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Mesa para Um! - Parte 1

(Acima, o Restaurante Popular de Vitória da Conquista... Sempre achei que essa ideia nunca iria decolar por aqui, por causa de nosso jeito meio arrogante e metido... - Tá de brincadeira...?! Hoje é o maior ponto de encontro dos estudantes que moram sozinhos ou filhos de pais divorciados de Vitória da Conquista, apesar da proposta humilde e do cardápio espartano... - Tá vendo Isabelle, comer em casa é luxo hoje em dia... Valoriza sua velha mãe!) 

Um dos primeiros sentimentos que acometem os divorciados e solteiros diante dos inevitáveis horários de refeição, além da fome, é a preguiça...

Olhar para a cozinha e imaginar-se preparando uma refeição solitária produz em muita gente um enorme desânimo. Preguiça de cozinhar apenas para si mesmo. Preguiça de comer sozinho. E preguiça de arrumar tudo depois, sem ajuda...

(A praça de alimentação do Shopping Conquista... Quando de sua inauguração, acreditei que ela nunca estaria cheia num horário de almoço... Hoje, é quase impossível marcar um encontro descontraído durante a semana... Éh... isso é a indicação que muita gente tá vivendo sozinha e tem passado "fome"...!)

Dá prá entender... Primeiro porque comer é um ato que se engrandece quando ocorre socialmente - seja fora ou dentro de casa, é sempre mais divertido e completo quando se tem companhia. Razão pela qual os que moram sozinhos preferem muitas vezes ir a lugares públicos onde, mesmo sem companhia, estarão rodeados de outras pessoas. 

(Não é o meu caso, porque eu adoro cozinhar, principalmente, se eu estiver com vontade de comer alguma coisa, estando acompanhada ou não... Mas para isso, ter um ambiente gostoso, uma boa cozinha que estimule você a estar ali, é fundamental...)

Em segundo lugar, cozinhar apenas para si mesmo muitas vezes parece um ato trabalhoso e pouco prático - muito esforço para pouco resultado.

(Os restaurantes fast-food Subway é o ponto de encontro da galerinha dos colégios do centro de Vitória da Conquista, principalmente, a galera do Opção, Juvêncio Terra e Padre Gilberto. Cada parte do restaurante do andar de cima pertence a um colégio e ninguém pode ultrapassar as linhas imaginárias que delimitam os direitos e deveres de cada grupo escolar ser o mais chato, barulhento e irritante do momento...)

Acaba que muitas pessoas optam por duas soluções extremadas e terríveis: comer diariamente fora, em qualquer lugar, em geral lugares rápidos e medíocres, apenas para resolver o problema da fome; ou comer em casa com igual desatenção, apenas descongelando um prato industrial, pedindo uma pizza que virá com a mussarela já em rigidez cadavérica ou, no melhor estilo de engorda americano, abocanhando uns salgadinhos gordurosos em frente à TV.

Uma pena... Porque nada disso é necessário...

(Se você for minha filha Isabelle, lógico, que a primeira opção de comida quando se está sozinho é essa aí, uma lasanha pronta... tsc, tsc... Segue mainha prá ficar bonitona na minha idade, filha... E, sem celulite!!!)

(Apesar da crítica dos conservadores, o Prof. Ewerton e o "Doc" Gustavo levam para a galerinha jovem que tenta ficar antenada, informações de cunho ortomolecular e fisiológico para uma vida mais saudável. Acima, epidio sobre o Sódio nos Produtos Industrializados, canal do youtube Dr. Maromba.) 

Claro, quem não possui nenhuma noção de cozinha - e nem quer ter - terá que se virar mesmo com comidas prontas!

Mas umnimo de vontade de se entreter com a culinária, que afinal produz prazer sensorial em absolutamente 100% das pessoas, pode fazer das refeições do divorciado ou solteiro uma sucessão de momentos divertidos em sua vida.

A primeira dica valiosa - que deve valer, aliás, para muita coisa na vida - é fugir da rotina! 

Encher-se de possibilidades!

(Época boa, em que família grande se reunia e comia à vontade... Lá em casa, acontecia de vez em quando alternar um almoço de quarta-feira na casa entre os meus tios. Acima, almoço na casa do tio Dorgival, e olha minha mãe à esquerda com sombra azul... Mãe era vaidosa, cara! Repara no balde azul que tem sei lá o quê no meio da mesa...)

Numa família grande, a pressão da vida prática leva à imposição de uma rotina maior. O cardápio sempre parecido a cada dia da semana, um suprimento básico de pratos para crianças, tudo organizado a partir de enormes compras mensais no supermercado...

Quem mora sozinho pode mais facilmente brincar com a fantasia na hora de comer. A gente pode até tentar reproduzir um hábito que me acompanhou por 4 meses na Inglaterra quando morei ali com meu irmão Fernando. 

Mas isso eu conto na semana que vem...


Continua...

         



       

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Aranel Ithil Dior