialmente indicado para elucidar situações ou dúvidas que não exijam muitas explicações, nem admitam hipóteses muito complexas. Basta pegar a bolsa das runas; algum lugar tranquilo que permita uns momentos de meditação; pensar no problema que motivou a consulta; formular a questão e, depois de alguns minutos, retira-se uma runa da bolsa. Sua análise oferecerá uma visão geral da situação, incluindo suas perspectivas, sua posição e suas condições atuais.


II - Método de Três ou Solicitação às Deusas do Destino

(1) (2) (3)

(1) situação atual, o problema.

(2) ação necessária, o que se deve ou não fazer.

(3) nova situação que sucederá, o futuro, o que acontecerá se o consulente fizer o que a segunda posição indicou.


III - Cruz Elementar

Esta leitura é boa para informar onde você se encontra no tempo ou como você está no momento:

(1) passado, o que conduziu ao atual problema
(2) presente, o tipo de problema
(3) futuro
(4) base, o tipo de ajuda que o consulente pode esperar, forças ocultas
(5) meta, o que não deve ser alterado e deve ser aceito, a nova situação
(6) caminho mais fácil, o que o consulente deve fazer, a ação
IV - Tiragem do espírito

(1) infância
(2) presente
(3) futuro
(4) encarnação passada
(5) encarnação futura
(5)
(1) (2) (3)
(4)


V - Tiragem na Mandala

Desenhe um pano da cor de sua preferência (azul), três círculos, sendo o primeiro um círculo interior - self. O segundo corresponde ao círculo do meio, do ego - decisão pessoal. O último e terceiro círculo representa o inconsciente universal - "caminho livre". A mandala das runas é dividida em oito partes.


VI - Cabeça de Mimir

Esta jogada é indicada para questões que têm muitas variáveis.

(1)(2) (3)(4)(5) (6)(7) ou
(1) (2) (3) (4)
(5) (6) (7)


VII - O Portão do Céu

Ler em pares, sendo a posição (23) e (24), o 12º mês, tendo em vista o dia da tiragem. E a posição (25) dará características gerais, válidas para o ano e a ênfase do ano.
(23–24)
(21 – 22)
(1 – 2)
(19 – 20)
(3 – 4)
(17 – 18)
(25)
(5 – 6)
(15 – 16)
(7 – 8)
(13 – 14)
(9 – 10)
(11–12)


VIII - A Cruz Céltica 

Esta jogada é copiada do Tarot e é muito popular.
(1) problema
(2) obstáculo
(3) influências do passado
(4) influências no futuro
(5) ideais que motivam o consulente
(6) o que pode ser feito para influenciar os acontecimentos
(7) até que ponto o problema pode ser suportado
(8) os fatores favoráveis
(9) as esperanças
(10) resultado final (somado com a quarta posição)
(10)
(3) (9)
(5) (1) (2) (6) (8)
(4) (7)


IX - A Cruz de Thor

As runas são colocadas no sentido horário, na forma de uma cruz grega e no centro coloca-se a quinta runa.
(1) base, as influências gerais que cercam a indagação, a pergunta
(2) obstáculos com que se defronta o consulente, ou os obstáculos que encontrará
(3) forças que trabalham a favor
(4) consequências a curto prazo, sob forma de resposta à pergunta
(5) influências a longo prazo
(3)
(2) (5) (4)
(1)


X - Modo Astrológico

Esta jogada é muito indicada, pois considera várias áreas e aspectos.
(10)
(11)
(9)
(12)
(8)
(1)
(13)
(7)
(2)
(6)
(3)
(5)
(4)



Continua...

Runas - Parte 5

A Ética 

Quem nos consulta, faz isso porque em geral está procurando ajuda para problemas de diferentes ordens. Para tais pessoas o futuro pode parecer um vácuo negro e a tarefa do lançador de Runas consiste em acender uma luz na escuridão a fim de que a sombra dos acontecimentos futuros possa ser discernida.

Nós devemos ter algum conhecimento da natureza humana e da psicologia básica. Precisamos ser bons ouvintes e termos a capacidade de nos comunicar facilmente com pessoas de todas as classes sociais.

O consulente deve sentir-se a vontade durante a leitura e ser tranquilizado no sentido de que toda a informação confidencial que revelar sobre a sua vida particular permanecerá secreta. Para uma pessoa confiar seus desejos e medos mais profundos ao lançador de Runas, ela deve ter certeza de que tudo o que revelar não será comentado.

Como qualquer psiquiatra nos dirá, a mente é uma arma muito poderosa tanto para o bem quanto para o mal, revelar ao consulente indicações de morte ou algum mal acontecimento vindouro, poderá até mesmo precipitar o acontecimento, pois, a auto-sugestão é uma força poderosa, sobretudo se o consulente estiver deprimido ou se sentir emocionalmente inseguro, aconselha-se a adotar uma linha de conduta coerente e de bom senso.

Para iniciar uma consulta, faça uma oração ao seu anjo-da-guarda ou ao seu guia protetor antes de iniciar o ritual e ascenda sencô (varinhas de incenso).

Para as mulheres não é bom consultar nos períodos menstruais.

Você sempre obterá uma resposta às suas perguntas, pois as runas não responderão sim ou não, mas lhe fornecerão os dados para a definição da ação mais correta, orientando e esclarecendo suas dúvidas. E lembre-se de que cada um de nós é o único responsável por nossas vidas, com todas as possibilidades de escolha de uma vida feliz e harmoniosa.

É favorável pedir somente o necessário, pois a ganância pode exigir do pedinte um tributo que ele não estaria em condições de pagar, tenha cuidado com os “retornos”.

Para sabermos os melhores momentos de uma consulta, abaixo relacionamos as energias e significados dos dias da semana:
Domingo (Sunday, Sontag): Baldur; Freyr; Sol; Para o sucesso pessoal, fertilidade e cura.

Segunda-feira (Monday, Montag): Friga; Lua; Para coisas relacionadas com o ego e poderes psíquicos. 

Terça-feira (Tuesday): Tyw; Marte; Força; Sobre oponentes e rivais. 

Quarta-feira (Wednesday): Odin; Mercúrio; Assuntos relacionados a comunicação, a sabedoria e o conhecimento. 

Quinta-feira (Thursday, Donnerstag): Thor; Júpiter; Para dinheiro, bens e riquezas materiais. 

Sexta-feira (Friday): Freya; Vênus; Para assuntos de amor e sexo. 

Sábado (Saturday): Saturno; As Nornas; Para saber sobre o futuro, o destino.

Pintar as Runas nas cores: vermelha confere energia vital, em azul cor consagrada a Odin e em amarela que é a cor planetária de Mercúrio. Árvores Sagradas: Bétula, Sorveira e Freixo. Você terá que “sentí-las” e se familiarizar com as formas pelas quais elas interagem.

Continua...

Runas - Parte 4

II - Alfabeto Rúnico

A mitologia nórdica nos conta sobre a criação e o fim do mundo, de deuses e divindades, suas vidas e mortes. Originalmente, os mitos foram repassados oralmente.

A maioria da tradição escrita que nós conhecemos hoje, não foi escrita até o século XIII. Os mitos são parte de um passado distante e foram de vital importância para o povo escandinavo (Norse).

No século XIII (cercade trezentos anos após a conversão da Islândia ao cristianismo), o islandês Snorri Sturluson (1179-1241) codificou grande parte destes mitos no livro Edda em Prosa. Nesta obra,o poeta e historiador islandês registrou algumas das principais lendas relativas aos deuses e heróis dos tempos pagãos que recolheu em suas andanças em todo o país.

Os primeiros documentos escritos são caligrafias e manuscritos.

Origem

De origem escandinava e germânica, as Runas são um dos oráculos mais antigos do mundo, datado de 1300 antes de Cristo, aproximadamente.

A Dinamarca (Igreja e Pedras Rúnicas da Colina Jelling) é o berço do conhecimento das Runas, de onde alcançaram a Noruega (Museu do Barco Viking) e a Suécia.

A palavra “RU” é de raiz indo-europeia “to rown”, “roon” ou “round”, e o significado é cochichar, sussurrar, murmurar, segredo, mistério.
Estas palavras eram utilizadas entre os povos anglo-saxônicos, durante o começo da Idade Média.

Já a palavra “RUN”, provavelmente veio do alemão antigo, que significa aquele que sussurra. Alguns etimologistas sugeriram que o termo “runa” designa não apenas um sussurrador de segredos, como também uma “pessoa que sabe”, “um sábio” que pratica as artes secretas da magia.

Os caracteres de Hallristinger, por exemplo, foram usados pelos homens da Idade do Bronze que viveram por volta de 1300 à 1220 antes de Cristo. Estas gravuras rupestres pré-históricas, a exemplo dos antigos hieróglifos egípcios, consistem em símbolos que encerram um significado religioso. Estes símbolos constituem uma das formas mais antigas da escrita européia e acredita-se que estes caracteres tenham sido os antecessores do alfabeto rúnico.

A adoração dos cavalos era difundida na Idade do Ferro entre os celtas, escandinavos e germanos, este antigo culto dos “sussurradores do cavalo” constituíam uma sociedade secreta rural organizada nas linhas maçônicas e cujos membros eram ferreiros e trabalhadores agrícolas que lidavam com cavalos.

Dizia-se que os membros dessa fraternidade possuíam um conhecimento secreto ou poderes mágicos, que os capacitavam a domar cavalos selvagens e curar animais doentes, e estes atos eram executados mediante o uso de palavras mágicas, encantamentos e o sussurro ao ouvido dos cavalos.

Só eles possuíam as fórmulas, que só eram transmitidas aos iniciados depois que faziam um terrível juramento de fidelidade ao membro. Os camponeses tradicionalmente os consideravam magos naturais.

Segundo a arqueologia existem inscrições gravadas, datadas dos séculos III, IV, V depois de Cristo, na Escandinávia. E também foram encontradas gravadas em rochas e pedras levantadas na Suécia.

Há uma semelhança entre o alfabeto rúnico e a antiga escrita etrusca, feitas por tribos da região norte da Itália na Idade do Bronze. Os símbolos são compostos de linhas retas, possivelmente porque eram mais fáceis de gravar com os instrumentos primitivos então disponíveis.

Mas a origem se perdeu no tempo, sua tradição pertence ao povo hiperbóreo, nórdicos, que segundo a mitologia grega, cultuavam o deus Apolo. A prática de adivinhação dos povos nórdicos tinham relação com os cultos dos deuses Vanir, que possuíam conotação sexual, pois eram relacionados à fertilidade.

Esta escrita nórdica foi empregada na poesia, em inscrições sobre pedras, pintadas em conchas, blocos de cerâmica, argila ou cristais. Foram ainda usadas em adivinhações pelos velhos povos europeus, como os germanos, os celtas e mais recentemente os viking. Contudos o alfabeto escrito jamais chegou a ser uma língua falada.

Por volta do ano 1000 de nossa era, os vikings criam a escrita rúnica. Nos símbolos, gravados em metal, cobre, bronze, ouro, riscados em couro, inscritos em pedaços de madeira ou pintados em seixos, escondem-se, dizem, significados mágicos. Por isso assumiram uma função ritual, transformando-se em um oráculo.

As runas são pedras inscritas com letras de um alfabeto antigo, o qual foi desenvolvido na Escandinávia. As letras pertencem à família das línguas germânicas, mas também tem referências em latim e grego.

É importante notar que as runas são relacionadas entre si e não podem ser interpretadas separadamente, como no I-Ching, as linhas compõem um hexagrama e não são meramente linhas separadas. As runas tem que ser lançadas com um objetivo, uma pergunta, um propósito, sobre algum assunto que se queira saber.

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Runas - Parte 3

I - Alfabeto Rúnico 

FUTHARK (ou Fupark) é o nome dado ao alfabeto das runas, que consiste em 24 runas.

Estas runas estão dedicadas a três deuses nórdicos e estão divididas em três grupos de oito, conhecidos como Aett (palavra do idioma escandinavo antigo que significa família, tribo ou clã):

1 - Aett de Frey,
2 - Aett de Hagal,
3 - Aett de Tyr

Aett de Frey

Ou Freya, estes são os deuses da fertilidade. Este Aett representa o mundo material e confere num sentido geral: fortuna, proteção, força, sabedoria, viagem, iluminação, presentes, alegrias e amor. Representa os primeiros passos do aspirante rumo à meta final, e oferecem indicadores para o resto de sua jornada interior simbólica. Uma vez alcançado esse estágio, o aspirante estará pronto para deixar os confortos do mundo material e encontrar-se com as forças da natureza no próprio reino delas.

Aett de Hagall 

É o deus das forças da natureza, este Aett pertence às forças elementares da natureza, e é a quebra das necessidades impostas pelo mundo externo e a entrada no mundo regido pelas forças da natureza. Confere: saúde, morte, perdas, transformações, limitação, necessidade, congelamento, colheita, defesa, guia espiritual, proteção, sol.

Aett de Tyr

O deus da guerra dO Mundo Espiritual, é o Aett que nos conduz à nossa meta espiritual, ou à procura do mundo espiritual e nos confere: coragem, nutrição, mudança, auto-conhecimento, despertar intuitivo, novos começos, modificação pessoal, rupturas radicais.

Ainda existe uma runa somada ao alfabeto que não peretence a nenhuma das 3 famílias acima, é a runa do destino.

Entre as 25 runas, nove se lêem do mesmo modo, as outras 16 podem ser lidas em pá ou invertidas, e estas indicam uma situação que pode impedir o movimento ou que o movimento não deve ser tentado naquele momento.

Ciclo da auto-transformação

São runas que formam um campo de energia dentro do alfabeto rúnico. Quando duas ou mais dessas runas aparecerem juntas numa leitura, trazem sucesso e crescimento pessoal.

São elas:

Ansur, Ur, Nied, Thorn, Hagal, Ken, Rad, Eoh, Peorth, Berkana, Ing, Daeg, Othel.

Continua...

Runas - Parte 2

O Significado das Runas e Métodos de Consulta

Todo ser humano possui um determinado grau de vidência, embora na maioria das pessoas, esteja somente em estado latente.

Todas as formas de adivinhação fluídica tendem a despertar o lado psíquico natural daquele que está fazendo as previsões, para agir como ponte entre os processos racionais de pensamento da mente consciente e, o modo intuitivo da mentalização empregada pela mente subconsciente.

Cada runa apresenta uma série de conceitos, que são expressos por símbolos ou imagens. A mente subconsciente trabalha melhor com a linguagem iconográfica.

O que são Runas?

As Runas são uma das primeiras formas da arte de adivinhação e magia sobrevivente na cultura dos homens. Infelizmente ela não é admitida pela ciência como um dos meios eficazes de conhecimento e auto-conhecimento.

Foi um oráculo criado pelos magos e xamãs escandinavos, mas popularizados pelos vikings em suas viagens exploratórias nas regiões da moderna Islândia até mesmo chegarem ao continente norte-americano. Existe referências destes simbolos há aproximadamente 9 séculos.

Estes xamãs ou sacerdotes escandinavos, as usavam como ferramenta primordial, na confecção de poções ou artefatos mágicos. Por serem associadas aos poderes mágicos, podemos encontrar grande representação artística em antigas espadas, potes e em pedras eregidas como os dólmens, túmulos antigos da idade da pedra.

As Runas modernas são geralmente encontradas em formas de pedras ou qualquer material sólido, tal como madeira, plástico, argila, mas também é possível encontrá-las em forma de cartas.

A adivinhação rúnica apresenta afinidades com todos os outros métodos de previsão que se apoiam na distribuição fortuita ou seleção de símbolos para estimular a clarividência latente do vidente em atividade. Esse tipo de adivinhação é chamado de fluídico ou mutável.

Elas possuem diversas formas de serem jogadas e lidas. Alguns as jogam como os búzios, geomância, jogo de dados e outros como o I Ching. Ainda há aqueles que, com a criação das runas em forma de cartas, as jogam como numa leitura de Tarô.

Acredita-se que os antigos xamãs as usavam para as mais variadas perguntas, geralmente relacionadas a conquistas bélicas ou às atividades como agricultura, festas religiosas e para orientação marítima. Muitas viagens bélicas eram incentivadas por retiradas rúnicas e, antes de uma guerrilha, era indispensável a consulta ao oráculo.

A arte de adivinhação rúnica é, às vezes, chamada de “jogo das runas” e, por meio do método primitivo que utiliza as nove runas simbólicas gravadas na pedra, elas são de fato “jogadas” ou lançadas diretamente ao chão ou sobre um pano destinado ao jogo.

A memória racial desta prática influenciou a linguagem da arte da adivinhação rúnica, embora o alfabeto das runas não seja em geral “jogado”. No dialeto rúnico, o método e a ordem na qual os símbolos estão dispostos é que dá a sua interpretação.

O xamã teutônico começou estipulando nove Forças Universais, como os egípcios, que montaram sua religião em torno do conjunto nove (e isto provavelmente justifica a ressonância entre a magia egípcia e a teutônica).

Essas nove Forças Universais foram identificadas com o Sol e a Lua, os cinco planetas visíveis a olho nu (como não possuíam telescópios, os teutões não conheciam nada além de Saturno) e os nodos norte e sul da Lua.

Os astros possuem grande influência sobre as magias, para você saber que tipo de magia cada planeta influencia aqui vai um pequeno resumo: 

Sol - Relativo às amizades, ao ego, à auto confiança. É o símbolo do poder masculino. 

Lua - É o planeta dos fluxos e refluxos, da cura, da pureza, dos poderes ocultos. É o símbolo do poder feminino. 

Mercúrio - Relativo à palavra. É o planeta do conhecimento, do comércio, das trocas. 

Marte - É o planeta da guerra, força, coragem, da paixão arrebatadora. 

Vênus - Relativo ao Amor e aos bens materiais. 

Júpiter - Relativo à expansão. É o planeta da sorte, da multiplicação, da fartura. 

Saturno - Relativo à sabedoria e ao estudo.

Eram esses modos de expressão das energias básicas combinados com os antigos ícones mágicos que, formavam entre si, personificados nas 24 runas do Antigo Alfabeto Rúnico. O primeiro símbolo no Antigo Alfabeto Rúnico é a runa FEOH, cujo significado é “gado”.

De onde vieram as Runas?

Vinda de tão remota época, as Runas tomam parte de uma famosa divulgação, pois a partir do século V d.C., quando começaram as Grandes Invasões, vários países da Europa tomaram conhecimento não somente do Oráculo como de seu significado e de sua tradição.

A mitologia diz que Odin, o todo poderoso, antes de ser santificado e adorado, era um homem comum, que vivia de pequenos furtos e roubos ao longo de sua vida nômade. Preso depois de anos burlando as leis germânicas, Odin foi condenado a morrer preso à uma árvore.

De uma forma um tanto grotesca para os dias atuais, o condenado deveria ser amarrado de cabeça para baixo, quando sem bebida nem comida, morria invariavelmente dentro de muito pouco tempo. Entretanto, foi durante este castigo que Odin encontrou pedras brilhantes dentro de um lago sobre o qual ele fora dependurado.

Livrando-se das cordas que o prendiam, Odin apoderou-se daquelas fascinantes pedras desenhadas que tanto o encantaram e viveu durante anos, escondido nas montanhas do alto Rio Reno. Nesse tempo, ele conseguiu elaborar vários hieróglifos, quase todos baseados na escrita germânica, e um significado especial para cada um deles.

Elas se tornaram o mais famoso oráculo dos vikings. Depois de sua morte, Odin foi visto como deus e as Runas (nome originado da palavra Rune: pedra), tornaram-se conhecidas por todo um povo.

Os ensinamentos ocultistas, independente de que ramo sejam - oriental ou ocidental, hermético, cristão ou panteísta -, asseguram que há somente um número limitado de energias básicas ou forças universais espalhadas no Cosmos. As fés mais antigas representaram para si Forças Universais com aparência antropomórfica porque reconheciam não só como imensamente poderosas, mas também úteis e inteligentes.

Portanto, personificavam tais energias por meio de associações refletidas nelas mesmas, embora muitas vezes mais altas e imponentes porque não conheciam outras espécies que possuíssem poderes de raciocínio semelhantes aos delas. Essas personificações tornaram-se os deuses e as deusas dos vários panteões, enquanto as fés monoteístas – Judaísmo, Cristianismo, Islamismo – optaram por classificá-las como “Arcanjos”.

O significado das Runas foi aprimorado conforme o tempo. Na Idade Média, com a pressão da inquisição, elas foram duramente perseguidas, sendo consideradas trabalho de hereges. Assim como o Tarot e as cartas ciganas, elas frequentavam lugares lúgubres e escuros nos quais essas práticas adivinhatórias eram muito bem aceitas.

Demorou muito tempo para que as Runas tomassem voz no mundo místico. Devido ao seu ensinamento, que era mais oral do que escrito (por isso não possuía leis escritas), sofreram um isolamento em seu estudo até meados do século XX. Talvez tenha sido um dos últimos segredos oraculares que foram descobertos e analisados.

Embora cada runa represente um conjunto complexo de idéias, não importa o quão diversas ou restritas possam parecer à primeira vista, existe sempre um elo definido entre elas. Uma vez descoberta esta conexão, pode-se estabelecer com facilidade um grande número de conceitos relacionados na mente consciente, como se todos estivessem amarrados em fileira, como contas num colar.

Continua...

Runas - Parte 1

Invocando o Poder das Runas

Existem duas lendas que explicam como o deus Odin obteve a sabedoria das Runas. Mas antes de relatar isso, devemos fazer algumas “invocações” iniciais:

“Odin,
protetor do sol e do oceano,
defensor da lua e pai de tudo.
Possuidor da sabedoria oculta, senhor das hostes das fadas,
caçador selvagem do céu, regente do inferno e encruzilhadas,
eu (diga seu nome) o invoco e peço sua ajuda na grande obra.
Hoje busco (diga sua intenção) com seu auxílio
e a sabedoria das runas mágicas
que estão sob sua proteção.”


“Grande Odin,
Mestre das Runas secretas,
guie minhas mãos e pensamentos
para que minhas perguntas sejam respondidas
com verdade e correção.
Em nome de Thor, Freya e Baldur,
e pelo poder mágico do vento,
do fogo e da água.”


Edda ou Canto Rúnico de Odin

“Encontrarás as runas,
símbolos mágicos,
bons, fortes e poderosos,
como assim os quis o senhor da magia,
como os fizeram os deuses propícios,
como os gravou o príncipe dos sábios.”


“Oh! Nornas,
vós que teceis os destinos dos homens em seus teares
e que atendeis pelos nomes de Urd, Verdanki e Skuld,
guiai-me em busca da sabedoria e da paz espiritual.
Vós que guardais a Árvore do Mundo,
dai a mim também a sabedoria secreta das Runas.
Odin, grande senhor,
peço ajuda e o poder de ler as Runas mágicas
que estão sob vossa proteção.”


Odin e as Runas

As runas foram idealizadas por Odin, o deus nórdico, deus dos Vikings. Nas cartas de tarô ele representa o Ermitão ou o Arcano de número 9. Odin tinha apenas um olho.“OD” significa espírito, vento. Odin é associado a Hermes, Thot, Mercúrio, deus da escrita, da agilidade mental, das mil facetas.

Mágicas e proféticas, as Runas fazem parte da tradição cultural dos vikings.
As Runas são um Oráculo Nórdico. Seu criador foi Odin, o pai de todos os deuses do panteão nórdico, o deus guerreiro, o deus dos ventos do norte, o deus da poesia, da antiga Escandinávia e Germânia.

Segundo uma das lendas vikings ele ficou dependurado de cabeça para baixo na Árvore Sagrada, Yggdrasil (seu tronco ligava o céu com a Terra), a Árvore da Vida ou do conhecimento, para obter sabedoria. Nela, Odin se flagelou com a própria lança, durante nove dias e nove noites, e permaneceu sangrando com fome e com sede. Ao término desse período, avistou no chão as Runas e adquiriu o conhecimento secreto.

O número 9 é um número lunar que quer dizer a nona esfera, a casa da espiritualidade, onde no mapa astral está Netuno, é a nossa missão de perdão e humildade.

O lema das Runas deveria ser: “Conhece-te a ti mesmo”. Pois elas permitem um auto-conhecimento, estabelecem um elo entre o Eu e o Divino. Num breve período de interação com as Runas, nos fez estabelecer uma zona livre onde nossa vida se torna maleável, vulnerável e aberta às mudanças.

Odin as divulgou entre seu povo como símbolos de sabedoria e do conhecimento de todos os mistérios dos deuses e dos homens. Convém lembrar que Odin era um deus e era imortal, como Zeus do Olimpo, mas também trazia as fraquezas mortais, tinha a necessidade de fazer sexo, sentia todas as dores dos humanos, passou fome e sede, foi até açoitado pela fúria dos ventos para poder desvendar este mistério.


Magia Rúnica

As Runas são uma forma de escrita usada pelos iniciados de tradições ocultas-pagãs, para transmitir informações mágicas. A magia rúnica era amplamente usada por: sacerdotes, ocultistas, sacerdotisas da velha religião pagã ou por um xamã (mago) que seria aquele que operava fora do sacerdócio oficial.

A magia das Runas tem poderes em todas as áreas. Eram transmitidas pelos mestres aos iniciados por via oral. Os iniciados aceitos, recebiam um anel de prata gravado com caracteres rúnicos, esculpidos em dias, horas e na fase da lua apropriados.

As Runas são símbolos que contém a sabedoria do deus nórdico Odin, são benéficas e tolerantes; elas nunca o prejudicarão.

Aprenda a sua linguagem e deixe que elas lhe falem. Elas o ajudarão a conhecer melhor a si próprio, mostrando caminhos e advertindo-o de perigos, levando-o a escolha de uma melhor posição perante as situações.

Você pode comprar suas runas em casas especializadas, ou se preferir você mesmo pode confeccioná-las usando pedras, sementes, madeira, ou o que preferir. Elas devem ficar guardadas em um saquinho de pano, de preferência que não seja muito pequeno, pois você vai precisar colocar sua mão dentro dele.

Continua...

Aranel Ithil Dior