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Natureza Humana - Parte 3

Cada Planta Um Ambiente

Ambiente Claro – Recebe luz solar direta por no mínimo meia hora diária e no restante do dia tem muita claridade. É bom para folhagens com 1,2 metros a 2 metros de altura com folhas de verde não muito escuro.

(Dracena)

Comporta planta que dá flor, como azaléia ou pitangueira, mas não é certo que a muda vingue.

(Pelomélia)

Espécies indicadas: Dracenas, fórmio, samambaia, areca, avena, fênix, pelomélia, orquídea, bromélia, jibóia, costela-de-adão e pacová.

Ambiente Meia-Sombra – Recebe luz solar indireta entre três a quatro horas por dia (Dá para ler um livro sem acender a luz? Então, é meia-sombra).

(Costela de Adão, dá uma flor muito perfumada e um fruto, mas não tão saboroso)

É bom para plantas de 1,2 metro de altura e coloração verde-escuro.

(Árvore da felicidade)

Espécies indicadas: costela-de-adão, chifre-de-veado, lírio-da-paz, zamioculca, fícus, fênix, árvore-da-felicidade, ráfis, lucuala, dracena, avenca, ciclanthus, pacová, palmeira-chamedora, antúrio e leia-rubra.

Ambiente de Sombra – Pouca luz natural (sem luz artificial os objetos nesse ambiente nem fazem sombra, como debaixo de uma escada).

(Zamioculca)

Bom para plantas de 30 a 40 centímetros de altura com folhas bem escuras. 

(Ciclanthus)

Espécies indicadas: zamioculca, palmeira-chamedora, antúrio, espada-de-são-jorge, dracena, pacová, bromélia, ciclanthus, lírio-da-paz, costela-de-adão e singônio.

Ambiente Escuro – Não recebe luz em nenhuma situação, como um hall de apartamento. Não há ventilação.

(Jibóia)

Aqui, as plantas só crescem se houver iluminação especial para elas. Não é bom para planta nenhuma, mas, se você quiser tentar, as espécies indicadas são: palmeira-ráfis, zamioculca, antúrio, jibóia e espada-de-são-jorge.

Quebra Galhos

(Planta no quarto, não!)

Longe da Cama – Quarto de dormir não é bom lugar para a planta. Não porque faça mal às pessoas, mas o excesso de gás carbônico que fica no ambiente, o qual a planta consome, pode estressá-la.

(Geralmente os corredores de uma casa são uma armadilha para as plantas)

Sem Folhas ao Vento - Plantas com folhas grandes e espalmadas não devem fica em locais com vento porque ele machuca as folhas, cortando-as. Proteja da corrente de ar também as de folhas frágeis.

(Que bagunça...! Aqui ninguém está feliz...)

Bem Me Quer - você até pode colocar mais de dois vasos juntos, desde que só um deles tenha uma planta maior que se destaque na composição. Assim as plantas não “brigam” entre si pela atenção do olhar.

(Apesar de ser um alento para os olhos na cidade de São Paulo, pode-se ver que em breve o morador terá problemas com a estrutura da sacada)

Não Dê Galho – Quando for fazer um jardim de inverno ou na varanda do apartamento, contrate uma empresa para cuidar da impermeabilização do piso e da parede. Certifique-se de que a varanda suporta o peso que será colocado ali para evitar transtornos como desabamento em cima do vizinho.

(Siga o passo a passo da drenagem de um vaso)

Manda Chuva – Na rega do vaso, a velocidade da drenagem indica o teor de umidade do solo. Quanto mais rápido a água descer e acumular no prato, mais seca estava a terra. Uma drenagem de velocidade mediana indica boa rega.

(Pode ser um momento Zen para você e sua plantinha)

Folha por Folha – Planta também acumula poeira. Por isso, o ideal é tirar o pó das folhas uma vez por mês. Munido de paciência (aproveite para meditar) e um paninho umedecido em água mineral ou de coco – é um inseticida natural e também adstringente – limpe as folhas uma a uma.

Só borrifar não adianta muito, porque o grosso da poeira muda de lugar e a sujeira continua na planta.

Referências Bibliográficas

Característica das Espécies Ornamentais, de Antonio Carlos da Silva Barbosa, Ed. Ediflora.

Plantas Ornamentais no Brasil, de Harri Lorenzi e Hermes Moreira de Souza, ed. Plantarum.Plantas para Casa, de Rebecca Kingsley, ed. Nobel.

Jardins em Vasos, de Graham A. Pavey, ed. Nobel.


FIM.:.

Natureza Humana - Parte 1

Saiba porque ter em casa uma plantinha faz tanta diferença e descubra que tipo é melhor para seu espaço.

(Minha amiga Célia que sempre tira minhas dúvidas sobre minhas plantinhas)

Que é gostoso ter uma planta em casa todo mundo sabe. Um vaso ou dois ou mesmo uma floreira dão um toque especial ao ambiente, uma coisa assim... meio... meio o quê?


Afinal, o que é que as plantas têm que deixam qualquer ambiente mais agradável?

Qual é a raiz do prazer de andar em um lugar arborizado?

(Entrada do Poço Escuro, um portal verde em Vitória da Conquista)

A resposta pode parecer estranha, mas gostamos de ter plantas por perto porque fomos feitos para andar no meio delas, mesmo.

(Caminhos secretos do Poço Escuro)

Por vários pontos de vista, inclusive o genético, ainda somos os mesmos bichos que alguns milhares de anos atrás perambulavam pelas savanas vestindo peles e caçando para sobreviver.

(Trabalho dos alunos de Biologia da UESB no Poço Escuro em 2012)

Em outras palavras: gostamos de mato porque é o nosso habitat natural.


Tudo bem, ninguém nos obrigou a viver em casas e cidades, nós as construímos para ter mais conforto, proteção e tal. Mas lá no fundo da alma ainda há uma porção selvagem que pede um pedaço de verde à vista.


Ao se aproximar da natureza o homem percebe, mesmo que de maneira inconsciente, que em épocas imemoriais esteve diretamente ligado a tudo o que era natural.


Ou seja, o maior mérito de um jardim não é ser bonito, e sim emocionante.


Um jardim é o local em que o homem compartilha as emoções da sua origem com a natureza, é um ecossistema que envolve as pessoas emocionalmente. É aí que entra o paisagista, cuja missão é plantar um ambiente que desperte a emoção que o cliente desenhou dentro de si.


Uma tarefa nada fácil, convenhamos.O jardim pode ser aconchegante, selvagem, rústico, tropical. Por isso, num projeto paisagístico nada é por acaso. Escolhem-se a dedo, flores que atraiam beija-flores, borboletas, bem-te-vis e joaninhas, por exemplo.


O mesmo serve para árvores, folhagens e arbustos que se encarregarão de criar sensação de aconchego, composição de cores, volume, formas e sombra – e também isolamento acústico e barragem de vento.

Moita de Estimação

Mas não é preciso ter um quintal ou um jardim para viver bem. Num apartamento ou uma casa sem espaço externo pode-se preencher a cota necessária de verde com vaso ou floreiras.

Tanto faz. Só não esqueça que uma planta não é um elemento meramente decorativo, ela é um ser vivo. Quem recorre às plantas para dar vida ao ambiente deve dispensar ao verde os mesmos cuidados dados a um animal de estimação.


Portanto, assim como ninguém compra um imenso dogue alemão para morar em uma quitinete, não adianta ir a uma loja de mudas e pedir por determinada planta, só porque você quer ter uma em casa. Antes é preciso estudar o ambiente que se pretende verdejar. Só depois é que se escolhe a espécie.


Para começar, faça como um paisagista: observe a luminosidade. A incidência da luz no ambiente é o principal parâmetro para definir o que plantar.

Grosso modo, há quatro graus de luminosidade: Claridade, meia sombra, sombra e escuro.


Analisar a circulação de ar e se bate muito vento no local também é relevante – já que toda espécie gosta de ar, é claro, mas nem todas se dão bem com vento.


Mapeado o ambiente, a partir daí é questão de gosto. Escolha a planta que preferir entre as que se dão bem no canto disponível. Como regra geral para ambientes internos, as plantas ornamentais que atingem até 2 metros de altura são as mais indicadas, pois se adaptam melhor. Em condições naturais elas vivem abaixo de árvores mais altas e não recebem luz solar direta.


Continua...

O Mel é um Bom Substituto do Acúcar?



Sim.

O mel é um excelente alimento energético, porque contém açúcares simples (glicose e frutose, principalmente), facilmente assimilados pelo organismo, além de minerais, como sódio, potássio e cálcio, e pequenas quantidades de vitaminas.

De todos os substitutos do açúcar, o mel é o mais puro e natural.

A cor, o sabor e o cheiro do mel podem variar de acordo com a espécie de flor de onde o néctar foi tirado.

Os de cor mais escura são ricos em sais minerais e os claros têm sabor mais suave.


O açúcar, por sua vez, é riquíssimo em energia, assim como o mel, mas tem o inconveniente de não conter outros nutrientes.

Além disso, o açúcar pode ser obtido na digestão de carboidratos mais complexos, como pães, arroz e batatas, alimentos que liberam açúcar no sangue mais lentamente.

Por isso, a utilização de açúcar na alimentação pode ser totalmente dispensável.


O mel, apesar dos seus benefícios, tem algumas contra-indicações: não deve ser consumido em excesso, pois resulta numa alta ingestão calórica, e não é indicado para crianças com menos de 1 ano de idade, pois pode estar contaminado com uma bactéria chamada Clostridium botulinum, que pode ser perigosa para os bebês, em função da imaturidade de seu sistema gastrointestinal.

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Lenha para o Corpo


Indispensável na culinária brasileira, as raízes são fonte de energia e disposição e têm propriedades medicinais.

Sabe aqueles dias em que parece que falta um apoio, algo em que se sustentar? Pode ser falta de raízes!

Melhor botar logo no prato uma boa porção de mandioca, um purê de mandioquinha ou uma batata assada. Raíz dá sustento, não só para as plantas, mas para quem as come.


É ali, escondido do olhar, que muitas espécies vegetais armazenam os nutrientes que produzem, o que faz da raiz da planta uma boa fonte de energia.

Mas talvez, mesmo por estarem sob a terra e parecerem umas com as outras, há muita confusão sobre as variedades de raiz. Até mesmo quem comercializa o produto acaba tropeçando. 



No CEASA, Centro Estadual de Abastecimento, distribuidor de produtos in natura da cidade de Vitória da Conquista, os vendedores ficam perdidos quando questionados: "Isto é cará?", pergunta um. "Não, não. É inhame", responde outro. "É macaxeira, mandioca, aipim, é tudo a mesma coisa?", pergunta um terceiro que ouviu a conversa. 

Resolvi buscar a resposta em outra freguesia!


Raíz é a parte inferior da planta, que a fixa ao solo e permite que dele retire sua nutrição. Também podem ser chamadas de "tubérculos", embora esse termo seja mais comumente aplicado à parte grossa e mais rica em reservas nutritivas. 

O fato de ser a base e a fonte de vida das plantas faz com que seu uso seja indicado, dentro de vária vertentes da medicina alternativa, nos casos de desânimo e perda de energia.


As raízes, como alimento, estão relacionadas ao fortalecimento das estruturas físicas, das partes estruturais do corpo humano. Numa visão holística, os animais não possuem raízes para terem a liberdade de ir e vir. Comendo este tipo de alimento, nos ligamos novamente à terra. 


De fato, as raízes sustentam. Não é possível ter uma dieta saudável sem comer raízes. Simplesmente porque têm bastante amido, que é fonte de energia.

O amido é o açúcar alimentar mais adequado ao metabolismo do ser humano para a realização de esforços físicos e intelectuais, com sua digestão lenta e sua absorção contínua e demorada. Além disso, os tubérculos também são fontes de minerais e vitaminas B e C. 

Atletas e desportistas encontram nas raízes fonte para a energia de explosão, aquela utilizada para fazer grande esforço físico em pouco tempo. 

Alimento Nacional 

O uso das raízes é ancestral na cultura brasileira. A mandioca era (e em muitos lugares continua sendo) a base da alimentação dos povos indígenas. Os portugueses as adotaram não só porque gostaram delas, mas porque precisavam de um alimento tão versátil, que podia ser comido cru, cozido, frito ou transformado em farinhas e purê. 

As raízes são importantes para a história do Brasil. Tome, por exemplo, a mandioca, que já era utilizada pelos índios. Sem ela, os bandeirantes não teriam conseguido se embrenhar pelo Brasil. 


Aliás, desde os primeiros tempos da colonização os portugueses aprovaram o bolo de macaxeira, invenção indígena. O padre Anchieta dizia que a tapioca (pasta feita de mandioca) era um ótimo sustento, apesar de considerar seu gosto "insípido". 


Isso porque ele não conhecia as atuais combinações com doce de leite, coco ralado ou frango desfiado...

O cozido, prato de origem medieval, foi enriquecido com aipim, cará e maxixe quando os lusitanos passaram a prestar atenção nas raízes encontrada no Brasil. E por aí vai, do tucupi do Amazonas à batata frita da lanchonete. 


Mas pouca gente sabe que elas têm propriedades medicinas e funcionais. Fizemos um tira teima entre o vendendor de ervas e raízes Ricardo da Silva, em nossa cidade, representante típico das receitas caseira, e a médica homeopata Muriccia Marciano. 


Ele diz que a beterraba é excelente contra anemia e também serve para prisão de ventre. Ela confirma. 

Ele diz que a mandioca tem efeito positivo sobre a diarréia. Ela diz que a batata, o inhame e o cará também servem.

A batata e a mandioca ainda podem ser aplicadas quentes sobre abscessos para ajudar dissolvê-los, dizem os dois especialistas. 


Sobre o gengibre, ele diz que é estimulante. Ela indica para inflamações e ainda indica o gengibre para furúnculos, espinhas e outras infecções da pele.

Cuidados

Mas, como tudo na vida, alguns cuidados são necessários. Portadores de diabetes, por exemplo, devem restringir seu consumo, devido à grande quantidade de carboidratos, cujo excesso eles devem evitar. 

A principal preocupação na manipulação de raízes está em sua limpeza. Como vêm da terra, os tubérculos devem ser bem lavados e descascados, tomando cuidado para não cortar demais e desperdiçar o alimento.

Se não forem utilizados imediatamente, as raízes podem ser guardadas em um recipiente com água, para que não oxidem nem percam suas características. 

Além dos cuidados de higiene na manipulação, algumas raízes exigem atenção especial para não causar intoxicação. É o caso da mandioca, que tem duas espécies principais: a mansa, própria para consumo, e a brava, rica em cianureto, veneno que pode provocar até a morte. 


Na verdade, o cianureto está presente nas duas espécies de mandioca, mas é sua concentração que as divide em mansas e bravas. 

A aparentemente inofensiva batata também deve ser descascada e seus brotos retirados, porque podem conter solanina, substância tóxica que pode causar diarréia, cãibras, fadiga e até queda de cabelo. 


Nasceu inhame em sua horta? Cuidado. Algumas espécies são tóxicas. 

As raízes são alimentos fáceis e saborosos de preparar, como dá para perceber pelas receitas de purê abaixo. De preferência, coma-as no período da manhã para ter disposição e força por todo o dia. 

Em tempo: aipim, macaxeira e mandioca, são sim, a mesma raíz...!


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Referências Bibliográficas 

Brasil, 500 anos de Sabor, de Eda Romio, ed. ER Comunicações, 2004.
Livro dos Alimentos, de Paulo Eiró Gonsalves, ed. MG Editores, 2004.

Receita

Purê de Raízes

Ingredientes

1/2 quilo de raíz (mandioca, mandioquinha, cará, inhame, batata, batata-doce, cenoura ou beterraba)

1 Colher de sopa de manteiga

Sal a gosto

Como fazer

Descasque a raíz e cozinhe-a até ficar macia. Amasse-a com um garfo (ou bata no liquidificador) até formar um purê. Leve ao fogo para retirar o excesso de água e ganhar consistência. Tempere com sal e manteiga. 

Dicas

A manteiga pode ser substituída por duas colheres de sopa de creme de leite. Se o purê ficou ralo, acrescente 1/3 de purê de batata. Outros temperos criam sabores diferentes: em vez de sal, experimente usar noz-moscada, alho amassado ou cebolinha. Um fio de azeite também cai bem. 

Aranel Ithil Dior