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Natureza Humana - Parte 1

Saiba porque ter em casa uma plantinha faz tanta diferença e descubra que tipo é melhor para seu espaço.

(Minha amiga Célia que sempre tira minhas dúvidas sobre minhas plantinhas)

Que é gostoso ter uma planta em casa todo mundo sabe. Um vaso ou dois ou mesmo uma floreira dão um toque especial ao ambiente, uma coisa assim... meio... meio o quê?


Afinal, o que é que as plantas têm que deixam qualquer ambiente mais agradável?

Qual é a raiz do prazer de andar em um lugar arborizado?

(Entrada do Poço Escuro, um portal verde em Vitória da Conquista)

A resposta pode parecer estranha, mas gostamos de ter plantas por perto porque fomos feitos para andar no meio delas, mesmo.

(Caminhos secretos do Poço Escuro)

Por vários pontos de vista, inclusive o genético, ainda somos os mesmos bichos que alguns milhares de anos atrás perambulavam pelas savanas vestindo peles e caçando para sobreviver.

(Trabalho dos alunos de Biologia da UESB no Poço Escuro em 2012)

Em outras palavras: gostamos de mato porque é o nosso habitat natural.


Tudo bem, ninguém nos obrigou a viver em casas e cidades, nós as construímos para ter mais conforto, proteção e tal. Mas lá no fundo da alma ainda há uma porção selvagem que pede um pedaço de verde à vista.


Ao se aproximar da natureza o homem percebe, mesmo que de maneira inconsciente, que em épocas imemoriais esteve diretamente ligado a tudo o que era natural.


Ou seja, o maior mérito de um jardim não é ser bonito, e sim emocionante.


Um jardim é o local em que o homem compartilha as emoções da sua origem com a natureza, é um ecossistema que envolve as pessoas emocionalmente. É aí que entra o paisagista, cuja missão é plantar um ambiente que desperte a emoção que o cliente desenhou dentro de si.


Uma tarefa nada fácil, convenhamos.O jardim pode ser aconchegante, selvagem, rústico, tropical. Por isso, num projeto paisagístico nada é por acaso. Escolhem-se a dedo, flores que atraiam beija-flores, borboletas, bem-te-vis e joaninhas, por exemplo.


O mesmo serve para árvores, folhagens e arbustos que se encarregarão de criar sensação de aconchego, composição de cores, volume, formas e sombra – e também isolamento acústico e barragem de vento.

Moita de Estimação

Mas não é preciso ter um quintal ou um jardim para viver bem. Num apartamento ou uma casa sem espaço externo pode-se preencher a cota necessária de verde com vaso ou floreiras.

Tanto faz. Só não esqueça que uma planta não é um elemento meramente decorativo, ela é um ser vivo. Quem recorre às plantas para dar vida ao ambiente deve dispensar ao verde os mesmos cuidados dados a um animal de estimação.


Portanto, assim como ninguém compra um imenso dogue alemão para morar em uma quitinete, não adianta ir a uma loja de mudas e pedir por determinada planta, só porque você quer ter uma em casa. Antes é preciso estudar o ambiente que se pretende verdejar. Só depois é que se escolhe a espécie.


Para começar, faça como um paisagista: observe a luminosidade. A incidência da luz no ambiente é o principal parâmetro para definir o que plantar.

Grosso modo, há quatro graus de luminosidade: Claridade, meia sombra, sombra e escuro.


Analisar a circulação de ar e se bate muito vento no local também é relevante – já que toda espécie gosta de ar, é claro, mas nem todas se dão bem com vento.


Mapeado o ambiente, a partir daí é questão de gosto. Escolha a planta que preferir entre as que se dão bem no canto disponível. Como regra geral para ambientes internos, as plantas ornamentais que atingem até 2 metros de altura são as mais indicadas, pois se adaptam melhor. Em condições naturais elas vivem abaixo de árvores mais altas e não recebem luz solar direta.


Continua...

Aranel Ithil Dior