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Ponto de Vista - Parte 2

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(Ser diferente é normal...!)

Ora, a idiossincrasia representa a riqueza da diversidade humana!

Não somos iguais, ainda bem...! Todos sabemos que não há duas impressões digitais iguais, como também não há duas íris nem dois registros de eletrocardiograma idênticos.  Também não encontraremos duas percepções dos fatos do mundo absolutamente coincidentes. 

Como costumam dizer os franceses: "Vive la différence!

A igualdade não é inteligente... Mas, a compreensão da diversidade, é!

Voltando a falar da dialética, é bom lembrar que ela apresenta três protagonistas: a tese, a antítese e a síntese. 

Nesse conjunto de três elementos, uma pessoa apresenta uma proposição (tese), que é contrariada ou refutada por seu interlocutor (antítese), o que faz surgir uma nova tense, permitindo uma discussão construtiva que leva a uma conclusão híbrida, com elementos retirados tanto das teses quanto das antíteses, construindo um consenso (síntese).

(Campus da UESB Vitória da Conquista)

[Ufa... Tá vendo Dr. Valdomiro, me lembro muito bem de suas aulas de apologética!? E o senhor que falava que eu pulava postulados e tals... Nunca me esquecerei daquele velho e empoeirado púlpito da UESB que os alunos de Direito e História tinham que (obrigatóriamente) proferir seus discursos: (Como é que o senhor falava, mesmo?) "Fogo, gente, inflamem as pessoas! Como eu vou convencer que estou certo, assim! Incendeiem esse lugar!"]

Dada sua importância, a dialética nasceu como um movimento filosófico ainda na Grécia antiga, e tem como fundamento o fato de que, uma vez que as pessoas não são iguais, elas podem e devem, para poder viver em sociedade, construir uma comunidade harmônica, bastando para tanto o exercício do respeito pelas ideias do semelhante e da comunicação clara. 

De acordo com o célebre filósofo alemão Georg Wilhelm Friedrich Hegel (1770-1831), a dialética é o processo fundamental das mudanças históricas 

(Georg Wilhelm Friedrich Hegel)

Estudando a história da humanidade, ele citava o que chamou de "momentos dialéticos", nos quais os conceitos e as instituições então existentes atravessam um período de grandes conflitos internos, que só são superados pela criação de um novo "momento" - a síntese. 

Hegel afirmava que a realidade não é estática, mas dinâmica; e que sua modificação, necessária ao desenvolvimento das pessoas, deriva dos momentos de oposição, de contradição, de perda de unidade, e da busca de uma nova unidade. 

A percepção da realidade é dependente da dialética, das discussões, dos debates, sendo que o próprio pensamento individual deve ser dialético, o que pressupõe discussões e debates internos. 

(A negação da realidade ou a própria autonegação, são reflexos de uma personalidade que, em conflitos, não consegue se adequar ao que está acontecendo ao seu redor. Se adaptar é a chave para viver melhor.)

A negação das diferenças pessoais e da dialética levaria à estagnação. 

Até a natureza é dialética...!

Hegel cita o exemplo da planta, em que o botão precisa desaparecer para que surja a flor, e esta também deve desaparecer para que surja o fruto, e compara essa sequência com a vida de todas as coisas, que passam por permanentes processos de conflitos e transformações dinâmicas, o que leva a uma síntese superior.

É a dialética da vida... Nada mais simples!


Continua...






  

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Aranel Ithil Dior