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A Cura Essencial - Parte 1

(O conceito básico da Medicina Ayurvédica é: Todo o remédio que seu corpo precisa, seu local de origem produz.)

O nome é áspero ao ouvido ocidental, a teoria é vasta e a embalagem, exótica... Mas a Ayurveda, ou "ciência da vida", é simples. 

Tem um pouco dela nos hábitos da roça, nos conselhos das mães e em toda cura baseada na observação da natureza, como a praticada pelos índios.

Antiguidade não é selo de qualidade. O que fascina na medicina indiana não é tanto a origem milenar mas a facilidade de se renovar e adaptar a culturas e épocas. Sua força não está no passado, tem a ver com o presente.

(Os primeiros contatos da medicina ayurvédica com o ocidente foi na invasão inglesa à Índia. Quando aquele país se tornou colônia britânica, a troca de informações e conhecimentos foram inevitáveis. Acima, uma ilustração publicada num dos vários artigos ingleses que mostravam as técnicas da medicina da vida.)

Hoje, a Ayurveda é a segunda razão que leva turistas à Índia (a primeira é a busca religiosa). Na Europa e nos Estados Unidos, há um mercado forte de remédios, temperos e cosméticos dessa linha terapêutica. 

Por aqui, a despeito de termos 80% das plantas usadas na Índia, a Ayurveda ainda é coisa spa de luxo e clínica de beleza. E é pena que um método preventivo e barato fique restrito à elite e à estética, quando até a Organização Mundial de Saúde o recomenda aos países pobres.

(O rejuvenescimento percebido pela Medicina Ayurvédica é obtido pela união de várias disciplinas: A meditação, que cuida do estado energético mental; A alimentação, que qualifica o tipo de energia que cada corpo precisa; e a prescrição de técnicas de tratamento que podem ser massagens até energizações e exercícios que equilibram o corpo, resultando na saúde do indivíduo.)

O rejuvenescimento é só o efeito mais vistoso de um sistema completo, que trata corpo, mente e espírito. De início, a teoria diz o óbvio: somos parte da natureza, devemos nos alinhar a ela para viver mais e melhor.

Saúde pede integração. E conhecimento.

A cartilha Ayurvédica classifica de "ignorância" a aceitação do mundo físico como única realidade. Nosso corpo (e toda a Criação) seria a manifestação restrita e transitória de uma consciência maior. A matéria é tida apenas como uma espécie de ilusão.

(Maya é a Deusa que impôs um véu de ilusão em tudo que cerca a vida dos encarnados. Seu objetivo é ludibriar os corações fracos e fortalecer os merecedores de uma nova chance de vida: A evolução é o grande prêmio para aqueles que atravessarem o véu de Maya.)

Essa concepção vem dos Vedas, os velhos textos hindus que nos mandam levantar o véu de "maya" (ilusão), ou seja, ver a essência por trás da aparência.

Por aqui essa história pode soar religiosa demais, mas - graças à Deus - o médico indiano Deepak Chopra já adaptou a coisa toda à mentalidade ocidental. 

(O médico Deepak, indiano de nascença, trouxe consigo os conceitos de saúde e equilíbrio, para os ocidentais. Seu grande sucesso na década de 90 se deveu ao fato dele entender a ansiedade ocidental por respostas imediatas e as vantagens da simplicidade indiana por tempo, espaço e equilíbrio.)

Usando conceitos da física de ponta, ele mostrou que a ayurveda não faz mágica quando altera a matéria alterando a energia, já que esta vem antes daquela. 

"O corpo físico é um rio de átomos, a mente é um rio de pensamentos e o que os mantém unidos é um rio de inteligência", escreveu ele no livro O Caminho da Cura (Editora Rocco).

Entrando no Fluxo

Chopra gosta de dar o exemplo dos ossos, que, apesar da aparente solidez, se renovam a cada três meses, célula por célula. É mais que um exemplo, é um alento para quem quer transformação.

Parece tarefa hercúlea mudar o corpo, o estado de espírito, a vida?

A ayurveda diz assim: 

Olha como tudo muda o tempo todo no universo, aproveite, entre no fluxo, seja o universo - e mude você também!

É essa "genial simplicidade" que torna a tradição tão atual! A física quântica já mostra que matéria e energia são uma coisa só. 

É a ciência atravessando o véu de Maya!

A consciência que move o mundo na visão ayuvédica, se manifesta por meio de Espaço, Ar, Fogo, Água e Terra.


(Os elementos da natureza são as principais ferramentas para construir uma nova mente e corpo na filosofia da Medicina Ayurvédica. Aquele que dominar esse poder será jovem e saudável.)

A "matéria-prima" é sempre essa, mas reunida de formas diferentes, o que resulta na diversidade que vemos. 

Comparar essa ideia é meio como assumir a responsabilidade pelo cosmo, porque se você e eu e tudo o mais somos os cinco elementos, estamos conectados para o bem e para o mal, sujeitos às mesmas forças.

Cada ação individual pode gerar saúde ou desequilíbrio, para o indivíduo e a humanidade inteira. Um pensamento negativo aqui causa um ato violento lá...


Continua...



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Aranel Ithil Dior