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Descobrindo seu Tibete - Parte 2

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(Apesar do território do Tibete ser vasto e grandioso, a dificuldade em transpor os acidentes geográficos e a altitude, tornam sua exploração uma tarefa impossível. Atualmente, além de tímidas viagens por terra, a ferramenta mais utilizada são imagens por satélite.)

O Tibete, até 2003, proibido ao turismo, mantém-se como uma das regiões menos exploradas da Terra. 

Seu vasto território, de tamanho aproximado ao do Estado do Pará, exibe alguns dos lagos mais altos do mundo, que se elevam até 4.500 metros.

(Lago Manasoravar situado numa altitude de 4.556 m é o lago de água doce mais alto do mundo.)

Também brotam nos vales pelo menos meia centena de montanhas com mais de 6 mil metros. Entre elas, a exuberante Qomolangna, a "Deusa Mãe" - que conhecemos como o pico mais alto do planeta, o Everest.

(O Monte Everest com altitude de 8.848 m acima do nível do mar é um dos montes mais altos do mundo e continua crescendo pelo movimento das placas tectônicas. Um dia ele irá desabar em si mesmo, pelo próprio peso acumulados, mas até lá, ele será reverenciado como Qomolangna, A grande Mãe.)

A paisagem tomada pelas montanhas nuas e pelos platôs desolados, entretanto, ganha cor com as bandeiras de prece que tremulam aos ventos pelas trilhas e vilarejos remotos.

Em constante movimento, elas realçam a atmosfera de espiritualidade do Tibete, trazendo escritos os mantras sagradas, que estão profundamente enraizados no budismo tibetano. 

(Bandeiras de Oração no Tibete. Elas conferem um ar de festa e cor às ruas e templos da região. Como no Brasil, quando o visitante vai à Salvador e deixa ali uma fita na igreja do Senhor do Bonfim, ali o mesmo ocorre, o visitante deixa uma oração ao vento pedindo sorte, paz e uma boa viagem.)

De forma sutil, os mantras teriam a capacidade de alterar a mente e provocar uma conexão com Buda, ou um ser iluminado.

Uma das invocações mais comuns nas bandeiras de oração é Om Man Padme Hum, que possui importante significado. Sua constante recitação ajuda a concentrar e a focalizar a mente na meta primordial: atingir altos níveis de sabedoria e compaixão. 

(As bandeiras do Tibete são comercializadas pelo mundo todo. Você pode comprá-las em lojas especializadas em artigos religiosos. É uma maneira de ter o Tibete pertinho de você...)

Quando esses mantras oscilam ao vento, as preces são enviadas como sinl de boa sorte e proteção para a vizinhança - ou mesmo para terras distantes - sempre em benefício dos outros.

Os mantras são efetivos porque ajudam a manter a mente quieta e pacífica. Eles erradicam as negatividades e podem ligar-nos a uma energia curativa. 


Continua...




Batata na testa cura dor de cabeça?

(Existem mais de 150 tipos de dores de cabeça... Identificar a causa é o grande mistério para sua cura.)

Curar, não cura, mas ajuda a aliviar a dor.

O tubérculo provoca uma sensação de frio quando fica em contato com a pele, que é mais quente, levando a uma constrição dos vasos sanguíneos da cabeça, que dilatam durante a crise. 

Isso pode mesmo atenuar a dor, mas dificilmente acaba por completo com a sensação desagradável. 

(Será que batata resolve?)

O frio decorrente do contato da batata com a pele é conduzido pela mesmas vias neuronais que propagam a dor. A sensação de frio pode atropelar a de dor, e  a pessoa simplesmente deixa de sentir esse incômodo para sentir frio.

Ambos os médicos descartam teorias que atribuem o poder curativo da batata à niacina (vitamina do complexo B) contida nela. 

Embora essa vitamina seja importante para  a prenvenção de enxaqueca, sua melhor absorção acontece por meio da digestão de alimentos e não pelo contato com a pele. 

(Ao invés de batata, coloque gelo.)

Existem mais de 150 tipos de dores de cabeça e as causas são diversas, o que dificulta a descoberta da sua origem e o tratamento mais adequado.

O ideal é colocar gelo na fronte, em vez de batata.

Isso nos leva, mais uma vez, às tradicionalíssimas compressas de água fria na testa...


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Descobrindo o seu Tibete - Parte 1

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(Um dia quero fazer uma viagem de moto pelo Brasil, e vou realizar isso! Pilotar uma moto não é apenas prático, barato, nem uma moda. É uma filosofia de vida, em que a liberdade celebra cada centímetro à sua frente.)

Que poder de transformação uma viagem traz consigo?

E que desejos estão ocultos quando nos propomos a realizar uma longa jornada?

"O que suas pernas fazem pode ser maravilhoso." - J.R.R. Tolkien.

Mas, fundamental de fato, é para onde sua alma está voltada, refletia o antigo sábio persa Shabestari sobre a importância de viajar para longe, em busca de conhecimento e crescimento espiritual.

(Mas pequenas viagens também satisfazem... Entroncamento para Caetité-BA.)

Ou, simplesmente, para realizar um velho sonho. 

O segredo de uma viagem valiosa, portanto, não estaria em mapas detalhados e muito menos nos roteiros descolados. Mas, sim, no coração, aberto e disposto a aprender com as novidades impostas pelo caminho. 

Aventurar-se em regiões remotas e misteriosas - especialmente aquelas dotadas de espiritualidade elevada - desde sempre atrai o ser humano. Muitos capítulos da história, aliás, foram escritos por causa de peregrinações.

(Um lugar que adorei conhecer, Stonehenge. A energia ali só pode ser mensurada por aqueles que tocarem suas pedras, é incrível como algo tão antigo, mantém uma sinergia tão viva em emanar respeito e veneração até os dias de hoje.)

Hoje, entre os lugares no mundo que ainda exercem fascínio e mistério extraordinários, poucos podem ser comparados ao Tibete.

Encravado ente as montanhas colossais do Himalaia, numa altitude média de 5 mil metros e com suas fronteiras controladas pela mão de ferro do governo comunista de Pequim, o território tibetano estimula a imaginação de estudantes do esoterismo e peregrinos. 

(O Tibete é a Jerusalém do homem esotérico e místico, ele um dia, precisa ir ali para fazer suas orações.)

Afinal, que lições nos ensinam os tibetanos, conhecedores de filosofias sofisticadas, praticantes de uma religião tão autêntica e donos de uma tolerância incomum no conturbado mundo de hoje?

Disseminando Ensinamentos

Incapazes de compreender a riqueza da cultura tibetana e entorpecidos pela equivocada cartilha comunista de Mao Tsé-Tung, os chineses começaram a ocupar o Tibete em 1949.

(Conflito no Tibete em 2008)

Dez anos depois, a China consolidou a invasão e o anexou ao seu território. Foi quando o décimo quarto Dalai Lama, Tenzin Gyatso, atual líder espiritual do povo tibetano, viu-se obrigado a deixar sua terra, junto com milhares de outras pessoas. 

Ao longo da truculenta ocupação chinesa, calcula-se que 1,2 milhão de tibetanos perderam a vida e cerca de 6.200 monastérios foram destruídos, restando apenas uma dúzia deles. 

(Os tibetanos que tinham condições financeiras exilaram-se na Índia. Ali, levaram sua cultura que, frequentemente, cria dissensões e conflitos num país que já têm seus próprios problemas sócio-culturais e religiosos para encontrar respostas ainda insolúveis.)

Mais de 100 mil tibetanos vivem no exílio, a maioria em países asiáticos. A fé, entretanto, não foi aniquilada.

Apesar da opressora presença chinesa, virtudes como a humildade, a caridade a temperança, a benevolência, a afeição e a consideração por todos os seres vivos são incentivados entre o povo tibetano.

(Estudar as doutrinas das religiões tibetanas, fazer os rituais de meditação ainda hoje, é uma prática mantida e passada de geração em geração.)

Assim como são motivadas a meditação solitária e o antigo costume de debater questões filosóficas do Budismo, práticas que tornam a mente mais alerta. 

Budistas tibetanos têm uma admirável capacidade para compreender as lições que a vida oferece.

(Se um dia ele quiser ser respeitado entre seus compatriotas, essa criança deve aprender mais de 3.000 preceitos, entre doutrinas, rituais e canções. Para ser um budista tibetano, deve-se começar bem cedo essa senda.)

Mestres e monges dizem que, se houve um bem emanado da invasão chinesa, esse bem foi a disseminação dos ensinamentos que estavam restritos ao Tibete. 

São alguns dos encantos dessa terra distante...


Continua...


A Cura Essencial - Parte 4


(A maior função da Medicina Ayurvédica é acertar os ponteiros do Corpo, Alma e Espírito, para que a hora de cada ação ocorra com a maior integração possível da individualidade de cada um.)

Nossas avós e a Ayurveda concordam no fato de que é preciso respeitar o relógio da natureza. As avós falam em hora certa de comer e dormir e a Ayurved fala em cclos do dia, também divididos nos humores de Vata, Pitta e Kapha.

Kapha, o mais letárgico, impera das seis às dez da manhã. Ou pulamos da cama até as seis, ou depois brigamos com a natureza para despertar, porque a inércia está no comando. 

(Numa terapia budista e Ayurvédica preconiza-se que o indivíduo faça seus exercícios físicos sempre pela manhã para limpar o organismo e utilizar as energias metabólicas e hormonais acumuladas durante a noite.)

Nesse período, é bom fazer exercícios físicos. 

Entre 10 e 4 horas é o ciclo de Pitta: quem manda é a força da transformação. É a fase ideal para fazzer a principl refeição, porque o fogo de Pitta ascende a digestão e transmuta alimento em energia.

Entre 14 e 18 horas quem reina e o agitado Vata. Tempo de cria, usar a mente. Das 18 às 22 horas, Kapha volta a predominar. A digestão fica lenta e o consumo de alimentos pesados é contra-indicado.

A Velha Receita
 
Se fosse para seguir os Vedas ao pé da letra, teríamos de nos aquietar como os passarinhos depois do pór-do-sol. Mas como conseguir isso, se já tem luz elétrica na aldeia e a agenda tem mais compromissos do que horas do dia disponíveis?

(Entender a própria agenda diária de cada um e se motivar a cortar, eliminar ou alternar as atividades trará o equilíbrio tão desejado à vida do indivíduo que busca essa alternativa de cuidado físico e emocional.)

A alternância de ação e repouso, proposta na rotina ayurvédica, é um tremendo desafio, mais premente que nunca. Só muito recolhimento e muita meditação para fazer frente a esse tempo nervoso - um típico distúrbio coletivo do dosha Vata.

Como tudo é cíclico, o que virá depois dessa loucura será um retorno aos hábitos simples... O futuro pede intuição, vidas no silêncio, na meditação, de dentro para fora. Já nos afastamos demais de nós e da natureza. Toda doença é saudade do lar...
 
(Os doshas no organismo)

Muito além da saúde, essa volta para casa promete felicidade mesmo, acesso pleno ao poder sem tamanho do universo. 

O caminho, invariavelmente, é o do autoconhecimento, esse "remediozinho ayurvédico" sem contraindicação nem prazo de validade, que vem sendo receitado há uns cinco mil anos.

A Revelação do seu Dosha

Se você já teve alguma aproximação com a ciência Ayurvédica, deve estar estranhando não ter encontrado aqui aquele questionário para que a pessoa encontre sua classificação - Vata, Pitta ou Kapha.

É comum esse teste gerar mais dúvids que certezas... A maioria de nós tem um humor predominante e um segundo bem atuante também. Mais raras são as pessoas que recebem influência dos três tipos na mesma proporção e ainda mais incomuns são as regidas por uma só natureza. 

Portanto, parece bastante adequado procura a ajuda de um profissional reconhecido, em vez de brincar com as forças dos cinco elementos! 

Contudo, falemos brevemente sobre os doshas:

Vata - O Humor do Movimento

Vata governa a circulação, a respiração, o fluxo das ideias, sentimentos e pensamentos. 

A pessoa é agitada, magra, com estrutura física leve e organismo seco.

Tem olhos pequenos e lábios finos. 

(Biotipo Vata)

Sente muito frio e odeia vento. 

Os passos são rápidos. É tagarela e não escuta os outros.

É instável no apetite, no sexo e no humor. Em desequilíbrio, é ansiosa e sofre de insônia. Em equilíbrio é entusiasmada, muito criativa, ágil e comunicativa. 

Vata se desequilibra no outono e deve evitar a agitação.

Kapha - O Humor da Estabilidade

Kahpa governa a estrutura corporal.

A pessoa tem constituição pesada, ombros e quadris largo. Tem tendência  engordar e, às vezes, é atarracada. A pele, os olhos e os cabelos são bonitos, lubrificados. Os lábios, grossos.

(Biotipo Kapha)

A digestão é lenta e as ações idem Apresenta letargia matinal, tende à depressão e é sensível `umidade e ao frio. 

No amor e no sexo é constante e sensual.

Em equilíbrio, é diplomática, amorosa e tolerante - finalmente, um dosha que sabe ouvir!

Em desequilíbrio, é preguiçosa, pessimista e apegada ao passado. 

Kapha se desequilibra no inverno e deve evitar buscar conforto emocional na comida. 

Pitta - O Humor do Fogo

Pitta rege o metabolismo, as transformações químicas do corpo, a fome, a sede, a energia e a temperatura corporal. A pessoa tem estrutura média, não é gorda nem magra. 

A pele é clara e quase sempre com sardas. 

(Biotipo Pitta)

Tem muito apetite, é sensível ao calor e transpira demais. Extrapola na comida (mas não engorda), no sexo e no trabalho.

Fala menos que Vata, mas também não escuta o outro, porque se sente superior. 

Em desequilíbrio, tem temperamento inflamado: julga e critica, é intolerante e irritada. 

Em desequilíbrio é perfeccionista e determinada. Pitta se desequilibra no verão e não pode abusar do sol. 



Fim.:.


Aranel Ithil Dior