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A Cura Essencial - Parte 4


(A maior função da Medicina Ayurvédica é acertar os ponteiros do Corpo, Alma e Espírito, para que a hora de cada ação ocorra com a maior integração possível da individualidade de cada um.)

Nossas avós e a Ayurveda concordam no fato de que é preciso respeitar o relógio da natureza. As avós falam em hora certa de comer e dormir e a Ayurved fala em cclos do dia, também divididos nos humores de Vata, Pitta e Kapha.

Kapha, o mais letárgico, impera das seis às dez da manhã. Ou pulamos da cama até as seis, ou depois brigamos com a natureza para despertar, porque a inércia está no comando. 

(Numa terapia budista e Ayurvédica preconiza-se que o indivíduo faça seus exercícios físicos sempre pela manhã para limpar o organismo e utilizar as energias metabólicas e hormonais acumuladas durante a noite.)

Nesse período, é bom fazer exercícios físicos. 

Entre 10 e 4 horas é o ciclo de Pitta: quem manda é a força da transformação. É a fase ideal para fazzer a principl refeição, porque o fogo de Pitta ascende a digestão e transmuta alimento em energia.

Entre 14 e 18 horas quem reina e o agitado Vata. Tempo de cria, usar a mente. Das 18 às 22 horas, Kapha volta a predominar. A digestão fica lenta e o consumo de alimentos pesados é contra-indicado.

A Velha Receita
 
Se fosse para seguir os Vedas ao pé da letra, teríamos de nos aquietar como os passarinhos depois do pór-do-sol. Mas como conseguir isso, se já tem luz elétrica na aldeia e a agenda tem mais compromissos do que horas do dia disponíveis?

(Entender a própria agenda diária de cada um e se motivar a cortar, eliminar ou alternar as atividades trará o equilíbrio tão desejado à vida do indivíduo que busca essa alternativa de cuidado físico e emocional.)

A alternância de ação e repouso, proposta na rotina ayurvédica, é um tremendo desafio, mais premente que nunca. Só muito recolhimento e muita meditação para fazer frente a esse tempo nervoso - um típico distúrbio coletivo do dosha Vata.

Como tudo é cíclico, o que virá depois dessa loucura será um retorno aos hábitos simples... O futuro pede intuição, vidas no silêncio, na meditação, de dentro para fora. Já nos afastamos demais de nós e da natureza. Toda doença é saudade do lar...
 
(Os doshas no organismo)

Muito além da saúde, essa volta para casa promete felicidade mesmo, acesso pleno ao poder sem tamanho do universo. 

O caminho, invariavelmente, é o do autoconhecimento, esse "remediozinho ayurvédico" sem contraindicação nem prazo de validade, que vem sendo receitado há uns cinco mil anos.

A Revelação do seu Dosha

Se você já teve alguma aproximação com a ciência Ayurvédica, deve estar estranhando não ter encontrado aqui aquele questionário para que a pessoa encontre sua classificação - Vata, Pitta ou Kapha.

É comum esse teste gerar mais dúvids que certezas... A maioria de nós tem um humor predominante e um segundo bem atuante também. Mais raras são as pessoas que recebem influência dos três tipos na mesma proporção e ainda mais incomuns são as regidas por uma só natureza. 

Portanto, parece bastante adequado procura a ajuda de um profissional reconhecido, em vez de brincar com as forças dos cinco elementos! 

Contudo, falemos brevemente sobre os doshas:

Vata - O Humor do Movimento

Vata governa a circulação, a respiração, o fluxo das ideias, sentimentos e pensamentos. 

A pessoa é agitada, magra, com estrutura física leve e organismo seco.

Tem olhos pequenos e lábios finos. 

(Biotipo Vata)

Sente muito frio e odeia vento. 

Os passos são rápidos. É tagarela e não escuta os outros.

É instável no apetite, no sexo e no humor. Em desequilíbrio, é ansiosa e sofre de insônia. Em equilíbrio é entusiasmada, muito criativa, ágil e comunicativa. 

Vata se desequilibra no outono e deve evitar a agitação.

Kapha - O Humor da Estabilidade

Kahpa governa a estrutura corporal.

A pessoa tem constituição pesada, ombros e quadris largo. Tem tendência  engordar e, às vezes, é atarracada. A pele, os olhos e os cabelos são bonitos, lubrificados. Os lábios, grossos.

(Biotipo Kapha)

A digestão é lenta e as ações idem Apresenta letargia matinal, tende à depressão e é sensível `umidade e ao frio. 

No amor e no sexo é constante e sensual.

Em equilíbrio, é diplomática, amorosa e tolerante - finalmente, um dosha que sabe ouvir!

Em desequilíbrio, é preguiçosa, pessimista e apegada ao passado. 

Kapha se desequilibra no inverno e deve evitar buscar conforto emocional na comida. 

Pitta - O Humor do Fogo

Pitta rege o metabolismo, as transformações químicas do corpo, a fome, a sede, a energia e a temperatura corporal. A pessoa tem estrutura média, não é gorda nem magra. 

A pele é clara e quase sempre com sardas. 

(Biotipo Pitta)

Tem muito apetite, é sensível ao calor e transpira demais. Extrapola na comida (mas não engorda), no sexo e no trabalho.

Fala menos que Vata, mas também não escuta o outro, porque se sente superior. 

Em desequilíbrio, tem temperamento inflamado: julga e critica, é intolerante e irritada. 

Em desequilíbrio é perfeccionista e determinada. Pitta se desequilibra no verão e não pode abusar do sol. 



Fim.:.


A Cura Essencial - Parte 3

(A meditação não é apenas uma forma de focar a mente em algo, mas usar a agitação da mente para encontrar esse algo!)

Na guerra às toxinas, a meditação é arma obrigatória, indicada como prática diária para higienizar a mente.

A dieta alimentar, que é adequada a cada dosha, é outra forma de controlar o acúmulo de impurezas.

(O terapeuta ayurvédico observa atentamente para seu paciente desejando encontrar, além das palavras, pistas que indiquem quem ele é. Na hora de administrar a dieta ou tipo de meditação o reconhecimento dos doshas dominantes são imprescindíveis.)

Acontece que um filme de ação pode ser mais tóxico que uma feijoada - isso depende da sensibilidade de cada um. 

Podemos não perceber como a saúde é afetada por uma cena de TV ou uma palavra atravessada, mas o saber hindu dá extrema importância ao que entra pelos buracos da nossa cabeça!

(O toque físico, seja da pele ou de óleos e ervas, é muito importante na terapia hindu. Sentir o calor, a textura, a pressão faz com que o indivíduo se sinta onipresente não apenas na busca de sua saúde corporal mas na consciência de que ele está vivo e deve permanecer assim.)

Como é através dos sentidos que se conversa com o universo, as práticas da Ayurveda querem refiná-los, para que sempre extraiam do meio um máximo de energia e um mínimo de toxinas. 

É natural que a massagem tenha tanta ênfase: a pele além de ser nossa proteção, é o maior órgão dos sentidos. 

Massagem na Alma

Você pode ler a teoria, mas outra coisa é deitar, fechar os olhos e se entregar, por exemplo, ao conforto que vem de um fio de óleo morno, descendo contínua e lentamente sobre a testa. 

Esse toque curativo, sem mãos, chama-se "shirodhara" e é só isso mesmo: sobre a cabeça do felizardo, a tigela presa a um suporte verte um preparado de ervas medicinais. 

(Shirodhara)

Na sessão, a percepção vai sendo atraída, suavemente, para o ponto entre as sobrancelhas, que está sendo acariciado pelo calor e a viscosidade do líquido. O relaxamento é tanto que há um vislumbre de expansão de consciência, talvez porque o estímulo esteja localizado na região conhecida como "terceiro olho" - o chakra ligado à nossa espiritualidade. 

Naqueles 60 minutos nada mais existe, só o prazer de estar ali. Não há turbulência mental que resista ao poder de shirodhara. A técnica harmoniza os hemisférios cerebrais, combate estresse, depressão e insônia. 


(Abhianga)

Todo mundo merece, também, passar pela "Abhyanga" (que significa "mãos amorosas"), a massagem Ayurvédica mais difundida. A pessoa é banhada em muito óleo morninho e tem os dois lados do coro friccionados ao mesmo tempo, por quatro mãos sincronizadas.

A técnica, usada para acelera a liberação de toxinas e fortalecer o sistema imunológico, tem uma versão de automassagem, para ser feita todo dia, e uma dedicada aos bebês.

E é mesmo como um bebê que a pessoa é recebida e cuidada, na versão da abhyanga a quatro mãos. É fácil regredir ao útero em meio a tanta proteção, num leito quente e inundado de óelo. 

 (Os marmas)

As manobras ritmadas dos terapeutas, um à esquerda, outro à direita da maca, dão mais coerência ao corpo. é como e tudo se encaixasse quando os seus dois lados ganham toques simultâneos. É como se você deixasse de ser cabeça, tronco e membros para se sentir um todo...

Outra delícia é a massagem que ativa os "marmas", os centros de energia vital onde os tecidos do corpo se encontram. Os marmas, também vistos como elos entre matéria e consciência, correspondem aos pontos trabalhados na medicina chinesa.

(O instituto tem credenciais para dar suas especialização em Medicina Ayurvédica, além de ser o mais antigo do Brasil na disseminação da cultura hindu.)

Como há por ai um uso não lá muito ético do nome da Ayurveda, antes de deitar e relaxar é melhor perguntar como, onde, com quem e em quanto tempo o massagista se formou. 

(Formandos da especialização em Medicina Ayurvédica de 2007.)

Não custa saber que o Estado de Keralla, no sul da Índia, é o berço e a cena dessa ciência; que a Califórnia é o grande centro de estudos e difusão; que os médicos norte-americanos David Frawley e Vasant Lad são os únicos ocidentais considerados no métier e, principalmente, que ninguém vira terapeuta Ayurvédico após um workshop de fim de semana. 




Continua...  


A Cura Essencial - Parte 2

(Os doshas são energias geradas pela força do espírito de cada um de nós.) 

Combinações entre os elementos geram os três princípios da Ayurveda: São os "doshas" (tipos), ou humores, através dos quais a inteligência do universo se expressa nas pessoas. 

Espaço mais Ar dão o biótipo VATA, que representa movimento, agilidade. É a instabilidade do vento. Fogo e (pouca) Água dão PITTA, que representa metabolismo, irritabilidade. É a combustão do fogo. Terra e (muita) Água dão KAPHA, que representa estrutura, estabilidade. É o peso da lama. 

Uma piada ayurvédica ajuda a entender como esses humores nos regem!

- Se um avião atrasa, o passageiro do tipo Vata reage preoucupado, antevê um desastre na sua agenda e dá um jeitinho de se culpar pelo incidente: "Eu devia ter previsto isso. E agora?

- O passageiro Pitta, decerto irratadíssimo, ameça o representante da companhia e cobra uma solução, com o rost rubro de raiva. 

- O passageiro Kapha, bem zen, aproveita a confusão e faz uma boquinha na lanchonete.

(Determinar corretamente o dosha de cada indivíduo fará com que o terapeuta também determine uma rotina de terapias e condutas que o levarão a mudar para sempre sua vida.)

Cada dosha tem comportamento, traços físicos e metabolismo próprios. Não que a Ayurveda catalogue toda a fauna humana em três estereótipos. Ao contrário, cada pessoa é tratada como única - a grande diferença em relação à medicina ocidental. 

Um médico indiano não cura nem gripe usando a mesma receita para dois indivíduos!

Todo mundo recebe influências de Vata, Pitta, e Kapha, em proporções diferentes. É mais comum a pessoa ter um dosha dominate e  outro em proporção elevada. Nesse caso é classificada como Vata-Pitta, Kapha-Vata, etc. A leitura da descrição dosha ajuda na identificação, mas para um diagnóstico preciso só meso numa consulta ao vivo. 

Serpente, Rã e Cisne

Sempre se espera um pouco,  de um sofá coberto por um velho cobertor...

Em minha casa, exercendo limitadamente minha especialização, já que ainda estou tentando concluir minha graduação em Fisioterapia, me parece, que sou a única especialista formada nesta área aqui em minha cidade...(!)

(Primeiro, verificar o ritmo da corrente sanguínea no corpo do paciente...)

Apesar de envergar alguns diplomas, e tals, eu mesma atendo meus telefones, agendo e organizo as visitas.

O diagnóstico começa com um exame do pulso, usa-se os dedos indicador, médio e anular para perceber a frequência de Vata, Pitta e Kapha - os três diferentes humores da Ayurveda. 

Com diferentes pressões, mede-se 15 pulsações, rastreando a situação e órgãos e tecidos  detectando desequilíbrios, antes que virem doenças.

(Detectar sinais fisiológicos no rosto é uma ciência chamada de Fisiognomonia. Em seu livro Bioenergética, Alexander Lowen diz: “A atitude do indivíduo em relação à vida ou seu estilo pessoal refletem-se no seu comportamento, em sua postura e no modo como se movimenta.”)

O pulso de Vata é rápido e irregular, igual ao deslizar da serpente. O de Pita é quente e ativo como os pulos de uma rã. A pulsação de Kapha é lenta, estável como um cisne nadando. 

Para o olhar treinado, o rosto é outro mapa do estado físico e emocional. Rugas revelam tudo!

(Pode ser perturbador, mas o médico ayurvédico encara profundamente o paciente quando em sua presença, para definir, somar, concluir o que está acontecendo com ele apenas com as pistas apresentadas no cenário físico do rosto.)

Se houver distúrbio, estará indicado na face, o espelho da mente. Da minha visão não escapa, por exemplo, aquela linha vertical entre as sobrancelhas (que eu tenho, chato...!) que, do lado direito indica emoções reprimidas no fígado, no lado esquerdo aponta problemas no baço (no meu caso, o descanso repõe a juventude...).

Depois do diagnóstico, monta-se um tratamento com dietas, massagens, exercícios e meditação ou remédios de ervas. Tudo para purificar corpo, mente e espírito.

(A medicina alopática consegue, pela rapidez, seus resultados. Mas um tratamento ayurvédico cuida com pouca ou nenhuma reação adversa o corpo. Isso, porque o local de nascimento do indivíduo ou, o local onde ocorreu a lesão, deve conter, sistematicamente, o antídoto do problema. Este é um ensinamento Teravada do Budismo, encontrado no livro Ensinamento dos Anciãos.)

O segredo da saúde, nessa medicina, é reconhecer, eliminar e reduzir a captação de toxinas, que bloqueiam o fluxo da energia vital. 

É claro que um médico pode fazer muito para que cheguemos lá, mas o auto-estudo é fundamental: cada um precisa aprender a ligar seu próprio detector de venenos.


Continua...


A Cura Essencial - Parte 1

(O conceito básico da Medicina Ayurvédica é: Todo o remédio que seu corpo precisa, seu local de origem produz.)

O nome é áspero ao ouvido ocidental, a teoria é vasta e a embalagem, exótica... Mas a Ayurveda, ou "ciência da vida", é simples. 

Tem um pouco dela nos hábitos da roça, nos conselhos das mães e em toda cura baseada na observação da natureza, como a praticada pelos índios.

Antiguidade não é selo de qualidade. O que fascina na medicina indiana não é tanto a origem milenar mas a facilidade de se renovar e adaptar a culturas e épocas. Sua força não está no passado, tem a ver com o presente.

(Os primeiros contatos da medicina ayurvédica com o ocidente foi na invasão inglesa à Índia. Quando aquele país se tornou colônia britânica, a troca de informações e conhecimentos foram inevitáveis. Acima, uma ilustração publicada num dos vários artigos ingleses que mostravam as técnicas da medicina da vida.)

Hoje, a Ayurveda é a segunda razão que leva turistas à Índia (a primeira é a busca religiosa). Na Europa e nos Estados Unidos, há um mercado forte de remédios, temperos e cosméticos dessa linha terapêutica. 

Por aqui, a despeito de termos 80% das plantas usadas na Índia, a Ayurveda ainda é coisa spa de luxo e clínica de beleza. E é pena que um método preventivo e barato fique restrito à elite e à estética, quando até a Organização Mundial de Saúde o recomenda aos países pobres.

(O rejuvenescimento percebido pela Medicina Ayurvédica é obtido pela união de várias disciplinas: A meditação, que cuida do estado energético mental; A alimentação, que qualifica o tipo de energia que cada corpo precisa; e a prescrição de técnicas de tratamento que podem ser massagens até energizações e exercícios que equilibram o corpo, resultando na saúde do indivíduo.)

O rejuvenescimento é só o efeito mais vistoso de um sistema completo, que trata corpo, mente e espírito. De início, a teoria diz o óbvio: somos parte da natureza, devemos nos alinhar a ela para viver mais e melhor.

Saúde pede integração. E conhecimento.

A cartilha Ayurvédica classifica de "ignorância" a aceitação do mundo físico como única realidade. Nosso corpo (e toda a Criação) seria a manifestação restrita e transitória de uma consciência maior. A matéria é tida apenas como uma espécie de ilusão.

(Maya é a Deusa que impôs um véu de ilusão em tudo que cerca a vida dos encarnados. Seu objetivo é ludibriar os corações fracos e fortalecer os merecedores de uma nova chance de vida: A evolução é o grande prêmio para aqueles que atravessarem o véu de Maya.)

Essa concepção vem dos Vedas, os velhos textos hindus que nos mandam levantar o véu de "maya" (ilusão), ou seja, ver a essência por trás da aparência.

Por aqui essa história pode soar religiosa demais, mas - graças à Deus - o médico indiano Deepak Chopra já adaptou a coisa toda à mentalidade ocidental. 

(O médico Deepak, indiano de nascença, trouxe consigo os conceitos de saúde e equilíbrio, para os ocidentais. Seu grande sucesso na década de 90 se deveu ao fato dele entender a ansiedade ocidental por respostas imediatas e as vantagens da simplicidade indiana por tempo, espaço e equilíbrio.)

Usando conceitos da física de ponta, ele mostrou que a ayurveda não faz mágica quando altera a matéria alterando a energia, já que esta vem antes daquela. 

"O corpo físico é um rio de átomos, a mente é um rio de pensamentos e o que os mantém unidos é um rio de inteligência", escreveu ele no livro O Caminho da Cura (Editora Rocco).

Entrando no Fluxo

Chopra gosta de dar o exemplo dos ossos, que, apesar da aparente solidez, se renovam a cada três meses, célula por célula. É mais que um exemplo, é um alento para quem quer transformação.

Parece tarefa hercúlea mudar o corpo, o estado de espírito, a vida?

A ayurveda diz assim: 

Olha como tudo muda o tempo todo no universo, aproveite, entre no fluxo, seja o universo - e mude você também!

É essa "genial simplicidade" que torna a tradição tão atual! A física quântica já mostra que matéria e energia são uma coisa só. 

É a ciência atravessando o véu de Maya!

A consciência que move o mundo na visão ayuvédica, se manifesta por meio de Espaço, Ar, Fogo, Água e Terra.


(Os elementos da natureza são as principais ferramentas para construir uma nova mente e corpo na filosofia da Medicina Ayurvédica. Aquele que dominar esse poder será jovem e saudável.)

A "matéria-prima" é sempre essa, mas reunida de formas diferentes, o que resulta na diversidade que vemos. 

Comparar essa ideia é meio como assumir a responsabilidade pelo cosmo, porque se você e eu e tudo o mais somos os cinco elementos, estamos conectados para o bem e para o mal, sujeitos às mesmas forças.

Cada ação individual pode gerar saúde ou desequilíbrio, para o indivíduo e a humanidade inteira. Um pensamento negativo aqui causa um ato violento lá...


Continua...



Como funciona a Moxabustão?


Funciona como uma espécie de acupuntura térmica, na qual o calor gerado com uma queima da moxa - um preparado da planta artemísia - é aplicado no ponto do corpo que corresponde ao órgão a ser tratado.

Ou seja, em vez de massagem ou agulhas, esta técnica da medicina tradicional chinesa, também conhecida como moxibustão, usa o calor para desbloquear a energia e tratar doenças.

(O Fisioterapeuta deve ter uma especialização em Acupuntura para executar a Moxabustão no paciente)

O calor da queima da artemísia harmoniza energeticamente os pontos dos meridianos relacionados aos órgãos internos. 

A moxa mais utilizada tem forma de bastão, que depois de aceso é usado sobre a pele, a uma distância que não queima o corpo. 

(A técnica da Moxa direto nos meridianos exige do fisioterapeuta muita atenção no tempo da aplicação no paciente)

Outra aplicação é a moxa colocada acesa sobre uma fatia de gengibre, alho ou cebola, estes colocados diretamente sobre a pele.

Assim como no método anterior, exige-se cuidado para não provocar queimaduras. 

(A utilização da moxa e agulhas é uma técnica mais recente criada pelos médicos acupunturistas ocidentais que dinamizou e inovou a tradicional forma da utilização da Moxabustão)

Também é possível utilizar agulhas de acupuntura, sobre as quais se adapta um "chapeuzinho" de aço que acomoda a moxa acesa: o calor passa para a agulha que alcança o ponto energético desejado. 

Mas, por que artemísia?

(A Artemísia é encontrada sob mais de 300 espécies espalhadas pelo mundo todo. O Absinto é um tipo de artemísia,  e a Losna brasileira, também)

Ela libera um calor não muito intenso e seu aroma tem propriedades que equilibram o organismo.



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Boca Fechada - Parte 2


Talvez esse motivo não o inspire a jejuar, mas mostra que você pode aproveitar o dia do jejum para refletir e perceber novidades, como as próprias reações de seu organismo e da sua mente.

Jejuar pode servir para reeducar a alimentação. À medida que jejuamos com mais frequência, percebemos que ingerir alimentos leves antes e após os períodos sem comer facilita o jejum. O corpo se acostuma a processar comidas menos gordurosas e industrializadas e o aparelho digestivo começa a ficar mais tempo em descanso do que quando comemos muito.

Quando chega o dia do prato vazio, não sentimos tanta fome quanto nas primeiras vezes em que vivemos nosso dia de faquir. E de quebra ganhamos alguns dias a mais de alimentação saudável.

Algumas pessoas defendem que o jejuador aproveite o dia para atividades mais relaxantes e introspectivas. Professores de Yoga preconizam que o jejum serve não apenas para manter o corpo mais alerta e saudável, mas a mente mais focada e concentrada. A ideia é dominar o pensamento até passar por cima da ideia fixa no desejo de comer.

Também pode-se aproveitar esse momento para cuidar do corpo e da mente, fazendo massagem, yoga, exercícios leves e meditação.

Nada impede, porém, que você fique sem comer num dia normal de trabalho. Aí o segredo é testar seu organismo e perceber se você encara numa boa a rotina do escritório com um buraco no estômago, ou se prefere pegar mais leve e jejuar no fim de semana, aproveitando para ir ao parque omar sol, ficar em casa arrumando os livros, assistindo a um filme ou meditando.

O que não vale é viver o jejum como uma privação, um sofrimento - afinal, foi você quem optou por ficar um dia sem botar nada na boca para dar um tempo para o seu organismo, lembra?

Você pode adotar uma postura meio budista e aderir ao meio-termo. O príncipe Siddharta Gautama meditou muito até perceber que ninguém deve se entregar a todos os prazeres mundanos e tampouco vestir a camisa do ascetismo.

Ao se dar conta disso, ele aceitou a tigela com leite e arroz que uma camponesa lhe ofereceu após dias a fio de jejum. No momento em que comeu, restaurou as energia, abandonou a companhia dos ascetas radicais com quem estava e foi meditar em outras bandas até tornar-se Buda.

Como você vê, nem um dos homens mais iluminados foi tão radial. Prova de que não é preciso ser um asceta para jejuar. Basta aproveitar a oportunidade de aprender com a novidade.


Assim É Mais Fácil

1 - Uma semana antes do dia do jejum, substitua os alimentos sólidos do jantar por uma sopa. Com isso, o organismo se acostuma com menos comida e você não sentirá tanta fome quando jejuar.

2 - Se quiser jejuar segundo os preceitos da medicina ayurvédica, na manhã do dia de jejum tome um copo de água morna com gotas de limão e uma colher (sobremesa) de mel. Ao longo do dia, tome água de suco.

3 - Caso sinta um pouco de sonolência ou prostração (sintomas derivados da falta de alimentos), coma uma pitada de sal para amentar a pressão ou um pouco de mel para restaruar a vitalidade.

4 - Dia de jejum não é sinônimo de não fazer nada. Ocupe-se. Quanto mais atividades fizer, menos vai pensar na comida. Sinta as reações do corpo e faça o que tiver vontade.

5 - Medtar é uma opção. Quando ficamos sem comer, é natural pensarmos em comida. Treine a mente para se desviar desses pensamentos.

6 - Diabéticos, pessoas que tomam medicação contínua, crianças e idosos não devem jejuar.

7 - Para fazer jejum de mais de dois dias, converse com seu médico ou um nutricionista para maiores orientações.


FIM.:.


Referências Bibliográficas

Sites

Bokkulla Ramachanda Redy, www.zonazero.com/ayurveda

Centro de Pesquisa e Estudo da Medicina Chinesa, www.center-ao.com.br


Livro

Você sabe se Desintoxicar?, Dr. Soleil, ed. Paulus, 2007.


Boca Fechada - Parte 1


Tradição em diversas religiões, o jejum dá um descanso ao organismo, reeduca a alimentação e favorece a introspecção. 

A gente tem sempre abordado assuntos de prazer e cuidados com o corpo. Às vezes, brincamos com a Astrologia e como os oráculos interagem com nosso corpo. De algum jeito, temos sempre abordado questões de prazer físico ou espiritual. 

Um dos maiores prazeres do corpo é comer, para sair um pouco da rotina, vamos fazer justamente o oposto: vamos falar de jejum  que é quando ficamos um período sem comer nada sólido e tomamos apenas líquidos. Está certo que nem todo mundo consegue se imaginar passando 24 horas sem botar um grão sequer de arroz na boca, e tomar apenas água ou suco, mas quem jejua garante que é bom e ajuda a limpar o organismo. 

Na cultura hindu, que baseia seus hábitos alimentares na medicina ayurvédica, jejuar é ato cotidiano. O décimo primeiro dia de cada mês é o ekadasi, o dia em que ninguém come sólidos e apenas ingere um pouco de líquido. Em geral, as pessoas exageram na quantidade de comida e não têm uma dieta balanceada. Por conta desse excesso, e porque estamos sempre comendo, o organismo não tem tempo de digerir os alimentos em sua totalidade e eles se putrefazem dentro do corpo, tornando-se tóxicos. Aí o jejum ajuda a eliminar essas toxinas que sobraram. 

O dia sem comer também auxilia na liberação das toxinas dos agrotóxicos das verduras e legumes, do tabaco e do álcool ingerido normalmente. 

O jejum, porém, não é unanimidade em todas as medicinas. Nem na ocidental e tampouco em outros modos orientais de ver o corpo, como a medicina chinesa. Muitos terapeutas especializados na Medicina Chinesa não acreditam nessa prática como ferramenta para limpar o corpo. Eles preconizam que se alguém sente necessidade de se desintoxicar é sinal de que está comendo veneno, dizem. 

Por isso, para eles, mais vale uma alimentação o mais natural possível que abster-se de comida. Eles argumentam que se os animais não jejuam volutariamente, os humanos não deveriam fazer o mesmo. Bichos param de comer quando estão doentes e pessoas também. Fora isso, ninguém precisa deixar de comer, afirmam os terapeutas chineses. 

Já a Endocrinologia ocidental explica que naturalmente fazemos jejum diário, enquanto dormimos. Daí, na opinião desses médicos, não temos necessidade metabólica de ficar 24 horas sem comer. Mesmo porque, afirmam, não existe comprovação científica de que a abstenção de comida faça uma faxina extra no organismo para complementar a eliminação rotineira das toxinas por meio das fezes, urina e suor. 

O alerta dos médicos ocidentais é para os adeptos de longos jejuns. Nas primeiras 12 a 24 horas, o organismo usa todo o glicogênio armazenado para suprir a necessidade energética. Após 24 a 48 horas passamos a consumir nossos estoques de gordura e depois de 48 horas o corpo queima a proteína dos músculos.

Daí para a frente o organismo entra em processo de inanição, que leva, por exemplo, à falência muscular, renal e cardíaca e, em casos extremos, à morte. 

Mas é claro que o tempo para se chegar a isso varia conforme o indivíduo, que ficando um ou dois dias de estômago vazio, não será prejudicial a uma pessoa saudável, pois o corpo sobrevive com suas reservas naturais. 


Um Dia Líquido

Então, se você pretende dar um tempo para o seu organismo depurar os excessos que cometeu ao longo da semana, pode ficar um ou dois dias sem comer tranquilamente. Mas tomar água é fundamental. 

Conforme pesquisas realizadas na Universidade de Harvard, estudos sobre os efeitos do jejum em pacientes pediátricos em pós-operatório, o fator mais limitante do jejum é a falta de água. Mais de 90% dos alimentos é composto por líquidos e uma pessoa precisa de pelo menos 2 litros por dia. No jejum sem água, a desidratação acontece em cerca de dois dias e ao fim de sete a dez dias poucas pessoas sobrevivem. 

Adeptos do jejum total conseguem passar o dia tomando água e nada mais. Mas a maioria das pessoas faz jejum parcial, que inclui, a ingestão de suco ou chá, além de água, ao longo de 24 horas. Esses líquidos suprem as necessidades de hidtratação do corpo e o açúcar da frutas alimenta e diminui a fraqueza. 

A diferença em relação a um dia normal é aprender a ficar de estômago vazio sem sofrer com a falta de saciedade que sentimos após as refeições. Por outro lado, experimentamos como é ficar com o corpo mais leve e sem aquela preguicinha típica que nos envolve enquanto fazemos a digestão. 

Além disso, jejuar pode nos fazer reavaliar velhos hábitos. Quando o homem se priva de comida, ele tem um tempo para pensar no quanto come em exagero e em quantas pessoas não têm acesso nem a um quarto dessa comida.

O jejum religioso do ramadã, por exemplo, leva os muçulmanos a compreenderem o que sente uma pessoa com fome e isso desperta a caridade.


Continua...

Terapias Alternativas - Parte 3



Homeopatia: Cura em Pequenas Doses

Ficar mais próximo do doente e dos motivos que levam uma pessoa a adoecer foi o que motivou, por exemplo, o médico paulista Paulo Rosenbaum a optar pela homeopatia. Ele acaba de lançar o livro Homeopatia, Medicina sob Medida (ed. Publifolha).

Paulo estudou dois anos de filosofia antes de escolher a medicina. Entrou na faculdade decidido a entender a mente humana para daí, talvez, enveredar pela psiquiatria. No decorrer dos estudos, percebeu que esse caminho não o faria promover a melhoria na qualidade de vida das pessoas.

O que ele buscava? "Uma forma de compreender os motivos da doença e os mistérios da saúde", responde. "A grande questão é compreender a vitalidade de cada um de nós, e eu encontrei isso na homeopatia, que resgata a medicina do sujeito: a pessoa conta o que sente, o que sonhou, suas ansiedades e seus medos. Hoje, falo menos em cura e muito mais em cuidado", afirma Rosenbaum.

Parte do tratamento está relacionado a perguntas simples, do tipo"como anda seu trabalho, suas angústias e vontades?". Uma enxaqueca pode esconder muitas coisas: maus hábitos alimentares, excesso de trabalho, mas também feridas profundas da alma.

Os números provam que o paciente considera essa abordagem na hora de fazer a escolha. Segundo Rosenbaum, 70% dos pacientes americanos usam algum tipo de medicina alternativa, 25% da população belga se trata exclusivamente com homeopatia e 31% dos europeus utilizam medicamentos homeopáticos.

No Brasil, de acordo com dados da Associação Médica Homeopática Brasileira, 9 milhões de  utilizam a homeopatia e estima-se que existam 15 mil médicos dessa linha.



Fim.

Terapias Alternativas - Parte 2


Veja quais são as principais terapias alternativas e o que elas podem fazer por você.


Acupuntura

O que é: Por meio da colocação de agulhas finíssimas, bastões de moxa-bustão ou ventosas em pontos ao longo do corpo, se etimula o fluxo de energia. Os pontos dessa rede, mapeada pelos orientais, estão localizados em regiões de terminações nervosas. em situações de dor, os estímulo desses pontos promove a liberação de endorfinas, substâncias que funcionam como analgésico.

A que se destina: A Organização Mundial da Saúde listou a prática como eficaz para mais de 107 doenças e sintomas. Seu uso mais conhecido é no alívio de dores agudas e crônicas - de uma crise de enxaqueca à artrite.
Tem cobertura dos planos de saúde.



Florais

O que é: Prega o equilíbrio das emoções por meio da energia das flores. Os florais mais conhecidos levam o nome do médico inglês Edward Bach, criador do método.

A que se destina: Os florais podem ser usados para aplacar emoções pontuais, como o excesso de ansiedade ou uma crise de ciúmes. Nos processos de cura mais profundos, as essências agem em parceria com outros tratamentos.


Fitoterapia

O que é: Tratamento à base de plantas. Para prescrever as receitas, é preciso estudar a fundo os efeitos das ervas. É uma prática comum na medicina indiana e na chinesa por meio de infusões, extratos, cápsulas, compressas e outros.

A que se destina: Principalmente a doenças como resfriados, dor de cabeça, cólica, insônia e problemas digestivos.


Hidroterapia

O que é: Terapia por meio da água - pela ingestão de águas terapêuticas ou por terapias feitas dentro da água, como watsu (espécie de shiatsu dentro de piscina aquecida) ou banhos. É usada pelo homem desde a Antiguidade.

A que se destina: Indicada para relaxar - a água quente promove o aumento da dilatação dos vasos e reduz a tensão dos músculos. Reduz o estresse, a ansiedade e age como um coadjuvante nos tratamentos de depressão e problemas articulares, musculares e do sistema nervoso. Especialmente utilizada pela antroposofia.


Homeopatia

O que é: O termo foi criado pelo médico alemão Samuel Hahnemann (1755-1843). O nome vem do grego e significa "conformidade de afecções ou sentimentos", o que traduz seus princípios: promover a cura, provocando sintomas semelhantes aos da doença e não pelo combate dos sintomas, como na alopatia. Isso é feito pelo uso de medicamentos que passam pelo processo de dinamização - sucessivas diluições do princípio ativo em álcool. Para a homeopatia, a doença se inicia na alma.

A que se destina: Para qualquer tipo de problema. A idéia é fazer o organismo voltar a seu equilíbrio. Tem cobertura dos planos de saúde.

Musicoterapia

O que é: Um tratamento por meio da música. Foi criada nos Estados Unidos, após a Segunda Guerra Mundial, por psiquiatras de um hospital para veteranos da guerra. a música atua nas emoções e provoca estados de alteração e percepção capazes de acelerar ou reduzir os batimentos do coração. Induz à calma e à meditação. É sabido que músicas de compositores como Vivaldi e Mozart produzem o bem-estar e a calma. Já Beethoven e Wagner aceleram as batidas do coração.

A que se destina: Muito usada para reduzir a ansiedade.


Terapias Corporais

O que é: Técnicas como Rolfin, a Reeducação Postural Global (RPG), a osteopatia e a quiropraxia. Trabalham com o alongamento dos músculos por meio de manipulação pelo terapeuta, posturas e exercícios de respiração. A maior parte foi desenvolvida na metade do século 20 e tem como princípio que o corpo expressa muito dos problemas e estados emocionais.

A que se destina: Principalmente aos que têm dificuldade de boa postura, desvios de coluna, tendinite, artrite ou artrose. Alguns planos de saúde oferecem cobertura.


Continua...


Aranel Ithil Dior